TV Surdo- Moçambique: buscando acessibilidade e integração do surdo na sociedade

Autores

  • Alexandre António Timbane Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Brasil

Palavras-chave:

Língua Moçambicana de Sinais, TV Surdo - Moçambique, Surdo, Moçambique

Resumo

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA MOÇAMBICANA DE SINAIS: https://youtu.be/X7zC6U1i68s

RESUMO E PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: https://youtu.be/r-4Hc-PzstI

As línguas de sinais são línguas naturais, visual-espacial, com uma estrutura gramatical próprias, autônomas e consideradas línguas maternas das pessoas com surdez. O sinal, nas línguas naturais, não é inventado artificialmente, mas sim por meio das relações entre a língua, o meio, a referência e a ‘cultura surda’. A língua de sinais é independente da língua portuguesa, nem depende dela para sua existência e manutenção. Este trabalho analisa a relevância de uma TV para surdos em contexto de Moçambique, sendo um país pobre e com dificuldades enormes no atendimento à pessoa surda. É importante sublinhar que a pessoa surda em Moçambique ainda é marginalizada e analfabeta especialmente nas zonas rurais. Para análises, o texto analisa o conteúdo dos vídeos disponíveis na TV Surdo - Moçambique buscando compreender a relevância destes na comunicação para surdos. Da pesquisa de concluiu que a TV Surdo - Moçambique tem exercido um papel importante, especialmente na informação, na educação cívica, no exercício da cidadania assim como no ensino da Língua Moçambicana de Sinais. Concluiu-se que é necessário que se estabeleça política linguísticas que realmente protejam o surdo e comunidade surda fazendo com que a Língua Moçambicana de Sinais seja ensinada nas escolas e que seja aceito na justiça, nos hospitais, no parlamento e na função pública e privada em geral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre António Timbane, Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Brasil

Doutor em Linguística e Língua Portuguesa, professor da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Instituto de Humanidades e Letras, Campus dos Malês, Bahia. Professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Estadual Feira de Santana (BA), membro do Grupo de Pesquisa África-Brasil: produção de conhecimento, sociedade civil, desenvolvimento e Cidadania Global.

Referências

A & R Aparelhos auditivos Ltda. Entenda o que é a cultura surda e qual a sua importância! 2024. Disponível em: https://aeraparelhosauditivos.com.br/cultura-surda/#:~:text=a%20cultura%20surda%20%c3%a9%20um,com%20o%20restante%20da%20popula%c3%a7%c3%a3o.

ANTONIO, F. A.; De ALMEIDA, S. M. N.; DE FARIAS, C. J. A inclusão de surdos no ensino superior em Moçambique: reflexões sobre a acessibilidade. Revista Educação e ensino. Fortaleza, vol.7, n.2, p.1-15, jul./dez.2023.

BAGNO, M. O que é uma língua? imaginário, ciência e hipótese. LAGARES, Xoán Carlos; BAGNO, Marcos (Org.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011.p.355-387.

BAVO, N.A.; COELHO, O. Pertinência e urgência da língua de sinais (L1) e do português (L2/LE) no currículo dos alunos surdos em Moçambique. Revista e-Curriculum, São Paulo, vol.17, n.3, p. 909-932 jul./set. 2019.

BENKE, V. C. M. A intersecção entre léxico, cultura e sociedade nas designações para “marido traído”. Anais do seminário formação docente: intersecção entre universidade e escola, vol.4, n.4, p.1–11, 2021.

DA SILVA, E. P.; TIMBANE, A. A. O ensino da Libras no Brasil: caminho para inclusão social. ACTA , Vol. 27, Ano 46, n°1,p.81-93, 2022.

ESDRAS, D; GALASSO, B. Panorama da Educação de surdos no Brasil: ensino superior. Rio de Janeiro: INES, 2017.

LOPES, B. et al. Educação inclusiva e Moçambique:um olhar critico sobre as variáveis de sucesso. Revista Onis Ciência. vol.25, nº2, p.17-29.

LOPES, M. C. (Org.). Cultura surda e Libras. S.l.: EAD/UNISINOS, 2012. Disponível em: http://projetoredes.org/wp/wp-content/uploads/Cultura-Surda-e-Libras.pdf

MILROY, J. Ideologias linguísticas e as consequências da padronização. LAGARES, XOÁN, C.; BAGNO, M. (Org.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, 2011, p.49-85.

MINEDH. Estratégia de educação inclusiva e desenvolvimento da criança com necessidade educativa especial (2020-2029). Maputo: UNICEF, 2018.

MOÇAMBIQUE. Constituição da República de Moçambique. Maputo: Assembleia da República, 2004.

MUENGUA, L. et al. Educação de surdos em Moçambique: políticas, práticas pedagógicas e (ex) inclusão no ensino secundário. Porto: Universidade de Porto, s.d. p.538-790.

NHANTUMBO, L. C. Acesso do surdo a informação actualizada sobre a covid-19 no telejornal da televisão de Moçambique. 2022. 70p. Universidade Eduardo Mondlane, Escola de Comunicação e Artes Curso de Licenciatura em Jornalismo, Maputo, 2022.

NHAPUALA, G.; ALMEIDA, L. S. Formação de professores e inclusão em Moçambique. Journal of Research in Special Educational Needs. vol.16, nº s1, p. 520-523, 2016.

ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.

PAGURA, R. J. Tradução & interpretação. In: AMORIM, L. M., RODRIGUES, C.C.; STUPIELLO, É. (Org.). Tradução & interpretação: perspectivas teóricas e práticas. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, p. 183-207.

PEREIRA, M. C. da V. et. al. Libras: conhecimentos alem dos sinais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

QUADROS, R. M. et al. Língua brasileira de sinais: patrimônio linguístico brasileiro. Florianópolis: Editora Garapuvu, 2018.

QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

QUADROS, R. M. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Secretaria de Educação Especial, Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. Brasília: MEC, 2004.

SIMBINE, S. Reflexões sobre as práticas educativas oferecidas aos alunos com necessidade educativas especiais nas escolas moçambicanas. In: DIAS, H.; DUARTE, S.; PICARDO, S. (Org.). Didática em práticas e necessidades educativas especiais. Maputo: Alcance, 2014, p.241-250.

SUNDE, R. Inclusão escolar: um desafio entre teoria e prática curricular em Moçambique. Revista Educação Inclusiva-REIN, Campina Grande (PB), vol. 2, n. 2, jul./dez. 2018, p.40-50.

TIMBANE, A. A.; VICENTE, J. G. Políticas públicas e linguísticas: estratégias e desafios no combate às desigualdades sociais em Moçambique. Revista Brasileira de Estudos Africanos. vol.2, n.4, p. 114-140, jul./dez. 2017.

UNESCO. Declaração Universal de Direitos Linguísticos. Junho de 1996.

ZAMORA, J. R. O papel da língua de sinais na inclusão escolar e social dos alunos surdos em Moçambique. In: DIAS, H.; DUARTE, S.; PICARDO, S. (Org.). Didática em práticas e necessidades educativas especiais. Maputo: Alcance, 2014, p.251-258.

ZANDAMELA, N. G. R. Análise de estratégias de ensino de alunos surdos com base nas TIC’s Caso da Faculdade de Educação da UEM. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), vol.1, nº Especial, p.422-423, dez. 2021.

Downloads

Publicado

21-05-2024

Como Citar

Timbane, A. A. . (2024). TV Surdo- Moçambique: buscando acessibilidade e integração do surdo na sociedade. JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 4(1), 437–454. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1672

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>