NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape <p>​A <strong>Revista Científica Njinga &amp; Sepé</strong> <strong>(ISSN: 2764-1244)</strong> foi criada em homenagem a Rainha africana Njinga Mbandi e ao guerreiro indígena brasileiro Sepé Tiarajú. A Revista respeita a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (1996), a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2002) e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2006).</p> <p>A <strong>Revista Njinga &amp; Sepé</strong> aceita e publica textos escritos em <strong>qualquer língua africana</strong> ou <strong>indígena brasileira</strong> e vídeos de línguas de sinais. Abre-se exceção especial para todas as línguas de Timor Leste por ser país parceiro da UNILAB. Os textos escritos em qualquer outra língua europeia (espanhol, francês, português ou inglês) deverão estar acompanhados de um resumo numa <strong>língua africana ou indígena brasileira</strong>. As línguas de sinais terão 2 resumos e um vídeo de 10 à 15 minutos. A Revista publicará um (1) volume por ano, com dois números (1º número em maio e 2º número em outubro) e ocasionalmente <strong>volumes especiais</strong> a depender da demanda dos autores e da Comissão Científica. Trata-se de uma <strong>Revista de Acesso gratuito (Open Journal System-OJS).</strong></p> <p><em>A</em><strong> Revista Njinga &amp; Sepé </strong>é composta por sete (7) seções: <strong>Seção I</strong> - Artigos inéditos e traduções/interpretações; <strong>Seção II</strong> - Entrevistas, resenhas de livros; <strong>Seção III</strong> - Poesias e Letras de canções populares; <strong>Seção IV</strong> - Relatos de experiências, fotos, receitas de comidas tradicionais, ritos e festividades ; <strong>Seção V</strong> - Provérbios, tabus, mitos e outras;<strong> Seção VI</strong> - Línguas de sinais; <strong>Seção VII</strong> - Varia (Áreas afins). Cada autor escolherá uma seção. É importante que todos os autores estejam cadastrado porque os textos deverão ser submetidos pelo site da Revista. Bem hajam as culturas, tradições e línguas dos povos indígenas brasileiros, dos povos africanos e do povo de Timor Leste. </p> <p>Todos os textos recebidos são primeiramente submetidos a verificação da originalidade com o uso do software Turnitin Originality, da empresa Turnitin para a detecção de similaridade textual e integridade em textos acadêmicos (antiplágio): <a href="https://www.turnitin.com/products/originality">https://www.turnitin.com/products/originality</a>. Os textos aprovados nesta fase são submetidos a avaliação dos pares (às cegas) para a definição da aprovação ou não.</p> <p>O acesso aos trabalhos publicados <span style="font-size: 0.875rem;">é inteiramente GRATUITO</span><span style="font-size: 0.875rem;">. Os autores não pagam e nem recebem nenhum tributo financeiro pela contribuição e publicação. Os editores, avaliadores, tradutores, Comité Científico e outros colaboradores participam voluntariamente.</span></p> <p><strong>Princípios de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade</strong><strong> (DEIA)</strong></p> <p> A Revista Njinga &amp; Sepé respeita e aceita das diversas línguas africanas e indígenas brasileiras contribuindo para o resgate e consolidação das línguas como bem imaterial da humanidade. A revista contribui na promoção mudanças na comunidade acadêmica especialmente ao acolher pesquisas de diversas áreas provenientes de países sem Revistas. A Revista Njinga &amp; Sepé trabalhar sempre por representatividade ampla de autoria, editoria e avaliação, considerando a diversidade geográfica, institucional e sócio-econômica. A Revista Njinga &amp; Sepé incentiva a comunidade surda a publicar seus artigos em línguas de sinais, por isso que há uma seção (Seção VI) que acolhe trabalhos deste público minorizado. A Revista Njinga &amp; Sepé encoraja autores/as a usar linguagem respeitosa e inclusiva ao escrever seus manuscritos, incluindo a sua variedade. As variedades do português africano e timorense são acolhidas com muita satisfação e são encorajadas sem preconceito porque todas as variedades são úteis para as comunidade de fala. A Revista orienta editores/as, tradutores e avaliadores/as a se manifestarem imediatamente ao identificar linguagem que promova viés racista, etarista, sexista, ou qualquer tipo de viés que promova desrespeito, exclusão ou aversão a qualquer tipo de público ou população. A Revista Njinga &amp; Sepé é democrática e é de acesso gratuito e os interessados conseguem baixar os artigos e ler onde quer que estejam, usando aaparelhos eletronicos disponíveis. A Revista Njinga &amp; Sepé está conectada à base de dados internacionais e incentiva, apoia a coleta de dados que permitam desenvolvimento, mensuração, análise e gestão de indicadores de diversidade, igualdade, inclusão e acessibilidade. A Revista Njinga &amp; Sepé fortalece a comunicação com a sociedade e com a comunidade científica promovendo Conferências, Palestras, Encontros, Seminários por meio do <a href="https://www.youtube.com/@revistanjingasepe5651">Canal Youtube da Revista Njinga &amp; Sepé</a> , por meio das redes sociais, em páginas das instituições e outros espaços de divulgação do conhecimento. </p> Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira pt-BR NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2764-1244 <div>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</div> <div> <p>1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a <strong>Creative Commons Attribution License</strong> o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença <strong>CC BY </strong>que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.</p> <p>2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em <strong>repositório digital institucional ou como capítulo de livro</strong>), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).</p> </div> Estudos e pesquisa multidisciplinares na África e na América Latina: trilhando caminhos científicos do século XXI https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1673 Amado Martinez Morgado Mbaz Nauege Alexandre António Timbane Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 1 20 A Cultura Macua, Globalicação e a Transmissão do Conhecimento https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1277 <p>Moçambique é um mosaico cultural espalhado nas várias regiões até localidades, que se manifestam ainda de forma tradicional. A este respeito Moto (2016) afirma que "Moçambique é País (Nação) repositório de vida e de uma cultura de tipo tradicional". Neste trabalho pretende compreender o peso do fenômeno globalização nesta cultura, inserida neste Moçambique com vasto e diversificados aspectos culturais. No estudo elegeu-se a abordagem qualitativa, tendo-se optado pelo paradigma interpretativo, com recurso à consulta bibliográfica com o auxílio da observação direta do modo de vida dos elementos desta etnia que se encontra espalhada no território moçambicano. A pesquisa trouxe como resultados principais, o fato de a abertura da comunidade ao mundo exterior, ela ficar exposta a influxo de elementos externos, a globalização. Nesta comunidade as adolescentes são sujeitos a ritos de iniciação em momentos diferentes, para algumas mais cedo aos onze ou doze anos e para outras aos catorze ou dezesseis anos. Estes costumes fertilizam a mudança do comportamento das crianças submetidas aos ritos de iniciação. Elas começam a comportar-se como adultas, em resultado da aplicação servil dos conhecimentos ministrados na “escola” de ritos de iniciação e consequentemente os fenômenos de gravidezes precoces e os casamentos prematuros. Esta situação hipoteca os esforços de educação formal de crianças nesta comunidade.</p> <p>****</p> <p>Msumbiji ni maandishi ya kitamaduni yaliyoenea katika maeneo mbalimbali na hata maeneo, ambayo bado yanajidhihirisha kwa njia ya kitamaduni. Kuhusiana na hili, Moto (2016) anasema Msumbiji ni nchi (taifa) ambayo ni hifadhi ya maisha na utamaduni wa jadi. Kazi hii inalenga kuelewa uzito wa jambo la utandawazi katika utamaduni huu, ulioingizwa nchini Msumbiji wenye nyanja kubwa na tofauti za kitamaduni. Katika utafiti huo, mbinu ya ubora ilichaguliwa, ikichagua dhana ya ufasiri, kwa kutumia mashauriano ya kibiblia kwa usaidizi wa uchunguzi wa moja kwa moja wa njia ya maisha ya vipengele vya kabila hili ambalo limeenea katika eneo la Msumbiji. Matokeo makuu ya utafiti yalikuwa ukweli kwamba jinsi jamii inavyojifungua kwa ulimwengu wa nje, inakuwa wazi kwa utitiri wa mambo ya nje, utandawazi. Katika jamii hii, vijana hupitia mila ya jando kwa nyakati tofauti, kwa wengine mapema kama miaka kumi na moja au kumi na mbili na kwa wengine mapema kama miaka kumi na nne au kumi na sita. Mila hizi huzaa mabadiliko ya tabia ya watoto wanaofanyiwa unyago. Wanaanza kuishi kama watu wazima, kama matokeo ya utumizi wa utumwa wa maarifa yanayofundishwa katika "shule" ya ibada za jando na kwa hivyo matukio ya ujauzito wa mapema na ndoa za mapema. Hali hii inadhoofisha juhudi za elimu rasmi za watoto katika jamii hii.</p> André Xavier Ribisse Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 351 363 Custódia de animais em situações de desastres naturais em Moçambique: Rumo à criação de uma Agência Inovadora https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1082 <p>Pela sua localização geográfica, Moçambique é considerado como um dos países mais vulneráveis aos desastres naturais ao nível da região Austral de África. Está, pois, fortemente exposto a eventos extremos ligados às alterações climáticas, como cheias, inundações, seca, ciclones, desastres naturais de origem antropogénica, entre outros. O objetivo deste artigo é o de impulsionar o surgimento do empreendedorismo social no contexto de desastres naturais no país, através da criação de uma Agência Inovadora de custódia de animais. Com efeito, foi formulada a seguinte pergunta de partida: de que forma a Agência Inovadora pode minimizar a perda de animais, em particular o gado bovino, no contexto de desastres naturais? O estudo baseou-se na abordagem qualitativa, aliada à pesquisa exploratória e aplicada, tendo como técnicas de recolha de dados, a análise bibliográfica e a entrevista. Os resultados obtidos concluem que um dos grandes problemas em situações de desastres naturais, nomeadamente, as operações de busca e salvamento, relaciona-se com o facto dos esforços se direcionarem apenas aos seres humanos em detrimento dos animais, como por exemplo, o gado bovino, caprino e suíno, cujo valor é muito mais que monetário. Daí que, sendo os desastres naturais cíclicos, sugere-se a criação de uma Agência Inovadora para minimizar os prejuízos causados aos animais.</p> <p>****</p> <p>Nekuda kwenzvimbo yayo, Mozambique inoonekwa seimwe yenyika dziri panjodzi dzenjodzi dzinongoitika dzoga mudunhu re Southern Africa. Saka inoratidzirwa zvakanyanya kune zviitiko zvakanyanyisa zvakabatana nekushanduka kwemamiriro ekunze, semafashamo, kusanaya kwemvura, madutu, njodzi dzinongoitika dzeanthropogenic, pakati pedzimwe. Chinangwa chechinyorwa chino ndechekusimudzira kubuda kwebhizimusi revanhu mumamiriro ezvinhu e njodzi dzinongoitika dzoga munyika, kuburikidza nekuvakwa kwe Innovative Animal Custody Agency. Muchokwadi, mubvunzo unotevera wekutanga wakagadzirwa: iyo Innovative Agency inogona sei kuderedza kurasikirwa kwemhuka, kunyanya mombe, mumamiriro ezvinhu enjodzi dzinongoitika dzoga? Chidzidzo chacho chakanga chakavakirwa nekutsvakurudza uye kubvunzurudza senzira dzekuunganidza data. Migumisiro yakawanikwa inogumisa kuti rimwe rematambudziko makuru mumamiriro ezvinhu enjodzi dzinongoitika dzoga, kureva mabasa ekutsvaga nekununura, ndeyekuti kuedza kunonangana chete kuvanhu kwete kumhuka dzakadai semombe, mbudzi nenguruve, idzo dzinokosha zvikuru kudarika mari. Naizvozvo, sezvo njodzi dzinongoitika dzichitenderera, zvinokurudzirwa kuti Innovative Agency ivakwe kuti zvibatsire kuderedza kukuvadzwa kunoitwa mhuka.</p> Elias Paulo Mataruca Manuel Jacinto Jardim Viriato Caetano Dias Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 364 380 O festival de omaongo e sua importância multidimensional entre os ovawambo: um estudo realizado na comunidade ovakwanyama de oipembe (Ondjiva- Angola) https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1612 <p>Este texto tem como objeto de estudo o festival de <em>omaongo</em> e sua importância multidimensional entre os Ovawambo. Um estudo realizado na comunidade <em>Ovakwanyama</em> (Cuanhama) de Oipembe (Ondjiva- Angola). A colonização portuguesa sobre as terras dos Ovawambo de Angola foi marcada pela repressão, exploração de recursos humanos, recursos naturais e marginalização dos costumes locais milenares, por meio da sua política assimilacionista e aculturação forçada, o lusotropicalismo. Apesar desta política colonial ter tido forte impacto na vida dos Ovawambo, certos elementos da sua cultura conseguiram resistir, com destaque para o festival de <em>omaongo</em> (bebida fermentada produzida na base da fruta da <em>sclerocarya birrea</em>). Neste quadro, apresentamos uma questão de investigação, até que ponto o festival de <em>omaongo</em> é importante para a vida dos <em>Ovakwanyama</em>, de modo geral na vida dos <em>Ovawambo </em>(Ovambo/Ambó). Assim, hipoteticamente podemos afirmar que o festival de <em>omaongo</em> tem importância social, econômica, política, filosófica e cultural dos <em>Ovawambo</em>, permitindo a socialização e educação comunitária, além de servir de meio de solidariedade, meio de obtenção de receita familiar, meio ligação entre o <em>ohamba</em> e o povo. A partir de uma observação participativa e entrevistas realizadas à alguns anciões e organizadores destes eventos, fez-se uma abordagem analítica e descritiva sobre o festival de <em>omaongo</em> realizado na comunidade <em>Ovawambo</em> - <em>Ovakwanyama</em> de Oipembe (Ondjiva – Cunene), com o objetivo de descrever a importância multidimensional deste evento na vida dos <em>Ovawambo</em>.</p> <p>****</p> <p>Efimbo lokunwa loMaongo nekwatafano lao lafimana momihoko yova Wambo vomu Angola. Ekonaakono laningwa pailongo koVakwanyama vomo Mongua nomo Oipembe. Ovakolonyeki ova Putu (Portuguese), olai lakelela ovanhu opo kava shiive oufemba wavo mokati kovaWambo, ilo veweefepo opo valandule ashike omikalo yovakolonyeki Ovaputu, muAngola. Olakufapo omikalo yopamufyuululwa-kalo (customs) taitulwa pondje nomwaetwa omikalo yokatongo nokulandula omikalo yovakolonyeki ova Putu. Omikalo yavo oyo ya kala taidana onghandagala, omanga ovanhu tavalongwa kutya omifyuululwa yavo omii, noyolodi/oumulile. Ovalombwela ovanhu valandule omikalo yavo hano ya Putu/Portuguese. Nande omikalo yova Putu oyakala taidana onghandagala mokati kova Wambo moumbuwanhu waAngola, Omufyuululwa-kalo imwe oyakala ina neenghono noyanyenga eemhango domu Putu. Unene tuu oitufi yomaongo noinima ikwao. Efimbo loMaongo. Osheetwapo inhyi oshatala omeho kenwefemo loMaongo ilo efimbo lao. Oshatala vali kouhupilo, onghalamwenyo, politika, elongo, omikalo/eenghulunghedi, efimano mokati kova Wambo noinima yavo vakala hainingwa nale komapopi adjako. Okutala kekufombiga, ekonaakono, nomapulapulo aningwapo pefimbo loshinyangadalwa, unene ovakulunhu, ovakwateli komeho novalongikidi voitufi, otaaulike kutya: Omaongo nedimbuluko lao mokati kovaWambo vomo Oipembe, Oukwanyama Ondjiva- Cunene Provencia) Angola omufyuululwa- kalo natango ouna eenghono, nokauna efiku ulundululwe ilo oukanepo popeuye vali umwe. Hano oposhiudikeko nawa nefimano lekwatafano, (multi-dimensionality) otaiulike kutya oitufi yatya inhyi oyakwata eenghalomwenyo dovaWambo.</p> <p><strong> </strong></p> Leonardo Tuyenikumwe Pedro José Amado Johanes Dias Siveinge Sinedima Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 381 399 TV Surdo- Moçambique: buscando acessibilidade e integração do surdo na sociedade https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1672 <p><strong>RESUMO E PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA MOÇAMBICANA DE SINAIS:</strong> <strong><a href="https://youtu.be/X7zC6U1i68s">https://youtu.be/X7zC6U1i68s</a> </strong></p> <p><strong>RESUMO E PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: <a href="https://youtu.be/r-4Hc-PzstI">https://youtu.be/r-4Hc-PzstI</a></strong></p> <p>As línguas de sinais são línguas naturais, visual-espacial, com uma estrutura gramatical próprias, autônomas e consideradas línguas maternas das pessoas com surdez. O sinal, nas línguas naturais, não é inventado artificialmente, mas sim por meio das relações entre a língua, o meio, a referência e a ‘cultura surda’. A língua de sinais é independente da língua portuguesa, nem depende dela para sua existência e manutenção. Este trabalho analisa a relevância de uma TV para surdos em contexto de Moçambique, sendo um país pobre e com dificuldades enormes no atendimento à pessoa surda. É importante sublinhar que a pessoa surda em Moçambique ainda é marginalizada e analfabeta especialmente nas zonas rurais. Para análises, o texto analisa o conteúdo dos vídeos disponíveis na TV Surdo - Moçambique buscando compreender a relevância destes na comunicação para surdos. Da pesquisa de concluiu que a TV Surdo - Moçambique tem exercido um papel importante, especialmente na informação, na educação cívica, no exercício da cidadania assim como no ensino da Língua Moçambicana de Sinais. Concluiu-se que é necessário que se estabeleça política linguísticas que realmente protejam o surdo e comunidade surda fazendo com que a Língua Moçambicana de Sinais seja ensinada nas escolas e que seja aceito na justiça, nos hospitais, no parlamento e na função pública e privada em geral.</p> Alexandre António Timbane Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 437 454 Como o impacto do colonialismo nos leva a autonegação dos nossos corpos e da nossa cultura africana? https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1671 <p>Graduado em Bacharel Interdisciplinar em Humanidades e Licenciando em Ciências Sociais.guineense, graduado em bacharel Interdisciplinar em Humanidades, Licenciando em Ciências Sociais pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira(Unilab), tutor de programa pulsar, membro de grupo de pesquisa: Relações Internacional Africana. Representante efetivo dos discentes no colegiado de Ciências Sócias, formando na capacitação da liderança negra no Ceert-prosseguir.</p> João Nanfuna Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 337 339 Curandeiros e possessão de espíritos: alguns fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizados https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1587 <p>O objetivo deste artigo está em abordar sobre os fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizados. O envelhecimento, apesar de ser um processo natural, submete ao organismo a diversas alterações anatômicas e funcionais, com repercussões nas condições de saúde e nutrição do idoso, não só, mas também no que se refere à capacidade funcional, os estudos verificaram que idosos desnutridos apresentaram maior dependência nas atividades de vida diária, especialmente as relacionadas ao modo de se alimentar. Na observação alguns não conseguiam se alimentar por si próprio e precisavam de apoio. Uma das principais razões de resistência, por parte dos praticantes de biomedicina moçambicanos, pode estar ligada à inclusão dos curandeiro em sistemas integrados de cuidados de saúde é o fato de estes últimos fazerem derivar os seus poderes curativos da possessão por espíritos, podendo, para além disso, manipular fatores espirituais nos seus diagnósticos e práticas curativas. Por outras palavras, se as recomendações da Organização Mundial de Saúde compelem os médicos e, mais ainda, o Ministério, de que quase sempre dependem, a equacionar a dignidade/eficácia dos saberes curativos “tradicionais” e dos seus praticantes, o que acabam por equacionar não é um conjunto real e imbricado de práticas, de saberes, de conceitos e de relações sociais, mas aqueles elementos que, abstratamente isolados desse conjunto, mais se aproximam dos critérios e conceitos que se habituaram a reconhecer como válidos.</p> <p>****</p> <p>Chinangwa chechinyorwa chino ndechekugadzirisa zvinhu zvine chekuita nekushaikwa kwezvokudya zvinovaka muviri mumasangano evakweguru. Kuchembera, kunyangwe kuri kuita kwechisikigo, kunoisa muviri kune akati wandei anatomical uye inoshanda shanduko, ine zvinokonzeresa pahutano nekudya kwevakwegura, kwete chete, asiwo nezve kugona kwekushanda, zvidzidzo zvakawana kuti vanhu vakura vasina chikafu vakaratidza zvakanyanya. kutsamira pamabasa ekurarama kwezuva nezuva, kunyanya ayo ane chekuita nekudya. Panguva yekucherechedza, vamwe vakanga vasingakwanisi kuzvidyisa uye vaida tsigiro. Chimwe chezvikonzero zvikuru zvekuramba, kune veMozambique biomedicine practitioners, inogona kunge yakabatana nekubatanidzwa kwevarapi muhurongwa hwekuchengetedza hutano hwakabatanidzwa inyaya yekuti vekupedzisira vanowana masimba avo ekuporesa kubva mukubatwa nemweya, uye vanogona, nekuwedzera. , shandura zvinhu zvemweya mukuongorora kwavo uye maitiro ekuporesa. Mune mamwe mazwi, kana kurudziro yeWorld Health Organisation ichimanikidza vanachiremba uye, kunyanya, iyo Ministry, iyo yavanoda kugara vachivimba nayo, kuti vatarise chiremerera / kushanda kwe "chinyakare" ruzivo rwekuporesa nevashandi vayo, izvo zvinopedzisira zvakaenzana. haisi yechokwadi uye yakapindirana seti yemaitiro, ruzivo, pfungwa uye hukama hwemagariro, asi izvo zvinhu izvo, zvakaparadzaniswa zvachose kubva kune iyo seti, zvinouya pedyo nemaitiro uye pfungwa dzatakajaira kuziva sezviri kushanda.</p> Tubias Benedito Borge Capaina Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 400 421 Desafios na incorporação da diversidade cultural nas estruturas do poder moçambicano na administração (público e privado): questões étnicas, tribais e culturais https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1333 <p>A diversidade cultural é uma característica fundamental de Moçambique, mas que muitas vezes não é incorporada adequadamente nas estruturas do poder público e privado. Esse desafio envolve questões étnicas, tribais e culturais que exigem acções conjuntas da sociedade para promover a inclusão e a valorização da diversidade. A pesquisa realizada, utiliza a metodologia hermenêutica qualitativa e destaca a importância de mudanças nos mecanismos políticos e sociais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Entre as estratégias sugeridas estão a educação inclusiva, a consciencialização e o diálogo entre diferentes grupos. Em conclusão, é necessário promover políticas públicas que valorizem a diversidade cultural e criar espaços de valorização e celebração das diferentes culturas e etnias presentes em Moçambique.</p> <p>****</p> <p>Diversidad cultural ha'e peteĩ característica fundamental Mozambique-pe, ha katu heta jey noñemoingéi hekopete umi estructura de poder público ha privado-pe. Ko desafío oike umi tema étnico, tribal ha cultural ha oikotevê acción conjunta sociedad omokyre'ÿvo inclusión ha omomba'eguasúvo diversidad. Investigación ojejapóva oiporu metodología hermenéutica cualitativa ha omomba'e guasu importancia orekóva cambio mecanismo político ha social omopu'ã haguã sociedad justa ha igualitaria. Umi estrategia oñeproponéva apytépe oî tekombo’e inclusivo, concienciación ha ñomongeta opaichagua aty apytépe. Oñemohu’ãvo, tekotevê oñemotenonde política pública omomba’éva diversidad cultural ha omoheñói espacio oñemomba’e ha ogueromandu’a haguã umi cultura ha etnia iñambuéva oîva Mozambique-pe.</p> Aquilasse Kapangula Manda Paulo Ivo Victor Patreque Cassicai Palma Pinto da Conceição Jos´é Maria Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 422 436 Quelles langues, quels outils didactiques et pedagogiques pour l’education de base en afrique subsaharienne? https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1583 <p>Les anciennes colonies de l'Afrique subsaharienne ont des systèmes éducatifs qui ne sont pas adaptés aux besoins des élèves (écoles, collèges, etc.). Contrairement à la Chine, au Maroc, etc. qui ont réussi à adapter leurs systèmes éducatifs, les pays de l'Afrique subsaharienne peinent à adapter leurs systèmes éducatifs à leurs réalités. C'est le cas de la Côte d'Ivoire, du Sénégal, etc. En effet, à travers les différentes réformes entreprises dans les pays francophones, on constate que ceux-ci ne prennent pas en considération les langues locales dans les systèmes éducatifs. Le français étant donc la langue officielle et l’unique langue de scolarisation ; cela crée une barrière linguistique pour de nombreux élèves de ces pays. En Côte d'Ivoire, les résultats de l'enquête menée en 2016 - 2017 pour le programme TRECC ont révélé que seulement 20 % des élèves de CM1 savent lire. Après donc plusieurs années de scolarité, 80% des élèves ayant participé à notre enquête n'ont pas la conscience phonologique et ne peuvent, par conséquent, pas intérioriser, maitriser la correspondance phonème - graphème. Ces élèves n’arrivaient pas à lire et écrire ; car ils n’ont pas les « fondamentaux de la lecture-écriture ». Ils ne savent ni lire dans la langue qu’ils parlent (L1), ni lire en français (L2). Aussi disons-nous que pour le développement de la littératie chez les élèves qui n'ont pas le français comme langue maternelle ; il est nécessaire d'utiliser le français et leur langue maternelle comme langues de scolarisation pour ‘apprendre à apprendre’ durant les premières années d’école primaire, en ayant des outils didactiques et pédagogiques adaptés à leur environnement dans les deux langues (L1 - L2) pour les quatre premières années d’école primaire, puis un programme bilingue : Français - Anglais dès le CM1, afin d’avoir une éducation de qualité pour tous les élèves de la Côte d'Ivoire.</p> <p><strong>***<br /></strong>Afrique subsaharienne óbú έnεn έ bɔfrέ tehé sígi sígi mʋ́n tέhέ kɔ̑n kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ έnίn έlί ɔbɔ́ namʋn Ɂjέ εnεn kpέnkpε kán mʋ́n (Ɂjέ kpέnkpε kɔ́mʋ́n lε ngbafrε kpέnkpε kɔ́mʋ́n). Chine lε Maroc lε ób<u>ú éléfe </u>εlί nɔ̑nnɔ́bɔ́ nɔ̑nnʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ bέ sakέ Afrique subsaharienne óbú έnεn έlί nɔ̑nnɔ́bɔ́ nɔ̑nnʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ. nέlί mίnnίn ɔbɔ kɔhɔ́kɔ́ lι nέnίnnιn. ɔrʋ́ óbú Côte d’Ivoire lε Sénégal óbú έ lε ób<u>ú éléfè djí</u> έlί nɔ̑nnɔ́bɔ́ nɔ̑nnʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ. óbú έnεn έ ίlá bɔfrέ έ nέhέ lι kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ súro súro sakέ nɔ́wɔnίn nɔ̑nnʋ́n óbwô έnεn έ nálanίn éhé. bɔfrέ εnίn lι nɔ̑nnʋ́n mágnιn óbwô esédjí nɔ̑nnʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n óbwô obú remú έ kpέnkpε kɔ́mʋ́n Ɂjέ έnεn ίkan kpέnkpε namʋn namʋn âmbέ nínti mίnnίn ówú έ kpέnkpε jé pʋ έ ίkán íjé nέhέnεn. TRECC enquête Côte d’Ivoire 2016 - 2017 éjé lɔ́ ɔwo CM1 Ɂjέ έnεn έ 20% (1/5) tchε lι kpέnkpε kán. kpέnkpε kɔ́mʋ́n Ɂjέ έnεn έ lι TRECC enquête áhá kpέnkpε kɔ́mʋ́n múlú ɔ́gnɔ́n (CE1 Ɂjέ έnεn) ándá (CM1 Ɂjέ έnεn), bέ sakέ alί ridé Ɂjέ éné nɔ̑nnʋ́n mʋn έn ándá (80%) álί lɔ́hɔ nitítení ówú lúbwó tίtί Ɂjέ έnεn έ (‘<em>conscience phonologique</em> ‘) obú romún έn ɔbɔ kɔhɔ́kɔ́ ʋ́dɔ mʋ́n nɔ̑nnʋ́n îne lífîn mʋ́n âmbέ nálί mίnnίn lɔ́hɔ nitítení ówú lúbwó (‘<em>sons</em>’) lέ kpέnkpε ákan / émimé ówú lúbwó (‘<em>lettres</em>’). kpέnkpε kɔ́mʋ́n Ɂjέ έnεn álί kpέnkpε akán álί kpέnkpε emimé âmbέ nɔ̑nkɔ́ mίnnίn kpέnkpε kɔ́mʋ́n rίtchέ obú έnεn έ bɔhɔ́ nɔnkɔ́nίn nɔ̑nnʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n óbóbu mʋ́n tέ (CP1). obú romún έn nʋ́kpʋ nίnkan mίnnίn kpέnkpε nɔ̑nnʋ́n óbwô έ nίnlá nίn έ mʋ́n (L1) nʋ́kpʋ nίnkan mίnnίn kpέnkpε bɔfrέ mʋ́n (L2). rʋ́ bʋ́ka nίn kpέnkpε kɔ́mʋ́n Ɂjέ έnεn έ ίla bɔfrέ έ ɔrʋ́ óbú έnεn έ kpέnkpε kɔ́mʋ́n tέ. fáta lɔ́hɔ rijé nίnhίnιn kpέnkpε ákan lέ kpέnkpε émimé ɔrʋ́ óbwô mʋ́n lέ bɔfrέ mʋ́n óbwô ɔ́gnɔ́n kprεhέ mʋ́n kpέnkpε kɔ́mʋ́n óbobú mʋ́n tέ lε kpέnkpε éyiyé lε kpέnkpε ákan ówú έnεn έ rιlι ɔrɔ́ bɔ́ ɔrʋ́ óbwô mʋ́n lέ bɔfrέ mʋ́n. eségí fáta lɔ́hɔ kpέnkpε kɔ́mʋ́n ówú έ εrί Ɂjέ έnεn jί kán έ ίlί εrίnί máhίn ówú súro súro έ nɔn έ tʋ́nhʋ́n múlú ándá bέ ngbákέ réje nίnhίnίn kpέnkpε bɔfrέ mʋ́n lέ bɔfrέ óbwô lɔ́kpʋ έ mʋ́n. âmbέ Côte d’Ivoire Ɂjέ έnεn fέhίn fáta lɔ́hɔ ίlί kpέnkpε ákan lε émimé.</p> <p> </p> Ayé Clarisse Hager-M’Boua Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 21 43 Analyse du paysage sociolinguistique urbain de Ziguinchor: metissage, creolite et cosmopolitisme https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1390 <p>Au Sénégal, on dénombre environ dix-neuf groupes ethniques pour une quarantaine de langues réparties sur toute l’étendue du territoire, avec, cependant, des lieux d’implantation majoritaire pour chaque groupe. En Casamance, au sud du Sénégal, plus précisément à Ziguinchor, on retrouve principalement le groupe de langues dit des peuples forestiers. Les données issues du recensement général de la population et de l’habitat de 2013, au Sénégal, renseignent que les principales ethnies sont : les Joolas (57,8%), groupe majoritaire, les Mandinkas (11,10%), les Pulaar (10,5%), les Wolofs (3,9%), les Manjacks (3,5%), les Balantes (2,9%), les Sereers (2,70%) et les Mancagnes (2,4%). Il peut paraître curieux que les Baïnounk ne soient pas cités dans cette liste de « principales ethnies » de Ziguinchor puisque, comme nous le savons, ils ont fondé Ziguinchor. Ceci s’explique par le fait que de très nombreux Baïnounks se disent aujourd’hui Joolas. Un phénomène qui remonte, semble-t-il, à la propagation du mythe de la malédiction baïnounk. Les Baïnounks seraient maudits par leur roi Gana Sira Bana, qu’ils ont assassiné en l’enterrant vif, à la suite d’un piège qu’ils lui ont tendu à Birkama. Le roi, avant de mourir, leur aurait prédit un avenir malheureux et la disparition progressive de l’ethnie. Le mythe veut que celui qui épouse un ou une Baïnounk ne sera jamais riche. Ainsi, les Baïnounks se seraient réfugiés dans l’ethnie Joola. Ziguinchor, de par sa position géographique et son passé historique, se trouve à la confluence de plusieurs langues et cultures. Ce positionnement en fait aussi l’une des régions les plus cosmopolites du Sénégal. Le but de cette contribution est de rendre compte de la diversité linguistique et culturelle de la ville de Ziguinchor, à partir d’une analyse sociolinguistique.</p> <p>*****</p> <p>Fii ci Senegaal, am na lu wara toll ni fukk ak juróom ñenti mboolo xeet ci ab ñenti fukki làkk tass ci réew mi yepp, ak moonte yenn bërëb dëkkuwaay yu nu lu fa nekk ngir xeet bu nekk. Ca Kaasamaas, bëj Saalumu Senegaal, ca Sigicoor, nanu fay fekk mbooloo làkk bi nuy tuddee làkku àll bi. Njureef yi nu am ci càmbar tolluwaayu nit ñi ak dëkkuwaay yi bu 2013, ca Senegaal, mi ngi wone ni xeet yi gëna mag ñooy : Joola yi (57,8%), xeet bi gëna rëy, Mandinka yi ( 11,10%), Pël yi (10,5%), Wolof yi (3,9%), Manjak yi (3,5%), Balante yi ( 2,9%), Sereer yi (2,70%) ak Mancañ yi (2,4%). Sigicor, ci tolluwaayam ci addina ci, ak mbooram, nekk ëttu làkk ak aada yu bare. Tolluwaay boobu moo ko jox mu nekk benn ci dëkk yi bare ay xeet lool, ci Senegaal. Li taxa jóg liggéey bii mooy wone kuute gi am ci wàllu làkk ak aada ci dëkku Sigicoor, jaare ko ci ab càmbar bu lalu ci làkk ak askan wi.</p> <p> </p> Eugène Tavares Saloum Ndiaye Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 44 57 Fenômenos morfofonológicos em nomes da língua indígena Manxineru (Aruák) https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1308 <p>Este artigo pretende apresentar os fenômenos morfofonológicos, em especial, aqueles relacionados à morfologia nominal, da língua indígena Manxineru (família Aruák). Descrevemos a estreita relação entre os componentes fonológicos e morfológicos deste idioma, que resulta em reorganização do sistema linguístico. É possível notar diversos processos fonológicos nesta língua motivados pela adjunção de prefixos pessoais possessivos, o que desencadeia mudanças fonológicas em juntura de morfemas, promovendo apagamentos vocálicos, consonantais e silábicos, e fenômenos consequentes, tais como alongamentos compensatórios e a realização de consoantes aspiradas. Esperamos, com este trabalho, contribuir para a descrição dos aspectos morfofonológicos da língua Manxineru.</p> <p>****</p> <p>Twu yonawahlo xye kamruretatshi hekakhitanru morfofonológicos, xye hixanuutshi hihlenu, wale hixannu hekakjitatshiri morfologia hiwaktshi, Manxinerunruha (wtokanha tskihi Aruák). Wyonatanru ripxakajinru wannamkojeneko xye tokantshiha fonológicos morfológicos xye nruha rukankakletantanru hiyrunukotnaka xye tokanhakaka. Rexikowaka fonológicos kakoje rixyawaka prefixos pessoais possessivos, kluhe yokmakaklu fonológicos hipxaklu morfemas, hkamhanrupa wenutkaluru vocálicos, consonantais silábicos, hakanhajetatshri hixanutshikaka, Hanu alongamentos compensatórios kamhakaluru consoantes aspiradas. Wkahwajyalu, xye kamrurtsh, repixanru hkahwakanru yonhatshi morfofonológicos Manxinerunruha.</p> Natália Cristine Prado Fábio Pereira Couto Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 58 79 O português em Angola: língua materna e língua segunda nos subsistemas de ensino https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1542 <p>Esta pesquisa tem como propósito, fazer uma abordagem sobre – “O português em Angola – como língua materna e língua segunda nos subsistemas de ensino”. O estudo formulou como objetivos (i) analisar alguns fatores que estejam na base do ensino do Português como língua materna e língua segunda nos subsistemas de ensino em Angola; e (ii) compreender os aludidos fatores subjantes da análise em voga. Apresentamos como enfoque – a pesquisa bibliográfica, numa perspectiva qualitativa e descritiva, apresentando a seguinte questão de partida: Que fatores concorrem para o sucesso ou o insucesso do ensino da Língua Portuguesa como língua materna e língua segunda nos subsistemas de ensino em Angola? Para dar corpo e substância a este assunto, recorremos ao suporte bibliográfico de Mudiambo (2013), Quivuna (2013) Contente (2013) e outros, com os quais, dentre outros aspectos, definimos alguns conceitos sobre língua. Por outro lado, descrevemos outras abordagens sobre o português quer como língua materna, quer como língua segunda nos subsistemas de ensino em Angola, assim como sobre a dimensão intercultural e interdisciplinar do português, o seu caráter didático e pedagógico enquanto disciplina científica, com o suporte de Gaspar et al. (2012), Nauege (2015), Azeredo (2010), entre outros. Outrossim, apresentamos também outras considerações sobre alguns fatores subjacentes, tais como, o caso da formação técnico-científica dos técnicos, o respectivo direcionamento e a sua contínua capacitação, consubstanciados como fatores imprescindíveis e decisivos para o desenvolvimento da política educacional e a sua execução no país. Finalmente, faz-se uma sucinta reflexão sobre o ensino do português em Angola.</p> <p>****</p> <p>Uzambwilu yu wakala ni disukilu kubanga uzwelelu walungu ni – “Phutu mu Ngola kala dizwi dya umama ni dizwi dya kayadi mu ukexilu wa ulongelu”. Oulongesu wakala ni mbambe kala (i) kuzambula ikuma imoxi yakala budimatekenu dya ulongelu wa Phutu kala dizwi dya umama ni dizwi dya kayadi mu ukexilu wa ulongelu mu Ngola; ni (ii) Okutetuluka mukaxi ka ikuma yaxindi mu uzambwilu yu. Twalondekesa kala utundisilu – uzambwilu wa mikanda, mukexilu wa uvudilwilu ni wa utangelwelu, mukuta odiba didi dya dimatekenu: Ikuma yahi yakala mu ukudilu mba uxombelu wa ulongelu wa Dizwi dya Phutu kala dizwi dya umama ni dizwi dya kayadi mu ukexilu wa ulongelu mu Ngola? Anga mu kubana nguzu mu maka ya, twai mu mikanda ya Mudiambo (2013), Quivuna (2013) Contente (2013) ni akamukwa, ni ene, mu kaxi ka ima ya kamukwa, twatetulwila maba amoxi alungu ni dizwi. Ku mbandu yakamukwa, twatongolwela izwelelu yengi yalungu ni phutu, mukwila kala dizwi dya umama, kala dizwi dya kayadi mu ukexilu wa ulongelu mu Ngola, kala we mu unene wa ifwa ni wa ilongelu imoxi ya phutu, ni ukexilu we wa didatika ni pedagojiya kala dilongesu dya kwijiya, ni ukwatekesu wa Gaspar et al. (2012), Nauege (2015), Azeredo (2010), ni akwamukwa. Kyamukwa, twalondekesa na izwelelu yakamukwa yalungu ni ima imoxi ni yengi. Kyamukwa, twalondekesa na izwelelu yakamukwa yalungu ni ima imoxi ya kingoho, kala, kulongesa mu kwijiya kwa akalakadi, oulondekesu ufamena ni ulongelu we mu ithangana yoso, walungu ni ikuma yakolo ni ifamena mu ukudisilu wa ukexilu wa ulongelu ni ubangelu we mu ixi. Mu usukininu, abangeku kixinganeku kyalungu ni ulogelu wa Phutu mu Ngola.</p> André Zua Bulo Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 80 97 O papel da língua portuguesa face as mudanças culturais https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1346 <p>O presente artigo intitulado “Papel da Língua Portuguesa Face às Mudanças Culturais” tem como objetivo geral confrontar o papel da língua portuguesa face às mudanças culturais. Especificamente pretende-se analisar o processo inerente às mudanças culturais, descrever as mudanças culturais vivenciadas pela humanidade e analisar o papel da língua portuguesa. A sua abordagem resulta do problema formulado que é: qual é o papel da língua portuguesa face as mudanças culturais? Para tal, selecionou-se como metodologia a revisão bibliográfica que nos possibilitou a construção do enquadramento teórico. É através desta metodologia que chegamos à conclusão de que as mudanças culturais ocorrem para reduzir ou transformar a estrutura cultural sendo o homem o principal agente de mudança. Sendo que, o que origina as mudanças culturais são fatores internos e externos da cultura, como é o caso da necessidade de comercialização de novos produtos culturais gerados pelas transformações. Esta levou o homem a gerar nova condição tecnológica para a difusão dos produtos o que passou a se designar por culturas de ‘‘massas’’. Assim, diante das mudanças culturais, a língua portuguesa deve desempenhar o seguinte papel: conservar, registrar, legislar o que se vai transformando para que ela e as línguas autóctones bem como a culturas se mantenham intactas.</p> <p>****</p> <p>Kaa ku cinca ka ndhavuko, xicongomelo xa yona xo angarhela i ku langutana na xiave xa ririmira ra xiputukezi emahlweni ka ku cinka ka ku mindhavuko. Hi ku kongoma, yi kongomisiwile ku xopaxopa endlelo ra ku ntumbuluko ra ku cinca ka mindhavuko, kuhlamusela ku cinca ka mindhavuko loku vanhu va hlanganaka na kona, ku xopaxopaxiave xa ririmi ra Xiputukezi. Endlelo ra yona ri huma eka xiphiqo lexi vumbiweke lexinga: hi wihi ntirho wa ririmi ra Xiputukezi emahlweni ka ku cinca ka mindhavuko? Kufikelela leswi, nxopaxopo wa bibliyografiki wu hlawuriwile tanihi maendlelo, leswiendleke leswaku hi kota ku aka rimba ra thiyori. Hi ku tirhisa endlelo leri hi kote kufikelela makumu ya leswaku ku cinca ka ndhavuko ku humelela ku hunguta kumbe kuhundzula xivumbeko xa ndhavuko, laha munhu a nga muyimeri lonkulu wa ku cinca.Tanihi leswi, leswi sungulaka ku cinca ka ndhavuko i swilo swa le ndzeni kumbeehandle ka ndhavuko, ku fana na xilaveko xo xavisa switirhisiwa leswintshwa swandhavuko leswi tumbuluxiweke hi ku cinca. Leswi swi endle leswaku munhu atumbuluxa xiyimo lexintshwa xa thekinoloji xa ku hangalasiwa ka swilo leswiendliweke, leswi nga tiviwa tanihi mindhavuko ya “vunyingi.” Xisweswo, emahlwenika ku cinca ka mindhavuko, ririmi ra Xiputukezi ri fanele ku tlanga xiave lexa landzelaka: ku hlayisa, ku tsarisa, ku veka milawu ya leswi hundzuriwaka leswaku ronana tindzimi ta rixaka xikan’we na mindhavuko swi tshama swi ri tano.</p> Esaú Elias Constantino Nhanale Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 98 113 Análise comparativa da leitura e escrita dos alunos do ensino bilíngue: do Echuwabo ao Português https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1547 <p>Este estudo baseia-se em evidências que mostram que alunos com dificuldades de leitura na sua língua materna (bantu) transportarão esta dificuldade para a leitura do Português (língua segunda/língua estrangeira - L2/LE) (Nijakowska, 2010). Esta pesquisa, conduzida em 2022, parte dos problemas de aprendizagem, que muitos alunos do Ensino Primário moçambicano evidenciam e procura estudar a correlação leitura e escrita em L1 e L2, em alunos do Ensino Bilíngue (EB), na província da Zambézia, Distrito de Maquivale, zona rural, com o Português como língua estrangeira; e, portanto, demonstrar o potencial didático da identificação desses problemas no aperfeiçoamento da competência leitora e escrita desta população. O estudo parte da seguinte questão: De que forma o estudo da correlação leitura e escrita em L1 e em L2/LE pode ajudar aos alunos do Ensino Primário do Ensino Bilíngue a melhorarem a sua competência leitora e escrita em língua portuguesa? A nossa pesquisa com, enfoque qualitativo e quantitativo, baseou-se na análise de textos e de leituras, em Echuwabo (L1) e em Português (L2/LE), produzidos e lidos, em voz alta, por 20 alunos que frequentam a 6ª classe, do subsistema de Educação Bilíngue, bem como questionários feito a alunos e professores. As principais conclusões apontam para a eficácia do estudo da correlação leitura e escrita em L1 e L2, no aperfeiçoamento da competência leitora e escrita dos alunos, visto que, geralmente, problemas de descodificação, de correlação grafema-fonema, registrados na aprendizagem em L1 se refletem posteriormente na transição para L2/LE, embora alguns <em>deficits</em> de leitura e de escrita respondam à problemas estruturais como práticas metodológicas e programas do EB inadequados, falta de materiais, professores sem formação, etc.</p> <p>****</p> <p>Masunzo aba anttonyiedha dhihwanyiwe mu masunzoni wa anamasunza abale ana makattamiyo a owengesela na elogelo ya mmawani, anele okana makattamaiyo aba agengeselaga elogelo ya lizu nezugu (Nijakowska, 2010). Masunzo aba akosiwe yaka ya 2022, akalaga epade ya masunzu, enna anamaunza a mwalano dhoroma dha masunzo a lizu na mmawani na lizu nezugu, mwa anamasunza ansunza na dhilogelo bili a provincia yo zambezia, kwatti yo maquivave, onaga ezugu ninga elogelo ya elabo inaguwa; nona anologiya enziwani mwa ofwanya dhipano dha maka maka dhofiyedhana ofwanya makattamiyo oziwa oleba na owengesela mwa nlogo ntti. Masunzoya aba aromile na nivuzo ninga ntti: mukalelogani onkamiyedha oleba na owengesela na elogelo ya ezugu na ya elabo inaguwa onodhaga okamiyedha anamasunza a mwalano dhroma na masunso a dhilopgelo bili owkamiyedha oleba na owenegela na lizu nezugu? Mabasa aba anttameleca osequesera na owenbesa esile dinlebiwa na dhinengeseliwa, na Echuwabo, vina na ezugu vamodha elogelo inaguwa, dhinlalleiwa na nzu nowoba na muttengo wa anamasunza makumeli ansunza kalassi yo nottana mu msunzoni a dhilogelo bili, ninga mavuzo ankosiwa mwa anamasunza. Dha maka maka dhifwanyiwe dhintonya makattamiyo a oziwa oleba na owengesela na elogelo ya mmawani na elogelo ya ezugu, na oziwa oleba na owengesela mwa anamasunza, eziweaga wi makattamiyo anfwanyeeca muttapulelani dhinsunzani na dhinsunzani mu elogeloni ya mmawani dhinodhaga owonea agafunga olupela elogelo ya mmwani mpaka elogelo ya ezugu, masiki na makattamiyo a owengesela na leba arumelelga makatmiyo anawafwanya munsunzana dhilogelo bili, na odjombeliwa dhipano dha mabasa amwa anamunziya abale ailibiwe na gano dhosunziyana na dhina.</p> Leonarda Jacinto José Maria Menezes Gilberto Necas Mucambe Milice Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 114 133 Práticas de leitura em sala de aula pela perspectiva interacionista em Moçambique https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1466 <p>Neste artigo, de cunho documental objectivamos analisar as perguntas de leitura do livro didáctico da língua portuguesa da 9ª classe. Com base nele, analisamos as etapas assim como a classificação das perguntas de leitura que consideramos importantes para a formação de leitores críticos e assíduos. Partimos da premissa segundo a qual, no contexto de Moçambique, o trabalho com a leitura em sala de aula ainda incide sobre a perspectiva estruturalista, razão pela qual se valoriza mais o material linguístico como detentor de sentido, neste contexto, os elementos contextuais são postos de lado. Com efeito, a noção de leitura discutida neste artigo se engendra e se alicerça na perspectiva interacionista. Deste modo, a nossa fundamentação teórica foi construída à luz dos autores como: Cuamba &amp; Tachiua e Cigarros (2020); Fuza (2010); Fuza &amp; Menegassi (2022); Menegassi (2022); e Solé (1998). Quanto aos procedimentos metodológicos, enveredamos pela abordagem qualitativa de cunho descritivo. Quanto às técnicas de recolha de dados, pautamos pela pesquisa documental e, quanto as técnicas de análise e interpretação de dados, escolhemos a análise de conteúdo. A partir dos resultados da pesquisa, concluímos que as perguntas de leitura analisadas não atendem as etapas de leitura necessárias para a formação de leitores críticos. De facto, as perguntas apresentadas não são sequenciadas e perguntas em função das etapas que vão desde a descodificação, compreensão, interpretação e retenção.</p> <p>****</p> <p>Eka xitsalwana lexi, xa muxaka wa matsalwa, hi kongomisa ku xopaxopa swivutiso svo hlaya ku suka eka buku ya ririmi ra Xiputukezi ya buku ya 9. Hi ku ya hi yona, hi xopaxophile magoza xikan’we na ku hlawuriwa ka svivutiso svo hlaya lesvi hi svi tekaka svi ri sva nkoka eka ku vumbiwa ka vahlayi lava xopaxopa na lava hisekaka. Hi sungula eka xisekelo xa leswaku, eka xiyimo xa Mozambhiki, ntirho na ku hlaya etlilasini wa ha kongomisa eka langutelo ra xivumbeko, hi yona mhaka leyi swilo swa ririmi swi tekeriwaka enhlokweni ngopfu tanihi mukhomi wa nhlamuselo, eka xiyimo lexi, swiaki sva xiyimo svi vekiwa etlhelo. Kahle-kahle, mianakanyo ya ku hlaya leyi ku buriweke ha yona eka xihloko lexi yi tumbuluxiwile nasvona yi sekeriwe eka langutelo ra vuhlanganisi. Hi ndlela leyi, masungulo ya hina ya thiyori ya akiwile hi ku vona vatsari vo fana na: Cuamba &amp; Tachiua e Cigarros (2020); Fuza (2010) naswona; Fuza na Menegassi (2022) na vona; Menegassi (2022) naswona; na Solé (1998) na vona. Loko ku ri maendlelo ya maendlelo, hi amukerile endlelo ra xiyimo, ro hlamusela. Loko ku ri tithekiniki to hlengeleta datha, hi kongomise eka ndzavisiso wa matsalwa nasvona, loko ku ri tithekiniki ta nxopaxopo wa datha na nhlamuselo, hi hlawurile nxopaxopo wa nhundzu. Ku suka eka mimbuyelo ya ndzavisiso, hi gimete hi lesvaku svivutiso swo hlaya lesvi xopaxopiweke a swi fikeleli sviteji svo hlaya lesvi lavekaka eka ku vumbiwa ka vahlayi lava xopaxopa. Entiyisweni, svivutiso lesvi nyikeriwaka a svi landzelelani nasvona i svivutiso lesvi simekiweke eka sviteji lesvi sukaka eka ku dekhoda, ku twisisa, ku hlamusela na ku hlayisa.</p> Dércio Gidrião Cossa Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 134 156 Educação intercultural: uma perspectiva para a formação de professores na Guiné-Bissau https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1579 <p>O presente artigo discute a interculturalidade como meio sinérgico para trabalhar, através da formação de professores, uma atitude de resistência e de reconhecimento das realidades socioculturais, linguísticas e identitárias, historicamente, silenciadas na Guiné-Bissau, considerando o processo da colonização como um dos fundamentais fatores que viabilizam esse silenciamento. A partir das abordagens de Candau (2011) e de Mendes (2011), a pesquisa tem como objetivos entender como a educação intercultural pode servir como um exequível trilho para a formação dos professores de Língua Portuguesa e compreender como a interculturalidade pode contribuir na luta pelos direitos e pela igualdade no sistema educacional guineense. A metodologia utilizada focou a pesquisa bibliográfica, pois é o tipo de pesquisa que se realiza com o intuito de atualizar informação e conhecimento através de obras já publicadas referentes ao objeto que se pretende investigar. Como resultados, conclui-se que é imprescindível que sejam implementados no debate, em diferente camada social, sobretudo na formação de professores, assuntos voltados ao reconhecimento das diferenças que compõem o mosaico linguístico e cultural guineense como valores que precisam ser articulados.</p> <p>****</p> <p>Makala haya yanajadili utofauti wa tamaduni kama njia shirikishi ya kufanya kazi, kupitia mafunzo ya ualimu, mtazamo wa kupinga na kutambua hali halisi ya kitamaduni, lugha na utambulisho, kihistoria, iliyonyamazishwa nchini Guinea-Bissau, ikizingatiwa mchakato wa ukoloni kama moja ya sababu za kimsingi zinazowezesha. ukimya huu. Kulingana na mikabala ya Candau (2011) na Mendes (2011), utafiti unalenga kuelewa jinsi elimu baina ya tamaduni inaweza kutumika kama njia mwafaka ya kuwafunza walimu wa lugha ya Kireno na kuelewa jinsi tamaduni mbalimbali zinavyoweza kuchangia katika kupigania haki na usawa nchini. mfumo wa elimu wa Guinea. Mbinu iliyotumika ililenga utafiti wa kibiblia, kwani ni aina ya utafiti unaofanywa kwa lengo la kusasisha habari na maarifa kupitia kazi zilizochapishwa tayari zinazohusiana na kitu kinachokusudiwa kuchunguzwa. Kama matokeo, inahitimishwa kuwa ni muhimu kwamba maswala yanayolenga kutambua tofauti zinazounda mosaic ya lugha na kitamaduni ya Guinea yatekelezwe katika mjadala, katika matabaka tofauti ya kijamii, haswa katika mafunzo ya ualimu, kama maadili yanayohitaji kutekelezwa. kuelezwa.</p> <p> </p> Joselino Guimarães Gilvan Müller de Oliveira Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 157 166 O Contributo da Filosofia africana na construção da identidade cultural moçambicana https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1591 <p>A presente pesquisa aborda o contributo da filosofia africana na construção da identidade cultural moçambicana, a mesma problematiza a relação entre a filosofia africana e a identidade cultural moçambicana por meio de análise aprofundada das diversas correntes filosóficas africanas e de elementos culturais específicos do país, tendo como objetivo geral analisar a contribuição da filosofia africana na construção da identidade cultural moçambicana. Os objetivos específicos relacionam-se com a caracterização da filosofia africana e sua relação com a identidade cultural moçambicana; descrição dos principais elementos materiais e imateriais da cultura moçambicana; explicação das formas de influência dos valores, crenças, tradições e filosofia africana na construção da identidade cultural moçambicana. A pesquisa justifica-se pelo fato de proporcionar percepções valiosas a fim de promover apreciações amplas e profundas sobre a herança cultural moçambicana. A pesquisa foi realizada por meio da abordagem qualitativa, de natureza exploratória por meio da revisão bibliográfica. A pesquisa elucidou que a filosofia africana desempenha um papel importante na formação da cultura moçambicana, fornecendo uma base filosófica para a percepção da diversidade, preservando a ancestralidade e promovendo uma identidade cultural moçambicana mais autêntica e forte e uma compreensão mais profunda e enriquecedora das tradições da sociedade moçambicana.</p> <p>****</p> <p>Utafiti huu unaangazia mchango wa falsafa ya Kiafrika katika ujenzi wa utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji, unatatiza uhusiano kati ya falsafa ya Kiafrika na utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji kupitia uchambuzi wa kina wa mikondo mbalimbali ya falsafa ya Kiafrika na vipengele maalum vya kitamaduni vya nchi, kwa kuchukua kama ujumla. lengo la kuchambua mchango wa falsafa ya Kiafrika katika ujenzi wa utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji. Malengo mahususi yanahusiana na sifa za falsafa ya Kiafrika na uhusiano wake na utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji; maelezo ya nyenzo kuu na vipengele visivyoonekana vya utamaduni wa Msumbiji; maelezo ya njia ambazo maadili, imani, mila na falsafa za Kiafrika huathiri ujenzi wa utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji. Utafiti huu unathibitishwa na ukweli kwamba unatoa umaizi muhimu ili kukuza uthamini mpana na wa kina wa urithi wa kitamaduni wa Msumbiji. Utafiti ulifanywa kwa kutumia mbinu ya ubora, ya asili ya uchunguzi kupitia uhakiki wa fasihi. Utafiti ulifafanua kuwa falsafa ya Kiafrika ina jukumu muhimu katika malezi ya utamaduni wa Msumbiji, kutoa msingi wa kifalsafa kwa mtazamo wa utofauti, kuhifadhi ukoo na kukuza utambulisho wa kitamaduni wa Msumbiji halisi na wenye nguvu zaidi na uelewa wa kina na unaoboresha wa mila za Msumbiji. Jamii ya Msumbiji.</p> Roberto Candido Anselmo Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 167 184 A variante do português falado por falantes de língua materna ciwutee: caso de alunos da 9ª classe na Escola Secundária Geral de Marera - Macate https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1538 <p><strong> </strong>O presente artigo aborda a questão da variação da língua portuguesa falada por alunos cuja língua materna é o Ciwutee, mais especificamente em alunos da 9ª classe na escola secundária de Marera no distrito de Macate em Manica. A pesquisa foi induzida pelo interesse em estudar a variante gerada da co-ocorrência da língua portuguesa com a língua Ciwutee nas localidades circunvizinhas da cidade de Chimoio onde a língua materna é a Ciwutee. Esta variação diatópica, gera para os seus usuário uma identidade na pronúncia do português que muitas das vezes pode gerar uma discriminação por parte dos usuários de outras variantes e com vista a trazer algum esclarecimento em relação a alguns dos elementos que são de extrema implicância para a existência desta variante, optou-se por perguntas de pesquisa que tinham por partida desvendar os elementos que geram a variação da pronúncia nestes falantes e o seu comportamento na coabitação e coocorrência. A pesquisa foi de abordagem dedutiva com procedimentos quanti-qualitativos, tendo sido selecionados e aplicados a entrevista e o questionário como os principais métodos de recolhas de dados com vista a estudar os elementos destacados como origens para esta variação, tendo levado estas ferramentas a conclusões de que a origem desta variação está ligada a elementos de natureza lexical da língua Ciwutee, as palavras usadas para nomear e/ou descrever objetos, ações e mais, geram a presença de alguns sons, pontos e modos de articulação peculiares aos existentes na língua portuguesa, e durante a coocorrência/coabitação destas línguas, muitas destas peculiaridades são transportadas para a língua portuguesa.</p> <p>****</p> <p>Ruziyo uwu unophashanura nyaya ye musiyaniso we mareketero e ciputukezi,anorekethwa nge afundi anoseenzesa mareketero e Ciwute, nyanye-nyanye afundi e bhuku re ci 9ª mwe pa Cikora ce Mabhuku e Pakati-ne-pakati ce Marera, mu dishitiritu re Macate mu Manica. Kukwarakwatisa uku, kwakayithwa nge kuzvipira kuda kufunda kusiyana kunokonzerhwa nge mureketero we ciputukezi pamwepo ne ciwute mu mitanha ye mudhuze ne thawundi re mu Chimoio, umu mekuti mureketero we kutanga ngewe Ciwute. Musiyaniso uwu we ciyanhu, unowunza ku ayiti, kupangidza pacena mukureketa ciputukezi, izvo zvekuti zvinowunza kushora ku areketi e musiyaniso yimweni, asi ngekudazve kuwunza pacena ruziyo umweni wakakosha mukururhwa ke musiyaniso uwu,zvakayita nyore kuwunza mibvunzo ye kukwarakwatisa iyo yanga yine donzo re kubudisa pacena izvo zvinowunza musiyaniso ye mareketero ku areketi pamwepo ne tsika mukurarama ne mukuyita. Kukwarakwatisa uku kwakawa ke ruziwo wakapunguka kwakavengana ne gwanza re uwandu-mukurongeka,izvo zvakayita kuti parongedzwe ne kuyithwa phashanuro ye mibvunzo, ariwo makwanza e kukohwa magumo , kurikuda kufunda zviro zviri mukuwamba ke misiyaniso iyi,zvakayita kuti patorhwe zvidziyo zvine magumo e kuti maambo e misiyaniso iyi aka ringana ne zvipangidzo zvekubva mu maambo e mareketero e Ciwute, mazwi anoseenzeswa pakuda kupangidzira kana kupanganidza zvidziyo, zviito ne zvimweni, zvinowunza mazwi amweni, mbuto ne mishobo ye kududza mazwi ekuti akatenderhwa uye arimo mu ciputukezi, uyezve mukuyirikira/mukati me mureketero uwu, mazhinji e mazano anoyendeswa mu mareketero e ciputukezi.</p> <p><strong> </strong></p> Amade Assane Ossufo Jose Luís Dias Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 185 202 Tessitura textual: referência anafórica e catafórica https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1331 <p>A presente pesquisa tem como propósito caracterizar a função da referência aos processos anafóricos (RPA) e catafóricos (RPC) na escrita para evitar a redundância e tornar os textos com a melhor conectividade sequencial e conceptual. Com o efeito, o trabalho é norteado pelo seguinte problema de investigação: de que forma podem a referência anafórica e catafórica tornar os textos mais percetíveis? Tendo como principais unidades de reflexão: (i) Tessitura textual; (ii) Anáfora e catáfora; (iii) Coesão e coerência textual. Ele resultou de uma análise de 24 textos escritos por alunos candidatos ao curso de Educação de Infância numa Escola do Ensino Superior angolano. A abordagem foi orientada pela LT de Adam (2008) como teoria científica de base, ao passo que a Análise de Conteúdo de Bardin (1977; 2008) foi empregue como método de análise de dados. E para o tratamento de dados dos textos A1 até A24 fez-se o recurso ao <em>software</em> <em>MAXQDA</em>. Os principais resultados da análise dos dados recolhidos apontam que a metade dos textos dos candidatos que tivemos acesso, alvos da nossa análise, fazem recurso à RPA do tipo definido fiel, isto é, substituição pela mesma palavra ou pelo mesmo termo, produzindo problemas de redundância. Este fato faz com que os textos tenham uma baixa qualidade de conectividade sequencial e conceptual. Desse modo, considera-se então a importância de aprofundamento dos conteúdos da RPA e da RPC para que os alunos possam produzir textos sem, no entanto, fazer muitas repetições de palavras.</p> <p>****</p> <p>Emvavila yayi yina yo lukamu lwa sya e dimbu kya mbembe ya mvovilu ye anafórica (RPA) ye ya catafórica (RPC) muna nsonekeno mu dyambudya tina ovovalela ye kitula o lutangu lwa mbote, muna ndanda sani a yi salu ngindu. Muna dyambu, e salu ki kwenda kuna ntandu evo ku ntuvala muna mpimpita eziza ntambelo: mu meya mpila e mvovilu anáforica ye catáforica. Kituka o lutanga lwa toma kala lwa n´tanakani? Muna kala vo e kintwadi kya ngindu kya sikidikiswa: (i) Nsonekeno lutangu; (ii) Anáfora ye catáfora; (iii) Engikaneseno ye ndandaseneno ya lutangu. Oyandi ovene e ndandu muna lufimpu lwa makumoole ye ya dya matangu ma sonekwa lwa a longoki aya benavo n´lambi mya ndongokelo za lusansu lwa a leke, ba kalasi kya mungunuka kya nsiyeto ya Ngola. Embokessa kya twadiswa kwa LT ky Adam (2008) yi túuku dya ngindu zandongo kelo, muna lutambi lwa fimpa o mambu me longokwa ma Bardin (1977; 2008) ma longelwa bonso ndekwa ya lufimpu kayilwa n´samu. Yi mu dyambu dya mawu ku n´kayila, ma tutangu twa a longoki A1 ty A24 twa vanga dyaka e mvutukulu ya <em>software MAXQDA.</em> O mkatikwa mvutu za lufimpu lwa n´kayila wu bakamene wu mwene vo e ndambu ya tutangu twa lambi aya bakedi yetu o luvé, muna lufimpu lweto, vanga e mvutukila a mu mpila ya sasilwa, i dyodyo yi mvinganeno a mpava yayo eve mvovo wawo kaka, yi wutidi mambu ma vovolela mpava mu lutangu. Edyambu dyadi, dyawu disavo e tutangu two kala ye nkulukilu a tezo kya ngikaneseno ya ndandasani a ngindu. Mu mpila yayi, tubakila o m´funu a kota kikilu muna mana tulongoka ma RPA ye ma RPC mpasi vo a longoki ba lenda vanga evo wuta a tutangu, kondwa kwa lembivutukila e mpova.</p> Martins Nvuenda Baveca Aldora Astreia Cadete Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 203 224 Inclusão dos alunos com dificuldade visual na Província de Nampula https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1604 <h1>Esta investigação intitulada “Inclusão dos alunos com dificuldade visual na província de Nampula”, pretende identificar as estratégias voltadas para a inclusão dos alunos com dificuldade visual que necessitam de apoio aos serviços de educação especial numa instituição Y. Como opção metodológica, escolheu-se a abordagem qualitativa; quanto aos procedimentos é um estudo de caso e quanto ao objectivo é uma pesquisa descritiva. Participaram no presente estudo 6 (seis) colaboradores sendo (1 director, 3 professores e 2 alunos). O instrumento usado para a recolha de dados, foi a entrevista semiestruturada. Ora, os resultados deste estudo demonstram que, na instituição em estudo, os colaboradores têm envidado esforços na socialização dos alunos, na criação de recursos didácticos, na formação de turmas por tipologias para acomodar alunos com necessidades educativas especiais diferentes. Os alunos com dificuldade visual não se juntam na mesma turma com os de carácter auditivo, mas podem se juntar com estudantes normais e com necessidades psico-motores e físicas. Assim sendo, os alunos começam as suas aulas com instrumentos disponibilizados pelos professores, como é o caso de favos de ovos, depois passam para pauta ou punção e por último para o sistema braile. Nesta instituição de ensino, não existem professores com formação específica para lidar com estudantes com dificuldade visual, mas têm participado nas capacitações de curta duração promovidas pela Direcção Provincial de Educação de Nampula e pela equipa da Associacão dos Deficientes Moçambicanos (ADEMO). Conclui-se que nesta instituição, a interacção é positiva no processo de ensino e aprendizagem. Infere-se que os colaboradores disponibilizam favos de ovos, pautas, máquinas braile, plantas e mapas no processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, a metodologia de ensino pautada pelos professores nas salas de aula é a colaboração conjunta.</h1> <p>****</p> <h1>Mùpuwelo ola wa “Wùrányiwa w’asomi ahinòna sàna eprovinsiya ya Wámphula”, omphavela osuwela inamuna sinruméliwa wìra yùrányiwe asomi ahinòna sàna, enaphwanelela mukhaliheryo wósoma nipuro khàta (Y). Evareliwo, ethanliwe esomelo yòsuluheya; nave ntthariheliwe osoma nipuro nothanleleya vaphaveliwaka othoriha mukhalelo aya. Ahírela mpantta yósoma ela anamuteko athanu ni mmosa (6) mwa yàwo (Tiretòre 1, Mapursòre 3 ni asomi 2). Ekaruma ekhweihenrye othukumanyerya mihupi, ovànelela. Nto, okhomoni waya vahònihereya wìra opuro ole onsommwe, anamuteko annikhanyànya wàtthekuliha asomi, otthokiha ikaruma sòsomela, wáhela asomi wìra esomeke ettharihelaka muthinto wa mukhalelo aya. Asomi ahinòna sàna khantakanxeriwa n’ale ahinìwa, masi ákhala ósoma poromosa n’asomi akumi walá arakanle nnari amaneñye. Sìso, asomi annipatxerya osoma waya n’ikaruma sitthokihiwe ni mapursòre, ntokoni opuro oniheliwa màtxe, vanattharelana silempwe ni wòkiseryani vanasommwa ni braile. Opuro ene yòla onisommwa, khakhanle mapursòre axonenle wàsomiha anaxikola ahinòna sàna, masi awo anírela mpantta mixuttiho kamosa-kamosa sinetetéliwa ni mwálàno wósoma eprovínsiya ya Wámphula vamosá ni Nikhuru na Alipa-òrakala Omosampìkhi (ADEMO). Vannisinseriwa vahimmwaka wìra opuro ene yòla masomeliwo tòluluwanyeya. Vannisuweleya wìra anamuteko annikumiha nipuro ninheliwa màtxe, sólempwa sòvirikana, ni mákina a braile, miri ni màpha okathi wósoma ni oxutta. Vàvo nto, masomiheryo aya mapursòre musàla ankhala okhaliheryana.</h1> Nharongue David Araujo Natalia Jose Toqueleque Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 225 240 Recursos audiovisuais, um olhar à sua exploração em aulas de língua portuguesa: Caso dos professores da Escola Secundária 7 de abril de Chimoio-Moçambique https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1507 <p>O presente artigo tem como objetivo analisar a Exploração dos Recursos Audiovisuais (imagens) em Relação ao Texto nas Aulas de Língua Portuguesa, verificando como esse recurso pode contribuir na construção do conhecimento, onde exploramos também, até que ponto as imagens podem ser exploradas nas aulas de Língua Portuguesa (LP) e quais impactos têm nessas aulas, visto que uma aula leccionada sem a devida exploração das imagens que aparecem nos Manuais Didáticos é uma aula totalmente diferente daquela que é lecionada com total exploração desse importante recurso didático, a imagem. A exploração dos recursos audiovisuais nas aulas de LP não apenas ajuda no processo de interpretação e compreensão do texto pelos alunos, mas também, promove positivamente a inclusão na sala de aulas, isso porque se houver na sala alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) especificamente auditivas, por exemplo, eles podem não compreender auditivamente o assunto tratando na aula, mas visualizando as imagens que acompanham o texto, o aluno com NEE pode compreender a aula como o restante dos alunos da sala. Este estudo foi desenvolvido a partir duma revisão bibliográfica sobre o tema e de uma pesquisa exploratória, com pesquisa de campo. Usamos também, a observação e um guião de entrevista para proceder com a recolha dos dados direcionados aos professores da escola Secundária Geral 7 de Abril de Chimoio, visto que se pretende com a pesquisa, analisar como os professores de Língua Portuguesa usam os recursos audiovisuais nas suas aulas para ajudar os alunos a compreender o conteúdo da aula.</p> <p>****</p> <p>Fundo iyi yine cinangwa ce kuwongorora mawonero e zvidziyo zve kuzwa ne kuwona (zvipangidziro) zviri mumayererano ne dzamatsama mu mafundiro e ciputukezi, kuwongorora kuti zvidziyo izvi zvine rubatsiro wakadini mu ruziyo, petino wongororazve, dakara mbuto yipi zvipangidziro zvino kwanisika mu mafundiro e ciputukezi ne kutizve, zvine budiriro rakadini mu mafundiro awa, ngekuti fundiso yinoyizwa yesina zvipangidziro zvinowuya mu mabhuku ekufundisa nawo mafundiro, akasiyana ne awo anoyizwa ne wongororo iyo ye zvidziyo zvekufundisa nazvo, cipangidzo. Kuseenzeswa ke zvidziyo zve kuzwa ne kuwona mu mafundiro e ciputukezi azvibatsiri basi mu mukana we kuturikira ne kuzwisisa ke dzamatsama ku afundi, asiwo, zvinowunza kubatana mu mbuto ye zvekufundira,izvi ngekuti mukawoneka mu mbuto yezvekundira afundi ane dambudziko rekuti afunde akadayi hinga esikazwi, hinga, awona angatama kunatsa kuzwisisa izvo zvinonga zvarongedzwa mu mbuto ye zve kufundira, asi eciwona zvipangidzo zvinowuya ne dzamatsama, mufundi unonga ane dambudziko rekuti afunde unga kwanisa kuzwa mafundiro hinga adoni ake mu mbuto ye zvekufunda. Ruziyo uwu wakayizwa nge kuyerengwa ke mabhuku ane donzo, raka ringana ne kukwarakwatisa, pamwepo ne basa re mu mutanha. Takaseenzesazve, kuwona pacena pamwepo ne cipangidzo ce kuyita mibvunzo kuti tikwanise kutambira mazhinji akaringana ne afundisi e pacikora cepamusoro ce 7 de Abril ce mu Chimoio, ngekuti tirikuda nge ruziyo uwu, kukwarakwatisa dakara papi afundisi e ciputukezi anoseenzesa zvidziyo zve kuzwza ne kuwona mu mafundisiro awo kuti abatsire afundi kuzwisisa donzo re zvifundwa.</p> Santos Pedro Elizabeth Mariana Alfredo Capathia Nahia Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 241 256 Metodologia de ensino: o caso da Universidade Cuito Cuanavale em Angola https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1480 <p>A docência no Subsistema de Ensino Superior, exige por parte dos docentes, o conhecimento de diversas metodologias de ensino, de modo que a aplicação das mesmas, venham possibilitar a criação de um ambiente de aula inclusiva, onde o docente planifica em função dos diversos níveis de assimilação existente na sala de aula, evitando assim, tornar alguns alunos invisíveis. A presente investigação, tem como objetivo, analisar as metodologias de ensino utilizadas no Ensino Superior em Angola, com foco na Universidade Cuito Cuanavale em Angola, possibilitando assim, ter uma visão geral das metodologias de ensino aplicadas e identificar possíveis áreas de melhoria para aprimorar a qualidade do ensino na instituição. Para a elaboração deste artigo, tendo em consideração o raio de alcance do assunto, achou-se conveniente utilizar o enfoque de pesquisa, estudo de caso de natureza exploratória, com uma abordagem mista. Na presente investigação, fez-se inicialmente uma abordagem sobre o ensino superior em Angola, tendo como foco o histórico da Universidade Cuito Cuanavale, posteriormente ecfetuou-se, uma breve fundamentação sobre metodologia de ensino no subsistema, assim como a apresentação e discussão dos dados, onde de forma genérica os inquiridos, convergem em dizer que a não aplicação de metodologias no processo de ensino-aprendizagem, impossibilita o alcance dos objetivos, tornando o processo de ensino-aprendizagem ineficiente e concomitantemente, os alunos saem desprovidos, do saber conhecer, saber fazer, saber ser e saber viver juntos e consequentemente, a formação integral da jovem geração, não é efetiva. Finalmente, aludiu-se a Sugestões para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, recomendações finais e referências bibliográficas.</p> <p>****</p> <p>Elilongiso lia velapo, lisukila konepa lialongisi, ukulihiso liovihandeleko viokulongisa, oco kuecelele elilongiso luwiti, oco ulongisi a tele okupongiya oku pisa kuava va telã lava kava telã vo hondo lielilongiso, loku tewuila vamue o londongue. Enonovalo ulo, o kuete ocimaho yoku kulihinsa ovihandeleko vie lilongiso ko citumalo celilongiso liavelapo vo Ngola, cavelapo vali ko citumalo cavelapo coko Cuito Cuanavale, oco cipondole o ku kuata o kulihinso liavelapo liovihandeleko vielilongiso vioku longisa loku vanja olonepa vi sukuila oku miungulola oco o vina viende ciwa vo citumanlo ce lilongiso. Ko ku pongiya upange olo tua nola o kutalavaya lonepa yoku tenga elilongiso. Ku pangue ulo, tua fetikuila tete oku kulihinsa elilongiso liavelapo vo Ngola, oku pisiwa kefetikilo lionjo eli lie lilongiso, noke tualekisa o njila tua kuata, loku lekisa evi tuasanga, okuti valua tuavangula lavo vapopia cimuamue, okuti nda etu ka tupongia ciwa elilongiso lietu, citinla oku sanga eci tu sukila, okukuata evindululo vitela o kukuliha, oku tela o kulinga, okutela oku kala ciwa. Pokusulako tua vangula o nepa yoku unjukisa o nepa yaso eyi yelilongiso, loko lekisa va kuakutaya vamue vavangula ale onepa eye.</p> José Luís Sabonete Calulo Armando Sangueve Sachitota Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 257 274 “A Menina Sem Palavra”, a infância e a contemporaneidade pós-colonial: perspectivas para a formação do leitor literário https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/888 <p>A formação do leitor literário perpassa por várias abordagens e compreende um caminho amplo para que docentes, aliados a outras estratégias, proporcionem, em sala de aula, com ampliação para outros espaços, um público capaz de fazer diferentes leituras de mundo a partir do que se é apresentado de literatura e que esteja envolto às discussões propostas presentes nas diferentes obras literárias. Nessa perspectiva, cabe salientar que tornar possível a leitura de autoria africana pode proporcionar aos discentes um conhecimento mais amplo a respeito, por exemplo, das questões sociais e culturais de determinado povo e, assim, propiciar um mundo menos desigual e, consequentemente, sem preconceitos. Em torno dessa perspectiva, o trabalho em pauta visa apresentar uma reflexão em torno da formação de leitor literário a partir da obra <em>A menina sem palavra</em>, do escritor moçambicano Mia Couto, com vistas à temática da infância e da contemporaneidade pós-guerra em determinadas narrativas. Para alcançar o objetivo, pretende-se, aqui, fazer uma pesquisa descritiva-exploratória, de natureza bibliográfica, em torno de alguns pressupostos teóricos, relacionados à literatura africana de língua portuguesa em sala de aula e as construções narrativas em torno dela, respectivamente, e abordados por estudiosas, como Debus (2017), Mata (1998). Tais enfoques objetivam a formação crítica do leitor literário, de modo a propiciar discussões e reflexões ao referido escopo, que são os estudantes da educação básica.</p> <p>****</p> <p>Ipilẹṣẹ ti oluka iwe-kikọ lọ nipasẹ awọn ọna pupọ ati pe o ni ọna gbooro fun awọn olukọ, ti o ni ibatan si awọn ọgbọn miiran, lati pese, ninu yara ikawe, pẹlu imugboroosi si awọn aye miiran, olugbo ti o lagbara lati ṣe awọn kika oriṣiriṣi agbaye lati ohun ti n ṣẹlẹ. A ṣe afihan awọn iwe-iwe ati pe o ni ipa ninu awọn ijiroro ti a dabaa ti o wa ninu awọn iṣẹ iwe-kikọ. Ni irisi yii, o yẹ ki o ṣe akiyesi pe ṣiṣe ki o ṣee ṣe lati ka onkọwe ile Afirika le fun awọn ọmọ ile-iwe ni imọ ti o gbooro nipa, fun apẹẹrẹ, awọn ọran awujọ ati aṣa ti eniyan kan ati, nitorinaa, pese agbaye ti ko ni aidogba ati, nitoribẹẹ, laisi ẹ̀tanú.. Da lori irisi yii, iṣẹ ti o wa ni ibeere ṣe ifọkansi lati ṣe afihan ipilẹṣẹ ti oluka iwe-kikọ ti o da lori iṣẹ naa Ọmọbinrin laisi ọrọ, nipasẹ onkqwe Mozambique Mia Couto, pẹlu wiwo si koko-ọrọ ti igba ewe ati lẹhin-ogun ni akoko asiko. ninu awọn itan-akọọlẹ kan.. Lati ṣaṣeyọri ibi-afẹde naa, o ti pinnu, nibi, lati ṣe iwadii ijuwe-apejuwe, ti ẹda iwe-itumọ, ni ayika diẹ ninu awọn igbero imọ-jinlẹ, ti o ni ibatan si awọn iwe-iwe Afirika ni Ilu Pọtugali ni yara ikawe ati awọn itumọ alaye ni ayika rẹ, lẹsẹsẹ, ati koju nipasẹ awọn ọjọgbọn bi Debus (2017), Mata (1998). Iru awọn ọna bẹ ṣe ifọkansi ni idasile pataki ti oluka iwe-kikọ, lati le pese awọn ijiroro ati awọn iṣaroye si aaye ti a tọka, eyiti o jẹ ọmọ ile-iwe ti eto-ẹkọ ipilẹ.</p> Carla Alves da Silva Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 275 292 A representação da morte nas narrativas literárias “A noiva de Kebera” e “O filho de Mussassa”, de Aldino Muianga https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1293 <p>As sociedades africanas, pré-estabelecidas e regidas com base nas suas cosmovisões culturais, possuem suas próprias concepções de cultura, de tradições, de rituais, de mortes e de crenças que envolvem este processo da morte. A partir desta perspectiva, os assuntos sobre ritos e crenças a volta dos mortos e dos antepassados são pontos centrais de abordagens nos contos “A noiva de Kebera” e “O filho de Mussassa”, do escritor moçambicano Aldino Muianga. Pois estes elementos que envolvem o processo da morte são tidos, nestas narrativas, como constituintes importantes na estabilidade das aldeias e na preservação cultural de um determinado povo. Por este motivo, o trabalho tem como finalidade analisar a representação da morte, para determinadas tradições moçambicanas, e a partir dessa visão, analisar sobre determinadas crenças e práticas ritualísticas decorrente do processo da morte, assim como examinar como os finados são elevados às dimensões de entidades importantes na preservação cultural e na estabilidade das aldeias Sangwa e Mpissane, mencionadas nos contos. Portanto, os contos “A noiva de Kebera” e “O filho de Mussassa” se destacam absolutamente porque trazem, em suas narrativas, uma perspectiva de análise diferenciada de assuntos como a morte. Portanto, as temáticas no conto são abordadas e expressas a partir da visão de cultura de Moçambique e de África e não da cosmovisão ocidental ou europeia. </p> <p>****</p> <p>Ba sociétés africaines, oyo esalemi liboso mpe etambwisami na kotalaka ba cosmovisions culturelles na bango, ezali na makanisi na yango moko ya mimeseno, bonkoko, milulu, liwa mpe bindimeli oyo esangisi mosala oyo ya liwa. Na kotalaka yango, makambo oyo etali milulu mpe bindimeli nzinganzinga ya bakufi mpe bankoko ezali ba points centrales ya approche na masolo mikuse "Mwasi ya libala ya Kebera" mpe "Mwana ya Mussassa", ya mokomi ya Mozambique Aldino Muianga. Pamba te ba éléments wana oyo esangisi processus ya liwa emonanaka, na ba récits wana, lokola ba constituants importants na stabilité ya ba villages mpe na préservation culturelle ya peuple moko boye. Mpo na ntina oyo, ntina ya mosala oyo ezali ya kotalela ndenge oyo liwa ezali komonisama, mpo na bonkɔkɔ mosusu ya Mozambique, mpe na kotalela yango, kotalela bindimeli mosusu mpe mimeseno mosusu ya milulu oyo euti na mosala ya liwa, bakisa mpe kotalela ndenge oyo bakufi batombolami na ba dimensions ya ba entités importants na préservation culturelle pe stabilité ya ba villages Sangwa na Mpissane oyo elobelami na masapo. Yango wana, masolo mikuse "Mwasi ya libala ya Kebera" mpe "Mwana ya Mussassa" emonanaka mpenza mpo ememi, na masolo na bango, perspective ya analyse différentiée ya ba sujets lokola liwa. Na yango, mitó ya makambo oyo ezali na lisolo mokuse yango etalisami mpe emonisami na kotalela mimeseno ya Mozambique mpe ya Afrika kasi te na kotalela cosmovision ya Mpótó to ya Mpoto.</p> Jandira Francisco Domingos Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 293 305 Démons débonnaires dans le roman des camps https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1472 <p>Le roman des camps, dans son cheminement épistémologique, a toujours respecté une logique notoire : réécrire l’antagonisme sans précédent entre antisémites et Juifs – les premiers étant souvent les bourreaux ; les seconds les souffre-douleurs. Ce qui n’est aucunement surprenant puisqu’il est dans une large mesure héritier de l’histoire ; l’histoire qui a attesté sans ambages que de 1933 à 1945 le régime allemand n’a fait que propager sans état d’âme, partout à l’identique, la même psalmodie de la haine des Juifs qu’il perçoit et traite comme des erreurs de la création ou des contraires de la race humaine. Ainsi, pour de nombreux d’entre eux ayant vécu pendant le règne sanguinaire et létal de ce gouvernement dirigé par le Führer ou Guide Adolf Hitler, ce dernier puis ses nombreux adeptes nazis, à cause de leur méchanceté sans commisération à leur égard, sont des démons. Contrairement à cette perception presque collégiale, la présente étude fondée exclusivement sur quelques œuvres romanesques concentrationnaires françaises va attester qu’il y a des officiers nazis puis leurs sbires qui se sont montrés bons ou humains envers les Juifs au cours de cette période allant parfois jusqu’à sacrifier leur carrière et leur vie. Ce sont de tels protagonistes philanthropes ou humanistes que nous appelons “démons débonnaires”.</p> <p>****</p> <p>The novel of the camps, in its epistemological journey, has always respected a notorious logic: rewriting the unprecedented antagonism between anti-Semites and Jews – the former often being the executioners; the latter the scapegoats. Which is not surprising since he is to a large extent heir to history; history which has unequivocally attested that from 1933 to 1945 the German regime did nothing but propagate without hesitation, everywhere identically, the same chanting of hatred of the Jews whom it perceives and treats as errors of creation or the opposites of the human race. Thus, for many of them who lived during the bloodthirsty and lethal reign of this government led by the Führer or Guide Adolf Hitler, the latter and then his many Nazi followers, because of their wickedness without pity towards them, are demons. Contrary to this almost collegial perception, the present study based exclusively on a few French concentration camp novels will attest that there were Nazi officers and then their henchmen who showed themselves to be good or humane towards the Jews during this period sometimes going as far as to sacrifice their careers and their lives. It is such philanthropic or humanistic protagonists that we call “good-natured demons”.</p> <p> </p> Séverin Ngakosso Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 306 321 O re(flexo) do intento desmistificador através do mito em “Ubirajara”, de José De Alencar https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1670 <p>A presente pesquisa visa analisar a obra alencariana “Ubirajara” (1874), escrita no período do romantismo brasileiro. Objetivou-se discorrer sobre de que forma o autor contribuiu para as concepções sobre a identidade nacional e, sobretudo, às idealizações concebidas aos indígenas, as quais até os dias de hoje se mantém no imaginário da população brasileira. Nesse ínterim, fez-se uma profunda reflexão sobre como as práticas indígenas e o próprio indígena são situados no contexto do livro, utilizando-se para tal da pesquisa de cunho documental, ao analisar o romance, e com o aporte de teóricos e documentos que discutem a construção da nacionalidade brasileira desde o século XIX. Como resultado, compreendeu-se que a figura indígena sofreu um processo de subalternização e distorção por entre os séculos, passando de símbolo mítico a um instrumento de exotismo em uma nação despersonalizada.</p> <p>****</p> <p>The present research aims to analyze José de Alencar's work "Ubirajara" (1874), written during the Brazilian Romantic period. The objective was to discuss how the author contributed to conceptions of national identity and, above all, to the idealizations conceived of indigenous peoples, which still persist in the Brazilian population's imagination to this day. In this context, there was a deep reflection on how indigenous practices and the indigenous person are situated within the context of the book, utilizing documentary research to analyze the novel, along with the support of theorists and documents discussing the construction of Brazilian nationality since the 19th century. As a result, it was understood that the indigenous figure underwent a process of subalternization and distortion over the centuries, transitioning from a mythical symbol to a tool of exoticism in a depersonalized nation.</p> Larissa Araujo Da Cruz Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 322 336 Que saudade! https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1543 <p>Este texto aborda a temática de saudade, com a qual se expõe a nostalgia de um tempo remoto, onde o ensino e a educação em Moçambique eram rigorosos e de boas práticas. Por outro lado, expõe-se a aspiração de um mundo melhor, sem a guerra, sem o tribalismo, sobretudo, um mundo de irmandade.</p> Bonete Júlio João Chaha Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 340 340 A nuvem https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1533 <p>O&nbsp;poema descreve poeticamente a essência e a beleza das nuvens, utilizando uma linguagem rica e imagética. Explora a fluidez, a leveza e os diversos aspectos das nuvens, desde sua movimentação até seu impacto na imaginação humana. Utiliza metáforas e figuras de linguagem para descrever a nuvem de maneira majestosa, conectando-a à natureza e à harmonia entre céu e terra. Além disso, o poema incita reflexões sobre a liberdade, a criação e os mistérios envoltos nesse elemento da natureza.</p> Marcelo Calderari Miguel Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 341 343 Vahlakuleri va ndzalama https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1645 <p><strong>Áudio da poesia: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=eRCIXS4J6Gg">https://www.youtube.com/watch?v=eRCIXS4J6Gg</a> </strong></p> <p>O Pastor Marcos Macamo é mestre e estudioso em Teologia Africana e em Ciências Religiosas. É doutorando no Curso de “Paz e Desenvolvimento”. Ele é um exímio poeta e declamador há dezenas de anos. Foi Secretário-geral do Conselho Cristão de Moçambique por aproximadamente 10 anos. Neste momento é o Diretor da Escola Teológica do Khovo em Maputo. A poesia foi escrita em língua changana, uma língua bantu (S53) falada em Moçambique especificamente nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane. É uma língua com cinco variantes: xihlaganu, xidzonga, xin’walungu, xibila e xihlengwe. É uma língua já tem dicionário e gramáticas publicadas.</p> Marcos Macamo Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 344 350 Acciones para la integración de los contenidos de actividades manuales agropecuaria y trabajo en la producción agropecuaria en la especialidad Agronomía de Montaña https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1451 <p>El artículo trata una problemática de gran trascendencia en la formación del alumno de la especialidad Agronomía de Montaña en Instituto Politécnico Agropecuario “Horacio Matheu Orihuela”; al abordar la integración de contenidos en las asignaturas Trabajo en la Producción Agropecuaria y Actividades Manuales Agropecuaria, el objeto es el proceso enseñanza-aprendizaje, lo que nos condujo al siguiente problema ¿Cómo contribuir a la preparación del docente de la especialidad Agronomía de Montaña en el proceso de integración de las asignaturas Trabajo en la Producción Agropecuaria y Actividades Manuales Agropecuaria? para ello se emplearon métodos y técnicas de la investigación educativa: de nivel teórico como el análisis-síntesis, la inducción-deducción y la modelación; del nivel empírico prevalecieron la observación y la revisión de documentos, además de se utilizaron fuentes escritas como planes de clase, programas de las asignaturas, tiramientos metodológicos, el modelo del profesional y las resoluciones vigentes. La integración de los contenidos forma parte de los diferentes modelos educativos; las estrategias seguidas para lograr tales propósitos varían en dependencia de las características de los alumnos, del tipo de materia y los objetivos que persigan en su formación. El objetivo de este trabajo es ofrecer actividades para la preparación de los docentes. Se concluye que la preparación del docente de la especialidad Agronomía de Montaña, es de vital importancia en la formación de los alumnos y hacen referencia a la necesidad de dirigir este proceso ajustado al modelo del profesional, además, la puesta en la práctica demuestra su conveniencia y viabilidad.</p> <p>****</p> <p>O presente trabalho trata de uma problemática de grande transcendência na formação do aluno da especialidade de Agronomia de Montanha em Instituto Politécnico Agropecuário “Horacio Matheu Orihuela”, ao abordar a integração de conteúdos nas disciplinas de Trabalho na Produção Agropecuária e Atividades Manuais Agropecuárias, tendo como objeto de estudo o processo docente-educativo, o que nos conduziu ao seguinte problema: como contribuir à preparação do docente da especialidade de Agronomia de Montanha no processo de integração das disciplinas de Trabalho na Produção Agropecuária e Atividades Manuais Agropecuária? Para isso se empregaram métodos e técnicas da investigação educativa: de nível teórico como a análise-síntese, a indução-dedução e a modelação; do nível empírico prevaleceram a observação e a revisão de documentos; além disso se utilizaram fontes escritas como planos de aulas, programas das disciplinas, tratamentos metodológicos, o modelo do profissional e as resoluções vigentes. A integração dos conteúdos forma parte dos diferentes modelos educativos, as estratégias seguidas para obter tais propósitos variam em dependência das características dos educandos, do tipo de matéria e os objetivos que persigam em sua formação. O objetivo deste trabalho é oferecer atividades para a preparação dos docentes. Conclui-se que a preparação do docente da especialidade de Agronomia de Montanha é de vital importância na formação dos educandos e fazem referência à necessidade de dirigir este processo ajustado ao modelo do profissional. Além disso, a aposta na prática demonstra sua conveniência e viabilidade.</p> Dayma Ruíz Campo Ibia Villalón Jimenez Carmen del Milagro Odio Brooks Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 455 467 Avaliação do nível de reembolso do fundo de desenvolvimento distrital em Marracuene https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1454 <p>O presente artigo apresenta os resultados da dissertação de mestrado em Finanças públicas, subordinado ao tema avaliação do nível de reembolso do fundo do desenvolvimento do distrito em Marracuene (FDD), cujo objectivo é Avaliar o nível de reembolso do valor alocado aos mutuários do fundo do desenvolvimento distrital, tendo sido formulados os seguintes objectivos específicos: descrever os critérios utilizados no processo de selecção de projectos financiados; identificar os factores que influenciam o reembolso do fundo de desenvolvimento local no Distrito de Marracuene; e relatar a influência desses factores no reembolso do Fundo de Desenvolvimento do Distrito de Marracuene. A questão que orientou a pesquisa foi “até que nível o fundo de desenvolvimento do distrito tem sido reembolsado pelos mutuários?” Para dar resposta a esta pergunta optou-se pelo modelo dedutivo numa abordagem qualitativa. Recorrendo ao paradigma interpretativo e foram selecionados dez sujeitos de pesquisa através da entrevista semi-estruturada. O estudo trouxe a seguinte conclusão o nível de reembolso do fundo de desenvolvimento no distrito de Marracuene é de 10%, considerado muito baixo, para alcance dos os objectivos associados ao projecto. Recomenda-se Auditoria pública para verificar os factores de insucesso do FDD.</p> <p>***</p> <p>Xiyenge lexi xi vuyisa tsovelo wa tiro wati djondzo tale henlha hi ta ukosila xuma, lani hloko mhakakulo ali lanvitisiso wa xiyimo xo tlerisa xuma xo lhuvukisa xifundza tsongo xa Marracuene, lani a mhaka nkulo ali ku xopa xopa ta malheriselonya mali leyi lombiweke yo lhuvukisa muganga wa xifundza tsongo. Mapfalo mapfuniseleko lanvitisiso lowo I ku hi xiya xiyimo xa matleriselo ya mali yo hluvukisa a muganga lowo yi tleriseliwe hi lava va lombeke? Kuva va kota ku nyikela lhamulo ka xivutiso lexi ku lavitisiwile hlayo ya lava va tlerisiki mali yo lhuvukisa muganga. Ka xihimo lexi ku lhawuliwe khume la vanu ka vona tihosi ta muganga, ta ma barro ni va lombi va xuma liya, lava va utisiweke swi vutiso ku gali swiganki. Ka ti lhamulo ta kona ku hume vonelo lerhi, dzeni ka ku tlerisa yo lhuvukisa muganga xifundza tsongo xa Marracuene hi pimo wa khume latipercenti (10%) lowo unga hansi hansi ku fikela xikongomelo nkulo. Ku nyikiwa tiro va tlora tixo ka xuma xa tiko ku lavitisisa ku vuyisa mali yi lombiweke lhuvikisa muganga swi vurimaka hi li rimi lava ndla hlampfi.</p> Márcia Paulino Chirrime Verônica Sibide Panda André Xavier Ribisse Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 468 487 Estratégias de Desenvolvimento em Moçambique: Caso Corredor de Desenvolvimento Norte e Suas Implicações Socioeconómicas Para o Distrito de Cuamba https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1306 <p>Este artigo tem por objetivo analisar as estratégias do desenvolvimento socioeconómico do distrito de Cuamba em relação ao corredor norte. O interesse pela pesquisa parte da seguinte questão quais são as implicações socioeconómicas do corredor do norte em relação as estratégias de desenvolvimento para o distrito de Cuamba? Se o Distrito de Cuamba é o centro de confluência das linhas que perfazem o corredor norte então deveria impulsionar a sua economia pelo fluxo de bens e serviços. Se as estratégias de desenvolvimento do corredor norte forem em consonância com as políticas locais de desenvolvimento maior serão os ganhos da população local. Quanto á metodologia, a pesquisa é qualitativa do tipo hermenêutico, associado a várias técnicas de investigação tais como: análise documental, e entrevistas e observação direta. Quanto aos resultados logrou-se perceber que o governo local tem articulado com as concessionárias do corredor-Norte projetos de desenvolvimento das comunidades no distrito em termos de promoção de fomento a agricultura; As politicas desenhadas pela CDN e CLN não refletem ou seja têm lacunas na componente da responsabilidade social impactando assim um desenvolvimento meio visível. Ora vejamos as receitas tributárias da CDN e CLN são canalizadas a Nampula, sem o retorno ao distrito de Cuamba logo não resta dúvida que o seu contributo em termo de indicador de desenvolvimento no distrito de Cuamba não é notório.</p> <p>***</p> <p>Marepelo yala enakwela ohuserya ni osuweliha makhalelo awunnuwiha ni muhakhu ni orela veri wa atxhu mwelaponi yoKwamba, veri wa txantxi yole onlapuwa elapo yomokoni ophierya yoNakala. Mwaha wa marepelo ala ori osuwela ari mwi txantxi yola akhaviheraka orela watxhu a’ilapo onaviraiyemo, naritho ari mwi governo oKwamba arino makhalelo nari ikano sa wunnuwiha elapo yoKwamba ivinyerakamo mutxantxi mumu. Hiha, annakhumelela makhoheryo ala: makhalelo tani awunnuwiha orela ni muhakhu wa elapo onapwanyeya veri wa txantxi nitho wa ikano sa governo oKwamba? Wona wi eDistrito yo Kwamba teri veri wa ilapo ulan’nayemo txantxi ni arampha akina anitxhaniwa “Corredor do Norte”, tiwi arampha omokoni, yanakweleya wi elapwene yela yoKwamba erele mwa a’nakoso ni miteko sawalapela atxhu. Mwa ohuserya mwahene yola, notxariha makhalelo a walakhana ni otaphulela sorempwa kalai t’atxhu akina, wakoha anamalapa ni asitokwene a elapo yele, nitho yeyo nonnahu ni mitho ahu. Womaliherani wa marepelo yala ohoneyavo wi governo onniwanana ni empresa yela ya txantxi akhaviheryaka atxhu veri wa imatxa, tiva impresa seiha initxaniwa CDN e CLN, henakhaviryasa athu a elapo yele. Ekina yokatxamiha ti wi atxhu yawo analiva musokho wamphula, hiha elapo woKwamba henaphuravo exthu.</p> Adolfo Alexandre Domingos Pedro Faz-Ver Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 488 503 O fluxo de caixa projetado: sua importância como instrumento de tomada de decisão nas empresas https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1345 <p>O presente artigo teve como Tema: O fluxo de caixa projetado: sua importância como instrumento de tomada de decisões nas empresas. Foram traçados os seguintes objetivos: Objetivo Geral: Evidenciar a importância do Fluxo de Caixa Projetado como um instrumento preponderante para a tomada de decisões dentro das empresas e Objetivos específicos: identificar os conceitos e objetivos do fluxo de caixa projetado, apurar como é usado o fluxo de caixa projetado nas empresas e identificar as vantagens e desvantagens do fluxo de caixa projetado nas empresas. Quanto aos aspectos metodológicos, a pesquisa foi de caráter exploratório, documental, bibliográfico e estudo de caso (que por questões éticas, foi omitida o nome da empresa, recorrendo-se a um nome fictício). Recorreu ao método dedutivo e trata-se de uma pesquisa com cunho original. Para o alcance dos objetivos pretendidos, recorreu-se ao Questionário como ferramenta de recolha de dados para consequente análise e elaboração das respectivas considerações finais acerca deste instrumento. O resultado de análise e interpretação de dados, sugere de fato que o fluxo de caixa projetado é um instrumento importante que fornece informações credíveis para o planejamento e controlo da entrada e saída de recursos financeiros dentro das empresas, neste caso a pesquisada. Provou ainda que o fluxo de caixa projetado facilita a tomada de decisões, o planejamento e controlo das atividades, fazendo com que a empresa atinja o seu equilíbrio financeiro.</p> <p>****</p> <p>Nhlokomhaka ya xihloko lexi a ku ri: Ku khuluka ka mali loku languteriweke: nkoka wa yona tanihi xitirhisiwa xo teka swiboho eka tikhamphani. Swikongomelo leswi landzelaka swi andlariwile: Xikongomelo xo Angarhela: Ku kombisa nkoka wa ku Famba ka Mali leyi Languteriweke tanihi xitirhisiwa lexikulu xo teka swiboho endzeni ka tikhamphani na Swikongomelo swo Hlawuleka: ku kuma miehleketo na swikongomelo swa ku khuluka ka mali loku languteriweke, ku kumisisa ndlela leyi ku khuluka ka mali ku tirhisiwaka ha yona ku languteriwile ku khuluka ka mali eka tikhamphani na ku kuma swipfuno na ku pfumaleka ka ku khuluka ka mali loku languteriweke eka tikhamphani. Loko ku ri swiyenge swa maendlelo, ndzavisiso a wu ri wa vukambisisi, matsalwa, bibliyografiki na dyondzo ya timhaka (leswi hikwalaho ka swivangelo swa mahanyelo, vito ra khamphani ri tshikiweke, ku tirhisiwa vito ra vuxisi). Yi tirhise ndlela ya deductive naswona i ndzavisiso wo sungula. Leswaku ku fikeleriwa swikongomelo leswi lavekaka, Xivutiso xi tirhisiwile tanihi xitirhisiwa xo hlengeleta datha eka nxopaxopo lowu landzelaka na ku andlala swibumabumelo swo hetelela hi ku landzelelana mayelana na xitirhisiwa lexi. Mbuyelo wa nxopaxopo na nhlamuselo ya datha, entiyisweni, wu ringanyeta leswaku ku khuluka ka mali loku languteriweke i xitirhisiwa xa nkoka lexi nyikaka vuxokoxoko lebyi tshembekaka byo pulana na ku lawula ku nghena na ku huma ka switirhisiwa swa timali endzeni ka tikhamphani, eka mhaka leyi i lexi lavisisiweke. Yi tlhele yi kombisa leswaku ku khuluka ka mali loku languteriweke ku olovisa ku teka swiboho, ku pulana na ku lawula migingiriko, leswi endlaka leswaku khamphani yi fikelela ku ringanisela ka yona ka timali.</p> Michaque Titosse Timbe Nhambe Andrieth Tutu Lourinho Lígia Américo Getimane Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 504 519 Relação entre hábitos alimentares e a ocorrência da anemia ferropriva na Cidade de Nampula-Moçambique https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1615 <p>A saúde nutricional é um problema que afecta tanto pessoas com alto poder económico, quanto pessoas pobres, pelo que se denota a indispensabilidade da educação nutricional mesmo em caso de populações com disponibilidade alimentar nutricionalmente aceitável. A deficiência do ferro constitui um distúrbio comum, cujos danos podem ser irreversíveis no indivíduo. Considerando este quadro, é necessário levantar informações de saúde e hábitos alimentares característicos das populações, pelo que, a pesquisa em apreço intitulada, relação entre hábitos alimentares e a ocorrência da anemia ferropriva na cidade de Nampula, teve como objectivo relacionar os hábitos alimentares e a ocorrência da anemia ferropriva em utentes atendidos no Centro de Saúde 25 de Setembro, cidade de Nampula. Foi um estudo quantitativo, analítico, exploratório e transversal, com uma amostra de 384 pessoas de todas as faixas etárias, maioritariamente desempregadas 236 (61,5%), sendo 285 (74,1%) do sexo feminino, destas 42 (11%) eram gestantes. Para a recolha de dados foi utilizado questionário de frequência alimentar e depois tratados no <em>Statistical Package for Social Sciences, </em>cujos resultados apontaram para uma associação da ocorrência de anemia ferropriva com baixo consumo de alimentos do alto teor e disponibilidade de ferro, ao que se concluiu que, apesar de Nampula ser potencial produtor de carnes vermelhas, principais fontes do ferro heme, as baixas condições socioeconómicas da maioria da população condicionam o seu consumo ditando dessa forma taxas de prevalência muito altas em todas faixas etárias, cuja intensidade segue as demandas de cada faixa etária.</p> <p>****</p> <p>Nutritional health is a problem that affects both people with high economic power and poor people, which highlights the indispensability of nutritional education even in the case of populations with nutritionally acceptable food availability. Iron deficiency is a common disorder, the damage to which can be irreversible in the individual. Considering this situation, it is necessary to collect health information and eating habits characteristic of the populations, therefore, the research in question entitled, relationship between eating habits and the occurrence of iron deficiency anemia in the city of Nampula, aimed to relate eating habits and the occurrence of iron deficiency anemia in users treated at the 25 de Setembro Health Center, city of Nampula. It was a quantitative, analytical, exploratory and cross-sectional study, with a sample of 384 people of all age groups, mostly unemployed, 236 (61.5%), of which 285 (74.1%) were female, of these 42 (11% ) were pregnant. To collect data, a food frequency questionnaire was used and then processed in the Statistical Package for Social Sciences, the results of which pointed to an association between the occurrence of iron deficiency anemia and low consumption of foods with high iron content and availability, which concluded that , despite Nampula being a potential producer of red meat, the main sources of heme iron, the low socioeconomic conditions of the majority of the population condition its consumption, thus dictating very high prevalence rates in all age groups, the intensity of which follows the demands of each age group age.</p> Henrique Samuel Xai-Xai Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 520 540 Uma leitura sociológica do neocolonialismo em África na perspectiva de Agostinho Neto https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1578 <p> Após a experiência do colonialismo ocidental no continente africano, várias foram as transformações no âmbito político (social e econômico). O processo das transformações políticas, com destaque às independências, não isentou todo um processo de desafios a serem superados, entre o quais, os resquícios das influencias coloniais, o neocolonialismo. Deste modo, o nosso artigo busca entender de que maneira Agostinho Neto (Neto) entende o neocolonialismo em África e sobre que perspectiva sociológica podemos inserir sua leitura (de Neto). Como premissa hipotética, entendemos que a sociologia pode inserir a perspectiva de Neto, sobre o neocolonialismo em África, a partir dos estudos pós-coloniais. O que, de certa forma, contribui para avanços nos estudos teóricos da sociologia de modo geral, com destaque à realidade africana/angolana. Desta feita, com essa pesquisa, objetivamos, de maneira geral, apresentar uma leitura sociológica do neocolonialismo em África na perspectiva de Neto. Para tanto, o estudo é de revisão bibliográfica, descritiva de natureza qualitativa a partir de estudos da sociologia pós-colonial, destacando as especificidades sobre o neocolonialismo em África. Com a pesquisa, mediante a discussão principal de um dos discursos<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> de Neto, verificamos que para Neto é de suma relevância olhar o neocolonialismo como sistema.</p> <p>****</p> <p>Dispos di spiriensia d kolonialismu ocidental na kontinenti afrikanu, kontici munti transformasons polítiku (social e ekonomiko). Prucesu di transformasons políticas, ku grande distaki na indipendênsia, ka fz kom k tudu prucesus di disafius superadus, komu, resquícios d influencias koloniais i neocolonialismu..Dez forma, k noz artigu sa buska intendi di k manera Agostinho Neto, intendi neocolonialismu d Afrika i també k prispetiva sociologica nu podi poi si letura (de Neto).ku primisa hipotética, nu intendi k sociologia podi inseri na perspetiva de Neto, ku neokolonialismu na Africa, dispos d estudus pós-coloniais. D´um forma , k ta kontribui pa avansus na studus teorikos d sociologia d modu geral, ku distaqui a realidadi africana/angolana. Ku iso, ku es pisquisa, nu obetivi, d manera geral, aprisenta um letura sociológica d neokolonialismu na afrika na prispetiva d Neto. Es estudu di rivison bibiográfika, discritiva di natureza kualitativa dispos d estudus d sociologia pós-kolonial, distakandu specificidadis d neokolonialismu na Africa. ku pisquisa, atrabez des discuson principal i um di kes diskurso d Neto, nu odja k pa Neto e txeu importanti odja neokolonialismu sima sistema.</p> Dumilde Virgílio Carvalho Artur Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 541 553 Gestão curricular como substância e função das instituições do subsistema de ensino primário em Angola https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1540 <p>O estudo visa analisar a dimensão fundamentativa do currículo e seus níveis de objectivação e concretização curricular no Ensino Primário em Angola. Dada a pertinência dos estudos curriculares, o contexto escolar e a sua função social, o presente estudo busca dar resposta a seguinte indagação: <em>Qual é a dimensão fundamentativa do currículo e de que forma o Estado define os níveis de objectivação e concretização das políticas educativas? </em>O currículo representa a caminhada que o sujeito irá fazer ao longo de sua vida escolar, tanto em relação aos conteúdos apropriados, quanto às actividades realizadas sob a sistematização da escola. Por esta razão a compreensão de que “a escolaridade é um percurso para alunos/as, e o currículo é seu recheio, seu conteúdo, o guia de seu progresso pela escolaridade”. A pesquisa é de abordagem qualitativa, desenvolvida através de pesquisa bibliográfica exploratória. Com esta pesquisa se espera que professores, educadores, tutores, facilitadores, pais e encarregados de educação, directores, equipe escolar, reflictam sobre a prática pedagógica e a teoria curricular estabelecida nas escolas e na formação social, cultural, afectiva e humana de todos os estudantes. O estudo conclui que face a crescente necessidade, interesse e desejo de se preparar um sujeito histórico-social, íntegro, que tenha dimensão humana desenvolvidas (cognitiva, psicomotora e afectiva) é necessária a luta não só contra as atuais ergonomias da sala de aula, mas também, garantir que o processo de desenho, desenvolvimento e avaliação do currículo seja centrado no desenvolvimento do <strong>c</strong>onhecimento, <strong>h</strong>abilidades, <strong>a</strong>titudes, <strong>v</strong>alores e <strong>é</strong>tica. </p> <p>****</p> <p>O kikalakalu kiki kitalesa o maka alungu ni kitumu kya ulongelu ni itala ya kimesenu kye, mu kayula ka kubhanga undonda wa kidi. Mukonda dya kwila kyabingi isoneku kala yiyi, yendesa o xikola ni kinemenu kye mwaxaxe ka mundu, o kikalakalu kiki kyamesena o kutaya o kibhudisu kiki: Kinemenu kyebhi kyalanakyu o kitumu kya ulongelu ni kyebhi o Unguvulu uxinda o itala ya imesenu ni utelu mu kidi wa unganji wa ulongesu wa mundu? O kitumu kya ulongelu kyadifwangana o wendelu wandabhanga kwala o muthu mu kithangana kyandakala mu xikola, mu imbamba ya kudilonga, mba mu yoso yabhanga m’ungiji wa xikola. Mukonda dya kiki, o utetulukilu wa kwila “kudilonga njila yenda kwala o dixibhulu, ni o kitumu kya ulongelu kyene kizalesa, ima ye ya kulongesa, o kyendelu kya undonda wa kudilonga”. O kikalakalu kibwata maka m’ukexilu wa ifika, bhu kaxi ka isoneku yabhange kya kwala athu engi. Ni kayula ka kikalakalu kiki twakala ni dikingilu dya kukala ni alongexi, athu asasa, jimesene, athu akwatekesa, jitata, jimama, jindandu ni jingendexi jya jixikola, oso axingeneka o wendelu wa ulongelu ni kitumu kyamulongesanakyu mwaxaxe ka jixikola ni m’ubguji wa ukexilu mu kisangi, mu ifwa ni idifwa, mu kizola ni uthu wa maxibhulu oso. O disukilu dya kikalakalu dilondekesa o kwila, mukonda dya kudibandekesa kwa kimesenu ni hanji ya kubhanga muthu wejiya o musoso ni mundu, mukwa kijingu, ukala ni muxima wa muthu wa lumbidyasuku (mu kwijiya, m’ubhangelu ni mu kwiva mba mu kizola), kyabingi kubanga kanaku ngo ni imbamba itusanga lelo mwaxaxe ka dixilu dya kulongela, kuma ni mu kayula ka kubana uxindilu wa ifika, ulombolwelu ni uzambwilu wa kitumu kya ulongelu ukale kikale mu kibuta kyadyanga m’ulombolwelu wa kwijiya, maufunu, maubhangelu, kijingu ni mbote.</p> Miguel Divovo Faustino Moma Tchipesse Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-05-21 2024-05-21 4 1 554 581