https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/issue/feed NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2023-07-12T00:00:00-03:00 Alexandre António Timbane revista.njinga.sape@unilab.edu.br Open Journal Systems <p>​A <strong>Revista Científica Njinga &amp; Sepé</strong> <strong>(ISSN: 2764-1244)</strong> foi criada em homenagem a Rainha africana Njinga Mbandi e ao guerreiro indígena brasileiro Sepé Tiarajú. A Revista respeita a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (1996), a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2002) e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2006).</p> <p>A <strong>Revista Njinga &amp; Sepé</strong> aceita e publica textos escritos em <strong>qualquer língua africana</strong> ou <strong>indígena brasileira</strong> e vídeos de línguas de sinais. Abre-se exceção especial para todas as línguas de Timor Leste por ser país parceiro da UNILAB. Os textos escritos em qualquer outra língua europeia (espanhol, francês, português ou inglês) deverão estar acompanhados de um resumo numa <strong>língua africana ou indígena brasileira</strong>. As línguas de sinais terão 2 resumos e um vídeo de 10 à 15 minutos. A Revista publicará um (1) volume por ano, com dois números (1º número em maio e 2º número em outubro) e ocasionalmente <strong>volumes especiais</strong> a depender da demanda dos autores e da Comissão Científica. Trata-se de uma <strong>Revista de Acesso gratuito (Open Journal System-OJS).</strong></p> <p><em>A</em><strong> Revista Njinga &amp; Sepé </strong>é composta por sete (7) seções: <strong>Seção I</strong> - Artigos inéditos e traduções/interpretações; <strong>Seção II</strong> - Entrevistas, resenhas de livros; <strong>Seção III</strong> - Poesias e Letras de canções populares; <strong>Seção IV</strong> - Relatos de experiências, fotos, receitas de comidas tradicionais, ritos e festividades ; <strong>Seção V</strong> - Provérbios, tabus, mitos e outras;<strong> Seção VI</strong> - Línguas de sinais; <strong>Seção VII</strong> - Varia (Áreas afins). Cada autor escolherá uma seção. É importante que todos os autores estejam cadastrado porque os textos deverão ser submetidos pelo site da Revista. Bem hajam as culturas, tradições e línguas dos povos indígenas brasileiros, dos povos africanos e do povo de Timor Leste. </p> <p>Todos os textos recebidos são primeiramente submetidos a verificação da originalidade com o uso do software Turnitin Originality, da empresa Turnitin para a detecção de similaridade textual e integridade em textos acadêmicos (antiplágio): <a href="https://www.turnitin.com/products/originality">https://www.turnitin.com/products/originality</a>. Os textos aprovados nesta fase são submetidos a avaliação dos pares (às cegas) para a definição da aprovação ou não.</p> <p>O acesso aos trabalhos publicados é inteiramente gratuito. Os autores não pagam e nem recebem nenhum tributo financeiro pela contribuição e publicação. Os editores, avaliadores, tradutores, Comité Científico e outros colaboradores participam voluntariamente.</p> https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1389 Conversando com a escritora Carlota de Barros 2023-07-11T00:22:13-03:00 Hilarino Carlos Rodrigues da Luz hilarino_luz@yahoo.com.br <p>A presente entrevista foi realizada no âmbito do projeto “Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Atlântico Luso-Afro-Brasileiro, financiado pela FCT, &nbsp;<em>Fundação para a Ciência e a Tecnologia</em><em>, </em>de Portugal. Nela, Carlota de Barros, uma escritora cabo-verdiana, natural da ilha do Fogo fala de vários assuntos, tais como: a sua produção literária; viagens; mudanças; escritores que influenciaram a sua escrita; e temáticas abordadas na sua escrita.</p> <p>***</p> <p>Ese entrevista realizode ne âmbitu du projetu “Literatura de Melher: Memórias, Periferías e Resistênsias ne Atlênticu Luso-Afro-Brasileiru, financiode pe FCT, Fundasão pe Siênsia e Teknologia, de Purtugal. Nela, Karlota de Barus, un xkritora kabo-verdiana, natural de ilha de Fogo te falá de diferente asuntu, komu: sê produsão literária; viajenj, mudansas; xkritores ke influensiá sê xkrita; e temátikas ke el te abordá.&nbsp;</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1387 Apresentação do Dossier “Cultura & Sociedade Que Literacia(s) para uma Justiça Económica e Social 2023-07-10T23:42:59-03:00 Hilarino Carlos Rodrigues da Luz hluz@fcsh.unl.pt Esperança Ferraz luiecaferraz@hotmail.com Noemi Alfieri n.alfieri@yahoo.it Mbiavanga Fernando mbiavangaf@yahoo.com Elizabeth Olegário elizabetholegario@gmail.com Martins JC Mapera jose.mapera@ua.pt Moisés de Lemos Martins moiseslmartins@gmail.com 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1274 Os fundamentos de mudança de modelos de formação de professores do ensino básico em Moçambique 2023-04-28T00:08:53-03:00 Sandra Aurora Armindo Beca sandra.beca1@gmail.com <p>O presente artigo aborda <em>os fundamentos de mudança de modelos de formação de professores do ensino básico em Moçambique</em>, sendo desenvolvido com a finalidade de identificar alguns modelos de formação de professores no ensino básico, usados em Moçambique desde a era colonial até ao modelo em vigor e verificar a influência dos mesmos, sobre o professor formado. O estudo analisa e discute sobre alguns modelos de formação implementados no ensino básico após a independência. Descreve igualmente, alguns fundamentos que ditaram o uso de cada modelo de formação de professores, como também as características e semelhanças entre os modelos apresentados neste estudo e os modelos propostos por kincheloe. Para a fundamentação deste estudo seguiu-se uma metodologia de orientação qualitativa de natureza descritiva aliado a análise documental e bibliográfica baseada nos diversos autores e em alguns documentos oficias que regem leis do sistema nacional da educação sobre o assunto. Depois da revisão da literatura, é feita uma reflexão sobre os fundamentos de mudança de cada modelo apresentado. A reflexão deste estudo foi possível perceber, que os diferentes modelos de formação de professores do ensino básico, podem influenciar na qualidade do ensino. Ao abordar sobre o tema espera-se um contributo na formação inicial dos professores do ensino básico.</p> <p>***</p> <p>Atikili leyi yi langutana <em>na masungulo ya ku cinca ka timodeli ta ndzetelo wa vadyondzisi eka dyondzo ya masungulo a Mozambique</em>, leyi tumbuluxiwaka hi xikongomelo xo kuma timodeli tin’wana ta ndzetelo wa vadyondzisi eka dyondzo ya masungulo, leyi tirhisiwaka eMozambique ku sukela eka nguva ya vukoloni ku ya eka modele wa sweswi na ku tiyisisa nkucetelo wa tona eka mudyondzisi la leteriweke. Dyondzo yi xopaxopa no xopaxopa timodeli tin’wana ta ndzetelo leti tirhisiweke eka dyondzo ya masungulo endzhaku ka ku tiyimela. Yi tlhela yi hlamusela masungulo man’wana lama leriseke matirhiselo ya modele wun’wana na wun’wana wa ndzetelo wa vadyondzisi, xikan’we na swihlawulekisi na ku fana exikarhi ka timodeli leti nyikiweke eka ndzavisiso lowu na timodeli leti ringanyetiweke hi Kincheloe. Eka masungulo ya ndzavisiso lowu, ku landzeriwile endlelo ra ku kongomisa ka xiyimo xa muxaka wo hlamusela, leri hlanganisiweke na nxopaxopo wa matsalwa na bibliyografiki lowu simekiweke eka vatsari vo hlayanyana na le ka matsalwa man’wana ya ximfumo lama lawulaka milawu ya sisiteme ya rixaka ya dyondzo eka mhaka leyi. Endzhaku ko pfuxeta matsalwa, ku anakanyisisa hi masungulo ya ku cinca eka modele wun’wana na wun’wana lowu nyikeriweke. Ku kombisiwa ka ndzavisiso lowu swi endle leswaku swi koteka ku vona leswaku timodeli to hambana ta ndzetelo wa vadyondzisi wa dyondzo ya masungulo ti nga khumba khwalithi ya ku dyondzisa. Hi ku tshinelela dyondzo leyi, ku hoxa xandla ku languteriwile eka ndzetelo wo sungula wa vadyondzisi va dyondzo ya masungulo.</p> <p> </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1279 Análise do impacto da transformação digital no setor da educação: um olhar sobre instituições de ensino superior em Moçambique 2023-07-03T11:09:56-03:00 Ocacio Manuel Fernando ofernando@ucm.ac.mz Bruno F. Gonçalves bruno.goncalves@ipb.pt <p>A transformação digital tem sido uma realidade cada vez mais presente na sociedade, e vem impactando diversos setores, incluindo a educação. No contexto de Moçambique, com a adoção de tecnologias digitais, é possível proporcionar novas formas de aprendizado e ensino, tornando o processo educacional mais dinâmico e eficiente, e é importante analisar os impactos dessa transformação no ensino superior. Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo analisar o impacto da transformação digital no sector da educação concretamente no ensino superior em Moçambique. O estudo foi construída através de uma reflexiva teórica da revisão da literatura. Por tanto esta pesquisa, será baseado numa pesquisa bibliográfica, com sustentação teórica apoiada por modelos de natureza teórica que ilustram os conteúdos do tema em apreciação. Sendo assim pode se afirmar que a transformação digital tem trazido impactos significativos no setor da educação, proporcionando novas formas de aprendizado e ensino. Os resultados deste estudo indicam que a implementação de tecnologias digitais na educação tem um impacto positivo na qualidade da educação e na gestão institucional em instituições de ensino superior em Moçambique. No entanto, é importante destacar a necessidade de superar os desafios relacionados à infraestrutura e à inclusão digital para garantir que todos os estudantes e professores possam se beneficiar dessas tecnologias.</p> <p>***</p> <p>Shanduko yedhijitari yave kuramba ichiitika munharaunda, uye yave kukanganisa zvikamu zvakati wandei, kusanganisira dzidzo. Mumamiriro ezvinhu eMozambique, nekutora matekinoroji edhijitari, zvinokwanisika kupa maitiro matsva ekudzidza nekudzidzisa, zvichiita kuti chirongwa chedzidzo chiwedzere kusimba uye chinoshanda, uye zvakakosha kuongorora zvinokonzeresa shanduko iyi padzidzo yepamusoro. Muchirevo chechinyorwa chino, chinyorwa ichi chine chinangwa chekuongorora maitiro eshanduko yedhijitari pachikamu chedzidzo, kunyanya padzidzo yepamusoro muMozambique. Chidzidzo chacho chakavakwa kuburikidza nekufungidzira kwezvinyorwa zvekuongorora mabhuku. Naizvozvo, tsvakiridzo iyi ichabva patsvakiridzo yebhaibheri, nerutsigiro rwedzidziso rwunotsigirwa nemienzaniso yechimiro chedzidziso inotaridza zviri mukati mechidzidzo chiri kutariswa. Naizvozvo, zvinogona kutaurwa kuti shanduko yedhijitari yakaunza zvakakosha pachikamu chedzidzo, ichipa nzira nyowani dzekudzidza nekudzidzisa. Zvakabuda muongororo iyi zvinoratidza kuti kuitwa kweruzivo rwemadhijitari mudzidzo kune zvakunoita pamhando yedzidzo nehutungamiriri hwezvikoro muzvikoro zvepamusoro muMozambique. Nekudaro, zvakakosha kuratidza kukosha kwekukunda matambudziko ane chekuita nezvivakwa uye kubatanidzwa kwedhijitari kuona kuti vadzidzi vese nevadzidzisi vanogona kubatsirwa kubva kune aya matekinoroji.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1257 Participação da sociedade civil na formulação e implementação das políticas públicas em Moçambique: oportunidades e progressos 2023-05-21T20:16:04-03:00 António José Mathonhane 710220149@ucm.ac.mz <p>O presente artigo tem como tema, “Participação da sociedade civil na formulação e implementação das políticas públicas em Moçambique: oportunidades e progressos”. É elaborado no âmbito de conclusão do módulo, “Governação e poder local”. O mesmo tem como objectivo analisar as oportunidades e progressos alcançados em Moçambique com vista a permitir a participação da sociedade civil na formulação e implementação das políticas públicas ou nos processos governativos. Para tal, recorreu-se a revisão bibliográfica, documental e a entrevistas a alguns gestores das Organizações da Sociedade Civil Moçambicana. Quanto a natureza é qualitativa, feita a pesquisa concluiu-se, que a aprovação da Constituição da República de 1990, criou oportunidades para a participação das organizações da sociedade civil nos processos de formulação implementação das políticas públicas, no entanto o envolvimento destes ainda é muito fraco, pois, os gestores governamentais desconfiam dos objectivos destes. Nos casos em que são envolvidas, é só para o cumprimento da lei ou as exigências dos parceiros de cooperação. E termos de progressos, nos últimos tempos, tem havido alguns avanços, mas também retrocessos na participação das OSC, devido ao fechamento do governo bem como as fracas capacidades da SC em termos de capacidades humana material, financeira e tecnológica.</p> <p>***</p> <p>Tsalwa leri rini nhlokomhaka leyi, “Kulhengela ka mintlawa yakombisa xitshungu le kuyakeni nile kusimekeni ka vutongi bza mintirhu leyi yipfunaka xitshungu tikweni ra Musambiki: Mikhandlu ni vuphokophele”. Ntirhu lowu wuyendliwe ndzeni ka makungu ya kupfala xiyenge xa wujondzi, “Vufumi ni vuhosi bza miganga” Wona wukongoma kuxopaxopa mikhandlu ni vuphokopheli lebzikumiweke tikweni ra Musambiki kupfumeleleni ka kuva Mintlawa Yokombisa Xitshungu yihlengela kuvumbeni ni le kusimekeni ka makungu ya vufumi. Mihlamuselo leyitirhisiweke kutsaleni ka tsalwa leri yikoliwe ka mabukwini, ka madukumentu nakona kuyendliwe xivutisela lexiyendliweke vatongi va Mintlawa Yokombisa Xitshungu, vangali van´wani, aMusambiki. Jondzo yilandze mayendlela ya ribumabumeli, ewugan´wini ka jondzo kovoneke lesvaku vumbiwo wa tiko lowo wukhandzisiweke hi lembe ra 1990, wupfule mukhandlu akuva Mintlawa Yokombisa Xitshungu yihlengela ka makungu ya kuvumba ni kusimeka makungu ya vutongi bza mintirhu leyi yipfunaka xitshungu, kambe kuhlengela ka mitlawa leyi kahari kutsongo, hikola ka kuve vatongi va mintirhu ya Mfumu vahani kungatshembi mayelanu ni mitlawa leyi. Loku Mintlawa Yokombisa Xitshungu yirhambiwa kuva yihlengela, sviyendliwa ntsena hikulandza nawu kumbe hi kusindzisiwa hi vaseketeli. Mayelanu ni phokophelo, kuvoniwa lesvaku kuni mphokophelo wokarhi, kambe kuni kutlhelela ndzhaku ka kuhlengela ka Mintlawa Yokombisa Xitshungu, hikola ka kuva Mfumu ungapfuli mukhandlu, ni kukala ka ntamu ndzeni ka Mintlawa Yokombisa Xitshungu, mayelanu ni vatirhi, svitirhu, timale ni vutshila.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1384 Da investigação à extensão universitária: uma abordagem com foco na Universidade Lueji A´Nkonde - Angola 2023-07-10T17:22:00-03:00 João Muteteca Nauege nauegejoaonauege@yahoo.com.br <p>O artigo aborda a extensão universitária, cujo foco é a Universidade Lueji A´Nkonde (Angola). A ULAN desde a sua criação tem a componente de extensão universitária como veículo para a divulgação dos seus serviços e aproximação à comunidade. É com base nas actividades de extensão, que para nós é a face social de uma universidade, que a Universidade Lueji A´Nkonde intervém de modo sustentável na comunidade, com as suas contribuições, tomando os desafios e os problemas da comunidade, onde está inserida como seus,&nbsp; transformando-os em solução, com&nbsp; vista ao bem estar social. Através da extensão as instituições de ensino superior (IES) socializam o conhecimento que produzem, estreitam a relação com a comunidade. Por um lado, está a universidade com saber estruturado, e por outro, está a comunidade com um saber por estruturar, mas que vale apena ser apropriado pela universidade, neste caso, a relação que se estabelece entre a universidade e a comunidade é bilateral. Assim, a extensão universitária tem um papel de promotor da interacção entre a comunidade e a universidade ou as (IES), se tivermos em consideração que a extensão além de ser vista como um meio ou um instrumento através do qual se transmite ou se faz a transferência de técnicas e conhecimentos, deve ser vista, acima de tudo, como uma peça-chave entre os três pilares que constituem a universidade na transformação social ou da comunidade.</p> <p>***</p> <p>The article addresses the university extension, whose focus is the Lueji A ́Nkonde University (Angola). ULAN since its creation has the university extension component as a vehicle for the dissemination of its services and approach to the community. It is based on extension activities, which for us is the social face of a university, which Lueji A'Nkonde University intervenes in a sustainable way in the community, with its contributions, taking the challenges and problems of the community, where it is inserted as its own, transforming them into a solution, with a view to social well-being. Through the extension, higher education institutions (HEIs) socialize the knowledge they produce, strengthen the relationship with the community. On the one hand, the university is structured knowledge, and on the other, is the community with an unstructured knowledge, but it is worth being appropriated by the university, in this case, the relationship that is established between the university and the community is bilateral. Thus, the university extension has a role of promoting the interaction between the community and the university or the (HEIs), if we take into account that the extension besides being seen as a means or an instrument through which the transfer of techniques and knowledge is transmitted or made, it must be seen, above all, as a key piece between the three pillars that constitute the university in social or community transformation.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1272 Polícia Municipal da Cidade da Matola na garantia da Segurança Pública: contributo para a revisão do Decreto nº 35/2006, de 6 de Setembro 2023-04-26T17:42:43-03:00 Calisto Moises Cossa ccossa1975@gmail.com Viriato Caetano Dias viriatocaetanodias@gmail.com <p>Este artigo tem duplo objectivo. Propõe-se, em primeiro lugar, analisar as atribuições e competências da Polícia Municipal da Cidade da Matola e, em segundo, a revisão do Decreto nº 35/2006, de 6 de Setembro, que aprova o Regulamento de Criação e Funcionamento da Polícia Municipal, com vista à garantia da segurança pública. A pesquisa foi realizada seguindo uma abordagem predominantemente qualitativa, baseada, mormente, na análise e interpretação da legislação sobre o processo de Descentralização em Moçambique, com enfoque para o decreto retromencionado, bem como das percepções dos sujeitos participantes no estudo. Metodologicamente, os dados foram recolhidos através da pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas semiestruturadas. Da pesquisa realizada, compreendeu-se que as actuais atribuições e competências desta Polícia fragilizam a sua actuação em relação às novas demandas de segurança pública, facto que poderá aumentar os níveis de criminalidade e o sentimento de insegurança dos munícipes da Matola. Ciente deste problema, sugere-se a atribuição de um Estatuto Especial de segurança pública à Polícia Municipal da Cidade da Matola.</p> <p>***</p> <p>Ntirhu lowu wuni milongonoku mibidri: (i) kulavitisa ntinfanelo ni matirhelu ya Phoyisa ya Munisipyo wa doropa dra ka Matrolo (i) mpfuxetelo wa nawu 35/2006 wa 6 ka nyanga ya Ndrhati lowu wupfulaku nawu wa yendli ni matirhelu ya Maphoyisa ndreni ka Munisipyo kuva kukumeka kurhula. Nxopaxopo lowu wuyendliwile nhakulandreleliwa mavonela ya wuhlawuteli nhawuseketeliwa hi wulavisi ninthlamuxelu wa minawu ya trhandravuti dra wuHosi (akuva vuHosi drivakone migangeni leyitrongo) tikweni dra Musambiki hi wulavisi dra nawu na wutlhavunyetiwa hi mavonele ya lava vangakhetiwa ka ntirhu lowu. Mihandru ya ntirhu lowu ukumiwe hi tindlela tirharhu (i) wuxopaxopi dra mabuku, (ii) matralwa ni (iii) wuwutisi. Ka ntirhu lowu kukumeke svaku matirhela ya Maphoyisa amakumi kutlhavukanya mayelanu ni svivilelu svimpsha ka wuvikeleli dra tiku lesvi svingayencaku kuvani kuyengeselu dra wugevenga ni kuva vahanyi tiku Matrolo vatiyingela nhavangana wuvikeli hi thlelu dra nfumu. Ndreni kakutiva mhaka leyi, kunimavonela ya kunyikiwa mbangu yovonakala eka Maphoyisa ya Munisipyo wa doropa dra ka Matrolo.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1264 Code-switching e code-mixing no uso das línguas bantu em Moçambique 2023-04-19T10:13:05-03:00 Diocleciano Joao Raul Nhatuve jmjnjm10@gmail.com <p>O contacto linguístico envolvendo as línguas <em>bantu</em> e o português criou/cria situações de bilinguismo na sociedade moçambicana. Esta situação propicia a ocorrência de fenômenos linguísticos como a alternância e a mistura de códigos no discurso em língua materna. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é examinar, à luz dos princípios teóricos do contacto linguístico, o impacto da língua portuguesa no uso das línguas <em>bantu</em> moçambicanas. O estudo procura identificar as principais unidades ou expressões linguísticas do português introduzidas no discurso em línguas <em>bantu</em>, discutir a (in)conformidades dos produtos da alternância e mistura de códigos e as respetivas consequências no contexto particular de Moçambique. A base empírica é constituída por traduções de frases do português para a língua materna, feitas por falantes de línguas <em>bantu</em> (língua materna) e de português (língua segunda). O estudo qualitativo desencadeado neste trabalho revelou que a língua portuguesa interfere significativamente no uso das línguas <em>bantu</em>. Tal interferência se manifesta através da introdução de elementos e/ou expressões da língua portuguesa nos discursos em línguas nativas dos falantes. A análise de dados indica que elementos como conjunções, numerais, substantivos, sintagmas nominais e verbais do português são recorrentemente introduzidos nos discursos em língua <em>bantu</em>. A alternância e a mistura de códigos obedecem aos princípios da gramática da alternância e são funcionais. Embora a alternância e a mistura de códigos sejam úteis na viabilização da comunicação e revelem a capacidade de convivência entre as línguas e de criatividade dos falantes bilingues, a falta do ensino das línguas <em>bantu</em> coloca-as numa posição de instabilidade e perigo de serem substituídas pelo português. Perante esta situação, recomenda-se que seja adotada uma política linguística que favoreça o seu ensino formal em Moçambique, como forma de promover uma coexistência harmoniosa e duradoura das línguas em contacto, sem que a alternância e a mistura de códigos ameacem nenhuma das línguas.</p> <p>***</p> <p>Kutshangana ka tidimi taciLandi ni ciPutukezi kumaha titaku kuhumelela vathu vabwabwatako ngu tidimi timbidi mwendo kupinda m’ndani kavahanyi vaMosambiqui. Wudimimbidi wutumbulukisa kucinca-cinca niku patanyisela ka tidimi loko vathu vaci bwabwata tidimi tawe tantumbuluko. Nkongometo wa gondo yiya nguxopaxopa, nahiciwonakaliswa ngu mithetho yoyelani nikutshangana katidimi, m’tamu walidimi laciPutukezi mbimosi vathu vabwabwatako ngutidimi taciLandi taMosambiki. Gondo yiyi yikongometa kuziva mapswi mwendo mitlawa yamapwi aciPutukezi mawuletiswako kawubwabwati nguciLandi, kuxola mazumbela manene mwendo ohambana yasivangwa sakucinca-cinca nikupatanyisela katidimi, nitichachazelo takona ditikoni daMosambiki. Mitlawa yamapswi yithumiswako kagondo yiya ndichamuselo tamapswi yaciPutukezi ngutidiminyana taciLandi. Tichamuselo tiya timahilwe nguvabwabwati vatidimi tantumbuluko taMosambiki ni ciPutukezi (lidimi lawumbidi). Gondo yatshimatshima yiyayingamawa yiwonekisile tito lidimi laciPutukezi lawulelela kawubwabwati nguciLandi. Kutibetabeta ka ciPutukezi kuwonakala ngumamahelo ovabwabwati vethumisa mapswi mwendo mitlawa yamapswi aciPutukezi kawubwabwati ngutidimi tawe tantumbuluku. Wuxopaxopi wuwa wungamaheka wukomba tito sipatanyiso samitlawa yamapswi, tinomboro, matina, mitlawa yotangelwa ngumatina kumweko nimitlawa yotangelwa ngumapswi-kumaha yaciPutukezi nguwona matolovelako kuwuletiswa ka wubwabwati nguciLandi. Kucinca-cinca mwendo kupatanyisela ka tidimi kuwa kuwonekako kumaheka mayelano nimithetho yakona titimahako tito vathu veyengisana. Hambikuwa kucinca-cinca nikupatanyisela mapswi mwendo mitlawa yamapswi simahako kuvathu veyengisana, sicikombisa kufuyana katidimi taciLandi ni ciPutukezi niwumahi wavabwabwati vatidimi timbidi mwendo kupinda, kupwateka ka wugondisi watidimi taciLandi (ngum’talo watona) kutiveka pangoni yotidivalwa mwendo kuyeyiswa. Kamazumbelo awa, kukurumetwa tito kucivekwa mithetho yino sindzisa wugondisi niwugondi watidimi taciLandi sikolwani sotshe saMosambiki, nga mamahelo yokuseketelwa kufuyana kunene kakalakupinduka katidimi titshanganako, kusina phangu ngumhaka yakucinca-cinca mwendo kupatanyisela katidimi totshe.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1312 O povo Lomwé, sua expansão e a influência da modernização nos seus hábitos costumes 2023-06-03T04:32:27-03:00 Domingos Tomo. J. S. Patricio domingostomo@gmail.com Adolfo Alexandre adolfoalexandre12@gmail.com Atanásia Domingos Jorge atanasiajorge@gmail.com <p>A origem do povo Lomwé, os seus hábitos e costumes típicos o caracteriza como um povo único de Namúli. Este povo na Zambézia ocupa as regiões dos distritos de Gurué, Gilé, Ilé, Alto Molocué, Namarroi, Mocubela, Mulevala, Molumbo e Pebane. O Montes Namúli embora apresentar paisagens lindas na sua formação montanhosa e suas temperaturas amenas no inverno, é também uma região com muitas histórias míticas. O objectivo da pesquisa foi compreender o povo Lomwé, sua expansão e a influência da modernização nos seus hábitos e costumes tendo em conta a dinâmica dos mesmos nos dias de hoje. O estudo traz o passado deste povo, os hábitos e costumes que eram praticados na região e como se foram desenvolvendo e evoluindo com o decorrer do tempo. A pesquisa é exploratória. A metodologia usada para recolha de informações no campo foi a entrevista com questões semiestruturadas que foram feitas à pessoas idóneas que conhecem a história do povo Lomwé. Com esse estudo compreendeu-se a história do povo Lomwé, seus hábitos e costumes, os traços étnicos que o povo Lomwé tem com outros povos e a influência da modernização.</p> <p>***</p> <p>Ophatchuawa wa alomwé, makhalelo ni merelo aya, annoneiha okhala nloko na´tchu nimoharu na onamuli. Atchu yala, mwa elapo yozambezia, anapwanheya wa ilapo sa Wanakuruwé, Otchilé, Omólokwé, Wannamarroi, Omukubela, Wanamulevala, Omulumbo ni Opebani. Miyáko Sanamuli inamwi irimo makhalelo aphama ni orera sokhalano epheyo yaphama elukuluku ti elukuluku, eritho elapo ya watchano ikano sotikimiha. Muteko ola orino osuweliha makhalelo ni omwalamwaliha merelo a muloko wa alomwé etxenherihiwaka ni merelo mashani a mahiku a olelo. Mahusero alá anupulula sakhalayi wa atchu yála ntoko: sokhovelelaya m´makhaleloni ni m´mereloni mwilaponi mwaya ni watxeryerya osuwela ni wunnuwa elukuluku ti elukuluku. Ya wupulula ela ti yotaphulela osuwanheiha sotessene iya, itaphuleliwe ni mitchaka, makoheryo wa atchu opwanelela assuwenle ikano sevelovelo sa nloko na alomwé. Yohusera ela, ennansuweliha ikano ou ithale a merelo ni makhalelo alomwé, ohiyana ni maloko makina vamoha ni mphurelo aya.</p> <p> </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1216 A figura do Índio no Romantismo Brasileiro: um olhar sobre o romance Iracema, de José de Alencar 2023-04-23T11:35:39-03:00 Bonete Julio Joao Chaha bonetejjchaha@hotmail.com <p>Numa perspectiva literária, este estudo pretende analisar, dentro da produção literária brasileira, em exclusivo a obra <em>Iracema</em>, um romance de carácter indianista, “<em>a</em> <em>figura do Índio no Romantismo Brasileiro”</em>. Tal perspectiva assenta no pressuposto do ideal nacionalista e o processo de construção da nação brasileira empreendida pela relevância e perseverança do movimento romântico no início do século XIX. O romance “<em>Iracema”</em> foi publicado em 1865 e pertence ao movimento Romântico Brasileiro e o estilo que apruma é da actualidade dada a relevância que exerce no bloco das literaturas nativistas e orientada por uma exaltação da identidade patriótica. A par deste cenário, faz-se uma incursão em torno do encontro intercultural entre dois mundos adversos, ou seja, cruzamento de polos diferentes “o europeu e o índio”, pondo em evidência as relações de homogeneização, que contribuem para o fracasso do processo de construção da nação mestiça “Brasil”. Nesse contexto, dada a natureza desta pesquisa, para a concretização do objectivo delineado neste artigo, recorreu-se ao método de análise de conteúdo e recorreu-se também ao método bibliográfico. Para tal, convocou-se, para este estudo, várias obras, mas com maior primazia às obras de Aguiar e Silva (2011); Alencar (2007) e Buescu (1997).</p> <p>***</p> <p>From a literary perspective, this study intends to analyze, within the Brazilian literary production, exclusively the book <em>Iracema</em>, a novel with an Indianist character, the figure of the Indian in Brazilian Romanticism. This perspective is based on the assumption of the nationalist ideal and the process of construction of the Brazilian nation undertaken by the relevance and perseverance of the romantic movement in the early 19th century. The novel <em>Iracema</em> was published in 1865 and belongs to the Brazilian Romantic movement and the style it adopts is current given the relevance it exercises in the block of nativist literature and guided by an exaltation of patriotic identity. Alongside this scenario, an incursion is made around the intercultural encounter between two adverse worlds, that is, the crossing of different poles “the European and the Indian”, highlighting the homogenization relations, which contribute to the failure of the process construction of the mestizo nation “Brazil”. In this context, due to the nature of this research, to achieve the objective outlined in this article, the content analysis method was used and the bibliographic method was also used. To this end, several books were summoned for this study, but with greater primacy to the books by Aguiar e Silva (2011); Alencar (2007) and Buescu (1997).</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1304 O papel do bilinguismo e da educação bilingue no contexto deste século para Moçambique 2023-05-28T20:38:11-03:00 Arlindo José Cossa arlindocossa@ymail.com <p>Este artigo busca trazer a importância de se ensinar as/em línguas locais em Moçambique, em pleno Séc. XXI era das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), da globalização e das hegemonias linguísticas no mundo, mas também das línguas menorizadas. O ensino das/em línguas moçambicanas é um direito linguístico e é inalienável para o povo deste país e do mundo. Nesta óptica, em termos gerais, pretendemos examinar o papel e os motivos que levam ao ensino das línguas locais no contexto deste século. Especificamente, visamos (i) Analisar a importância de se ensinar as/em línguas autóctones no xadrez global; (ii) Analisar o papel das línguas locais na resolução dos problemas de Moçambique; e (iii) Analisar o valor destas línguas, do bilinguismo e da educação bilingue num mundo globalizado. Para perseguirmos estes objectivos, colocamos as seguintes perguntas de pesquisa: (i) Por que ensinar as/em línguas locais se não globalizam, pois não são línguas de comunicação mais amplas como o Inglês, o Espanhol, o Francês, o Português, o Mandarim, por exemplo? E (ii) Que papel as línguas locais podem ter no xadrez global? Como Menezes (2012) mostra, existe um certo cepticismo em grupos de pais, de políticos e de académicos, em Moçambique, em relação ao ensino bilingue, até aqui ainda não muito conhecido. No que tange ao referencial teórico, este trabalho apoia-se nas perspectivas de Stroud (2003), Williams (2011), Bamgbose (2011), Chimbutane (2013; 2015), PNUD (2019), entre outros. Em termos metodológicos, privilegiamos a pesquisa bibliográfica. Os resultados da pesquisa revelam que o ensino das/em línguas locais reveste-se duma importância para o desenvolvimento do capital humano moçambicano, permite o acesso às tecnologias, à inteligência artificial e à aldeia global, o acesso à informação e justiça e à redução das desigualdades sociais. O ensino das/em línguas moçambicanas é importante para os aspectos que envolve a identidade, a inclusão e a distribuição equitativa do desenvolvimento.</p> <p>***</p> <p>Nkongometo wa ndzavisiso lowu i kuxopa-xopa nkoka wa kudyondzisa ka/hi tindzimi ta laha eMozambhiki, eka lembe-xidzana ra vu 21, eka nguva ya Tithekinoliji ta Mahungu na Vuhlanganisi (ICT), niya kuhlanganisiwa ka misava hinkwayo, na vulawuri bya tindzimi leti vuliwaka letikulu emisaveni, kambe nakona ya tindzimi letivuliwaka letitsongo. Kudyondzisiwa ka/hi tindzimi eMozambhiki i mfanelo ya vahanyitiku hinkwavo leyi i nga ni lisima swongasi eka vahanyitiku ni misavani hinkwayo. Kuvayihlota nkongomo lowu, hi vutisile swivitiso leswi: (i) hikokwalaho ka yini kudyondzisiwa ti/hi tindzimi tandhawu yo karhi letitinga enetiki misava hinkwayo, tanihileswi tingariki tindzimi tavuhlanganisi emisaveni, ku fana ni Xinghiza, Xipanyola, Xifaransa ni Xiputukezi, xana? Naswona (ii) Hi wihi ntirho wa tindzimi letivulivaka ku ilititsongo emisaveni hinkwayo, xana? Tani hi laha Menezes (2012) a kombisaka hakona, kuna kukanakana eka vapswele, nivapolitiki kuyafika eka vadyondzi, mayelanu nifundu wakutirhisa tindzimi timbirhi lomu swikolweni, leswi kufika swoswi swikalaka swinga tiviwike hahombe. Hitlhelo la thiyori, ntirho lowu wuseketeliwe himabuku lawa: Stroud (2003), Williams (2011), Bamgbose (2011), Chimbutane (2013; 2015), UNDP (2019), ni vanwana vatsari. Hikuya himaendlelo, ndzavisiso lowu uendliwe hi kulandza ka bibliyografi. Mihandzu ya ndzavisiso yi paluxa leswaku kudyondzisiwa ka/hi tindizimi ta laha tikweni i swa nkoka swinene eka nhluvikiso wa vanhu etikweni, hikuva yikutirhisiwa ka tindzimi leti vangaswikota kudyondza thekinoliji, vanga woka vutlhari byo yelana niku tirisa makhomphyuta ni inthanete, vathlela vanghena maldeyeni ya misava hinwkayo, nakona swapfuna vanhu eku koleni ka mahungu mavulavulaka i swilo swotala, kufana nikutivikela ka mavabyi, kutihlamulela kuxuxeni katimhaka nambhi kulaveni kavaavanyisi kumbe vagqweta, nakona swingapumba nkange eka vanhu hambhi nikulwa ninjandza niwusweti. Kudyondzisiwa ka/hi tindzimi eka vana vaMusambiki i swa nkoka hikuva swiyentxa vanhu vatitiva umunhu byavona, nakona swasiza kukatseni ka vanhu hinkwavo, nikuyavana yikuringana futsi kupfumeleliweke ndzeni ka nhluvukiso ya vanhu nitiku. </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/573 Kosmogonia di etnia mandjaku na konservason socioambiental na tchon di kanhobi, Guiné-Bissau 2021-03-13T12:08:25-03:00 Jorge Mendes jorgemendes942@outlook.com <p>És tarbadju tené suma panu fundu difundi balur di kosmogonia di etnia Mandjaku na konservason socioambiental di rikezas naturais na tchon di Kanhobi, avansa ku hipotisi di kuma na sociedadi tradicional guineense, kosmogogia tá usadu suma um métudu di konservason di rikezas naturais na kumunidadi tradicionais di país. Ipá fala dés manera, é tarbadju ikana trata di studu kompletu di tudu etnias di Guiné-Bissau, i nim ikana fala di balur di um religion pa baixa utrus religion. Pá alkansa objetivu dés tarbadju, i facidu um n’queritu na tabankas di tchon di Kanhobi lokalizadu na Region Katcheu entri 22 de dezembru di anu 2019 i 20 di marçu di 2020, djuntadu ku revison bibliográfika iku utrus dukumentus parcidus. Duranti piskiza di kampu, dadus di intrivista tá demonstra tudu kilku faladu di kuma, rápidu kirsimentu di pekadur i pirmeru fator kuta provoka necessidadi di abri nobus área di pratika agrikultura ki na bardadi, nem sempri i koretu. Resultadu di kampu tá aponta diversidadi etnika religioza suma principal fator ku n’sta na dana rikeza natural na tchon di Kanhobi, Region di katcheu. I Region di Katcheu i predominanti pa religion animista, religion islamismo i religion kristianismu i, tudu és religion kada um tené si krensas ici forma di s’plora riquezas naturais di akordu ku necessidadis.</p> <p>***</p> <p>O presente trabalho objetiva-se difundir a importância de cosmogonia da etnia Manjaca na conservação socioambiental das riquezas naturais no distrito Kanhobe, avançando com a hipótese de que algumas práticas da sociedade tradicional guineense constituem um método de conservação dos recursos nas comunidades tradicionais do país. Vale ressaltar que este trabalho não trata de um estudo completo e abrangente das etnias da Guiné-Bissau, e nem trata de ressaltar a importância de uma religião menosprezando a outra religião. Para alcançar o objetivo desse trabalho faz-se a pesquisa do campo entre 22 de dezembro do ano 2019 e 20 de março de 2020, na seção Kanhobe localizado na Região de Cacheu complementado com revisões bibliográficas e outros documentos semelhantes. Durante a pesquisa do campo, os dados obtidos nas entrevistas demostram que, a hipótese levantada que o rápido crescimento demográfico provoca abertura das novas áreas de práticar agricultura que nem sempre é uma verdade. Resultado do campo aponta a diversidade étnica religiosa como o principal fator da degradação da riqueza natural no setor de Kanhobe, Região de Cacheu. A Região de Cacheu é predominante da religião animista, religião islamismo e religião cristianismo e cada uma delas têm suas crenças e suas formas de explorar recursos naturais de acordo com suas necessidades.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1088 Análise dos factores que influenciam a ocorrência de união prematuros no Posto Administrativo de Mussa, no Distrito de Chinbunila em Moçambique 2022-11-12T15:44:19-03:00 Joaquim Miranda Maloa joaquimmaloa@gmail.com Emília Orlando melmelita27@gmail.com Gracinda Lopes Maulana Maida Levene gracindalevene@gmail.com <p>O objectivo deste artigo é compreender quais são os factores que influenciam a ocorrência de união prematuros no Posto Administrativo de Mussa. Para obtenção dos dados, realizou-se consulta documental, bibliográfica, observação participante e entrevista. Com uma amostra de 80 mulheres de várias as idades residentes em três bairros do Posto Administrativo, como: <em>Bala, Ntembo</em> e <em>Magiga, </em>seleccionados aleatoriamente. Os resultados demonstram que os factores mais predominantes para ocorrência da união prematura recaem sobre os factores económicos (75%) e (25%) socioculturais. Concluímos que a união prematura tem tido um impacto devastador na saúde, educação, mortalidade materna e infantil, segurança e demais direitos de milhares de crianças moçambicanas, em particular raparigas.</p> <p>***</p> <p>The purpose of this article is to understand what are the factors that influence the occurrence of premature unions in the Administrative Post of Mussa. To obtain the data, documental and bibliographical consultations, participant observation and interviews were carried out. With a sample of 80 women of various ages residing in three districts of the Administrative Post, such as: Bala, Ntembo and Magiga, selected at random. The results demonstrate that the most predominant factors for the occurrence of premature marriage fall on economic (75%) and sociocultural (25%) factors. We conclude that early marriage has had a devastating impact on the health, education, maternal and child mortality, safety and other rights of thousands of Mozambican children, particularly girls.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1089 Processo de recrutamento em home office para o trabalho remoto 2022-11-24T20:37:53-03:00 Donaldo Martins Muganiua Francisco franciscodonaldo@gmail.com Verónica Joaquim Sibinde Mpanda vsibinde@iscisa.ac.mz <p>A pandemia da Covid-19 trouxe ao mundo o aperfeiçoamento e aplicação massiva de uma nova dinâmica de trabalho, que de forma tímida algumas empresas multinacionais já a usavam, porém isso veio se normalizando entre as demais empresas, o que não só acaba tornando o mercado cada vez mais competitivo, como também garante a saúde e bem-estar dos colaboradores. A protecção dos colaboradores contra a pandemia da Covid – 19 e/ou qualquer outra enfermidade é fundamental para o sucesso da empresa, é nesse sentido que se desenvolve este artigo, pretendendo responder a seguinte pergunta: “Como avaliar competências técnicas que garantam a eficiência do trabalhador no recrutamento <em>home office para o trabalho remoto</em>?”, com o objectivo de avaliar a eficiência do processo de recrutamento e selecção para o trabalho em <em>home office</em> tendo em conta os procedimentos e métodos de recrutamento e selecção, que se enquadrem a essa natureza de trabalho. Para satisfazer esse objectivo, recorreu-se à abordagem qualitativa, obedecendo a uma pesquisa bibliográfica e documental, com finalidade de descrever e explicar o fenómeno do recrutamento em <em>home office</em>, bem como em entrevista feita a um profissional de recursos humanos o qual a sua identidade foi ocultada. Após seguidos todos os métodos, os objectivos traçados foram alcançados, concluindo-se que para uma boa contratação, é crucial avaliar os perfis técnicos e comportamental do candidato, de acordo com os padrões, visão, valores, missão e cultura da empresa, para isso, é de suma importância a planificação do processo. </p> <p>***</p> <p>The Covid-19 pandemic brought to the world the improvement and massive application of a new work dynamic, which in a timid pandemic way some companies were already using, but this became normal among other companies, which has just became the market every increasingly competitive, but also guarantees the health and well-being of employees. The protection of employees against the Covid – 19 pandemic and/or any other is fundamental to the success of the company, it is in this sense that this article is developed intending to answer the following question: “How to evaluate technical skills that guarantee the efficiency of Recruitment in the home office for remote work?, with the objective of evaluating the efficiency of the recruitment and selection process for the worker in the home office, taking into account the recruitment and selection procedures and methods, which fit this nature of work. To meet this objective, a qualitative approach was used, following a bibliographic and documental research, in order to describe and explain the phenomenon of home office recruitment, as well as in an interview with a human resources professional whose identity has been hidden. After following all the methods, the objectives outlined were achieved, concluding that for a good hiring, it is crucial to evaluate the candidate´s technical and behavioral profiles, according to the standards, vision, values, mission and culture of the company, for that, it is of paramount importance to plan the process.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1340 Multiplicada Raízes, Dez Vezes Marataízes 2023-07-10T15:41:19-03:00 Marcelo Calderari Miguel marcelocalderari@yahoo.com.br <p>Marataízes é uma cidade localizada no Sul do Espírito Santo (Brasil), conhecida como a "Pérola Sul Capixaba". A cidade é caracterizada por lendas indígenas e pela reverência à Índia Ísis, figura mítica da tribo local. Marataízes possui uma bandeira com as cores amarelo, branco, preto e azul, simbolizando poder, bondade, tranquilidade e identidade, respectivamente. Entre seus pontos históricos, destaca-se o Palácio das Águias, em Barra de Itapemirim, e a antiga Estação Ferroviária. O município é reconhecido pela produção de abacaxi de alta qualidade, conhecido por seu sabor doce e aroma irresistível. A cultura local é rica em lendas e histórias, que encantam tanto os moradores quanto os visitantes. Marataízes é um destino turístico popular, especialmente durante o verão, devido às suas belas praias e atrações turísticas. Além disso, a cidade se destaca nacional e internacionalmente na produção de abacaxi, contribuindo para a economia local. A combinação de cores, sabores e aromas de Marataízes cria uma experiência única para os visitantes, tornando-a um destino atrativo para aqueles que buscam conhecer a cultura e desfrutar das belezas naturais da região.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1385 Retrato da vida social de Moçambique 2023-07-10T17:53:11-03:00 Esaú Elias Constantino Nhanale esaunhanale77@gmail.com <p>Poeta moçambicano, Licenciado em ensino de Francês, Mestre em Gestão de Educação, estudante do Curso de Doutoramento em Língua, Cultura e Sociedade, Docente da Universidade Púnguè.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1341 O ensino da libras como primeira língua na educação fundamental por professores ouvintes: limitações de conhecimento e metodologia de ensino versus menor esforço na busca de conhecimento e o impedimento da gestão escolar na obtenção de recursos 2023-06-16T15:52:02-03:00 Reginaldo Aparecido Silva reginaldo.silva@ifsuldeminas.edu.br <p>O Que é incluir? O que é garantir? Diante da ampla demanda de profissionais qualificados para atuar na educação inclusiva, faz-se necessário algumas indagações quanto ao ensino da Libras como primeira Língua (L1) - por professores ouvintes à alunos surdos inseridos no ensino fundamental. A presente pesquisa, <em>a priori</em> empírica, trás um repertório de questões e a hipótese da atual realidade nas escolas: nem todos os profissionais têm formação adequada nos padrões básicos para atender alunos surdos. Há pré-requisitos para que realmente ocorra a inclusão tão desejada por todos, ou talvez, por grande parte de profissionais atuantes (BRASIL 1996; 2013). Embora haja dezenas de eixos a serem discutidos, neste trabalho limitou-se à Educação de Surdos. Ao tratar de educação, é necessário que a qualidade do ensino-aprendizado seja minimamente eficiente e garanta ao discente o direito de aprender satisfatoriamente seu idioma. A inquietação diante da temática é: se a educação inclusiva dispõe a necessidade de qualificação para atuar, qual a razão de haver profissionais sem domínio específico na área? Que riscos esta atuação sem habilidades e conhecimentos específicos da Libras podem trazer ao discente surdo? Este profissional que atua tem se empenhado na busca ou está impedido, pelos órgãos da educação, de buscar conhecimento adequado para se (des)envolver na escola? A proposta foi analisar, por meio de entrevistas semiestruturadas bem como de planilhas virtuais, algumas situações reais em escolas denominadas inclusivas e que atendem alunos surdos. Espera-se com os resultados compilados possibilitar subsídios à formação continuada dos profissionais atuantes.</p> <p>***</p> <p>What is include? What is guarantee? Given the wide demand of qualified professionals to work in inclusive education, it is necessary to inquire about the teaching of Libras as the first language (L1) - by non-deaf teachers to deaf students enrolled in elementary education. The present research, a priori empirical, brings a repertoire of questions and the hypothesis of the current reality in schools: not all professionals have adequate training in the basic standards to attend deaf students. There are prerequisites for truly inclusion to be so desired by all, or perhaps most of the working professionals (BRAZIL 1996, 2013). Although there are dozens of axes to be discussed, in this work it was limited to the Education of the Deaf. When it comes to education, it is necessary that the quality of teaching-learning is minimally efficient and guarantees the student the right to learn their language satisfactorily. The concern with the subject is: if inclusive education provides the need for qualification to act, what is the reason of professionals with no specific domain in the area? What risks does this action without specific skills and knowledge of Libras bring to the deaf student? Has this professional been involved in the search or is it prevented by the education agencies from seeking appropriate knowledge to become involved in the school? The proposal was to analyze, through semi-structured interviews as well as virtual spreadsheets, some real situations in schools called inclusive and that serve deaf students. It is hoped that with the results compiled, it will be possible to provide subsidies for the continued training of the professionals involved.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1376 Cultura, comunidade e identidade surda: O que querem os surdos? 2023-07-04T17:39:07-03:00 Paula Guedes Bigogno pgbigogno@gmail.com <p>No âmbito das Ciências Sociais, mais especificamente na Antropologia, têm começado a aparecer pesquisas como esta. No entanto, este trabalho foi desenvolvido de uma forma praticamente inédita em Língua Portuguesa, tendo recebido constantes citações. Os <em>surdos </em>do Brasil, como preferem ser chamados, vêm buscando reconhecimento de sua língua, a Língua Brasileira de Sinais. Este é um fenômeno que acontece em diversos países, como a França e os Estados Unidos, por exemplo. As categorias cultura, comunidade e identidade, desenvolvidas na Antropologia, têm servido especialmente aos <em>estudos culturais</em>, trazendo debates específicos de povos ou <em>grupos</em> <em>sociais</em>. Historicamente, as línguas de sinais foram proibidas em diversos países, favorecendo o que se chamou de oralismo puro. Mas desde o último período de resistência, com a criação da American Sign Language e da Gallaudet College o mundo passou a reconhecer que, na França, setecetencista o abade de l`Epée estava certo. No Brasil, a década de 1980 marcou a criação das primeiras associações de surdos. Este trabalho é fruto da construção da minha dissertação de mestrado, que ficou pronta dois anos depois. O trabalho de campo foi longo: desde 2006 até 2011 e, depois, até 2013. Muitos questionamentos aparecem quando se pensa que uma pessoa não pode ouvir a campainha de casa ou o barulho de trem. É por isso que a Libras é uma língua visual-gestual, com gramática própria e faz requerer adaptações como a campainha luminosa, por exemplo. É importante tomar o cuidado de não homogeneizar esse <em>grupo</em>, pois existem os surdos oralizados, os bilíngues e os que só sabem Libras ou só Português. O que ocorre com os movimentos sociais, sejam eles feministas, negros, indigenistas ou de classe é que há códigos próprios para se traduzir determinadas ideias. Isso não é diferente entre os surdos, por isso pensamos em identidades, culturas e comunidades surdas.</p> <p>****</p> <p>In the field of Social Sciences, more specifically in Anthropology, research like this one has begun to appear. However, this work was developed in a practically unprecedented way in Portuguese, having received constant citations. Deaf people in Brazil, as they prefer to be called, have been seeking recognition of their language, the Brazilian Sign Language. This is a phenomenon that happens in several countries, such as France and the United States, for example. The categories of culture, community and identity, developed in Anthropology, have served especially in cultural studies, bringing specific debates of peoples or social groups. Historically, sign languages have been banned in several countries, favoring what has been called pure oralism. But since the last period of resistance, with the creation of the American Sign Language and the Gallaudet College, the world has come to recognize that, in France, seventeenth-century the Abbé de l`Epée was right. In Brazil, the 1980s marked the creation of the first deaf associations. This work is the result of the construction of my master's thesis, which was ready two years later. The field work was long: from 2006 to 2011 and then to 2013. Many questions arise when one thinks that a person cannot hear the doorbell at home or the noise of a train. That is why Libras is a visual-gestural language, with its own grammar and requires adaptations such as the lighted bell, for example. It is important to take care not to homogenize this group, as there are oralized deaf people, bilinguals and those who only know Libras or only Portuguese. What happens with social movements, whether feminist, black, indigenist or class, is that there are codes of their own to translate certain ideas. This is no different among the deaf, that's why we think about deaf identities, cultures and communities, in plural.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1347 Por uma governação sustentável: o caso de Moçambique 2023-06-24T22:08:40-03:00 Pedrito Cambrão prof.pedrito@hotmail.com <p>Com este artigo, queremos aludir que o espírito de cidadania, a participação política, os movimentos sociais e as Organizações da Sociedade Civil (OSC) são meios indispensáveis para uma democracia participativa e, por via disso, para um desenvolvimento sustentável, pois suprem o défice da democracia representativa que, embora ela seja ainda relevante, não representa cabalmente as necessidades ou aspirações da sociedade. Portanto, o conceito de governação, neste trabalho, não é meramente restrito ao Governo, mas é, sobremaneira, aberto à sociedade civil. A partir deste ponto, sustentamos que, com a governação sustentável, todas as necessidades locais e iniciativas da sociedade são levadas em consideração, pois, ela considera pessoas como sujeitos do seu próprio destino, ou seja, cidadãos. Como metodologia, enveredamos pela abordagem qualitativa, tendo como técnicas de recolha de dados: a revisão da literatura análise documental e a participação em <em>workshops</em>. Moçambique, sendo um país com uma democracia ainda deficiente e incipiente, precisa de consolidar a participação política, pois é a condição <em>sine qua non</em> para uma governação sustentável, tendo como corolário uma sociedade menos desigual e mais justa social e economicamente.</p> <p>***</p> <p>Kese ertigu nôs kre aludi ke espiritu de sidadania, partisipasão pulítika, movimentus sosiais y Organizasões de Sosiedede Sivil (OSS) é un meiu indispensode pe un demokrasia partisipativa i, pe via dise, pe un dsenvolvimentu sustentável, poij ês te supri un défise de demokrasia reprezentativa ke, embora einda n é relevante, el n de representá Kabalmente kês nesesidedes lokais ou aspirasão de sosiedede. Purtente, konseite de governasão, nes traboi, n é meramente restrite pe Govern, ma é, sobremanera, eberte pe sosieded sivil. A partir dese ponte, nôs te sustentá ke, kon a governasão sustentável, tute kês nesesidedes lokal e inisiativa de sosiedad é levode ne konsiderasão, poij, el te Konsiderá pesoas kome sujeitus de sis própriu destine, ou seja, sidadãos. Kome metodolojia, nôs te enveredá pe un abordajem kualitativa, tende kome téknikas de rekolha de dados: revisão de literatura, análize dokumental y partsipasau n <em>uorkxopes</em>. Mosambike, sendu un peís Ke ten un demokrakia einda defisiente e insipiente, presizá konsolidá partsipasau pulítka, pur is el é kondisão <em>sine kua non</em> pe un governasão sustentode, tendu kome koroláriu un sosieded menus dezigual e mês justa sosial e eknomikamente.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1348 Debates literários no jornal A voz de Moçambique entre 1961 e 1964: literatura, censura, racismo 2023-06-24T22:06:59-03:00 Noemi Alfieri n.alfieri@yahoo.it <p>The article dwells on cultural debates that took place, between 1961 and 1964, in the literary page «Artes e Letras» of the newspaper <em>A voz de Moçambique, </em>with focus on the critics to salazarist censorship, on the idea of Mozambican literature in opposition to <em>literatura ultramarina</em> (“overseas literature”) and on racism. It will especially focus on disputes. The first - originated from Rodrigues Júnior’s declarations on the existence of a <em>literatura ultramarina</em>, instead of Mozambican literature - resulted in a well-known polemic that opposed Rui Knopfli and Eugénio Lisboa to Alfredo Margarido.The second, that was initially published in the journal <em>A tribuna</em>, was between José Craveirinha and Sacadura Falcão. In that occasion, the mozambican writer desmantled racists thesis, defending cultural dignity of black people, as well as non-western cultural traditions.</p> <p>****</p> <p>Patchiguagua tchigo tchicha unza Machoco ye tsika dzakaphasiswa mumakore ye 1961 ne 1964, zviri pepha ne matauro, kuita, kunyora Ne Masoko yenguwa mu izwi re Moçambique zvirimukati me kuchoropodza, kurikutondoedza vzakavisua ngue Salazarista, Pafungua dzecutondoedza maitire ye adzari ye Moçambique, kurikusiya maitire ye ngua yakapinda, tingati ye racismo. Kurikupa muezanisso ne makuikui Mair, ye kutanga mahonere ya Rodrigues Júnior pamaererano ye maitire yekarekare.Virimukati me ma erenguerue hanyamasi munhika ye Moçambique, zvakabhara botso zvakazobara mukuti Rui Kropfli na Eugénio Lisboa azonde Alfredo Margarido.Ye Tchipire yakabunisua pahmene mu buco remasoco A Tribuna, zvakaizua ndi José Craveirinha na Sacadura Forcão, pangua yekuti munyori we Moçambique waipanguidza mafunguire ye ma racista, kuriku Kutenderana ne Tsika dze maboi ne Tsika dzepasitchigare dzisiripi dze Nhica dze azungu.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1349 Diversidade cultural moçambicana: um olhar pela identidade da cultura e globalização em Moçambique 2023-06-24T22:04:20-03:00 Zefanias Jone Magodo zefanias.magodo@gmail.com <p>A diversidade cultural é entendida como sendo a característica básica como as diferentes culturas se manifestam, sendo que estas podem ser variadas ou similares, agrupando comportamentos dentro do seu histórico. Essa diferenciação ou similaridade do comportamento, dentro de um determinado contexto territorial, conduz para uma determinada identidade cultural. No intuito de se compreender a diversidade cultural em Moçambique, a presente pesquisa procura trazer as diferentes identidades culturais moçambicana, com enfoque para a identidade cibarke, uma subdivisão do shona. Essa compreensão foi feita com base na pesquisa documental feita em documentos no ARPAC – Instituto de Investigação Sociocultural de Manica, sobretudo o relatório do Inventário do Património Cultural e Imaterial (PCI) do Distrito de Barué. Recorreu-se ainda na pesquisa bibliográfica, por meio de levantamentos da literatura em artigos científicos, jornais, revistas e teses. Onde concluiu-se que Moçambique apresenta uma diversidade cultural, desde os macuas, tsonga (shangana), sena, lomwe, chuwabu, nianja, Yao, Angones, Bitongas, Muchopes entre outros.</p> <p>***</p> <p>Txeu kultura ta intendedu komu karateristika bazika sima munti kultura ta manifesta sendu ki es pode ser variadu ô es podi ta parsi djuntadu ku konportamentu pamodi ses stória. Kel diferensa ô kel parsi kes ta parsi na konportamentu dentu di un spasu ta faze kon ki es ten un sertu identidade kultural ô es ten algun kuza ki ta faze-s xinti povu ki ta pertense a un lugar ku ses krensa,ses tradison, ses abitus. Ku obujetivu di konprende kes munti Kultura ki ten na Moçambique, kel trabadju li ta traze kes txeu kultura ki ten na sosiedadi moçambicana , ma ku foku na identidadi di Cibarke ki ta faze parti di Shona . Inda kel studu li fasedu ku bazi na peskiza di dukumentu na ARPAC- Institutu di investigason sosiokultural di Manica, spesialmenti relatóriu di inventáriu di património kultural y imaterial (PCI) na munisipiu di Barué. Pa kel trabadju li rakoredu pa piskiza bibliográfika, ku livrus di artigu sientifiku, jornai, revista y tesis.Undi konkluidu ki Moçambique ten txeu kultura sima, macuas, tsonga (shangana), sena,lomwe, chuwabu, mianja, Yao, Angones, Bitongas, Muchopes i otus.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1350 Turismo cultural e os seus impactos nas comunidades receptoras 2023-06-24T22:02:18-03:00 Leoníldia dos Anjos Fidalgo Fulano leonildiafulano@gmail.com <p>Este artigo analisa, através da pesquisa bibliográfica, os impactos socioculturais advindos da prática do turismo cultural nas comunidades receptoras. Como resultado desta reflexão, ficou evidenciada a dualidade da actividade turística. Por um lado, pode-se colher benefícios do contacto visitante – autóctone, como o respeito a tolerância pelas diferenças culturais entre outros, e por outro lado, constatam-se os efeitos deletérios, tais como a desvalorização da cultura do autóctone; a imitação pela cultura do visitante. E para que os impactos positivos sejam cada vez mais potencializados, e os deletérios minimizados, julga-se pertinente o envolvimento activo da comunidade receptora como uma condição indispensável no desenvolvimento da actividade do turismo cultural.</p> <p>***</p> <p>Basali likudenkhenya, nakafukufuku ka ma livu, mathandauzo ku bzicito bzamakhalidwe kutcokera pa mabasa ya kazunguidwe-zunguidwe kwa kumakhalidwe kwamadiamento ya anyakutambira. Ninga mabayi-bayi ya kakumbukidwe ka basali, paonesedwa bwino-bwino mbali ziwiri za mabasa ya kazunguidwe-zunguidwe. Kumbali yibodzi, kunga bvunidwe ubwino bwa kagumanidwe ka alendo omwe ni mbadwe, ninga ulemu lakulekerera kuna kasiyanidwe ka makhalidwe na bzinango-bzinango, inde kumbali yinango, kumbagumanika bzicito bzomwe bzimbadzonga, ninga kusaya kupereka ulemu ku khalidwe kwa mbadwe; citewezero kuna khalidwe ya alendo. Inde kuti mathandauzo yaubwino ya yenderere patsogolo nakukhwuimisidwa, inde na udzongui bu punguzidwe ninga bzabwino kuunjika kwaku ‘banganuka kwa madiamento ya anyakutambira ninga citsimikizo cakusaya kacosedwe paku oneka mabasa pa kazunguidwe-zunguidwe kwa makhalidwe.</p> <p> </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1386 Como o Correio das Artes “desocultou” o quilombo - Caiana dos Crioulos 2023-07-10T19:48:00-03:00 Elizabeth Olegário Bezerra da Silva elizabetholegario@gmail.com <p>O presente trabalho visa resgatar a reportagem “Um quilombo esquecido”, de Ivaldo Falconi e o seu conjunto de fotografias, assinadas por Gilberto Stuckert. A reportagem foi publicada na década de 1940 no suplemento literário “Correio das Artes”, do jornal <em>A União</em>, da Paraíba. Considerada uma das fontes documentais mais antigas sobre a comunidade quilombola de Caiana dos Crioulos, este documento revela o papel da imprensa na modificação dos modelos socio-culturais, antecipando o reconhecimento político de práticas e de comunidades pouco conhecidas.</p> <p>***</p> <p>Ese troboi te pretendê resgatá a reportagen “Un kilombu eskeside”, de Ivaldu Falconi i un konjunt de fotogrefias, assinode pe Gilbert Stuckert. Ese reportagen foi publikode ne dékada de 1940 nu suplementu literáriu “korreiu de Artes”, de jornal <em>A Uniãu</em>, de Paraíba. Considerode un de kês fontes dokumentais&nbsp; mês entig sobre Komunidede kilômbola de Kaiana dus krioulus, ese dokumente te revelá pepel de imprensa ne modifikasão de modelus sósio.kulturais, antesiponde, esin, rekonhecimentu polítiku de prátikas e de komunidedes poke konteside.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1351 Reverberações: narração oral, patrimônio e tradição oral em Cabo Verde 2023-06-24T21:59:18-03:00 Maria Isabel Lemos mariaisabel.lemos@gmail.com <p>A centralidade das tradições orais para a (re)constituição histórica e patrimonial das culturas, ainda que inegável, é matéria cujos desdobramentos contemporâneos transitam entre os universos acadêmico, artístico, cultural e político. Embora a designação das “Tradições e expressões orais” enquanto Patrimônio Cultural Imaterial sob a ótica da UNESCO (2003) tenha fomentado uma série de iniciativas políticas cujos objetivos centralizam-se na salvaguarda e recuperação das cadeias de transmissão de tais conhecimentos, diferentes práticas artísticas e performáticas também têm desempenhado um importante papel na conscientização de populações e na recolha cientificamente orientada de repertórios. Este artigo dedica-se à reflexão acerca do papel de práticas artísticas, em especial a narração oral e o teatro, na salvaguarda e recuperação de tradições orais, com especial atenção para as narrativas tradicionais de suporte memorial. Os dados apresentados enquadram-se em investigação etnográfica realizada em Cabo Verde, e foram recolhidos por meio de metodologias diversas como entrevistas, observação participante e análise bibliográfica. Alicerçado pelos Estudos do Patrimônio e pela Antropologia, o raciocínio apresentado tratará da problematização da circulação de repertórios tradicionais em contextos artísticos, pedagógicos e performáticos com o objetivo de potencializar a discussão acerca da salvaguarda do patrimônio em questão no contexto comunicacional contemporâneo, para além de fronteiras e políticas institucionais.</p> <p>***</p> <p>Ku va exikarhi ka mindhavuko ya nomu eka matimu na vumbiwa bya ndzhaka (re)constitution ya mindhavuko, hambi leswi swi nga kanetekiki, i mhaka leyi nhluvukiso wa yona wa manguva lawa wu hundzaka exikarhi ka vuako bya dyondzo, vutshila, ndhavuko na tipolitiki. Hambi leswi ku hlawuriwa ka “Ndhavuko na swivulavulelo swa nomu” tanihi Ndzhaka ya Ndhavuko leyi nga Khomekiki ku suka eka mavonelo ya UNESCO (2003) swi kurisile nxaxamelo wa migingiriko ya tipolitiki leyi swikongomelo swa yona swi nga exikarhi eku hlayiseni na ku vuyisa tinketana ta ku hundziseriwa ka vutivi byo tano, maendlelo yo hambana ya vutshila na Matirhelo vutshila byi tlhele byi tlanga xiave xa nkoka eku tlakuseni ka vutivi eka vaaki na le ka nhlengeleto wa ti-repertoire lowu kongomisiweke eka sayense. Atikili leyi yi nyiketeriwile ku anakanyisisa hi xiave xa maendlelo ya vutshila, ngopfungopfu ku hlamusela hi nomu na theatre, eku hlayiseni na ku vuyisa mindhavuko ya nomu, hi ku tekela enhlokweni ngopfu switlhokovetselo swa ndhavuko swa xitsundzuxo. Data leyi nyikiweke i xiphemu xa vulavisisi bya ethnographic lebyi endliweke eCape Verde, naswona yi hlengeletiwile hi tindlela to hambana to fana na mimbulavurisano, ku langutisisa vatekaxiave na nxopaxopo wa bibliyografiki. Hi ku seketeriwa hi Dyondzo ya Ndzhaka na Ntivo-vutomi, ku anakanya loku nyikeriweke ku ta tirhana na ku va na swiphiqo swa ku hangalasiwa ka tirhepertori ta ndhavuko eka swiyimo swa vutshila, swa dyondzo na swa vuyimbeleri hi xikongomelo xo ndlandlamuxa mbulavurisano mayelana na ku hlayisa ndzhaka leyi ku vulavuriwaka hi yona eka xiyimo xa vuhlanganisi bya manguva lawa, ku tlula mindzilakano na tipholisi ta nhlangano.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1352 Infância, oralidade e morte em Campo geral e Terra Sonâmbula 2023-06-24T21:55:13-03:00 Maria Schtine Viana mariaviana8@uol.com.br <p>The purpose of this essay is to establish a relationship between childhood, orality and death from the narratives Campo geral (1956), by the Brazilian writer João Guimarães Rosa and Terra sonâmbula (1992), by the Mozambican author Mia Couto, with the objective of demonstrating how the intersection of these elements contributes to the constitution of a peculiar language in the two narratives.</p> <p>****</p> <p>Basa iri rinotswaka kubatanidza nyaya yakaringana ne huduku, kureketa ne kufa burikidze ne nhorondo inowoneka mumabhukhu Campo geral (1956), re munyori weku bharaziri unozvi Joao Guimaraes Rosa ne Terra Sonambula (1992), rakanyorwha na Mia Couto, munyori weku M’sambiki, uyezve, basa iri rine chinangwa chekupangidzira kubatana, kana kuti, kuyanana kezvitsidzo zvinobatsira pakuwumba mutawuro wakanaka munhorondo mbiri idzi.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1353 A representação da cidade de Luanda e o reconhecimento da identidade angolana, em Nós, os do Makulusu, de José Luandino Vieira 2023-06-24T21:57:59-03:00 Juliana Santos Menezes jumenezes2@hotmail.com <p>Este texto objetiva discutir a representação da cidade de Luanda, a partir da obra <em>Nós, os do Makulusu</em> (1974), de José Luandino Vieira. A narrativa, que se passa nos anos da guerra da independência, evidencia a capital angolana marcada pela dor, preconceito, tristezas e injustiças advindos do processo de colonização e da consequente guerra. O estudo parte da ideia de que a angústia do personagem Mais-Velho diante da morte do irmão e a maneira com que ele rememora a alegria e ingenuidade de sua infância e adolescência são refletidos na sua dificuldade em se reconhecer e se encontrar naquele lugar. Desta forma, pretende-se estudar a representação literária da capital angolana, cujas marcas do período colonial estão registadas tanto nas ruas, avenidas e monumentos, como na maneira de pensar e agir dos personagens e nas manifestações que contribuíram para a formação de um hibridismo cultural, em que se cruzam elementos da cultura portuguesa e angolana. Além disso, intenta-se relacionar a configuração da cidade com os dramas vivenciados pelo protagonista, cuja peregrinação pelas ruas de Luanda é ao mesmo tempo uma forma de reconhecimento da cidade e da sua identidade angolana.</p> <p>***</p> <p>This text aims to discuss the representation of the city of Luanda, based on the book Nós, os do Makulusu (1974), by José Luandino Vieira. The narrative, which takes place in the years of the independence war, highlights the Angolan capital marked by pain, prejudice, sadness and injustice arising from the colonization process and the consequent war. The study is based on the idea that the anguish of the Mais-Velho character before the death of his brother and the way he recalls the joy and naivety of his childhood and adolescence are reflected in his difficulty in recognizing and finding himself in that place. In this way, we intend to study the literary representation of the Angolan capital, whose marks of the colonial period are registered both in the streets, avenues and monuments, as well as in the way of thinking and acting of the characters and in the manifestations that contributed to the formation of a cultural hybridity, in which elements of Portuguese and Angolan culture intersect. In addition, an attempt is made to relate the configuration of the city with the dramas experienced by the protagonist, whose pilgrimage through the streets of Luanda is at the same time a form of recognition of the city and its Angolan identity.</p> <p> </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1354 O ensino das Humanidades como literacia para uma justiça económica e social 2023-06-24T21:53:52-03:00 Rosário Couto Costa rosario.c.costa@gmail.com <p>A nível geral e global, as humanidades na Universidade têm sido desvalorizadas nas décadas mais recentes (tendência 1). Um dos efeitos dessa desvalorização tem sido a menor presença das humanidades na sociedade, em particular no mercado de trabalho. A par desta tendência ocorreu uma série de transformações, entre as quais a intensificação das desigualdades sociais (tendência 2). Da coexistência destas duas tendências, ambas resultantes da influência neoliberal nas políticas públicas, surge a questão de saber em que medida a primeira é um dos fatores que foi facilitando a segunda. Neste artigo explicita-se como se foi concretizando um menor investimento nas humanidades em contexto académico e os respetivos fatores condicionantes. Seguem-se as razões pelas quais fragilizar o ensino nestes domínios do conhecimento condiciona negativamente uma justiça económica e social. Dito de outra forma, salientam-se as especificidades ganhas com uma formação em humanidades, se aberta às várias correntes de pensamento e independentemente das disciplinas estudadas. Por contraste, intui-se o vazio que se vai instalando na sociedade enquanto o seu ensino vai definhando. Este vazio não é somente uma ausência de conhecimento. É também a fragilização, na esfera coletiva, de determinadas capacidades reflexivas e atitudes, determinantes para o desenvolvimento de uma sociedade que se idealiza inclusiva, protetora da natureza e pacífica.</p> <p>***</p> <p>Eka xiyimo xo angarhela na xa misava hinkwayo, vutivi bya vanhu eYunivhesiti byi hungutiwile eka makume ya malembe ya sweswinyana (trend 1). Yin’wana ya mimbuyelo ya ku hunguteka loku ka nkoka ku vile vukona bya le hansi bya vutivi bya vanhu eka vaaki, ngopfungopfu eka makete wa vatirhi. Etlhelo ka ntshamiseko lowu, nxaxamelo wa ku cinca wu humelerile, ku katsa na ku tiyisisiwa ka ku nga ringani ka ntshamiseko (ntshamiseko wa 2). Ku suka eka ku hanya swin’we ka mikhuva leyi yimbirhi, leyi havumbirhi bya yona yi humaka eka nkucetelo wa neoliberal eka tipholisi ta mfumo, xivutiso xi tlakuka xa ku tiva leswaku xo sungula i xin’wana xa swilo leswi oloviseke xa vumbirhi ku fikela kwihi. Xihloko lexi xi hlamusela hilaha vuvekisi byintsongo eka vutivi bya vanhu byi fikeleleriweke hakona eka xiyimo xa dyondzo na swilo leswi faneleke swa xiyimo. Hi leswi swivangelo leswi endlaka leswaku ku tsana ka dyondzo eka tindhawu leti ta vutivi swi veka swiyimo swo biha eka vululami bya ikhonomi na ntshamiseko. Hi marito man’wana, swihlawulekisi leswi kumiweke eka ndzetelo wa vutivi bya vanhu swi humelela, loko swi pfulekile eka maendlelo yo hambana ya miehleketo naswona ku nga langutiwi tidyondzo leti dyondziwaka. Ku hambana ni sweswo, munhu u vona vuhava lebyi tshamaka evanhwini kasi dyondzo ya byona yi ri karhi yi tlanga hi nkarhi. Ku pfumala nchumu loku a hi ku pfumaleka ka vutivi ntsena. Nakambe i ku tsana, eka xiyenge xa ​​nhlengeletano, ka vuswikoti byo karhi byo anakanyisisa na mavonelo, swilo leswi lawulaka nhluvukiso wa rixaka leri tivonakala tanihi leri katsaka hinkwavo, leri sirhelelaka ntumbuluko na ku rhula.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1355 A Pedagogia do pós-método e a autonomia dos professores: o papel da formação inicial de professores de língua portuguesa em Cabo Verde 2023-06-26T13:41:24-03:00 Luís Filipe Martins Rodrigues luis.rodrigues@us.edu.cv <p>O Ensino de L2/LE entrou, nas últimas décadas, numa nova fase, passando de um paradigma de métodos, para uma Pedagogia do Pós-Método, tal como proposta por B. Kumaravadivelu. O propósito deste trabalho é compreender a efetividade desta metodologia no ensino da Língua Portuguesa em Cabo Verde, particularmente na autonomia dos professores e avaliar o papel da formação de base dos professores no sucesso ou insucesso deste paradigma. Para tal foram feitas entrevistas a treze professores de Língua Portuguesa, todos formados em Cabo Verde. Os resultados revelam uma adaptação positiva dos professores à Pedagogia do Pós-Método, nomeadamente na sua capacidade de serem autónomos e a perceção de que a sua formação de base contribuiu para isso mesmo. Contudo, maior desafio à sua autonomia parecem ser os constrangimentos de cariz institucional e organizacional, o que nos leva a propor uma revisão do Pós-Método refletindo sobre esta dimensão.</p> <p>***</p> <p>Nxinu di L2/LE entra, na últimus dékada, na un nobu fázi. El pása di un mudélu di métudus, pa un Pedagojiâ di Dipos di Métudu, sima kel ki prupodu pa B. Kumaravadivelu. Obujetivu des trabádju li ekonprende ifetividádi des metodolojiâ na nxinu di Língua Purtuges na Káuberdi, partikulármenti na otonomiâ di profesoris, i avâlia papel di formason di bázi di profesoris na susésu o insusésu des mudélu li. Pa kel la, fasedu trizi profesor di Língua Purtuges (tudu es formádu na Káuberdi) intrivistas. Rizultádu (di kes intrivista la) revela un adapitason puzitivu di kes profesor la na Pedagojiâ di Dipos di Métudu, nomiádamenti na ses kapasidádi di sér otónumu i na perseson di ki ses formason di bázi kontribui mesmu pa kella.Kontudu, maiór dizafiu pa ses otonomiâ parse ma e kes konstranjimentu di naturéza institusional i organizacional. Kel li ta lebá-nu prupoi un rivizon<br />di Dipos di Métudu, ki ta rifliti sobri kel dimenson li.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1356 Funk e amefricanidade 2023-06-24T21:49:01-03:00 Maíra Neiva Gomes maira.gomes@uemg.br <p>Esta proposta tem como objetivo analisar o papel desempenhado pela cultura funk brasileira na preservação de símbolos que se insurgem contra a colonização da linguagem, corporalidade e vivência de sujeitos periféricos aglomerados nas favelas dos grandes centros urbanos. Para um ouvido eurocentrado, que organiza os estímulos sonoros a partir do método cartesiano, as periferias brasileiras apresentam-se como um caos sonoro, sem racionalidade. Tal interpretação “teórica” contrasta-se com a grande influência que a cultura afro periférica urbana possui no Brasil. Assim como a capoeira, samba e rap, o funk é criminalizado e alvo constante do sistema repressor estatal. Oriundas de territórios afro periféricos, essas culturas são comercializadas orgulhosamente no exterior, porém, desde a “oficiosa” abolição da escravatura enfrentam perseguições que buscam brecar seus efeitos enquanto instrumentos de resistência à objetificação para escravização do corpo negro. Um dos mecanismos que possibilitam a perseguição ao funk é a descontextualização de sua linguagem do território, por meio da apropriação de alguns de seus elementos, e a deslegitimação de seus símbolos, a partir da continuidade e da negativa sistemáticas do racismo. Pretende-se analisar o processo de construção do funk brasileiro, desde suas origens nas comunidades afro caribenhas nas Américas - nos fins dos anos 70 - até a atualidade, com o objetivo de demonstrar a importância política da cultura. Para tanto serão utilizados os conceitos desenvolvidos por Lélia Gonzalés (1988), para quem é possível reconhecer a existência de uma identidade linguística Amefricana no Brasil, fruto do processo diaspórico. </p> <p>***</p> <p>Xiringanyeto lexi xi kongomisa ku xopaxopa xiave lexi tlangiwaka hi ndhavuko wa funk wa le Brazil eku hlayiseni ka swikombiso leswi pfukaka ku lwisana na ku endliwa ka tikoloni ka ririmi, vumiri na ntokoto wa swichudeni swa le matlhelo leswi hlengeletiweke eka switandi swa tisenthara letikulu ta le madorobeni. Eka ndleve ya Eurocentric, leyi hlela swihlohloteri swa mpfumawulo kusuka eka ndlela ya Cartesian, matlhelo ya Brazil ya tikombisa tani hi mpfilumpfilu wa mpfumawulo, handle ka rationality. Nhlamuselo yo tano ya “thiyori” yi hambana na nkucetelo lowukulu lowu ndhavuko wa ma-Afro wa le matlhelo ya le madorobeni wu nga na wona eBrazil. Kufana na capoeira, samba na rap, funk yi endliwa vugevenga naswona yi tshama yi ri xihlovo xa sisiteme ya mfumo yo tshikelela. Ku huma eka tindzhawu ta le matlhelo ta Afro, mindhavuko leyi yi xavisiwa hiku tinyungubyisa ematikweni mambe, hambiswiritano, tani hileswi ku herisiwaka “ku nga ri ka ximfumo” ka vuhlonga, yi langutana na nxaniso lowu lavaka ku sivela mbuyelo wa byona tani hi switirhisiwa swo lwisana na objectification eka ku endliwa mahlonga ya miri wa vantima. Yin’wana ya tindlela leti pfumelelaka ku xanisiwa ka funk i ku susiwa ka mongo wa ririmi ra yona ra ndhawu, hi ku tirhisa swin’wana swa swiaki swa yona, na ku nga vi enawini ka swikombiso swa yona, leswi sekeriweke eka ku ya emahlweni loku hlelekeke na ku kaneta xihlawuhlawu. Yi kongomisiwile ku xopaxopa endlelo ro aka funk ya Brazil, kusuka eka masungulo ya yona eka miganga ya Afro Caribbean e Americas - eku heleni ka malembe yava 1970s - kuya fika namuntlha, hi xikongomelo xo kombisa nkoka wa tipolotiki wa ndzhavuko. Eka sweswo, ku ta tirhisiwa miehleketo leyi tumbuluxiweke hi Lélia Gonzalés (1988), loyi eka yena swi kotekaka ku lemuka vukona bya vutivi bya ririmi bya Xiamerika eBrazil, mbuyelo wa endlelo ra vuhlapfa.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1357 Arandir: o anti-herói subalterno brasileiro 2023-06-24T21:47:01-03:00 Maíra Neiva Gomes maira.gomes@uemg.br <p>.</p> <p>O presente texto pretende debater sobre as contribuições da obra “<em>O Beijo no Asfalto</em>”, de Nelson Rodrigues, na explicitação da representação da identidade masculina homogeneizada e subalternizada brasileira. A referida obra, de 1961, apresenta o herói Arandir como vítima da sociedade e do Estado brasileiro. Em um ato de solidariedade, Arandir beija um rapaz que fora atropelado e logo este ato é transformado, pela mídia e pela Polícia, em um ato homossexual, o que culmina no assassinato de Arandir pelo sogro, que lhe desejava. Em sua jornada heroica, Arandir é descredibilizado, hostilizado por todos ao seu redor e se vê vítima - sem ação - das circunstâncias criadas pelos dois grandes eixos de poder no Brasil: mídia e aparato opressor estatal. Sua masculinidade é contestada pelo “excesso” de empatia pelo Outro e seu corpo é objeto de desejo reprimido, marca estrutural da misoginia racista que se perpetua no Brasil. Por meio da ferramenta da analética, proposta pelo pensador decolonial Enrique Dussel, pretende-se apontar semelhanças e distinções entre Arandir e Hamlet, o herói clássico da modernidade eurocêntrica. Buscar-se-á demonstrar como Arandir insere-se como personagem da modernização brasileira do século XX em posição subalterna, se contraposta a Hamlet, portador da verdade e da virtude eurocêntrica, construído no século XVI, momento inaugural dos processos de colonização das Américas. A escolha por Hamlet deve-se ao fato de que a neocolonização norte-americana utiliza como principal instrumento a indústria do entretenimento, que contribui para a formação do imaginário, perpetuando a posição subalterna das identidades construídas.</p> <p>***</p> <p>Ese textu te pretendê debatê sobre Kontribuisão da ôbra “O Beiju nu Asfaltu”, de Nelson Rodrigues, ne explisitasão de reprezentasão de identidede maskulina omogeizada bresilera. Ese ôbra, de 1961, te apresentá o erói Arandir Kome vítima de sosiedede i de Estôde bresilere. Ne un atu de solidariedede, Arandir te beijá un repez ke fôra atropelode i logu es atu foi transformode, pe mídia y Polícia, ne un atu omosexual, o k te kulminá ne assassinatu de Arandir pe sê sogre, k tava dezegel. Ne sê jornada eróika, Arandir é deskredebilizode, ostilizode pe tude jente ne sê redore e ke te oiel Kome vítima. – sen asão – de sirkunstânsias kriode pej doij grendes eixus de puder ne Bresil: mídia i aparatu opressor estatal. Sê maskulinidede é konstestóde pe “exsesu” de empatia pelu Outru i sê Korpu é objetu de dezeje reprimidu, marka extrutural de misogonía resista ke te ti te perpétuá ne Bresil. Pur mei de ferramenta de analétika, proposta pelu pensador dekolonial Enrique Dussel, te pretendê apontá semelhansas i distinsões entre Arandir i Hamlet, o erói klássiku de modernidede eurosêntrika. Te buská demonstrá komu Arandir te inserí komu personagem de modernizasão bresilera du sékulo XX en oposisão subalterna, sê kontraposta a Hamlet, portador de verdede e de virtude eurosêntrika, konstruídu ne sékulu XVI, momentu inaugural dos prosesus de kolonizasão das Américas. Es eskolha pe Hamlet devê ao fatu de ke a neokolonizasão norteamerikana te utilizá komu prinsipal instrumentu a indústria du entretenimentu, ke te kontribuí pe formasão du imaginaríu, perpetuandu a pozisão subalterna de indentidedes konstruídas. </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1358 A arte a inclusão e as Tecnologias da Informação e Comunicação 2023-06-24T21:43:17-03:00 Isaú J. Meneses isaumeneses@gmail.com <p>O presente trabalho, faz uma reflexão em torno da questão de inclusão nas artes mediante a influência das TIC's. Constitui finalidade desta reflexão, discutir até que ponto, ou em que medida é que a arte e as TIC's, vistas isoladamente ou de forma associada, podem contribuir para a promoção da inclusão. Do ponto de vista metodológico, o trabalho alicerçou – se basicamente em dois suportes: — a pesquisa bibliográfica e brainstorming. No final, têm como resultado um conjunto de propostas de políticas e de procedimentos que contribuem para o aumento da inclusão na arte mediante as TIC's.</p> <p>***</p> <p>Bhasa ixi, isa saka kuweza thangwi yaku khala nathu kwa ucesa pakati paku phezeruwa na udzuwisi wa mphangwa na cibverano, TICs. Manyerezero awa, asasakambo ketesana towera dziwa mpaka papi peno nkhwandji n’dida wa ucesa na udzuwisi wa mphangwa na cibverano pace-pace peno pabhozi paku phedza kumwazwa kwa mabhasa aku khala nathu. Tinga lan’gana mapatiro a bhasa, iyo yacituwa pakati pa njira ziiri: -kuwona ncidiko-diko mabuku na mphoka. Paku malisiria, ina mphangwa thangwi ya njira zamatongero na pinafunika towera phezera kuthimiziruwa kwaku khala nathu pa mabhasa a ucesa pakati pa udzuwisi wa mphangwa na cibverano.</p> <p> </p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1359 Direito à cidade e cultura de paz: biopolítica, ambiente e direitos humanos em Aquarius 2023-06-24T21:41:38-03:00 Bárbara Natália Lages Lobo barbaralobo@hotmail.com <p>“Aquarius”, filme produzido em 2015, com estreia mundial em maio de 2016, no 69º Festival de Cannes, escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho, resulta de co-produção brasileira e francesa. É importante obra para análise do direito à cidade, a partir de uma perspectiva biopolítica, pois as dinâmicas sociais, econômicas e políticas retratadas pelo filme acontecem na realidade das cidades brasileiras e em várias outras do mundo. A opressão de pessoas pela disposição espacial e pela lógica especulativa imobiliária do sistema capitalista, é retratada no filme que apresenta o panorama socioeconômico brasileiro, nas intersecções gênero, raça e classe, nas diversas personagens e relações apresentadas. A obra versa sobre a insurreição de Clara, protagonista de 65 anos, mulher viúva, interpretada por Sônia Braga. Ela é a última moradora do “Edifício Aquarius”, Praia da Boa Viagem, em Recife, e recebe insistentes propostas da segunda maior construtora da cidade para a venda do seu apartamento, mas se recusa a vendê-lo, por nutrir afeto pelo espaço onde mora, sua localização e as memórias de sua vida ali insculpidas. O objetivo da construtora é a demolição do prédio para construção de um condomínio de luxo, inscrição do <em>modus operandi</em> do mercado imobiliário, em cuja órbita gravitam relações políticas, religiosas e midiáticas, configurando-se jogos complexos de poder que estruturam vidas nas cidades brasileiras. Marginalização, discriminação, necropolítica, gentrificação, deterioração ambiental e pobreza também são retratadas na obra, que se apresenta como um manancial para análises sobre Biopolítica, Ambiente e Direitos Humanos no contexto do Direito à Cidade.</p> <p>***</p> <p>“<em>Aquarius</em>” hi filme ndzi nga hambiwa e lembe la 2015, li nga yaxiwa hi Maio wa leme la 2016, ca 69º wa nkuyo wa Cannes, li na tsaliwa ni fambisiwa hi Kleber Medonca Filho, ri endziwile hi ku npfunissiwa hi Brasil ni França. A ntiro loyo uni lissima, eku xihaxiha ya fanelo la doropa, eku sunguna ha mayanhelo mapsua mahelano ni ya h munhu, la mabindzu ni milahu há tikweni, swi nga xaxametiwa eka filme leli, siku ri nwana ni li nwana eka madorapa ya Brasil ni ti ndau tinwana ta missaveni. A ku xanissiwa ka vanhu hikwalaho, ka ku pfumala ndau ya k haka, ni k dula ca suigotso hi koloyo ka layo mafumelo la mantsa ya ti Mali, swa komissiwa eka filme leli mahanhelo há vanhu ni mabindzu há Brasil, swiyi ni ku hambanhissiwa ca vavassati ni vanuna, lhongue ni xihimo e ka vanhu vo hambana hambana ni lhangano yu na kombissiwa. A ntiro loyo u Kombissa Clara wa 65 wa malembe, wansanti wanoni a Kombissiwaka e hi Sónia Braga, yena hi muhanhi wa ugamo a “Aquarius”Praia da boa viagem, ya Recife, minkari hikwayo a amukela a a mayonela aku xahissa a yindlu aki eka compone a vumbhiri hi k kuula hi hu haki, kambe Ana pfumele, hikuya a rhandza a ndau lihane ni leswako a ni a minakanho a leswi a nga swihanha. A kongomo a compone leyi, hi ku lhota a yindlu leyi yi gama yi haka, a yindlu hiwana ya lissima inga modus operandi ya bazara, dza swigotso, leyi ina ta kombissa, milawu há tiko, a yu khongueli, ni ku paluxa a mithiro a tikweni, ni mi mpalissano ya matimba, yi komissaka, a vtomi la madoropa ya Brasil. Uswete, ku tsonahatiwa, swi katisso swa rifu, ku sussiwa ka swissiana swi hekiwa tindau tinwana, ku ta la fuweke, ku yoniwa ka missava, ni uswete, na swona swa kombissiwa ca ntiro lowo, leswi swi endlaka, leswaku ku xopassissiwa,, ya mahhanhelo, ti ndawu ni tifanelo ta vanhu mahelano ni fanelo ya doropa.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1388 A presença do Racionalismo Cristão na poesia do António Januário Leite 2023-07-11T00:26:43-03:00 Hilarino Carlos Rodrigues da Luz hilarino_luz@yahoo.com.br <p>Pretendemos, com este artigo, abordar o Racionalismo Cristão na poesia de António Januário Leite (1867-1930), natural do Paul, ilha de Santo Antão, Cabo Verde. Trata-se de um poeta que, após um período áurico na sua vida, experienciou momentos de grandes infortúnios. (Luz, 2019). Por essa razão, passou a tematizar uma certa negatividade e o questionamento do homem como “pretensiosa criatura que” não passa de um “nada”, que, por exemplo, podemos ler no poema “Humanidade”, onde nos mostra o seu desencanto com o mundo. Isso justifica a abordagem que passou a fazer do Racionalismo Cristão, uma filosofia espiritualista codificada por Luís de Matos (Cristão, 2015), como forma de salvação espiritual da humanidade.</p> <p>****</p> <p>Nôs te pretendê, kese ertige, abordá presensa de Rasionelismu Kristão ne puezia de Antóne Januáriu Leite (1867-1930), un pueta natural de Poul, ilha de Santu Antão, Kabu Verde. El te tratá de un pueta ke, depoj de un bon periúde ne vida, el experiensiá momentus de grendes infortúnius. Pur isu, el passá te tematizá un serta negetividede i kestionamentu du omen komu “pretensioza kriotura” ke n de pasá de un “nada”, ke, pur ezemplu, nôs podê êlê ne sê puema “umanidede”, ondê ke el te mostrá nôs sê dezenkontre k’mundu. Isu te justifiká a abordajen kel pasá te fezê de Rasionalismu Kristão, un filusufia espiritualista Kodifikode pe Luís de Matus (Kristão, 2015), komu salvasão espiritual de umanidede.</p> 2023-07-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras