Hibridismo derivacional do kimbundu para o português: caso do aumentativo e diminutivo nos nomes

Ditona: o kaname ka kuhambuka o maba a dizwi dya phutu o itote ye mbundu mu ukexinu wa kutolesa ni kuvudisa kwa majina

Autores

  • Celestino Domingos Katala Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento - Angola
  • João Domingos Pedro Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento - Angola
  • Alexandre António Timbane Universidade Federal de Sergipe - Brasil

Palavras-chave:

Hibridismo, Derivacional, Kimbundu, Português, Nomes

Resumo

Este artigo visa abordar de modo sincrônico a influência que o kimbundu continua a exercer na língua portuguesa. O contacto entre ambas as línguas tem proporcionado muitos fenômenos dentro do português falado em Angola, sobretudo em falantes cuja língua materna é uma bantu. Para procedermos análise desse fenômeno, baseamo-nos nos estudos de Afonso João Miguel (2019) e Daniel Peres Sassuco (2018). Centramo-nos em descrever como funciona o hibridismo nos graus aumentativos e diminutivos nos nomes na norma angolana do português, isto é, por via da classe 7 e 12 dos prefixos nominas (Pn7 e 12) do kimbundu. Este artigo tem como objetivo, promover o conhecimento sobre o fenômeno do hibridismo dentro do português, influenciado pelo contacto com a língua bantu kimbundu, bem como descrever a ocorrência deste fenômeno morfológico com intento de se compreender as suas ocorrências em face a  sua realização, a qual se reveste de grande importância no sentido de ajudar a compreender certas características linguísticas dos falantes angolanos do português e, mais menos importante, ajudar o docente a entender melhor a natureza linguística do educando, enquanto um dado significativo na sua atuação, considerando um marco de estratégias didático-pedagógica.

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O ukalalu yu, uzwela o ukexinu wa dizwi dya kimbundu mu dizwi dya phutu. Mu kuzwela o mazwi a yadi obekesa kaname ka maba, o bana maukexinu engi, mu phutu ya ixi ya Ngola, kote lele, kwa yo a avwalukila ni dizwi dya ixi ya ngola.  Phala kuzanza o ukalalu yu twa laye o ukalalu wa ngana Anfonso João Miguel ku muvo wa 2019 ni ukalalu wa mesene Pares sassuku ku muvo wa 2018. O zhoko ya ukalalu yu o kaname ka kuhambuka kwa kamajina mu dizwi dya kimbundu mu phutu mu ukexinu wa kutolesa ni akuvudisa mukaxi dya ijila mba undonda wa phutu mu ixi ya ngola, mukaxi dya lwangu lwa majina lwa 7 ni 12 ( ID 7 ni 12) o itote ya dyanga ku majina mu dizwi dya kimbundu. O phangu ya ikalalu yi, o ku kwijidisa o kaname ka  majina a phutu ala ni itote ya dyanga ye mbundu ni  kubwata maukenu akuzwela, ya tokala swilu yadikota, phala kukwatekesa ni kutetuluka o uzwelelu wa kwa ixi ya Ngola, o zwela o dizwi dya phutu, ni kuswinisa o jimesene, kuzwela kwa maxibulu, kima kya tokala mu jindunge kwijia ni kulongesa.

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Biografia do Autor

Celestino Domingos Katala, Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento - Angola

É licenciado em Língua e Literatura em Língua Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola, é escritor e professor de Língua Portuguesa e de Literatura Angolana no Instituto Politécnico; é vencedor do Prémio Imprensa Nacional de Literatura Edição 2021; É membro do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, investigador em Ciências Humanas com realce para o ensino da língua Portuguesa vs línguas bantu em Angola. Possui vários artigos científicos publicados em revistas internacionais.

João Domingos Pedro, Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento - Angola

Mestre em Letras (Linguística Portuguesa), pela Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola. É docente do Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, no qual Coordena o Curso de Língua Portuguesa e Comunicação; é ainda docente nas cadeiras de Sintaxe e Semântica do Português e Lexicologia e Lexicografia. O presente estudo faz parte do projecto de investigação e extensão universitária no ISPCAN.

Alexandre António Timbane, Universidade Federal de Sergipe - Brasil

Doutor em Linguística e Língua Portuguesa. Pós-doutorando na Universidade Federal de Sergipe, docente da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Campus dos Malês, Bahia.

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Publicado

29-05-2023

Como Citar

Katala, C. D., Pedro, J. D. ., & Timbane, A. A. . (2023). Hibridismo derivacional do kimbundu para o português: caso do aumentativo e diminutivo nos nomes: Ditona: o kaname ka kuhambuka o maba a dizwi dya phutu o itote ye mbundu mu ukexinu wa kutolesa ni kuvudisa kwa majina. JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 3(Especial I), 286–300. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1292

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