Abordagem morfossintáctica da regência dos conectores adversativos: caso dos textos produzidos pelos estudantes do ensino pré- universitário em Malanje, Angola

Autores

  • João Domingos Pedro Universidade Njinga A Mbande - Malanje / Angola
  • Celestino Domingos Katala Universidade Agostinho Neto
  • Francisco Soares Universidade Rainha Njinga a Mbande

Palavras-chave:

Abordagem, Morfologia, Sintaxe, Regência, Conectores

Resumo

Esta pesquisa tem como tema abordagem morfossintáctica da regência dos conectores adversativos, precisamente nos textos produzidos pelos estudantes da cidade de Malanje, Angola. O objectivo principal é: (i) descrever a abordagem morfológica e sintáctica na regência dos conectores adversativos nos textos produzidos pelos alunos; (ii) Analisar os fundamentos teóricos que sustentam as relações de sentido da abordagem morfossintáctica na regência dos conectores adversativos; (iii) Propor estratégias de ensino e aprendizagem da regência dos conectores adversativos nas aulas a serem ministradas aos alunos em questão e, seguidamente, observar se o emprego desses conectores se adequam ao momento em que estão a ser utilizados na frase, isto é, se correspondem às intenções comunicativas dos alunos. Assim sendo, para recolher e fazer análise interpretativa dos dados, utilizámos método comparativo, observacional, estatístico, bem como técnicas de observação directa, teste pedagógico, questionários aplicados aos alunos e a entrevista aplicada aos professores. Os resultados desta pesquisa apontam para as seguintes conclusões: os conectores adversativos apresentam posições sintácticas diferenciadas. O mas não possui a mesma mobilidade de outros conectores, isto é, o mas é empregue apenas no início da oração adversativa, enquanto o porém, contudo, todavia, entretanto e no entanto posicionam-se tanto no início da adversativa, quanto após o sujeito ou após o predicado. Constatou-se também que há falência no que diz respeito à produção de textos com pendor argumentativo, pelo que nos parece os professores não têm promovido a abrangência que têm os conectores nos discursos orais/escritos, a falta de predomínio do ensino implícito e explícito da gramática faz com que os professores não despertem o grande impacto pela produção de textos argumentativos.

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O ufwenyenu kuku kwala ni ditona ukexilu wa undonda wa vula o matelu mu usoneku wa mikanda wa maxibulu a lwangu wa dikwiyi ni kayadi mu ulongelu wa mawenji ni kufundisa o madimanda ku xikola ya ditala ya kayadi ya ngana Zuze dya Kuluny mu mbanza ya Malanji mu ixi ya Ngola. Yala ni mbambe ya Malanji ya (i) kusoneka mu kayela o matelu a vulu mu wendeselu kwa maxibulu. (ii) kubanza o uzwelelu u kwatekesu o ukexilu wa umoxi mu kusoneka kwa maxibulu a ditola dya kayadi. (iii) kutela o jiphangu wa ulongelu ni wijidilu a usonekene wa vulu kwa kudilanga kwa maxibulu ni ma ubudisilu ku kayela, ni kutalesa o utelu wa itoni ya ubangelu wa kwa utelu wa kuzwela ni maxibulu. Mu ku kala kiki, phola kunona ni kubhanga o ubangelu wa kutonginina o itungwa ya jiphangu jya kusokelesa o itungwa ya utalesu lwambandu lwa kadilu, wa uzanzelu niulongelu, o ma ebudisilu a kwatelo o maxibulo ni kwebudisa o alongexi. O jiswilo wa kufwenya kwo londekeso phala o usukinu woso. O kulondekesa kwa ukexilu wa kamukwa. Moji ki kyenye mu kuvwua o musambu wa vudisa mu ukexilu woso mu umatekenu wenyioso. Mu kwivwuisa we kwala ufuilu kwa zwela o uxilu wa kusokoloka wa mikanda wa kudivwuisa, kwa yale o alongexi kala ni ubandelu. Wa uvudilu wala mu ezwelelu o wa dimi mba usonekenu, wa ku kamba o uyjidilu wa ulongi wa usenji wa usonekenu wa ubhe ni usokelesu u bhangesa o alongexi phala kusasumuna mu ubhangelu wa dikota mba yonene mu mukanda wa kudisokejyeka.

Biografia do Autor

João Domingos Pedro, Universidade Njinga A Mbande - Malanje / Angola

Mestre em Linguística do Português pela Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola. É docente do Instituto Politécnico da Universidade Njinga A Mbande, em Malanje, Angola, onde lecciona as cadeiras de Língua Portuguesa, Metodologia da Língua Portuguesa e Técnica de Comunicação Oral e Escrita. É docente convidado pelo Instituto Superior Politécnico Cardeal Dom Alexandre do Nascimento para as cadeiras de Sintaxe e Semântica do Português e Linguística Portuguesa. É pesquisador nas áreas de Didáctica e Metodologia do Português Língua Primeira e Língua Segunda e Comunicação e Linguagem.

Celestino Domingos Katala, Universidade Agostinho Neto

É licenciado em Língua e Literaturas em Língua Portuguesa pela Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto. É pesquisador em Língua e Cultura do Português Angolano e Didáctica e Metodologia do Português. É o vencedor do prémio Nacional da Literurtura, edição 2021.

Francisco Soares , Universidade Rainha Njinga a Mbande

Mestre em Letras-Língua Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola. É Docente da Universidade Rainha Njinga a Mbande, Malanje, Angola, onde rege a Cadeira de Língua Portuguesa.

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Publicado

14-12-2023

Como Citar

Pedro, J. D. ., Katala, C. D., & Soares , F. (2023). Abordagem morfossintáctica da regência dos conectores adversativos: caso dos textos produzidos pelos estudantes do ensino pré- universitário em Malanje, Angola. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(Especial II), 62–84. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/877

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