Portuguesismos dos arabismos da botânica na língua bantu (kiyombe)
الكْلْمَاتْ البُرْتُغَالِيَة اللِّي دْخْلاَت عْلَى لُغَة البَانْتُو(الكِيُومْبْ) اللِّي جات مْنْ الكْلْمَات العَرَبِية دِيَال عِلْم النَّبَات
Palabras clave:
Arabismos da Botânica, Portuguesismos, Língua Bantu, Kiyombe, QuiombismosResumen
O contacto estabelecido entre as populações árabes e portuguesas através das viagens, do comércio, da estada dos árabes em Portugal, deixou vários vestígios. Em consequência deste contacto, a Língua Portuguesa integrou no seu léxico vários arabismos. Esses vocábulos de origem árabe foram adaptados ao sistema linguístico português. Entre estes arabismos encontramos os arabismos da Botânica integrados na Língua Portuguesa. Estes arabismos da Botânica viajaram para Portugal para tornar portuguesimos, estes últimos viajaram para outros lugares na África Lusófona, fazendo parte do seu Património Linguístico, integrando na Língua Bantu, fazendo parte do seu Léxico. No caso da nossa investigação é a integração da Língua Kiyombe para serem quiombismos. O objetivo desta comunicação é de mostrar a viagem das palavras através das fronteiras, mostrar essa interculturalidade, fazendo parte do património cultural e linguístico. Seguindo a viagem dos Arabismos da Botânica na Língua Portuguesa e depois na Língua Bantu (Kiyombe). A metodologia seguida é fazer pesquisas nos Dicionários de Botânica, Dicionários de Língua Portuguesa, Dicionários de Língua Árabe, e no caso da Língua Kiyombe, fizemos a nossa pesquisa no Livro de Alexandre Mavungo Chicuna, intitulado: “Portuguesismos nas Línguas Bantu: para um Dicionário Português Kiyombe”. Encontramos a existência dos portuguesismos dos arabismos da Botânica na língua Kiyombe que pertence ao grande grupo das línguas Bantu. Como por exemplo: açúcar (swikila, sukadu), arroz (loso, losi). Estes arabismos viajaram para Portugal para tornar portuguesimos, estes últimos viajaram para o Kiyombe para serem quiombismos...No futuro, pode-se alargar o projeto para outros países africanos lusófonos e para outras Linguas Bantu como cokwe, cuaíle, lingala, luganda, quicongo, quimbundo, umbundo, nianja, xona, ndebele, tsuana, sesoto, zulu, xhosa, ovambo, sepedi, suázi. Assim, como cita Adalberto Alves (2013: 33): “Não há nascimento da palavra [...] A palavra não tem origem, ela é origem [...] Nasce num salto, sob a forma de uma troca, de um despertar, de uma mutação [...]”.
مُلَخَّص فِي اللُّغَة العَرَبِيَّة
إِنَّ التَّوَاصُلَ الذِي حَصَلَ بَيْنَ العَرَبِ وَ البُرتغَال عَبْرَ الرَّحَلاَت وَ التِّجَارَة وَ اسْتِقْرَار العَرَب فِي البُرْتُغَال خَلَّفَ العَدِيد مِنَ الآثار. وَ لِهَذا احْتضَنَت البُرْتُغَالية العَدِيد مِن الكَلِمَات مِنْ أَصْل عَرَبِي فِي قَامُوسِهَا وَ مِنْ بَيْنِها المُصْطَلَحاَت المُتَعَلِّقَة بِالنّبَات. هَذِه المُصْطَلَحَات سَافَرَت إِلَى البُرْتُغَال لِتُصْبِح كَلِمَات بُرْتُغَالِيَة، وَ بِدَوْرِهَا هَذِه الأَخِيرَة سَافَرَت إِلى أَمَاكِن أُخْرَى مِنْ إِفْرِيقِيا النَّاطِقَة بِاللُّغَة البُرْتُغَالِية، حَيْث كَوَّنَت جُزْءا مِنْ تُرَاثِها اللُّغَوي، وَانْدَمَجَت فِي لُغَة البَانْتُو، وَدَخَلَت فِي مُعْجَمِهَا. الغَرَض مِنْ هَذِه الدِّرَاسَة هُو إِظْهَار سَفَر هَذِه المُصْطَلَحَات عَبْر الحُدُود وَ مَا خَلّفَه مِنْ آثَار فِي تَدَاخُل الثّقَافَات، عَامِلا عَلَى تَكْوِين جُزْء مِنَ الثُّرَاث الثّقَافِي وَ اللُّغَوِي. اتَّبَعْنَا سَفَر الكَلِمَات مِنْ أَصْل عَرَبِي المُتَعَلّقَة بِالنَّبَات فِي اللّغَة البُرْتُغَالِيَة، وَبَعْد فِي اللُّغَة البَانْتُو وَ بِالتَّحْدِيد اللُّغَة الكِيُومْب. المَنْهَجِية المُتَّبَعَة تَتَعَلَّق بِإِجْرَاء بَحْث فِي قَوَامِيس عِلْم النَّبَات، قَوَامِيس اللّغَة البُرْتُغَالِيَة، قَوَامِيس اللُّغَة العَرَبِية، وَ فِي حَالَة لُغَة الكِيُومْب، أَجْرَيْنا بَحْثَنَا فِي كِتَاب أَلِكْسَنْدْر مَافُونْجو شِيكُونَا بِعُنْوَان: "الكَلِمَات مِن أَصْل بُرْتُغَالِي فِي اللّغَات البَانْتُو: مَشْرُوع إِنْجَاز قَامُوس بُرْتُغَالِي -كِيُومْبِي". النَّتَائِج: لَقَد تَوَصَّلْنَا إِلَى وُجُود مُصْطَلحَات بُرْتُغَالِيَة لِكَلِمَات مِنْ أَصْل عَرَبِي مُتَعَلِّقَة بِالنَّبَات فِي اللُّغَة الكِيُومْب، التِي تَنْتَمي إِلَى مَجْمُوعَة كَبِيرَة مِنْ لُغَات البَانْتُو. مَثَلاً:
açúcar (swikila, sukadu), arroz (loso, losi),…
خُلاَصَة: هَذِه الكَلِمَات مِنْ أَصْل عَرَبِي مُتَعَلِّقَة بِالنَّبَات سَافَرَت إِلَى اللُغَة البُرْتُغَالِيَة لِتُكَوِّن جُزْءا مِنْ مُصْطَلَحَاتِهـَا، وَ بَعْد اتَّجَهَت إِلَى لُغَة البَانْتُو، خُصُوصًا لُغَة الكِيُومْب لِتُصْبِحَ فِي قَامُوسِهَا.
فِي المُسْتَقْبَل يُمْكِن تَوْسِيع المَشْرُوع لِيـَشْمَل البُلْدَان الإِفْرِيقِيّة الأُخْرَى النَّاطِقَة بِاللُّغَة البُرْتُغَالِيَة وَلُغَات البَانْتُو الأُخْرَى مِثْل: شُكْوِ، كُوَيْلِ، لِنْكَلَ، لُوكَنْدَ، كِيكُنْكُ، كِيمْبُنْدُ، أُمْبُنْدُ، نِيَنْجَ، شُنَ، نْدِبْلِ، تْسُووَنَ، سِزُطُ، زُولُو، سْبِدِي، أُفَمْبُ، شْهُزَ، سْوَازِي.
وَ هَكَذَا كَمَا يَقُولُ أَدَلٍبيرْتُو أَلْفِشْ (2013: 33): "لَيْسَ هُنَاكَ وِلاَدَة لِلْكَلِمَة [...] الكَلِمَة لَيْسَ لَهَا أَصْل، إِنَّهَا هِيِ الأَصْل [...] وُلِدَت فِي قَفْزَة، فِي شَكْلِ تَبَادُل وَ صَحْوَة، مِنْ طَفْرَة [...]".
Descargas
Citas
ALMAANY.COM. Tradução e Significado de أسطرة no Dicionário Português Árabe. Disponível em: <https://www.almaany.com/ar/dict/ar-ar/ >. Acesso em : 10 mar.2021.
ALVES, Adalberto. Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, Portugal: INCM, 2013.
BARBOSA, Adriano Correia. Dicionário Português-Cokwe, Luanda: Ed, Adriano Correia Barbosa, (2011).
CARDOSO, Rogério. Mapas antigos. Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/837317755692917657/>. Acesso em : 10 mar.2021.
CARTES LINGUISTIQUES EN AFRIQUE : Angola. Disponível em: <https://www.muturzikin.com/cartesafrique/2.htm>. Acesso em: 10 mar.2021.
CETEMPúblico. Linguteca. Disponível em: http://www.linguateca.pt/cetempublico/>. Acesso em: 10 mar.2021.
CHICUNA, Alexandre Mavungo. Portuguesismos nas Línguas Bantu, para um Dicionário Português-Kiyombe, Lisboa: Edições Colibri, (2014).
COELHO, Jaime. Dicionário Global da Língua Portuguesa, Lisboa: Lidel-Edições Técnicas, Lda. 2014.
CONGO AUTREMENT.COM. Vous pouvez ajouter quelque chose. Disponible sur : <http://www.congo-autrement.com/page/groupe-ethnique-de-rd-congo/les-bayombe-peuple-de-deux-congo-et-d-angola.html>. Acess le : 10 mar.2021.
CORREIA, Dinis. Pedro. Dicionário de Português Língua Estrangeira, Portugal: LEYA, SA-CEM, 2012.
Dicionários Editora, Dicionário da Língua Portuguesa, Portugal: Porto Edotora, 2011.
Dicionários Escolares. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, Portugal: Porto Editora.2003.
TADLAOUI, Nadia. Os Arabismos da Botânica na Língua Portuguesa: abordagem linguística, Rabat: IEHL, Universidade Mohammed V, (2018).
Dicionários em Árabe
Al-monjid Fi Al-Luɤa wa Al-A¿lām Dicionário na Língua Árabe, Beirūt: Dar el-Machreq Sarl. (2003). (Al-monjid na Língua e nos nomes de autores)
المُنْجِد فِي اللُّغَة وَ الأَعْلاَم، قَامُوس اللُّغَة العَرَبِيَة، بَيْرُوت: دَار المَشْرِق، 2003
Ibn Manð̣or ابْن مَنْظُور. Lissan Al-¿arabe, Beirut: Dar Sader, (2005).
ابْنُ مَنْظُور (الإِمَام العَلاَّمَة أَبِي الفَضْل جَمَال الدِّين مُحَمَّد بْنُ مَكْرَم ابْنُ مَنْظُور الإِفْرِيقِي المِصْرِي)، لِسان العَرَب، بَيْرُوت: دَار صَادِر، 2005
Ilyas, J. Dicionário Al-Majānī ilustrado, Beirūt: Dar Al-Majānī, (2014).
د. جُوزِيف إِلْيَاس، مُعْجَم المَجَانِي المُصَوَّر، بَيْرُوت: دَار المَجَانِي، 2014
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia de Atribución Creative Commons, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (p. Ej., Publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).