Alternância de códigos: uma estratégia de comunicação bilíngue
Kubadilisha msimbo: mkakati wa mawasiliano wa lugha mbili
Palabras clave:
Linguistica, Bilinguismo, Alternancia de códigos, Inglês-PortuguêsResumen
Este artigo insere-se na abordagem Linguística de alternância de códigos, visando compreender como e por que ocorre a alternância de códigos pelos falantes bilíngues no mundo, em particular na Cidade da Beira. Esta pesquisa caracteriza-se por ser de índole qualitativa, fazendo uso da consulta bibliográfica, da observação e do método indutivo. Os dados apresentados nela são transcrições de conversas captadas em diversos e diferentes momentos, lugares e contexto-situacionais, tais como: sala de aulas, encontro familiar, transação bancária e conversações espontâneas nas artérias da Cidade da Beira. A alternância de códigos é, de facto, um fenómeno linguístico que ocorre naturalmente nas interações sociais de indivíduos que tenham domínio, seja ele total ou parcial, de duas línguas, cujas razões são de ordem sociopolíticas, sociolinguísticas, económicas, culturais, estilo, emocional, disponibilidade de memória, solidariedade com o interlocutor, de mudança de tópico, de preferência pessoal, entre outros. Dessa forma, dois indivíduos podem, no ato da conversação, produzir enunciados de diferentes maneiras, isto é, alternadamente e, esta alternância ocorre num contexto em que os falantes orientam sua preferência por uma língua de cada vez e durante o qual é possível identificar a língua de base que vem sendo empregada na interação até o momento em que ocorre a alternância. Portanto, embora os falantes usem o fenómeno de alternância de código como recurso que lhes auxilia na comunicação por vários motivos, a alternância dá-se como uma estratégia comunicativa para melhor se adaptar às diferentes situações de comunicação, expressar sentimentos e emoções, ou para marcar diferenças sociais, tanto que quanto maior for o grau de bilinguismo, mais habilidades tem o bilíngue em alternar as línguas e, ao alternar códigos, o falante é capaz de determinar não apenas seu status no contexto social, mas também suas intenções comunicativas.
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