Consciência Linguística em Cokwe: estudo realizado aos munícipes da Zona 1 da Centralidade do Musungue/Dundo (Angola)
Malindjekela a laka lia Cokwe: kukimba malongeso akimbile kuli enha lia mu limbo litango (1) lia ku musunge wa ndundu (Angola)
Palabras clave:
Consciência Linguística; Línguas Angolanas; Língua Cokwe.Resumen
O presente artigo com o título “Consciência Linguística em Cokwe: estudo realizado aos munícipes da Zona 1 da Centralidade do Musungue/Dundo”, resulta de uma investigação feita com o objetivo de compreender a dimensão da consciência linguística em Cokwe aos munícipes da Zona 1 da Centralidade do Musungue/Dundo. Orientamo-nos pelos seguintes questionamentos: 1-como contribuir para o desenvolvimento da consciência linguística em Cokwe aos munícipes da Zona 1 da Centralidade do Musungue? 2- Será que a inclusão do Cokwe como uma das línguas de ensino poderia impulsionar o processo de ensino-aprendizagem? A nossa investigação é de natureza descritiva, tendo resultados quantitativos e qualitativos com implicância no uso de questionários aos pais e entrevista aos seus filhos. Para alcançarmos os objetivos preconizados, utilizamos métodos como a observação, descrição e indução-dedução. Os resultados obtidos nesta pesquisa, indicam que, a língua Cokwe tem sido muito estigmatizada pelas famílias, ou seja, existe um grande preconceito linguístico para com a mesma por parte dos citadinos da Zona 1 da Centralidade do Musungue/Dundo. As escolas e os pais dificilmente incentivam o uso da língua Cokwe. Com a revisão bibliográfica, pareceu-nos notória a insuficiência de políticas públicas do Estado que visam promover o uso, de facto, não apenas do Cokwe, mas de todas as línguas africanas de Angola.
***
Mugimbu: Isoneko ino ili nyi cikuma ca “Malindjekela a laka lia Cokwe: kukimba malongeso akimbile kuli enha lia mu limbo litango (1) lia ku musunge wa Ndundu” cina katukila ha kukimba cinakalingiwa nyi cikuma ca ulumbunuiso wa ku zazuluka ca malindjekela a laka lia Cokwe kuli enha lia um cihunda citangu(1) ca musungue wa Ndundu. Cino kukimba cetu cili ca cilika ca isoneko makazuka kuca ca mianda yia yiwape hanji yia utotombwa hamwe nyi we unjiha kulimika ku kuzuka ca ihendeleko anji yhula kuli atata nyi kuteta ca yhunda kuli ana. Tunakailinga nyi kuzuka ha kutalatala há kusonewa nyi kumanununa hamwe nyi kuhembula maseliekela ha kwa sekulula. Ha kulwala há kuca ca kuzuka ca ino inatuxindakenha nguenhi la lia Cokwe liakupwa kulelesa kuli amwe asoko, handji kwatwama kaliambila munene wa uleleso wa ihandjika lia liji lino enha limbo lia um cihunda ca musunge mutangu wa Ndundu. Ha kutwala ku ma xicola hamwe nyi atata cakupwa cakaxi kusongwela há kutwala ku zuka ca liji lia Cokwe. Ha kuhembujola ca isoneko yiekha nyi yiekha yia tusolekela nyi uningikiso wa kuhona ca mangana a um undji waze te mahasa kufumbuisa ca kuzuka ca kupwa ca malaka akwa África um cifuci ca Angola.
Descargas
Citas
Angola. Lei nº 32/20, de 12 Agosto: Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino. Diário da República. I Série – N. 123.
Baveca, M. Nv. (2021). Fenómeno da desvalorização da língua Ibinda pelos jovens do bairro Marien Ngouabi: uma incursão aos factores sociolinguísticos da cidade de Cabinda. Dundo: Revista Kulongesa, pp.76-78.
Cervo, A. L., Bervian, P. A., & Silva da, R. (2014). Metodologia Científica. São Paulo: Pearson Education. 6ªed.
Chomsky, N. (1998). Linguagem e Mente: pensamento atuais sobre antigos problemas. Brasília: Universidade de Brasília.
Duarte, I. (2008). O conhecimento da língua: desenvolver a consciência linguística. Lisboa: Ministério da Educação/ Direção geral de inovação e Desenvolvimento curricular.
Gaspar, S. I. N. F. (2015). A Língua Portuguesa em Angola: contributos param uma metodologia de Língua Segunda. Lisboa: Dissertação de mestrado, Faculdade de Ciências Sociais, Universidade nova de Lisboa.
Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: editora atlas s.a. 7ªed.
Hagège, C. (2000). Não à Morte das Línguas. Lisboa: Instituto Piaget.
INE. Resultados definitivos Recenseamento Geral da População e Habitação-2014. Província da Lunda Norte. (2016). Luanda-Angola: INE.
Mabiala, F. S. M. Um olhar sobre ensino de LP em Angola. Um olhar sobre ensino de LP em Angola: reflexões acerca da conjugação verbal nas provas dos candidatos aos cursos da EPLN/2019. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), 1 (2): 205-226.
Maia, M. (2006). Manual de Linguística: subsídios para a formação de professores indígenas na área de linguagem. Brasília: Edições MEC/Unesco.
Marconi, M. d. A. & Lakatos E. M. (2013). Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: editora atlas s.a. 5ªed.
Mateus, M. H. M. (s.d). Mesa redonda sobre Uma política de língua para o português, Objectivos e estratégias de uma política linguística. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa / ILTEC, p.1.
Miguel, M. H. (2003). Dinâmica da Pronominalização no Português de Luanda. Luanda: Editorial Nzila.
Mingas, A. A. (2000). Interferência do Kimbundo no Português Falado em Luanda. Luanda: Edições CHÁ DE CACHINDE.
Mingas, A. A. (2021). Línguas e culturas em Angola. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), v.1, nº 2, p.377-385, jul./dez. 2021.
Mpanzu, M. (2018). Tendência Atuais no Ensino-aprendizagem da gramática das línguas não maternas. Luanda: ECO7.
Nauege, J. M. (2017). Da Norma à Variação: Estudo de Caso Sobre o Uso do Conjuntivo no Português de Angola. Évora: Tese para obtenção do Grau de Doutor em Linguística.
Sim-sim, I. (1998). Desenvolvimento da linguagem. Lisboa: Universidade Aberta.
Undolo, M. (2016). A Norma do Português em Angola: Subsídios para se Estudo Caxito: ESP-Bengo.
Undolo, M. (2020). Introdução à Linguística Aplicada ao Ensino de Português. Luanda: Edições ECO7.
Zau, D. G. D. (2011). A Língua Portuguesa em Angola. Um Contributo para o Estudo da sua Nacionalização. Covilhã: Tese para obtenção do Grau de Doutor em Letras.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia de Atribución Creative Commons, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (p. Ej., Publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).