As metodologias ativas de aprendizagem: reflexões subsidiárias nas escolas do I ciclo em Angola

Mana aha alukongesela: ukwaso wakutwala ku maxikola atangu a mwangola

Autores

  • José Corindo Muaquixe Escola Pedagógica da Lunda Norte/ Universidade Lueji A'nkonde - Angola

Palavras-chave:

Ensino-aprendizagem, Metodologias ativas, Educação

Resumo

A discussão a respeito das metodologias ativas tem se mostrado mais viva, tomando posição de grande relevo naquilo que são os objetivos da escola nova. Tratam-se de concepções voltadas ao processo de ensino-aprendizagem que centralizam o aluno e desconstroem ideias segundo as quais dão insistência do ensino com teor tradicionalista. É nosso objetivo, com a presente pesquisa, discutir as formas de como as metodologias ativas podem contribuir para a aprendizagem de matérias nas escolas do I ciclo em Angola. A natureza metodológica desta pesquisa é bibliográfica, ou seja, esta pesquisa explora distintivos documentos que norteiam o processo de ensino-aprendizagem nas escolas do I ciclo em Angola. As principais conclusões apontam para a falta de análise prévia de programas de disciplinas por parte de professores, juntamente os gestores de escolas, que deviam fazer recurso às metodologias ativas de aprendizagem para, de facto, refletirem os programas recebidos do  Ministério de Educação (doravante, MED), com o intuito de tornarem os conteúdos programáticos flexíveis e geradores de aprendizagem significativa na sala de aula. Os currículos e os programas elaborados pelo MED apresentam terminologias com reflexo ao tradicionalismo, porque não refletem as especificidades ou os problemas educativos de cada contexto ou província de Angola, independentemente daquilo que cada localidade tem como insuficiências, são de cumprimento rigoroso os programas elaborados em Luanda, logo, os programas refletem a realidade de Luanda não de cada canto de Angola. Durante a prática docente educativa, os professores dificilmente fazem recurso às distintivas metodologias ativas de aprendizagem para tornarem as suas aulas inovadoras, geradoras do conhecimento significativo e, sobretudo, que posicionam o aluno como sujeito extremamente ativo na aprendizagem. Outrossim, dificilmente, durante as avaliações, os alunos produzem ou relacionam aquilo que estudam com as suas realidades, porque algumas provas obrigam o aluno a fazer cópia total de aulas, ou seja, ouvir e memorizar os conteúdos estudados para serem mostrados  nas provas, não dão oportunidade para o aluno refletir e recriar.

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Ha kutala ku ilumbu ya kulongeselanayo, ya twama ngo xindo akusopa waze longuexi aku xicola yaha. Inalumbununa mana waze akutala malonguexi ngo ene akwa xicola, mba yino milimo ina handjika ngo ndo kwetxa itanga ya xikola ikulu, alionze ndo kutala ku itanga ya xicola yaha. Yino milimo  muisopa kutxi itanga ya xicola yaha muikwasa Xicola já mwangola. Twailinga ha kufupa nhi kutalatala mikanda yeswe ya nguvulu ya kulumbununa milonga yeswe yize ya kupalika maxicola a mwangola. Haku manhisa milimo yino twaheta ha xindo ngo malongexi kexi ku twama hanga atale ha maximbo maximbo mikanda yize nguvulu wa maxikola aku hana, ayo kexi ku kwata mana nhi itanga yeswe ya xicola yaha hanga ailingue muze analongesa. Mikanda yeswe nguvulu wa maxikola akutetela ku maxikola a mwangola yaku lumbunuyna itanga ya xicola ikulu, ixikutala milonga yize ya sali nhi Sali. Malongexi nhi ayo katwama nhi itanga ikulu, mumu ayo  kakuzanga ngo yize ayo malonguesa  eswe ndo ma ilinga yeswe ize akulongesa.

Biografia do Autor

José Corindo Muaquixe, Escola Pedagógica da Lunda Norte/ Universidade Lueji A'nkonde - Angola

Licenciado, Professor de Língua Portuguesa, Escola Pedagógica da Lunda Norte da Universidade Lueji A´Nkonde - Angola.

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Publicado

14-12-2023

Como Citar

Muaquixe, J. C. (2023). As metodologias ativas de aprendizagem: reflexões subsidiárias nas escolas do I ciclo em Angola: Mana aha alukongesela: ukwaso wakutwala ku maxikola atangu a mwangola. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(Especial II), 244–263. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1455