La hiéroglyphisation de -dimu (esprit)
ekwal -tjmo to eikarama ekjma
Palavras-chave:
Letras kandianas, hieroglifização das línguas africanas, línguas ntoicas, linguística comparadaResumo
Este texto faz parte de uma série de publicações que propõem a hieroglifização das línguas ntoicas (bantu) com base no corpus de parentesco linguístico entre o egípcio antigo (língua kemiana) e as línguas kandianas modernas, parentesco estabelecido por Mboli (2010; 2024) e Imhotep (2020; 2023). Em cada publicação, portanto, trataremos da hieroglifização de uma palavra (e seus derivados) de cada vez. Para o presente texto, trataremos da palavra do Bantu comum dimu (espírito, alma). Como a maioria das línguas kandianas ainda não tem uma escrita (funcional), nosso objetivo, por meio deste projeto linguístico (uma série de publicações), é conferi-lhes a littera (letra) para que tenham uma litera-tura (escrita). Decidimos dar-lhes a littera hieroglyphica (letra hieroglífica), por necessidade de endogeneidade gráfica (que marca uma descolonização gráfica e escritural), sendo o egípcio antigo uma língua geneticamente relacionada com as línguas bantu (DIOP, 1977; OBENGA, 1993; MBOLI, 2010; BILOLO, 2011; IMHOTEP, 2020). A littera latina (letra latina) será usada como sistema de escrita para alternativo (divulgação, popularização), à semelhança do romaji (littera Romae, escrita romana) japonês. A ideia é promover a emergência ou o renascimento das Letras kandianas (Makanda ma Kanda), ou Literatura kandiana (SY, 2014), usando um sistema gráfico ancestral e endógeno, os /mdw-nṯr/ *[mɑ-dule n-ʧore] (Palavras de Deus), chamados hieróglifos pelos gregos, e reconquistar a prática da escrita, da qual Kanda é o berço (SY et al., 2014).
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Referências
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