Papel da Toponínima na construção da paz e reconciliação nacional de Angola: caso do Município do Cuanhama
Mots-clés :
Toponímia, Paz, Reconciliação, AngolaRésumé
Angola foi uma colónia portuguesa, até 1975. A luta armada pela independência começou em 1961, empreendida pela FNLA, MPLA e UNITA, que tiveram orientações político-ideológicas diferentes, obviamente defendiam projetos de luta e pós-independência diferentes. Assim, passaram a guerrear entre si, no quadro da Guerra Fria, até 1991. Em 1992, o conflito recomeçou após crise eleitoral, opondo a UNITA e o governo, até 2002, provocando milhares mortos, deslocados, mutilados, órfãos, minas, destruição da infraestrutura económica, do tecido social e familiar, deixando traumas sociais e psicológicos à população, tendo disseminado “cultura” de ódio, intolerância, dificultando a convivência pacífica entre grupos sociais e políticos. Assim, no quadro da política de construção da paz e da reconciliação nacional, a toponímia é uma estratégia válida para concretização deste objetivo, pois ela permite o resgate de valores culturais, históricos e patrióticos, que permitem a construção da memória coletiva, educação cultural e patriótica de uma nação, através das ações exemplares de figuras históricas nacionais e internacionais de todos os seguimentos da vida política, social, económica, cultural e desportiva que tiveram um papel importante na defesa e construção da pátria. Trata-se de uma análise crítica sobre fontes secundárias de história de Angola e função social da toponímia.
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(c) Tous droits réservés NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2024
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