Inclusão dos alunos com dificuldade visual na Província de Nampula

Wùrányiwa w’asomi ahinòna sàna eprovinsiya ya Wámphula

Autores/as

  • Nharongue David Araujo Universidade Catolica de Mocambique - Moçambique
  • Natalia Jose Toqueleque Universidade Católica de Moçambique - Moçambique

Palabras clave:

Estratégias, Inclusão, Dificuldade visual

Resumen

Esta investigação intitulada “Inclusão dos alunos com dificuldade visual na província de Nampula”, pretende identificar as estratégias voltadas para a inclusão dos alunos com dificuldade visual que necessitam de apoio aos serviços de educação especial numa instituição Y. Como opção metodológica, escolheu-se a abordagem qualitativa; quanto aos procedimentos é um estudo de caso e quanto ao objectivo é uma pesquisa descritiva. Participaram no presente estudo 6 (seis) colaboradores sendo (1 director, 3 professores e 2 alunos). O instrumento usado para a recolha de dados, foi a entrevista semiestruturada. Ora, os resultados deste estudo demonstram que, na instituição em estudo, os colaboradores têm envidado esforços na socialização dos alunos, na criação de recursos didácticos, na formação de turmas por tipologias para acomodar alunos com necessidades educativas especiais diferentes. Os alunos com dificuldade visual não se juntam na mesma turma com os de carácter auditivo, mas podem se juntar com estudantes normais e com necessidades psico-motores e físicas. Assim sendo, os alunos começam as suas aulas com instrumentos disponibilizados pelos professores, como é o caso de favos de ovos, depois passam para pauta ou punção e por último para o sistema braile. Nesta instituição de ensino, não existem professores com formação específica para lidar com estudantes com dificuldade visual, mas têm participado nas capacitações de curta duração promovidas pela Direcção Provincial de Educação de Nampula e pela equipa da Associacão dos Deficientes Moçambicanos (ADEMO). Conclui-se que nesta instituição, a interacção é positiva no processo de ensino e aprendizagem. Infere-se que os colaboradores disponibilizam favos de ovos, pautas, máquinas braile, plantas e mapas no processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, a metodologia de ensino pautada pelos professores nas salas de aula é a colaboração conjunta.

****

Mùpuwelo ola wa “Wùrányiwa w’asomi ahinòna sàna eprovinsiya ya Wámphula”, omphavela osuwela inamuna sinruméliwa wìra yùrányiwe asomi ahinòna sàna, enaphwanelela mukhaliheryo wósoma nipuro khàta (Y). Evareliwo, ethanliwe esomelo yòsuluheya; nave ntthariheliwe osoma nipuro nothanleleya vaphaveliwaka othoriha mukhalelo aya. Ahírela mpantta yósoma ela anamuteko athanu ni mmosa (6) mwa yàwo (Tiretòre 1, Mapursòre 3 ni asomi 2). Ekaruma ekhweihenrye othukumanyerya mihupi, ovànelela. Nto, okhomoni waya vahònihereya wìra opuro ole onsommwe, anamuteko annikhanyànya wàtthekuliha asomi, otthokiha ikaruma sòsomela, wáhela asomi wìra esomeke ettharihelaka muthinto wa mukhalelo aya. Asomi ahinòna sàna khantakanxeriwa n’ale ahinìwa, masi ákhala ósoma poromosa n’asomi akumi walá arakanle nnari amaneñye. Sìso, asomi annipatxerya osoma waya n’ikaruma sitthokihiwe ni mapursòre, ntokoni opuro oniheliwa màtxe, vanattharelana silempwe ni wòkiseryani vanasommwa ni braile. Opuro ene yòla onisommwa, khakhanle mapursòre axonenle wàsomiha anaxikola ahinòna sàna, masi awo anírela mpantta mixuttiho kamosa-kamosa sinetetéliwa ni mwálàno wósoma eprovínsiya ya Wámphula vamosá ni Nikhuru na Alipa-òrakala Omosampìkhi (ADEMO). Vannisinseriwa vahimmwaka wìra opuro ene yòla masomeliwo tòluluwanyeya. Vannisuweleya wìra anamuteko annikumiha nipuro ninheliwa màtxe, sólempwa sòvirikana, ni mákina a braile, miri ni màpha okathi wósoma ni oxutta. Vàvo nto, masomiheryo aya mapursòre musàla ankhala okhaliheryana.

Biografía del autor/a

Nharongue David Araujo, Universidade Catolica de Mocambique - Moçambique

Doutor em Inovação Educativa.Universidade Catolica de Mocambique.

Natalia Jose Toqueleque, Universidade Católica de Moçambique - Moçambique

Licenciada em Desenvolvimento Comunitário e Serviço Social.

Citas

Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo. 3.ed. Lisboa, Edições 70.

Bogdan, R. &Biklen, S. K. (1997). Pesquisa qualitativa para educação. Boston, MA: Allyn & Bacon.

Brasil, (2000). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais especiais, Brasília: MEC/SEESP, vol. 6.

Brasil, (2005). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: Alunos com

Bruno, M. M. G. (2006). Educação infantil: saberes e práticas da inclusão. 4 ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial.

Declaração Mundial Sobre Educação Para Todos (1990). Plano de Acção para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem. Tailândia. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/downloads/Declaracao_Jomtien.pdf.

Gil, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed.São Paulo: Atlas.

Mazzotta, M. J. S. (2005). Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. 5.ed. São Paulo: Cortez Editora.

Mittler, P. (2003). Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre. Brasil: Artmed necessidades educacionais especiais - Adaptações Curriculares de Grande Porte, Brasília: MEC/SEESP, vol. 5.

Richardson, R. J.et al. (2008). Pesquisa social: métodos e técnicas. (3ª.ed.) São Paulo: Atlas.

Sánchez, P. A. (2005). Educação inclusiva. Um meio de construir escolas para todos no século XXI. Inclusão. Revista de Educação Especial. Brasília, MEC, p. 07-18

Sassaki, R. K. (2006). Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7.ed. Rio de Janeiro: WVA.

Tornello, M. G. M. (2007). Inclusão nas aulas de educação física: aspectos conceituais e práticos. In: SCARPATO, M. (Org.). Educação física: como planejar as aulas na educação básica. São Paulo: Avercamp.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

UNESCO (2000). O Direito à Educação: uma educação para todos durante toda a vida. Porto: ASA.

Vieira, M. M. F. V. (1996). A comparative study on quality management in the Brazilian and the Scottish prison service. Tese [Doutorado PhD on Business Studies] – Scotland, University of Edinburg, Edimburgo.

Werneck, C. (2000). Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. 2.ed. Rio de Janeiro: WVA.

Publicado

21-05-2024

Cómo citar

Araujo, N. D., & Toqueleque, N. J. (2024). Inclusão dos alunos com dificuldade visual na Província de Nampula: Wùrányiwa w’asomi ahinòna sàna eprovinsiya ya Wámphula. NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 4(1), 225–240. Recuperado a partir de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1604