Bissau em tradução: percalços e desafios de uma pesquisa em andamento
Fassi traduson na Bissau: canseras e dificuldades na fassi es tarbadju
Palabras clave:
Cidade em tradução, Tradução cultural, Espaço de tradução, MultilinguismoResumen
O presente artigo é um recorte de treze meses de uma pesquisa desenvolvida em Bissau, capital da Guiné-Bissau, localizada na África Ocidental, sobre zona de tradução (SIMON, 2013) e espaço de tradução (CRONIN; SIMON 2014) em contextos transnacionais. A partir da busca pela compreensão dos efeitos causados pelas práticas de tradução em contextos multilíngues, multiculturais, multiétnicos e multirreligiosos, este texto apresenta os espaços de tradução de Bissau sob a ótica da história da tradução cultural com viés decolonial. A abordagem teórica em relação à tradução cultural é desenvolvida nas perspectivas de Simon (2008) e Pym (2017), destacando o embasamento conceitual da tradução cultural de Bhabha (2014). No que concerne à metodologia, a pesquisa concilia diferentes procedimentos de geração e coleta de dados alinhados à história oral, tomando como recorte espaço-temporal o espaço de tradução e o lugar de memória da “Praça dos Heróis Nacionais”, situada região central da capital, no período compreendido de fevereiro de 2021 a março de 2022. Sobre a metodologia em história oral, dialoguei com as perspectivas de Meihy (2011), Freitas (2006), Meihy e Ribeiro (2011) e Seawrigt (2017) a fim de tecer recursos necessários para definir os tipos de entrevistas e as etapas das entrevistas a serem cumpridas. Com o trabalho de campo, apresento alguns recortes de entrevistas fornecidas pelos nossos colaboradores de pesquisa, objetivando descrever o quão o conceito de tradução cultural só faz sentido quando as diferenças culturais e os múltiplos processos de negociações são discutidos. Concluindo, apresento os principais percalços e desafios encontrados durante a implementação da pesquisa em Bissau, capital transcultural do Ocidente da África.
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Citas
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