A Língua Portuguesa e as raízes sóciohistóricas da colonização linguística em Angola: possibilidades para a desconstrução

Monoko ya Portugais mpe misisa ya socio-historique ya colonisation Linguistique na Angola: possibilités ya déconstruction

Authors

  • Hamilton Sebastião De Figueiredo Universidade Católica de Angola

Keywords:

Colonização, Linguagem, Afrocentricidade

Abstract

O presente artigo rastreia as raízes sociohistóricas da colonização linguística num contexto em que o português se afirmou como língua oficial em Angola. A presente abordagem é fundamentalmente crítica, nela procuramos resgatar na história as múltiplas determinações responsáveis pela distorção do estatuto científico das línguas angolanas e descrevemos as possibilidades para a desconstrução da colonização linguística em Angola. Em termos metodológicos, realizamos uma revisão bibliográfica que nos permitiu revisitar obras que corporificam um projeto intelectual de restauração das criações culturais africanas. Discorrida a abordagem, chegamos a conclusão de que é urgente a realização de uma ampla revisão dos programas e currículos escolares de formas a instituir-se a obrigatoriedade do ensino das línguas nativas, condição indispensável para a desoficialização da Língua Portuguesa.

***

Lisolo oyo ezali kolanda misisa ya socio-historique ya colonisation linguistique na contexte oyo Portugais e se établir lokola langue officielle na Angola. Approche oyo ezali fondamentalement critique, oyo tozali koluka kobikisa na histoire ba déterminations multiples responsables ya distorsion ya statut scientifique ya minoko ya Angola mpe tozali kolimbola ba possibilités ya déconstruction ya colonisation linguistique na Angola. Na ndenge ya méthodologique, tosalaki revue bibliographique oyo epesaki biso nzela ya kotala lisusu misala oyo ezali na projet intellectuel ya kozongisa ba créations culturelles africaines. Na sima ya kolobela ndenge ya kosala, tozuaki conclusion que esengeli kosala revue ya large ya ba programmes ya biteyelo mpe ba programmes ya kelasi mpo na ko établir enseignement obligatoire ya minoko ya mboka, condition indispensable mpo na déofficialisation ya monoko ya Portugais.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Hamilton Sebastião De Figueiredo, Universidade Católica de Angola

Graduado em Ciência Política pela Universidade Agostinho Neto -Angola (2012); Possui uma especialização em Administração, Gestão e Qualidade Pedagógica pelo Instituto Superior Técnico de Angola-ISTA/Universidade de  Ciências  Enrique  José  Varona  (2018);  Mestrado  em  Serviço  Social  e Política  Social  pelo  Programa  de  Pós-graduação  da  Universidade  Católica  de  Angola  (2022).

References

ASANTE, M. K. (2014). Afrocentricidade a teoria de mudança social. Philadelphia: Afrocentricy Internacional.

CLARKE, J. H. (2020). Cristóvão Colombo e o Holocausto Afrikano: escravidão e a ascensão do capitalismo europeu. Disponível em: https://Insurreicaocgpp.blogspot.com.br

FANON, F. (1968). Os Condenados da terra, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

FANON, F. (2008). Pele negra máscaras brancas, Salvador: EDUFBA.

GUERRA, L. A. (2021). Por uma teoria crítica do conhecimento: A ciência em debate em uma sala de aula na Amazônia. Revista Eletrônica Mutações, v.14, n.23, p.39-53.

HALL, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade, 11.ed. Rio de Janeiro: DP&A

HALL, S. (2016). Cultura e representação, Rio de Janeiro: Apicuri.

MONDLANE, E. (1976). Lutar por Moçambique, Porto: Sá de Costa.

MARCELINO, J. S. (2021). Por uma geografia decolonial: Elementos para o ensino de África na educação básica. Veredas da História, [online], v.14, n.1, p.36-63.

PROENÇA. P.S. (2023). Línguas africanas devem ser oficializadas? In. TIMBANE. A. A.; FREITAG, R. M. As línguas africanas e o português na África lusófona: reflexões, descrições e políticas de ensino, 205-217.

RODNEY, W. (1975). Como a Europa subdesenvolveu a África, Lisboa: Seara Nova.

TAMBA, P. (2023). A língua e a cosmovisão: um estudo comparado entre o inglês britânico e o balanta quintoé da Guiné-Bissau. In. TIMBANE. A. A.; FREITAG, R. M. (Org.). As línguas africanas e o português na África lusófona: reflexões, descrições e políticas de ensino, 59-71.

TOMÁS, R. J. (2022). Subsídios sobre o aportuguesamento ortográfico dos antropónimos bantu. Luanda: La Société Littéraire.

ZONGO, B.; DIENG, Doudou. (2014). Francês/línguas africanas: colonização linguística ontem e hoje, aqui e ali. in. DIOP, B. M.; DIENG, D. (Org.). A Consciência histórica africana. Luanda: Mulemba, p.159-164.

Published

12-11-2024

How to Cite

De Figueiredo, H. S. (2024). A Língua Portuguesa e as raízes sóciohistóricas da colonização linguística em Angola: possibilidades para a desconstrução: Monoko ya Portugais mpe misisa ya socio-historique ya colonisation Linguistique na Angola: possibilités ya déconstruction. NJINGA&SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras, 4(Especial II), 84–100. etrieved from https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1776