Utébulua monho mu ci sávu ci “Monangamba” ci António Jacinto ai “Ufúa mbabu” ku Agostinho Neto
A conscientização na poesia “Monangamba” de António Jacinto e “Renúncia impossível” de Agostinho Neto
Mots-clés :
Poesia, Conscientização, OprimidoRésumé
Yndulua muna tébulua monho mu ci sávu ci “Monangamba” ci António Jacinto ai “Ufúa mbabu” ku Agostinho Neto, ci tuvanga ufiongonéna mu bánzimina munzila ymueka, mayndu muali ma sónama mulibungu, limónisia luzabu lu n’toto Ngola, muna umónisia n’cinzi kele musávu, bunji utuunga ulunzi bi basi n’tóto Bafiote “África”, makongo basi Ngola. N’cinzi bene ubanzimina voti yndulua mambu bene, uviokila muna nzila yfundubula, ukoonga masónama, buingi tubándulua masuama muna “Monangamba” ma António Jacinto ay “Renúncia impossível” basónika kuke Agostinho Neto, bucielika batumónisa ma ngolu, cintémo ai n’vingu umónikia muna maanga usálu bibúndulwa bumuntu (mambu matiuka maba tovuluanga bafiote), ntangu bene ynani, kati buvika/ bunkóle. Ulimbu (mavanga bene omo), bikilianga kuandi: usálu (bisálu) bingólo, kukándimina bantu muna utuba zimbeembu ziau zi buala, m’zíngulu yviakana muna ybuundu cibantu, tutanga tuleembo ai manká dédikuandi buna tudenguele muna usávu bene, bisónemena mumphila iviakana, kaza mi tulonga liambu kuandi limueka toka, landa lukuku (lukáku lubantu), ukutulua bakángama. Buau, bubuaci, mau mame balukua mambu mayundulua ai tufuene ulóngukua. Ybila mabakizi bulubulwila banka, kambu ukeba Nsi ykele muyvíka, buingi ka tebukua monho, ka tulubuka kutólo, kakutukua mu nsinga ay zimpasi zilutúmu lukambu fuana muna nsi. Tuzabizi ti bawombo banuanina lukuku lunsi, bubuaci kambu ukeba ba macitukua utuanguende. Ibila zinzengolo zinkanu zina bisalila ba nanga voti bakuluntu bansi, tangovo, zisafuanangana ko muna vana zinhenzi ai mambote ke basi buala bonso. Ysálu ci masónama muna n’konga bantu vana ntónono, li yndu bene libakuandi muna mangúmba (nkonga zibantu) bana baloza voti bavéngulua tibakulua muna masónami bene ama, mavene mangolo ke bana bitanga ai batanga mau, bau bibuela kumayndulua buna bufuene.
***
O estudo, conscientização na poesia “Monangamba” de António Jacinto e “Renúncia impossível” de Agostinho Neto, pretende analisar comparativamente dois textos poéticos, considerados Clássicos da Literatura Angolana, que demonstram o papel da poesia para a conscientização do africano subjugado, em particular do angolano. É um estudo qualitativo que recorre ao método análise textual para explorar os textos “Monangamba” de António Jacinto e “Renúncia impossível” de Agostinho Neto, que, no essencial, demonstra(ra)m marcas que cria(ria)m um sentimento de revolta contra as práticas desumanas, em particular as da colonização. Esses sinais, como o trabalho forçado, a proibição do uso de línguas locais, as desigualdades sociais e outras práticas destacadas nos poemas, que foram escritos sob ângulos diferentes, mas com fim igual, desperta(ra)m o oprimido e, hoje, constituem matéria de reflexão e de estudos, uma vez que podem despertar novamente um povo que se sinta dominado pelas políticas de quem um dia lutou contra a opressão, pois que as políticas sociais adotadas pelos governos, em muitos casos, não proporcionam direitos e condições dignas de vida. Esse papel social da literatura que, desde cedo, esteve presente para os grupos marginalizados é visto nestes textos, tendo em conta as marcas de expressão literária bastante fortes que motiva(ra)m a reflexão do(s) leitor(es).
Téléchargements
Références
Cosme, L. (1978). Cultura e Revolução em Angola. Porto: Edições Afrontamento.
Cunha, A. (13 de dezembro de 2013). Processo dos 50: memórias da luta clandestina pela independência de Angola. Revista Angolana de Sociologia [online], 8 /2011. Obtido em 18 de março de 2020, de https://ras.revues.org/543
Dicionário de Kimbundu. (s.d.). Obtido em 27 de março de 2020, de http://www.angolabelazebelo.com/vocabulos-kimbunduportugues/
Ferreira (org.), M. (1997). 50 Poetas Africanos (2ª ed.). Lisboa: Plátano Editora.
Fundação António Agostinho Neto. (s.d.). Obtido em 03 de março de 2020, de http://www.agostinhoneto.org/index.php?option=com_content&view=category&id=50&Itemid=231
Hess, R. (1983). Sociologia de Intervenção. Porto: Rés-Editora.
Ki-zerbo, J. (2000). História da África Negra (3ª ed. ed.). (A. d. Carvalho, Trad.) Mem Martins: Publicações Europa-América.
Laranjeira, P. (1996). Negritude Africana de Língua Portuguesa. Porto: Afrontamento.
Laranjeira, P., & Rocha (orgs.), A. T. (2014). A Noção de Ser: textos escolhidos sobre a poesia de Agostinho Neto. Luanda: Fundação Dr. António Agostinho Neto.
Moniz, A., & Paz, O. (2004). Dicionário Breve de Termos Literários . Lisboa: Editorial Presença.
Rodrigues, C. I. (2014). "A Renúncia impossível de Agostinho Neto: um novo discurso poético, intertextualidade e alcance. Luanda: Fundação António Agostinho Neto.
Santos, E. d. (1975). A Negritude e a Luta pelas Independências na África Portuguesa. Lisboa: Editorial Minerva.
Venâncio, J. C. (1992). Literatura e Poder na África Lusófona. Lisboa: Ministério da Educação, Instituto da Cultura e Portuguesa.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2021
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes:
Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant simultanément concédée sous licence Creative Commons Attribution License, qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité de l'œuvre et publication initiale dans ce magazine.
Les auteurs sont autorisés à assumer séparément des contrats supplémentaires, pour la distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publié dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et publication initiale dans cette revue.
Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leurs travaux en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs, ainsi que citation des travaux publiés (voir l'effet du libre accès).