Afrocenticidade, currículo e identidade cultural no ensino secundário: um estudo de caso em São Tomé E Príncipe, 2010-2020
afroxentxisidadi, kurikulu na identxidadi kulturali na inxino sukundario: na estudu un ã na kasu di santomé k’ie di pinxipi
Palabras clave:
Educação, Curriculo, Cultura, Indetidade, afrocentricidadeResumen
O presente artigo propõe uma análise crítica sobre o currículo do componente de História. Para estes fins, pretende-se fazer uma análise sobre a identidade cultural, no sistema de ensino secundário entre 2010 e 2020 a partir da epistemologia da Afrocentricidade. Além disso, refletir sobre educação Afrocentrada e a necessidade de inclusão dos conteúdos africanos nos livros didáticos e pragmatizados em sala de aula. Sendo assim, partiremos da seguinte pergunta: uma educação afrocentrada em São Tomé e Príncipe contribuirá para a construção e a valorização da identidade cultural do povo santomense? Do ponto de vista metodológico este trabalho pauta pela abordagem qualitativa, privilegiando a análise bibliográfica, como, livros, monografias, e artigos partindo de referências como Benedito (2016), Cardoso (2020), Melo (2020), Candau (2008), Diop (1991), Silva (2016), Nascimento (2008), Tavares (2020), Asante (2009), entre outros. Este trabalho é relevante para pensar problema geracional e racial que atravessam o sistema educacional santomense e com seus impactos em diversas dimensões como política, económicas, social, epistemológica, entre outras. Ademais, pensamos que este trabalho poderá servir como aporte científico, para pesquisas futuras em educação em São Tomé e Príncipe, considerando os caminhos epistemológicos que propõe uma nova narrativa epistêmica e projeto pedagógico compromissado com a construção da consciência histórica e a libertação das mentes.
***
Pesente atigo ka propo analigi un ã kritxika na kurikulu di sua na sugundo xikulu di tisero anu na patxi konheximentu di Afroxentxidadi. Po ine dixizan sê a ka petendê fezê analigi kritxika na identxidadi kuturali na sistema di enxinu na 2010- 2020 (dosú mili dexi a dosú mili vintxi) na patxi di konheximentu di Afroxentxidadi. Na vizanda sé atê ki refletxi na edukasan afrocentrada i nesexidadi di inklusan na kontxidu lokali i africanos na livu didatxiku i debatxidu na sala di aula. Na vizanda sé kapatxi a ka punta: Edukasan un ã afrocentrada na santomé K’ie a kontxibui na peservasan i na valorizasan identxidadi kuturali di povo Santomé K’ie? Na visan metodologiku xivisu sê ka pauta na abodagi qualitatxiva peve ka previligia analigi bibliográfica mo, livu, monogafia, atigo patxi na referexia mo: Benedito (2016), Cardoso(2020), -Melo (2020), Candau (2008), Diop (1991), Silva (2016), Nascimento (2008), Tavares (2020), Asante (2009). Xivisu sê sa relevantxi pa no tê xintidu di poblema gerasionaly ki rasialy ki sa pasa nu dentu edukasionaly di santomenxy ki sê inpatu na montxy dimensan mody politxica,ekonomika ,sosialy,epistemologicaly , ki ôtô kuanwa .Ate ki no ka pensa ki xivisu sê sa we xivi mody póóto xientifiku ,pa buka futuru na edukasan na santo me k ie ,na pasu epistemologiku ki ka da txy vida nova ,naratxiva epistêmika ki pojetu pedagojiku zuntadu ki kostrusan ki kuxense na kontu ki libertasan ki kabese.
Descargas
Citas
AGOSTINHO, A. L.; BANDEIRA, M. Línguas nacionais de São Tomé e Príncipe e ortografia unificada. Brasil, 2017.
BAÍA, O. Reflexão sobre o sistema de Governo São-Tomense. Téla Nón, São Tomé, 2012.Disponívelem:https://www.telanon.info/suplemento/opiniao/2012/05/17/10400/reflexao-sobre-o-sistema-do-governo-sao-tomense. Acesso em: 4 de ago. 2021.
BARRETO, Antônia. A reforma do ensino secundário em São Tomé e Príncipe. Apresentação do projeto Escola+. Lisboa, Ed. Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centro de Estudos Africanos (CEA-IUL), 2012.
BAIA, Odair. Estado Angolar- (Utopia vs Realidade). Téla Nón, São Tomé, 2011. Disponível em: https://www.telanon.info/cultura/2011/12/19/9306/o-estado-angolar-utopia-vs-realidade/. Acesso em: 12 fev. 2021
BENEDITO, R. M. Afrocentricidade, Educação e Poder: Uma Crítica Afrocêntrica ao Eurocentrismo no Pensamento Educacional Brasileiro: Afrocentricidade e Educação. Trabalho de Conclusão de Curso Tese apresentada à Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo para a obtenção de título de Doutor em Educação. Área de concentração. Filosofia e Educação. Universidade de São Paulo Faculdade em Educação. São Paulo, 2016 precisa fechar.
CARDOSO, M. M. C. Educação/ Formação/ Investigação em São Tomé e Príncipe-Será uma aposta do país no caminho para o desenvolvimento. CEA/ISCTE, Lisboa, 2004.
CARDOSO, L. J. Representação de São Tomé e Príncipe nos Textos de Apoio de História(1470-1595):Análises e Propostas Didáticas. Monografia apresentada para o Curso de Licenciatura em História do Instituto de Humanidades e Letras dos Malês UNILAB, São Francisco do Conde ,2020.
CARVALHO, Raimundo. Estratégias de População e Desenvolvimento em São Tomé Príncipe: o sistema da educação - uma aposta no desenvolvimento. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Economia e Gestão. Lisboa, 2005
CARLOS, M. São Tomé e Príncipe: ano letivo arranca a 8 de Setembro com medidas sanitárias adequadas. RFI, São Tomé, 2020. Disponível em: r https://www.rfi.fr/pt/ ão-tomé-e-príncipe/20200902-são-tomé-e-príncipe-ano-lectivo-arranca-a-8-de-setembro-com-medidas-sanitárias-adequadas, Acesso em 5 de ago. de 2021.
CERVO, A.; BERVIAN, P. Metodologia Científica. Makron Books. São Paulo: 1996, Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/marcelo-ana-sofia-internet-sociabilidade> Acesso em: 21 de junho de 2021.
CORREIA, Y. Formação Docente e Práticas Pedagógicas para a Inclusão e a Permanência no Ensino Primário em São Tomé e Príncipe: Perspectivas Emancipatórias: Trabalho de Conclusão do Curso Bacharelado em Humanidades. São Francisco do Conde UNILAB, 2018.
DIOP, C. A. Civilization or Barbarism: An Authentic Antropology. Chicago: Lawrence Hill Books, 1991.
EVARISTO apela para proteção das crianças face ao covid 19. E-GLOBAL, 2020. Disponível em: https://e-global.pt/noticias/lusofonia/sao-tome-e-principe/evaristo-carvalho-apela-para-protecao-das-criancas-face-a-covid-19/. Acesso em: 13 de jul. 2021
GAMA, A. I. S.P. S. Evolução do Ensino Técnico e Profissional em S.Tomé e Príncipe Escola Técnica de Formação Profissional /Centro Politécnico(1988-2014). Mestrado em Ciências da Educação. Departamento de Pedagogia e Educação: Évora, 2018.
Instituto Nacional de Estatística: S.Tomé e Príncipe, 2018-2020. Disponível em: https://www.ine.st/. Acesso em 6 de jul. 2021.
Instituto Marquês de Valle Flôr: Novo projeto da Educação em São Tomé e Príncipe. 2020. Disponível em: https://www.imvf.org/2020/02/05/novo-projeto-de-educacao-em-sao-tome-e-principe-2/. Acesso em 12 ago. 2021.
KANIGOSK, L. C. Representando o Eurocentrismo como um Legado Imposto: Constituição da Historicidade da Monoculturalidade do Ambiente Escolar: Eurocentrismo e Etnocentrismo: O desenvolvimento do “outro” como Periferia p. 21, 22. Cascavel. UNIOESTE. Paraná: 2013.
Macedo, J. R. (2014). ESCRITA E CONVERSÃO NA ÁFRICA CENTRAL DO SÉCULO XVII: O CATECISMO KIKONGO DE 1624. - doi: 10.5216/hr.v18i1.29843. História Revista, 18(1). https://doi.org/10.5216/hr.v18i1.29843
MELO, L. A cultura e identidade: Qual a importância dessas práticas dentro da escola? Pensar a Educação: Um Jornal para Educação Brasileira 2020, Disponível em:https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/a-cultura-e-identidade-qual-a-importancia-dessa-pratica-dentro-da-escola/. Acesso em: 17 de jun, 2021.
MOREIRA, F.; CANDAU. M.(org). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Editora: Petrópolis: Rio de Janeiro, 2008.
Nascimento, E.L. O olhar afrocentrado: introdução a uma abordagem polêmica. In: Nascimento, E.L. (Org.). Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009. p.181-196’
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Colonialidade do poder e eurocentrismo, p. 126. Editora: CLACSO. Buenos Aires, 2005
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE. Lei n°2/2003. Lei de Bases do Sistema Educacional. Diário da República, Assembleia Nacional, 2 de Jun, 2003.
SEREQUEBERHAN, T. The Critique of Eurocentrism and the Practice of African Philosophy. In: Emmanuel C. Eze (org.) Postcolonial African Philosophy A Critical Reader, Massachusetts: Blackwell Publishers, 1997, p. 141-161.
SILVA, MAURÍCIO. Afrocentricidade: um conceito para discussão do currículo escolar e a questão étnico-racial nas escolas. Campinas: PUC: 2016.
TAVARES, F. J. P. Educação Bilíngue e os desafios da inclusão da língua nativa Cabo-Verdiana nos processos do ensino e aprendizagem- Estados Unidos da América. Revista de Humanidades e Letras. ISS. ISSN: 2359-2354 Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia de Atribución Creative Commons, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (p. Ej., Publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).