Revisitando uma comunidade quilombola no Piemonte Norte do Itapicuru: a quantas anda a pérola negra de Senhor do Bonfim (BA)?

Autores

  • Edna Maria de Oliveira Ferreira IF Baiano e UNR-Argentina
  • César Costa Vitorino Universidade Estadual da Bahia - Brasil

Resumo

Comunidades afrodescendentes são conhecidas por lutas e resistências contra amordaçamentos propositais, num Brasil fortemente eurocêntrico. Há 17 anos, lançava-se a obra “Tijuaçu: uma resistência negra no semiárido baiano(MACHADO, SALGADO, KROPIDLOWSKI e SANTOS, 2005) que se propunha a efetivar a autoestima dos cidadãos dessa comunidade, lançando um olhar de empoderamento sobre a cultura africana e contrapondo-se à cultura elitista predominante nos vários contextos sociais, inclusive nos currículos escolares. Objetiva-se abrir espaço de diálogo, a partir de pesquisa bibliográfica e depoimentos colhidos entre concidadãos (ãs) que exercem liderança na localidade, para parametrizar a construção de políticas públicas que venham ao encontro dos anseios dos tijuaçuenses. A água, a fé, a cultura local e o combate ao racismo mostraram-se capazes de suscitar debate, com vistas à conquista de uma “Pérola Negra” verdadeiramente orgulhosa.   

 

 

Biografia do Autor

Edna Maria de Oliveira Ferreira, IF Baiano e UNR-Argentina

Doutoranda em Educação (UNR-ARG), mestre em Educação Agrícola (UFRRJ), professora (IFBAIANO, campus Senhor do Bonfim), pesquisadora do (NGEAALC-UNEB-BA) e do (GELID, IFBAIANO campus de Serrinha-BA).

César Costa Vitorino , Universidade Estadual da Bahia - Brasil

Doutor em Linguagens (PUCRS), professor do curso de mestrado (EMPODS- Serrinha-BA), professor da UNEB, campus I e da Fundação Visconde de Cairu (Salvador-BA), e orientador da primeira autora

Referências

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Publicado

02-01-2023

Como Citar

Ferreira, E. M. de O., & Vitorino , C. C. . (2023). Revisitando uma comunidade quilombola no Piemonte Norte do Itapicuru: a quantas anda a pérola negra de Senhor do Bonfim (BA)? . NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(1), 51–71. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/706