Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB: uma universidade decolonial e afrocentrada

Universidadi di Integrason Internasional di Lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB: um universidadi decolonial i afrocentrada

Autores

  • Leonel Mendes Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil
  • Felisberto Júnior Pedro Bacurim Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira-UNILAB Campus dos Malês
  • Deuinalom Fernando Cabanco Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil

Palavras-chave:

Unilab, Palop, Decolonial, Afrocentrada

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar os debates decoloniais e afrocentrados promovidos pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), fundada em 2010; perspectivada, assim como outras instituições universitárias, para a produção e disseminação do conhecimento, porém, tendo a África e outros lugares e povos historicamente subjugados, suas diásporas antirracista e anticolonial no epicentro do debate acadêmico. A UNILAB, além de apresentar uma proposta diferenciada e ousada com vista a superação da colonialidade do saber, do poder e de ser[1], também se destaca em alguns elementos fundamentais que são as bases da sua construção entre as quais: a democratização do acesso ao saber popular, a internacionalização e a integração intercontinental, considerando heranças históricas em comum entre o Brasil e os países africanos da língua oficial portuguesa (PALOP’s) e o Timor Leste na Ásia.  Para a realização deste trabalho elegeu-se a análise documental e a pesquisa bibliográfica como principais procedimentos metodológicos para produção de dados.

***

Rusumu és tarbadju fasi avaliason di discutisons kuna djubi djitu di liberta i fassi nobu manera di pruduzi cunhicimentu ku kana parci k d eropa, i discuti manera di no bata da balur tudu kil ku di nos k manga di bias Universidadi di Integrason Internacional di Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) ta papia del i nsina si djintis. És universidade fassidu na anu 2010, ku manera di fassi cunhicimentu kuna tissi i da balur manera di vivi na África i di púbis di utru lado di mundu ku sploradus pa colons. UNILAB fora di kuma ina mostra utru manera di pensa, cunhicimentu kuka parci ku di colons i busca caba ku kusas ku cata balura no cunhicimento, no puder i ku no manera di sedu, tambi i misti fassi pa púbis sploradu cunsi cunhicimentu, ita tarbadja ku terras di utrus continenti i ita busca uni Brasil k terras di África kuta papia purtuguis ku Timor Leste ku sta na Ásia. Pa fassi és tarbadju no cudji djubi ducumentus i busca cunsi tarbadjus di utrus djintis ku papia di problema.

***

This article aims to analyze the decolonial and Afro-centered debates promoted by the University of International Integration of Afro-Brazilian Lusophony (UNILAB) built in 2010, epistemologically directed for the production and dissemination of knowledge with envolving Africa, other places and historically subjugated people, their anti-racist and anti-colonial diasporas at the epicenter of the academic debate. UNILAB, in addition to presenting a differentiated and daring proposal with a view to overcoming the coloniality of knowledge, power and being, also stands out in some fundamental elements that are the bases of its construction, among which: the democratization of access to popular knowledge, internationalization and intercontinental integration considering common historical inheritances between Brazil and the African countries those have Portuguese as a official language PALOPs and Timor East in Asia. The accomplishment of this work was chosen documental analysis and bibliography research as the main method for data production.

Biografia do Autor

Leonel Mendes, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil

Mestrando em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Licenciado em pedagogia. Pós-graduado em Gestão Pública. Bacharel em Humanidades Interdisciplinar, pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira- UNILAB Campus dos Malês. Possui graduação em Inglês pela Escola Normal Superior Tchico Té ENSTT Guiné-Bissau. É pesquisador e escritor guineense, autor do livro (Des)caminhos do sistema de ensino guineense: Avanços, recuos e perspectivas publicado pela editora CRV (2019).

Felisberto Júnior Pedro Bacurim , Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira-UNILAB Campus dos Malês

Bacharelado em Ciências humanas. Licenciando em Ciências Sociais pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira-UNILAB Campus dos Malês.

Deuinalom Fernando Cabanco, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Brasil

Mestre e doutorando em relações internacionais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bacharel em Humanidades Interdisciplinar, pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira- UNILAB Campus dos Malês.

Referências

ASANTE, Molefi Kete. Afroncentricidade: Notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org). Afrocentricidade uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009.

BRITO, Larisse Miranda de. Universidade no Brasil, colonialidade do saber e decolonização: Outras perspectivas para a educação nacional? Revista humanidades e inovação v.6, n. 2, p. 58-68, 2019.

CAMBANCO, Deuinalom Fernando. Cooperação Sul-Sul e suas Contradições: um estudo crítico sobre os acordos de cooperação no setor de pescas entre a República Popular da China e a República da Guiné-Bissau. 150 f. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) – IHAC-UFBA, Salvador, 2019.

DA SILVA, Antonio Gislailson Delfino. Trajetórias de Estudantes Guineenses no Brasil: do Processo de Integração ao Regresso/Retorno. 112 f. UNILAB/Instituto de Humanidades e Letras Bacharelado em Humanidades. Redenção-Ceára. 2016.

UNILAB. Diretrizes Gerais Da UNILAB. Julho de 2010.

FREIRE, PAULO. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro/São Paulo; Paz e Terra, 2018.

GOMES, Nilma Lino; VIEIRA, Sofia Lerche. Construindo uma ponte Brasil- África: a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Luso-Afrobrasileira (UNILAB). Revista Lusófona de Educação, Cidade, vol.24, p.81-95, 2013.

MOROSINI. Marilia Costa e CORTE. Marilene Gabriel Dalla. Teses e realidades no contexto da internacionalização da educação superior no Brasil. Revista Educação em Questão, Natal, v. 56, n. 47, p. 97-120, jan./mar. 2018.

MOTA NETO, João Colares da. Educação popular e pensamento decolonial latino-americano em Paulo Freire e Orlando Fals Borda. 2015. 368 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Belém, 2015.

MUNANGA, Kabengele. Relações África-Brasil: o que seria? Revista do PPGCS-UFRB-Novos Olhares Sociais. Vol.1-n.1. p. 6-25, 2018.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: QUIJANO, Anibal.(org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A construção multicultural da igualdade e da diferença. Oficina do CES, Coimbra, 1999. Disponível em: https://ces.uc.pt/publicacoes/oficina/ficheiros/135.pdf Acesso: 15. Abr. 2021.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Coimbra: Novos estudos, novembro 2007.

SILVA, Julinho Braz da. A Cooperação Sul-Sul como Instrumento para o

Desenvolvimento: perspectivas para a República da Guiné-Bissau. 2011. 159 f.

Dissertação (Mestrado em Direito) – Centro de Ciências Jurídicas, Universidade Federal

de Santa Catarina, Florianópolis.

SOMET, Yoporeka. A África e a filosofia. (Tradução). Revista Sísifo. Feira de Santana v. 1, nº 4. p.80-100, 2016.

Downloads

Publicado

01-10-2021

Como Citar

Vicente Mendes, L., Bacurim , F. J. P. ., & Cabanco, D. F. (2021). Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB: uma universidade decolonial e afrocentrada: Universidadi di Integrason Internasional di Lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB: um universidadi decolonial i afrocentrada. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 1(2), 185–204. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/640

Edição

Seção

Seção I - Artigos inéditos e traduções/interpretações