Educação para a Liberdade no ensino médio em Moçambique: Uma Análise a partir da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire
Education for Freedom in secondary education in Mozambique: An Analysis based on Paulo Freire's Pedagogy of Autonomy
Palabras clave:
Educação, Liberdade, Pedagogia, AutonomiaResumen
O presente artigo tem como tema educação para a liberdade no ensino médio: uma análise a partir da pedagogia de Paulo Freire. O seu objetivo é o de compreender o contributo da educação para a liberdade à luz da pedagogia da autonomia de Paulo Freire para o ensino médio em Moçambique, uma vez que não é possível educar sem liberdade e autonomia. Criticando a educação bancária em que o aluno está ali somente para receber conteúdos trazidos pelos professores, Freire defende uma educação libertária, progressista, conscientizadora e autônoma. Ora, uma educação desprovida destes elementos torna os indivíduos escravos e dependentes. Uma educação sem liberdade, por exemplo, produz indivíduos acríticos, passivos diante dos problemas, das injustiças e das guerras. A nossa pesquisa quer a partir de Paulo Freire mostrar o quão viável é a educação libertária, progressista, conscientizadora e autônoma que passa pela pedagogia centrada no aluno, pois ela torna os alunos livres e autônomos. Para a realização da nossa pesquisa foi usado a metodologia qualitativa com paradigma interpretativo e procedimento técnico de colecta de dados e análise bibliográfico com enfoque a pedagogia de Paulo Freire.
***
This article's theme is education for freedom in high school: an analysis based on Paulo Freire's pedagogy. Its objective is to understand the contribution of education to freedom in the light of Paulo Freire's pedagogy of autonomy for secondary education in Mozambique, since it is not possible to educate without freedom and autonomy. Criticizing banking education in which the student is there only to receive content brought by teachers, Freire defends a libertarian, progressive, awareness-raising and autonomous education. Now, an education devoid of these elements makes individuals slaves and dependents. An education without freedom, for example, produces uncritical individuals, passive in the face of problems, injustices and wars. Our research, based on Paulo Freire, aims to show how viable libertarian, progressive, awareness-raising and autonomous education is, which involves student-centered pedagogy, as it makes students free and autonomous. To carry out our research, qualitative methodology was used with an interpretative paradigm and a technical procedure for data collection and bibliographic analysis with a focus on Paulo Freire's pedagogy.
Descargas
Citas
Abreu, M. V. (2002). Cinco ensaios sobre a motivação. Coimbra: Almedina.
Alcantará, A .R. & Guimarães, S.E.R. (2007) A Instrumentalidade como uma estratégia motivacional. Psicologia Escolar Educacional, 11 (1), 177-178.
Barbosa, M., Horn, J. (2001). Organização do espaço e do tempo na escola infantil. Porto Alegre: ArtMed.
Castro, A. S. de A. et al (2006). Educação inclusiva em Feira de Santana: dialogando com Paulo Freire. Disponível em: http://acervo.paulofreire.org:8080/xmlui/bitstream/handle/7891/3995/FPF_PTPF_01_0654.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 21 out. 2022.
Duarte, J. B. (2010). Manual escolar: companheiro do jovem na aquisição de competências e na curiosidade pelo saber. Revista Lusófona de Educação, 16, 199-130.
Duarte, S., Dias, H & Cherinda, M (Org.) (2010). Formação de Professores em Moçambique: resgatar o passado, realizar o presente e perspectivar o futuro. Maputo: Editora Educar.
Freire, P. (1967). Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido. 18ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 27ª edição. São Paulo: Paz e Terra.
Freire, P. (2001). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa (17.ª ed.). São Paulo: Editora Paz e Terra.
Garrido, I. (1990). Motivacion, emocion y accion educativa. Em: Mayor, L. e Tortosa, F. (Eds.). Âmbitos de aplicacion de la psicologia motivacional (pp. 284-343). Bilbao: Desclee de Brower.
Gasperini, L. (1989). Moçambique: educação e desenvolvimento rural. Roma: Edizioni Lavoro.
Gil, A. C. (2007). Como elaborar projectos de pesquisa (4ª. ed.). São Paulo: Atlas.
Golias, M. (1993). Sistemas de Ensino em Moçambique: Passado e presente. Maputo: Editora Escolar.
Gómez, M. B. (1999). Educação Moçambicana: Educação Moçambicana: História de um processo: 1962-1984. Maputo: Livraria Universitária, UEM.
Guimarães, S. É. R. (2004). O Estilo Motivacional do Professor e a Motivação Intrínseca dos Estudantes: Uma Perspectiva da Teoria da Autodeterminação. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(2), 143-150.
Gujamo, Á. F. & Mucandze, A. R. (2019). Educação em Moçambique antes e depois da independência. Porto: Academia Edu.
Ibraimo, M.N. (2014). O conselho de escola como espaço de participação da comunidade. Tese de doutoramento em ciências de Educação. Universidade Católica Portuguesa
Knuppe, L. (2006). Motivação e desmotivação: desafio para as professoras do ensino fundamental. (Educar), 277-290.
Lima. V. A. de. (2021). Paulo Freire: A prática da Liberdade para além da alfabetização. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Luluva, S. (2016). Políticas educacionais em Moçambique: o conselho de escola como componente da gestão democrática da escola pública moçambicana (1975-2003). Maputo: Imprensa Universitária.
Manturana, H. (2001). Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
Mazula, B. (1995). Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique:1975-1985. Maputo: Imprensa Universitária.
Minayo, M. C. da S. (2007). O desafio do conhecimento. (10ª. ed.). São Paulo, Brasil: HUCITEC.
Minayo, M. C. de S. (2010). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12. ed. São Paulo: Hucitec.
Momade, S. I. Traços de inovação do sistema nacional de educação em Moçambique: diferenças e semelhanças das leis 4/83, 6/92 e 18/2018. Instituto Superior Politécnico Gaya Psicologia, Educação e Cultura. Vol. XXVI, Nº 3.
Moreira, M.A. (2005). Aprendizagem significativa crítica. Porto Alegre: Instituto de Física, UFRGS.
Murray, E. J. (1986). Motivação e emoção. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan.
Pintrich, P. R. & Schunk, D.H. (2002). Motivation in education - theory, research and applications. New Jersey: Merril Prentice Hall.
Roazzi, A., Almeida, L. S. Insucesso escolar: insucesso do aluno ou insucesso do sistema escolar? Revista Portuguesa de Educação, 1(2), 53-60, 1988
Santos, S. C. P. dos et al (2021). Reflexão teórica sobre as contribuições da obra de Paulo Freire para a educação especial. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, p. 2756-2774. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/14493/11862. Acesso em 24 out. 2022.
Sprinthall, N. A., Spronthall, R. C. (1993). Psicologia educacional - uma abordagem desenvolvimentista (5.ª ed.). Lisboa: McGraw-Hill.
Uaciquete, A. (2011). Modelos de administração da educação em Moçambique (1983-2009). Maputo: Texto Editora.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia de Atribución Creative Commons, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (p. Ej., Publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).