Topónimos bantu integrados no léxico do português de Angola: considerações sobre a sua adaptação e representação gráfica
Palavras-chave:
Léxico, Português de Angola, Línguas bantu, Top´ônimosResumo
Os topónimos angolanos, oriundos das diferentes línguas africanas de Angola, especialmente as línguas bantu (LB), integraram-se no léxico do português de Angola (PA), sofrendo, em muitos casos, transformações e adaptações do ponto de vista fonológico e morfológico em diferentes graus. Se, por um lado, essas transformações podem ser justificadas pelo dinamismo da língua, por outro, podem dever-se ao facto de o português e as LB apresentarem características distintas quer do ponto de vista fonológico quer do ponto de vista morfossintático, além de divergências na representação gráfica das palavras. O presente estudo procura refletir sobre os diferentes mecanismos de integração dos topónimos de origem bantu no léxico do PA, tendo como ponto de partida a sua configuração gráfica, considerando a situação de contacto de línguas que caracteriza a realidade sociolinguística angolana. Os topónimos analisados têm origem na língua kimbundu, a língua do grupo etnolinguístico ambundu, porém julga-se que os resultados obtidos seriam idênticos para as demais línguas, dada a sua semelhança. Assim, conclui-se que os topónimos bantu integrados no léxico do PA, à semelhança das demais unidades lexicais, sofrem os mesmos processos de integração e de adaptação, adequando-se, por consequência disso, à estrutura morfossintática e fonológica da língua-alvo (LA). Porém, determinados topónimos ainda mantêm a sua estrutura de origem, o que significa que, em certos casos, foram acomodados ou ainda não completaram o processo de integração, noutros. Quanto à representação gráfica, defende-se que, exceto os antropónimos, os empréstimos lexicais se submetam às regras de ortografia da LA, refletindo a sua integração nesta língua.
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