Perspectivas e desafios para o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa no contexto de multilinguismo
Kulilulieka ca katalilo nyi kusesemba, cakulongesa nyi kulilongesa ca laka lia phuthu mu kuhandjeka ca malaka andji handji ekha nyi ekha
Palavras-chave:
Multilinguismo, Angola, Ensino-aprendizagem, Língua PortuguesaResumo
Quando se deu a introdução dos europeus na foz do rio Zaire, implementou-se uma política que visava unificar as regiões onde os Portugueses estavam mais concentrados, começando pela implementação de uma política linguística consubstanciada na unificação e socialização dos indígenas, no que dizia respeito à língua (aos hábitos e costumes). Com o advento das escolas, o Estado emana a Lei Norton de Matos (Lei n°13, 2001), que negava o ensino e utilização das línguas africanas (angolanas), porquanto, segundo os colonos, na altura, a única forma de os africanos serem civilizados era por meio da instrução desembocada em Língua Portuguesa. O presente artigo é constituído em seis partes principais: (i) o quadro linguístico em Angola: perspectiva histórico-evolutiva do português; (ii) as línguas bantu no panorama linguístico angolano; (iii) contexto sociocultural; (iv) políticas linguísticas e as suas influências no avanço de uma língua; (v) as influências das línguas bantu no contexto de ensino da língua portuguesa e (vi) os novos desafios para o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa em Angola em contexto de multilinguismo. Todos esses tópicos apresentam uma metodologia qualitativa tendo em vista o objetivo desde trabalho que foi de descrever os desafios que se devem observar no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem da mesma em contexto de várias línguas.
****
Mba ha kungila ca akwa phuthu ha musulu wa luiji Zaire, yiatesa malindjekela a kukunga nowo mbunga nyi yifuci yiaco ku sali lize kaphuthu ana kalemena hauji ana kalikungulwila, coco yiaputuka nyi malindjekela a longesa lia laka liyo, ha mangana a kusesembelaho hanga akungulwiloho mbunga nyi minhaci ya akwa liavu, ha kutwala ku laka nyi (yiako ya witiliso) nyi hakuheta ca xikola, kaphuthu lia tumina ximbi yia Norton de Matos (ximbi yia 13/2001), yina kalithuna kulongesa nyi kuhandjika ca malaka akwa cihunda. Ha manajo ano, mbunga akwa África akepe hakepe amanunukine kungila mu yiako yia akwa indele, momo nyi kulita, nyi cikolonia ha ximbu liaco, ngweni mwanda te unatele akwa África apwe mu ulinange te cili mu mwanda wakwa longesela mu limi lia akwa phuthu. Lusango yiono kanatungiwa mu yihanda yisambano. (i) Citango cimako calaka mu Angola: kulifa ca kulongoloka ca cako nyi ufumbuko wa limi lia phuthu; (ii) Malaka a samuthu ha kutwala ku limi handji ku ulilongeselo wa malimi mu Angola; (iii) Undji wa mbunga nyi yiako yiaco; (iv) Malindjekela a ulongeselo nyi uxindjilo ha kuyia ku lutwe ca limwe laka; (v) Kuxindjila ca malaka a samuthu ha kuzazuluka ca longeso lia laka lia phuthu; (vi) Kusosomba ca kufumba nyi kulongoloka ca laka lia phuthu mu Angola nyi ha unji wa uhanjikilo wa malaka. Imako yia lusango yiono mweswe yiapwa kuhandjika ha kutwala ku ximbi yia nyionga litangu lia mangana a ulilongeselo wa malindjekela a yiningi yia milimo. Sango lia mulimo uno lili kulumbunuka sango lia kulimika ca tela kuhengula cinatwala ku uvumbikiso wa mana a kufumba nyi kulongoloka caco ca ihanjeka yia malaka anji.
Downloads
Referências
Aurélio, A. A. (2017). Omissão de constituintes pós-verbais no Umbundo (Língua Bantu): numa perspectiva comprada com PE. Dissertação de Mestrado. (Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras) Lisboa.
Banza, A. P. (s/d). O português em Angola: uma questão de política linguística. Edições Colibri. Lisboa.
Declaração Universal dos Direitos Linguísticos. (2001). Lisboa: Campo das Letras. 2001.
Governo de Angola (2022). Constituição da República de Angola. 2ª edição. Plural editores.
Filusová, R. (2012). Difusão e desenvolvimento do português vernáculo de Angola. (Relatório para a elaboração de Trabalho final de Curso para a obtenção do Título de Bacharel-Masarykova Univerzita) Praga.
Luemba, A. V. (2018). Professores em situação multilíngues: contributo para formação de professores de português em Angola. (Dissertação de mestrado-Universidade da Beira Interior) Covilhã.
Nauege, J. M. (2022). A língua de especialidade: um olhar sobre o português jurídico, tendências e desafios em Angola. Njinga & Sepé. Revista internacional de culturas, línguas africanas e brasileiras São Francisco de Conde, vol.2, n°1, p.247-256.
Ndombele, E. D. (2017). Reflexão sobre as línguas nacionais no sistema de educação em Angola. Revista internacional em Língua Portuguesa-Instituto superior de Ciências da Educação do Uíge, Angola., nº31, p.72-89.
Santos, A. S. (2012). Multilinguismo em Bonfim/RR: o ensino da língua portuguesa no contexto da diversidade linguística. Instituto de Letras. Brasília.
Severo, C. G., Sassuco, D. P., & Bernardo, E. P. J. (2019). Português e Línguas Bantu na Educação angolana: Diversidade como problema. Revista Línguas e Instrumentos Linguísticos-Campinas/SP, nº43, p.290-307, Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8658374. Acesso em: 2 ago.2024.
Teresa, C., Sebastião, J & Bento, F. (2010). Contributo para uma caracterização Linguística do Luandense. Universidade de Aveiro: Departamento de Línguas e Culturas. Aveiro.
Timbane, A. A. & Berlinck, R. A. (2019). A influência da Língua Portuguesa nas Línguas Bantu faladas em Moçambique: o caso das línguas Xichangana. Journal of Portuguese Diáspora Studies, vol. 8, nº20, p.105-125.
Timbane, A. A. (2015). A complexidade do ensino em contexto multilíngue em Moçambique: políticas, problemas e soluções. Calidoscópio. vol.13, nº01, p.92-103.
Zau, D. G. D. (2017). A língua portuguesa em Angola: um contributo para o estudo da sua nacionalização. Tese para a obtenção de grau de Doutor. 3° ciclo de estudos. Covilhã- Portugal.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras (ISSN: 2764-1244)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).