9.Kriolu di Kabu Verdi - Lingua di rezisténsia di ilhas ku di mar
O crioulo cabo-verdiano: língua de resistência das ilhas e do mar
Mots-clés :
Crioulo, Lingua Cabo verdiana, Resistência, Ilhas, MarRésumé
Lingua kabuverdianu, kriolu, surji pamodi nisisidadi di kumunikason di diferentis povu ki partisipa na prusesu di povuamentu di Arqipélagu di Kabu Verdi y ki afirma komu un di kes prinsipal sínbulu di identidadi kriolu. Nes artigu, ta ben tratadu konseitu di línguas kriolu, furmuladu a partir di un vizon sosiolinguístiku y geopolitiku, ki ta rifleti kruzamentu di purtugês enkuantu “língua di puder” y kriolu komu "língua subalternu". Ten obijetivu di konxi kes prusesus inportanti ki involve dizenvolvimentu di kriolu ki más tardi txomadu di “lingua kabuverdianu” dezdi si orijen ti si atuason y interferênsia na kiston di konstituison di lingua nasional y ofisial na tudu Arkipélagu. Konsiderandu piskizadoris kabuverdianu pa diskuti kistons kultural y linguistiku d’ilhas, ba buskadu Dulce Almada, Gabriel Mariano, Manuel Ferreira, Manuel Brito Semedo. Pa studus rilasionadu ku tema di “subalternidadi”, lansadu mó di obras di autoris sima Spivak Gayatri y Walter Mignolo. Kel studu ligadu a istoriografia kultural y linguistiku di autoris sobri “kriolu di kabu Verdi sirbi komu prinsipal metodolojia pa dizenvolve es artigu. Des manera, nu ta konklui ki ofisializason di língua kabuverdianu leba-l ta ultrapasa fronteras di ilhas y di mar y e pasa ta ser língua di diáspura, di rizistênsia y di identidadi kabuverdianu.
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Este artigo trata da língua cabo-verdiana, o crioulo, que surge a partir da necessidade de comunicação de diferentes povos que participaram do processo de povoamento do Arquipélago de Cabo Verde, afirmando-se como um dos principais símbolos da identidade crioula. Aborda o conceito de línguas crioulas, formulado a partir de uma visão sociolinguística e geopolítica, refletindo o cruzamento entre o português como “língua do poder” e o crioulo como “língua subalterna”. Objetiva conhecer os importantes processos que envolveram o desenvolvimento do crioulo, denominada mais tarde de “língua cabo-verdiana”, desde a sua origem à sua atuação e interferência na questão da constituição da língua nacional e oficial em todo o Arquipélago. Tem por base pesquisadores cabo-verdianos para discutir as questões culturais e linguísticas das ilhas, como Dulce Almada, Gabriel Mariano, Manuel Ferreira, Manuel Veiga, Manuel Brito Semedo; e, para os estudos relacionados ao temas da “subalternidade”, os postulados dos autores Spivak Gayatri e Walter Mignolo. Aborda a historiografia cultural e linguística de diferentes autores sobre “o crioulo de Cabo Verde” como principal metodologia para desenvolver este trabalho. Assim, conclui que a língua cabo-verdiana ultrapassou as fronteiras das ilhas e do mar e tornou-se a língua da diáspora, da resistência e da identidade do cabo-verdiano.
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