Breves considerações sobre o estudo da onomástica em Angola: perspectivas e desafios da toponímia
Mots-clés :
Onomástica, Angola, Toponímia, Topónimos comemorativosRésumé
Esta comunicação pretende apresentar, com base numa discussão teórica, epistemológica e empírica, uma abordagem sobre a ciência da onomástica, nomeadamente a partir da visão toponímica e antroponímica, tendo em conta os resultados das pesquisas levadas a cabo num corpus de 1975 a 2022, em diversas regiões do Angola. Em evidência está um projeto liderado pelos pesquisadores Dinis da Costa e Hilton Daniel, desde 2020, denominado “Toponomastic Project”, que considera crucial um levantamento exaustivo e tratameto teórico, medolológico, sobre os nomes, quer sejam de matriz africana, quer os de matriz ocidental, trazidos com a colonização. Os nossos estudos têm-se centrado ainda nos domínios da antroponímia e toponímia, ou seja, nomes de entidades, espaços públicos, instituições, bairros, ruas, monumentos e sua relação com os determinados contextos dos povos que os utilizam, sempre tendo em vista fatores como cultura, língua, influências da globalização, motivações e o caráter de oficialidade. A presente comunicação assenta-se em dois estudos dos autores, sendo o primeiro “Motivações toponímicas: O ato de nomear bairros populares nas periferias em Angola”, publicado em 2022, cujo objetivo é investigar a natureza e a motivação do ato de atribuir nomes não oficiais a bairros desenvolvidos em zonas periféricas no período pós-independência, de 1976 a 2016, e o segundo dos quais “Are we still an overseas province of Portugal? Commemorative toponyms and the colonial presence in the city centre of Kuito, Angola”, publicado em 2023, cujo objetivo é levar a debate e compreender as razões pelas quais os topónimos da cidade do Kuito (aportuguesadamente Cuíto) prevalecem com referências a herança colonial que foram, alguns destes, banidos até em Portugal e algozes no contexto de colonização. Os estudos propostos apresentam sempre uma pesquisa quantitativa com suporte no método empírico, entrevistas, cujos resultados são sistematizados e merecem tratamento baseado na amostra representativa e estratificada. Os dados demonstram que o campo da onomástica prevalece, em Angola, num domínio de subdocumentação, carecendo de muito mais estudos nessa área para melhor relação entre a academia e a sociedade.
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(c) Tous droits réservés NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2024
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