17.O “aiué de São Benedito” da comunidade quilombola do Jauari, Rio Erepecuru, Oriximná (Pará)
Le « aiué de São Benedito » de la communauté quilombola de Jauari, rivière Erepecuru, Oriximná (Pará)
Mots-clés :
Cultura, Memória, Valorização, Aiué, Festa de São BeneditoRésumé
O presente trabalho é uma pesquisa de campo realizada na comunidade quilombola do Jauari, no Rio Erepecuru, Município de Oriximiná (Pará), que busca compreender a história da Folia do “Aiué de São Benedito”. Para tanto, aborda reflexões relacionadas ao “olhar” para as práticas que celebram e fortalecem a identidade, bem como os ritos religiosos nas manifestações culturais presentes na comunidade de remanescentes de quilombos. Além disso, há evidência de elementos simbólicos componentes dessas manifestações, bem como suas mudanças e permanências. Por outro lado, também aborda questionamentos a respeito das identidades culturais e de patrimônio, bem como os reflexos destes para a valorização das manifestações religiosas vivenciadas pela referida comunidade.
***
Le présent travail est une recherche de terrain menée dans la communauté quilombola de Jauari, sur la rivière Erepecuru, municipalité d'Oriximiná (Pará), qui cherche à comprendre l'histoire de la Folia do "Aiué de São Benedito". Pour ce faire, il aborde des réflexions liées au "regard" sur les pratiques qui célèbrent et renforcent l'identité, ainsi que les rites religieux dans les manifestations culturelles présentes dans la communauté des vestiges quilombo. De plus, il existe des preuves d'éléments symboliques qui composent ces manifestations, ainsi que de leurs changements et de leur permanence. D'autre part, il aborde également des questions sur les identités culturelles et patrimoniales, ainsi que leurs réflexes pour l'appréciation des manifestations religieuses vécues par cette communauté.
Téléchargements
Références
AZEVEDO, Rosa; CASTRO, Edna. Negros do Trombetas: Guardiões de matas e rios. 2.ed. Belém: CEJUP/UFPA-NEA, 1998.
ACCIOLY, Sheila Mendes; DE SALLES, Sandro Guimarães. Marabaixo: identidade social e etnicidade na música negra do Amapá. IX Semana de História. O Ensino e a Pesquisa em História no Amapá: Perspectivas e Desafios, 2013.
AZEVEDO. Idaliana Marinho de. Puxium memórias dos negros do oeste paraense. Instituto de Artes do Pará. Belém, PA: IAP, 2002.
BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
CHAUÍ, Marilena. Cultura política e política cultural. Estudos avançados, vol. 9, nº1, p. 71-84, 1979.
COSTA, Mon Senhor Frederico. Relatório Pastoral de Viagem – 1900 – 1922. Arquivo Paróquia de Santo Antônio de Oriximiná.
DE SOUZA, Susana Braga; DE MORAES PINTO, Benedita Celeste. Memória e educação no povoado remanescente de quilombola de Itapocu, município de Cametá. Educação, ciência e desenvolvimento, 2007.
DE SOUZA, Carla Monteiro. A incorporação de relatos orais como fontes na pesquisa histórica. Textos e Debates, vol.2, nº 4, 1997.
FIGUEIRA, Anthymio Wanzeller. Estória de Oriximiná.s.e/s.l., 2005.
FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Um natal de negros; esboço etnográfico de um ritual religioso num quilombo amazônico. Revista de Antropologia. São Paulo, vol.38, p.207-238, 1995.
FONSECA, Eduardo P de Aquino. As funções e os significados das festas nas religiões afro-brasileiras. Cadernos de Estudos Sociais, vol. 13, nº 2, 1997.
FREITAS, Maria Tereza de Assumpção. Vygotsky & Bakhtin. Psicologia e educação: um intertexto. São Paulo: Ática/EDUFJF, 1994.
GALVÃO, Eduardo. A Religiosidade do Caboclo da Amazônia. Rio de Janeiro: Religião e Sociedade, 1983.
GONÇALVES, José Moura. Olhar e memória. In: NOVAES, Adauto. (Org.). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Trad. Laurent Leon Schaffter. São Paulo: Vértice, 1990.
HOBSBAWM, Eric. Introdução: a invenção das tradições. In: HOBSBAWN, Eric. RANGER, Terence (Org.). A invenção das tradições. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
IGLESIAS, Esther. Reflexões sobre o que fazer da história oral no mundo rural. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 27, nº1, 1984.
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Cultura Amazônica: uma poética do imaginário. Belém Cejup, 1995.
LÊ GOFF, Jacques. História e memória. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1993.
MELLO, Adriana Russi Tavares. Tamiriki, Pata Yotono Kwama: a reconstrução de uma casa, a valorização de uma cultura e o protagonismo dos ameríndios Kaxuyana às margens do Rio Cachorro, Oriximiná (PA). 2014. P. 30-39.
MONTENEGRO, António Torres. História oral, caminhos e descaminhos. Revista Brasileira de história, vol. 25, p. 26-57, 1992.
OLIVEIRA, Rachel. Projeto Vida e História das comunidades Remanescentes de Quilombos no Brasil: um ensaio de ações afirmativas. In: Educação e Ações Afirmativas: entre a Injustiça simbólica e a injustiça econômica. Brasília. INEP, 2003.
RUSSI, Adriana; ALVAREZ, Johnny; MACIEL, Sonia (org.). Cadernos de cultura e educação para o patrimônio. 2.ed. Niterói: s/n, 2012.
SILVA, Nonato da; RODRIGUES, Dário Benedito. Os Donos de São Benedito: convenções e rebeldias na luta entre o catolicismo tradicional e devocional na cultura de Bragança, século XX. 2006. Tese de Doutorado. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Pará. Belém, 2006.
VIEIRA, Sônia Cristina de Albuquerque, et al. É um pessoal lá de Bragança: um estudo antropológico acerca de identidades de migrantes em uma festa para São Benedito em Ananindeua (PA), 2008.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2022
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes:
Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant simultanément concédée sous licence Creative Commons Attribution License, qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité de l'œuvre et publication initiale dans ce magazine.
Les auteurs sont autorisés à assumer séparément des contrats supplémentaires, pour la distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publié dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et publication initiale dans cette revue.
Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leurs travaux en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs, ainsi que citation des travaux publiés (voir l'effet du libre accès).