Papel di lingu(a) kriol na Guiné-Bissau

O papel da língua crioula na Guiné-Bissau

Autores

  • Bernardo Alexandre Intipe Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC-Brasil

Palavras-chave:

Guiné-Bissau, Língua Kriol, Valor

Resumo

Es artigo, tene suma objetivu mostra kal ki balur di lingu kriol na nasson guineense, es balur ku pudi odjadu na própi papel ku lingu kriol ta disimpenha na Guiné-Bissau. Es tarbadju mostra kuma lingu kriol i pertensi tudu fidjus guineenses, indipendentimenti di rassa kê pertensi, i pudi sedu balanta, fula ou pepel, el i pa tudu si papiaduris (ainda pa kilis ku ka pudi papial). Nô pudi fala, el lingu kriol, i kêbra tudu barera ku pudi ba tudji pa i ten kumunikason entri és rassas ou tudu rassas ku ten na kil tchon. Pabia si manifestason kultural i identitáriu ta djunta tudu fidjus di Guiné-Bissau pá é pudi vivi unidadi. Pa kila, és tarbadju diskuti balur di és lingu, nau só na sintidu di kebra bareras, mas, també, kuma ku és lingu ta funciona i manera ku povu di Guiné-Bissau ta orgulha na papial i mostral atravez di sé (kon)vivênsia. Nô axa kuma i pirsis problematiza es assuntu, pabia kriol, enkuantu lingu suma utrus, pabia ki ka pudi studadu pa mostra si balur a si falantis. Pa es, es tarbadju i ruspundi es problematika atravéz di i komprova kuma kriol i lingu di dia a dia i di konvivênsia kultural guineense. I també nô considera propi lingu kriol suma objetu di es tarbadju. Es artigo i disinvolvidu atravez di leituras di utrus tarbadjus suma: artigos sientifikus i dissertações i utrus tarbadjus, prinsipalmenti, i un tarbadju bibliografiku, pabia i limita so na leituras di textos. Metodologia di es tarbadju i sta sentradu na qualitativa. Resultados final di es tarbadju i mostranu kuma, kriol i um lingu, nau dialetu. Ainda i mostra kuma lingu kriol i di dia a dia di povu guineense, i prinsipalmenti i lingu di unidade nacional.

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Este artigo objetivou-se apresentar os valores da língua kriol, valores esses que podem ser vistos no próprio papel que ela representa em Guiné-Bissau. Ainda, este trabalho, por outro lado, demonstra que essa língua pertence a todos os guineenses, independentemente de etnias a que pertecem, seja balanta, fula, papel ou manjaco, essa língua serve de utilidade a todos os seus falantes (ainda aos que não a fala). Ademais, a pesquisa corrobora que a língua kriol quebra qualquer barreira que possa impossibilitar a comunicação entre as diversas etnias que coabitam naquele território, portanto, por meio da manifestação cultural e identitária guineense exercida em kriol, faz com que toda a população de Guiné-Bissau viva em união. Também, discutiu-se o papel dessa língua no sentido de romper as barreiras que possam existir, bem como ela funciona e, principalmente, a maneira que o povo se orgulha em usufruir dela em sua (con)vivência. Percebeu-se que, é necessário problematizar esse assunto, pois, kriol enquanto língua, como as outras, por que não ser estudada, com vista a apresentar a sua importância aos seus falantes. Ainda assim, esse trabalho respondeu a problemática como meio de comprovar que o kriol é a língua da convivência cultural guineense. Ainda, considerou-se a língua kriol como o próprio objeto desse trabalho. O desenvolvimento desse artigo se baseou em leituras de trabalhos como: artigos científicos, dissertações e outros trabalhos, sobretudo, é uma pesquisa bibliográfica, dado que a sua limitação se centra, singularmente, em revisões bibliográficas. A metodologia se respaldou em pesquisa qualitativa e os resultados finais comprovaram que o kriol é uma língua e não dialeto, e que essa língua é da crônica guineense, sobretudo, ela é a língua da unidade nacional.

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Cet article visait à présenter les valeurs de la langue kriol, valeurs qui se reflètent dans le (s) rôle (s) même qu'elle représente en Guinée-Bissau. Pourtant, cet ouvrage, en revanche, démontre que cette langue appartient à tous les Guinéens, quelle que soit leur appartenance ethnique, que ce soit Balanta, Fula, papel ou manjaco, cette langue est utile à tous ses locuteurs (même ceux qui ne le font pas). En outre, la recherche confirme que la langue kriol brise toute barrière qui pourrait empêcher la communication entre les différents groupes ethniques qui cohabitent sur ce territoire, donc, à travers la manifestation culturelle et identitaire guinéenne exercée en kriol, elle entraîne toute la population de Guinée-Bissau á vivre en union. Aussi, le rôle de cette langue a été discuté dans le sens de briser les barrières qui peuvent exister, ainsi que son fonctionnement et, surtout, la façon dont les gens sont fiers d'en profiter dans leur (co) expérience. On a remarqué que, il faut problématiser ce sujet, car le kriol en tant que langue, comme les autres, pourquoi ne pas être étudier, afin de présenter son importance à ses locuteurs. Ainsi, ce travail a répondu au problème en prouvant que le kriol est la langue de la coexistence culturelle guinéenne. Pourtant, la langue Kriol était considérée comme l'objet de ce travail. L'élaboration de cet article s'est basée sur des lectures d'ouvrages tels que: articles scientifiques, dissertations et autres ouvrages, c'est avant tout une recherche bibliographique, étant donné que sa limitation se concentre, singulièrement, sur les revues bibliographiques. La méthodologie a été soutenue par des recherches qualitatives et les résultats finaux ont prouvé que le kriol est une langue et non un dialecte, et que cette langue est de la chronique guinéenne, c'est surtout la langue de l'unité nationale.

Biografia do Autor

Bernardo Alexandre Intipe, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC-Brasil

Licenciado em Letras e Língua Portuguesa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB/BA, Campus dos Malês. Possui Mestrado em Letras/Linguística pela Universidade Federal de Lavras – UFLA. Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística, em Área de Linguística Aplicada, pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Tem um pouco de conhecimento sobre a Literatura Moderna Guineense, sobretudo, as Escritas de José Carlos Schwarz. Também, sou parecerista da Revista Njinga Sapé.

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Publicado

01-10-2021

Como Citar

Intipe, B. . A. (2021). Papel di lingu(a) kriol na Guiné-Bissau: O papel da língua crioula na Guiné-Bissau. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 1(2), 131–144. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/585

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Seção

Seção I - Artigos inéditos e traduções/interpretações