Onomástica antropológica: o ato de nomear a partir de uma perspectiva intercultural

Autores/as

  • Lorenza Lourenço Carvalho Universidade Federal de Minas Gerais-Brasil https://orcid.org/0000-0003-0903-4066
  • Evandro L. T. Paradela Cunha Universidade Federal de Minas Gerais-Brasil

Palabras clave:

Onomástica, Antropológica, Culturas, Nomes

Resumen

Uma parte importante do léxico de uma língua é composta por nomes próprios, que, por existirem em todas as línguas e culturas, são um universal linguístico e humano. Enquanto para os nomes comuns que compõem o léxico existe, de maneira geral, uma relação de arbitrariedade entre o nome em si (o significante) e o referente (o significado), para os nomes próprios o que prevalece é a motivação linguística. No entanto, apesar de sua universalidade, o ato de nomear não se dá da mesma forma em todos os tempos e lugares. Diferentes povos e culturas estabeleceram práticas e costumes diversos no que diz respeito à atribuição de nomes próprios e, por esse motivo, os estudos onomásticos – isto é, os estudos que se dedicam aos nomes próprios – devem possuir, também, um componente antropológico. O interesse mais específico da onomástica antropológica está na forma em que a estrutura social e as relações interpessoais se correlacionam com os costumes e as práticas de nomeação em determinada sociedade. Pretende-se, assim, demonstrar que a presença de uma perspectiva antropológica em estudos onomásticos contribui para a compreensão de que, independentemente do significado dos nomes adotados, os sistemas de nomenclatura e as formas como se dão os processos de nomeação exercem uma importante função social – tornando possível, assim, relacionar o ato de nomear à rede de relações estabelecidas entre os indivíduos dos grupos estudados.

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Biografía del autor/a

Lorenza Lourenço Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais-Brasil

Possui bacharelado e mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atua nas áreas de arqueologia pré-histórica, gestão de coleções museológicas, linguística antropológica e imigração italiana no Brasil.

Evandro L. T. Paradela Cunha, Universidade Federal de Minas Gerais-Brasil

Doutor em Linguística pela Universiteit Leiden e em Ciência da Computação pela UFMG. É Professor Adjunto na Faculdade de Letras da UFMG, além de ter sido Fulbright Visiting Scholar na Portland State University (2023), fellow da 4th Intercontinental Academia (2021-22) e pesquisador visitante no Max-Planck-Institut für evolutionäre Anthropologie (2014-15). Atualmente realiza pesquisas em linguística computacional, neurociência da linguagem, linguística antropológica e linguística forense.

Publicado

15-09-2024

Cómo citar

Carvalho, L. L. ., & Cunha, E. L. T. P. . (2024). Onomástica antropológica: o ato de nomear a partir de uma perspectiva intercultural. NJINGA&SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras, 4(Especial I), 542–557. ecuperado a partir de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1871