O contributo dos programas de iniciação científica para a pesquisa dos estudantes do ensino superior em Moçambique (2016 -2021)
The contribution of scientific initiation programs to research by higher education students in Mozambique (2016 -2021)
Palabras clave:
Iniciação Científica, Pesquisa, Estudantes, Ensino SuperiorResumen
O objetivo deste estudo foi analisar o Contributo dos Programas de Iniciação Científica para a Pesquisa dos Estudantes do Ensino Superior em Moçambique no período de 2016 a 2021. Trata-se de uma pesquisa mista, centrada no estudo exploratório. Foram dirigidas entrevistas semi-estruturadas por Google Form a vinte (20) participantes, dos quais, doze (12) estudantes bolseiros dos Programas de Iniciação Científica seis (6) orientadores e dois (02) gestores das Instituições de Ensino Superior. A sistematização e interpretação de dados foi feita com recurso à técnica de análise de conteúdo, baseada nos seguintes indicadores: (i) Expectativas na inserção em atividades de Iniciação Científica; (ii) Benefícios dos Programas de Iniciação Científica; (iii) Resultados dos Programas de Iniciação Científica para a pesquisa dos estudantes do ensino superior em Moçambique e; (iv) Sugestões para o maior contributo dos Programas de Iniciação Científica. Os resultados do estudo mostram que a Iniciação Científica contribuiu na conclusão dos trabalhos de culminação do curso dos estudantes bolseiros em tempo útil, com melhor aproveitamento e qualidade esperada; oferece conhecimentos científicos, criatividade e autonomia para a realização de pesquisas na sua área acadêmica e profissional. Para os orientadores, a participação de estudantes em Programas de Iniciação Científica, impulsionou uma atitude crítica e paixão pela pesquisa, fácil ingresso e integração dos mesmos nos níveis de pós-graduação; permitiu a participação em eventos científicos nacionais e internacionais e a publicação de artigos científicos em revistas internacionalmente reconhecidas. As Instituições de Ensino Superior precisam de introduzir, internamente, os Programas de Iniciação Científica e; é de extrema importância que o Governo continue a oferecer as Bolsas de Iniciação Científica, envolvendo mais estudantes. Diante destes resultados, conclui-se que, os Programas de Iniciação Científica contribuem para a pesquisa dos estudantes do Ensino Superior na pesquisa em Moçambique.
***
The objective of this study was to analyze the research of Scientific Initiation Programs for Higher Education students in Mozambique from 2016 to 2021. It is a mixed, focused on an exploratory study. Semi-structured interviews were conducted using Google Form with seventeen (20) participants, of which twelve (12) scholarship students from Scientific Initiation Programs, six (6) advisors and two (02) managers of Higher Education Institutions. The systematization and interpretation of data was made using the technique of content analysis, based on the indicators: (i) Expectations in the insertion in Scientific Initiation activities; (ii) Benefits of Scientific Initiation Programs; (iii) Results of Scientific Initiation Programs for Research by Higher Education Students in Mozambique and; (iv) Suggestions for the biggest contributor to Scientific Initiation Programs. The results of the study show that the completion of the scholarship students' culmination studies was carried out with the completion of the culmination studies, better performance and quality in good time; professional scientific knowledge, creativity and autonomy to carry out research in their academic area. For instructors, the participation of students in Scientific Initiation Programs stimulated a critical attitude and passion for research, admission and integration of the same at the postgraduate levels; anonymous to national and international scientific events and the publication of scientific articles in internationally recognized journals. Higher Education Institutions need to internally anticipate the Scientific and Scientific Programs; It is extremely important that the Government continues to offer Scientific Initiation Scholarships to more students. In view of these results, it is concluded that research on Scientific Initiation Programs contributes to the research of teaching students in Mozambique.
Descargas
Citas
Alma, J. M. (2003). Iniciação científica e interdisciplinaridade: contribuições ao conhecimento da influência da pesquisa na formação do aluno de medicina e enfermagem. 2003. 84 f. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo.
Almeida, L.M.A.C.A. (1996). A importância do programa de iniciação cientifica para a formação de pesquisadores. In. Encontro de iniciação cientifica da USF, 1995. Bragança Paulista. Resumos. Bragança Paulista: Instituto de Pesquisa, Pós-graduação e extensão Acadêmica – IPPEX.
Aragón, V. A. (Coord). (1999). O programa institucional de bolsas de iniciação científica (PIBIC) e a sua relação com a formação de cientistas. Relatório Final. Brasília: UnB/NESUB.
Azzi, R.G. (1994). Pesquisa e a universidade: alguns pontos para reflexão. Pró-Posições, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 77-85.
Bernardi, M.M.A. (2003). A importância da iniciação cientifica e perspectivas de actuação profissional. Biológico, v. 65, n. 1/2. São Paulo, v.65, n.1/2, p.101, jan./dez, 2003.
Breglia, V. L. A. (2001). A formação na graduação: contribuições, impactos e repercussões do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). 210f, 2002.Tese (Doutorado em Educação), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Bridi, J.C (2004). A Iniciação Científica na Formação do Universitário. 147f. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas Biblioteca Depositária: Biblioteca Central.
Cabrero, R.C. (2007). Formação de pesquisadores da UFSCar e na área de educação especial: impactos do programa de iniciação científica do CNPq. São Carlos: UFSCar, 276 p. 2007. Tese (Doutorado em Educação Especial), Programa de Pós-graduação em Educação Especial, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP.
Calazans, M. J. C. (Org.). (2002). Iniciação científica: construindo o pensamento crítico. São Paulo, Cortez Editora.
Carvalho, A.G. (2002). O PIBIC e a difusão da carreira científica na Universidade de Brasília. 159 f. 2002. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Universidade de Brasília, faculdade de Sociologia, Brasília.
Cervo, A. L.; Bervian, P. A. (2002). Metodologia científica. São Paulo: Prentice Hall.
Costa, D.; Souza, D. G. de; GIL, M.S.A.; Jamami, M.; Correia, M.; Aguillera, F.. (1999). Iniciação Científica e Pós-graduação: perfil do pós-graduando relacionado à sua iniciação científica. Educação Brasileira, Brasília, v. 21, n. 43, p. 95-109, jul./dez.
Damasceno, M. N. (1999). A formação de novos pesquisadores: a investigação como uma construção coletiva a partir da relação teoria-prática. In: Calazans, J. (Org.). Iniciação científica: construindo o pensamento crítico. São Paulo: Cortez. p.13-56.
De Oliveira (2011). Metodologia Científica: um manual para a realização de pesquisas em administração. Catalão, UFG. 73f., 2011. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Brasília.
Durhan, E.A. (1992). A pesquisa na graduação e a integração com a pós-graduação: propostas, avaliação e perspectiva. In Seminário de pesquisa na graduação “Você pesquisa? Então mostre”, 1., Brasília. Anais… Brasília: Universidade de Brasília. p. 37-64
Flick, U. (2004). Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Bookman.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Guimarães, J.A.A. (1992) A iniciação cientifica e a pesquisa na graduação. In Seminário de pesquisa na graduação “Você pesquisa? Então mostre”, 1., Brasília. Anais… Brasília: Universidade de Brasília. p. 174-197.
Maccariello, M.C..M.M.; Novicki, V.; Castro, E.M. N.V. (1999).Ação pedagógica na iniciação científica. In: Calazans, J. (Org.). Iniciação científica: construindo o pensamento crítico. São Paulo: Cortez. p.248-253.
Maldonado, L.A.; Paiva, E.V. (1999). A iniciação científica na graduação em Nutrição: possibilidades e contribuições para a formação profissional. In: Calazans, J. (Org.). Iniciação Científica: construindo o pensamento crítico. São Paulo: Cortez. p.141-162.
MCT (2005). Estratégia de Ciência, Tecnologia e Inovação de Moçambique (ECTIM), Conselho de Ministros, Maputo.
Marcuschi, L. A. (1996). Avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq e propostas de ação. Recife: UFPe
Melo, G. F. A de. (2003). A formação inicial e a iniciação científica: investigar e produzir saberes docentes no ensino de álgebra elementar. Campinas. 253f., 2003. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Estadual de Campinas.
Mendes, A. M. (2009). Método para a gestão do conhecimento em Iniciação Científica segundo os pressupostos da Ontopsicologia, 2009. 173f (Tese Doutorado), Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Minayo, M. C. S. (Org.). (2001). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes.
Neder, R. T. (2001). A iniciação científica como ação de fomento do CNPq: o programa institucional de bolsas de iniciação cientifica – PIBIC. 90 f. 2001. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável), Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília.
Neves, R. M.; Leite, S. B. (1999). Iniciação científica: vocação de genialidades ou Prática Cultural? In: Calazans, J. (Org.). Iniciação científica: construindo o pensamento crítico. São Paulo: Cortez. p.248-253.
Nogueira, M. A.; Canaan, M. G. (2009). Os "iniciados": os bolsistas de iniciação científica e suas trajetórias acadêmicas. Tomo (UFS), v. 15, p. 41-70.
Oliveira, E.L. (2010). A formação científica do jovem universitário: um estudo com base no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). 114f, 2010. Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade Instituição de Ensino: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo Biblioteca Depositária: PUC/ SP.
Pinho M.J. (2017). Ciência e ensino: contribuições da iniciação científica na educação superior. Avaliação, Campinas-SP, v. 22, n. 3, p. 658-675.
Pires, R. C. M. (2002). A contribuição da iniciação científica na formação do aluno de graduação numa universidade estadual. Salvador: UFBA. 203f., 2002. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
Prodanov, C. & Freitas. H. (2013). Metodologias de trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho académico. 2.ed., Rio Grande do Sul, Novo Hamburgo.
Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas.
Saviani, D. (2002). A pós-graduação em educação no Brasil: pensando o problema da orientação. São Paulo: Cortez. p.135-163.
Silva, R. C; Cabrero, R. C. (1998). Iniciação científica: rumo à pós-graduação, Educação Brasileira, Brasília, v. 20, n. 40. p.189-199.
República de Moçambique, Boletim da República: Decreto 46/2018 de 01 de Agosto - Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições do Ensino Superior. In: Boletim da República 46/18, de 01 de Agosto de 2018, I Série – Número 150.
República de Moçambique, Boletim da República: Decreto 50/2015 de 31 de Dezembro – Fundo Nacional de Investigação. In: Boletim da República 50/15, de 31 de Dezembro de 2015, I Série – Número 104.
República de Moçambique, Boletim da República: Decreto Presidencial 36/2020 de 17 de Novembro – Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. In: Boletim da República 36/20, de 17 de Novembro de 2020, I Série, Número 220.
República de Moçambique, Boletim da República: Lei 27/2009 de 29 de Setembro – Lei do Ensino Superior. In: Boletim da República 27/09, de 25 de Julho de 2011, I Série – Número 29.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
Los autores mantienen los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia de Atribución Creative Commons, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (p. Ej., Publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y cita del trabajo publicado (Ver El efecto del acceso abierto).