Lutas hegemônicas em torno do posicionamento discursivo e social das línguas africanas de Angola: Uma reflexão crítica e decolonial

Ovoyaki vandisiwa lovisoko vyavelako kongusu kwenda kokuvyala ndomo catamba kokwavela omangu yesesamelo kwalimi vutundasonde wocifuka co Afrika von Ngola: Esembi lyusipulwi okupisila pokupwa kusoma wacikolonya

Authors

  • Carolina Archer Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil

Keywords:

Línguas Africanas de Angola, Pensamento Decolonial, Políticas Linguísticas, Análise Crítica do Discurso

Abstract

The present paper, placed within Fairclough’s critical discourse and within decolonial perspectives, aims to give a new light upon the discussions about Angola’s linguistic context and to reflect critically and discursively on the country’s language polices effects to the discursive positioning of the Angolan African Languages (AAL). Also, it reflects on the discursive positioning of the Portuguese spoken in Angola – once European and nowadays unquestionably Angolan. To achieve these aims, a brief historical overview has been made – from the 15th century colonial period to contemporary times, glimpsing the recent colonial period, the liberation movement, and the post-independence period – in the light of Social Discourse Theory’s (Fairclough, 2001) hegemonic struggle and discursive change concepts. The theory that embraces this paper finds itself amid the critical linguistic-discursive studies. Furthermore, the present paper engages with the decolonial thought which contributes to the reflection here developed. The paper concludes that a critical and decolonial perspective enables one to escape from easy and comfortable binary understandings of the matter often established by the colonialism and it also offers a complex comprehension regarding the discursive and social positioning of the Angolan African Languages, from past to contemporary times. By doing so, this paper provides possible paths to new and more deepen reflections that could favor and underlie critical linguistic polices which may boost multilingualism in African countries, especially Angola.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Carolina Archer, Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil

Possui graduação em Letras Licenciatura Inglês (2019) e Letras Licenciatura Português (2020) ambas pela Universidade Federal de Minas Gerais. É mestranda em Linguística Aplicada pelo POSLIN da Universidade Federal de Minas Gerais. É membro do projeto de extensão Unisale parceria universidade-escola do programa Interfaces da Faculdade de Letras da UFMG, onde estabelece parceria com professores do Ensino Básico de Angola com trabalho voltado para o ensino de Língua Portuguesa e das Línguas Africanas de Angola. É membro do Grupo de Estudos Africanos e Pós-Coloniais do Departamento de História do PGH da UFMG.

References

BERNARDO, Ezequiel Pedro José. Política linguística para o ensino bilíngue em Angola. (2018). (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós Graduação em Linguística, 2018.

CARNEIRO, Sueli. A construção do Outro como Não-Ser como fundamento do Ser. 2005. 339 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, 2005.

COLAÇO, Thais Luzia. Novas perspectivas para a antropologia jurídica na América Latina: o direito e o pensamento decolonial. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2012.

FANON, Franz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2008.

FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e Mudança Social. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

FIGUEIREDO, Isabela. Caderno de Memórias Coloniais. São Paulo: Todavia, 2018.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

GOMES, Silvestre Filipe. Relações entre língua oficial e línguas locais na escola: como as crianças de aldeias de Cabinda/Angola aprendem o português e em português. 2014. 155f. (Dissertação de Mestrado). Mestrado em Educação – Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, 2014.

GRAMSCI, Antonio. La costruzione del partito comunista 1923-26. Torino: Einaudi, 1971.

HENRIQUES, Joana Gorjão. Racismo em Português: o lado esquecido do colonialismo. Lisboa: Tinta da China, 2016.

INE - INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA DE ANGOLA. Anuário de Estatísticas Sociais 2015-2019. Luanda: INE, 2021.

KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MINGAS, Amélia. Interferência do Kimbundu no Português falado em Lwanda. Luanda: Chá de Caxinde, 2000.

OLIVEIRA, Heloísa Tramontim de. Língua Portuguesa em Angola: silenciamentos, isolamentos e hierarquias. Revista da ABRALIN, v. 17, n.2, 24 jun. 2019.

PONSO, Letícia Cao. O português no contexto multilíngue de Angola. Confluência (Rio de Janeiro), v. 35-36, p. 147-162, 2009.

RAJAGOPALAN, Kanavilli. Por uma linguística crítica – linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

REIS, Maurício e ANDRADE, Marcilea. O pensamento decolonial: análise, desafios e perspectivas. Revista Espaço Acadêmico, n. 202, mar. 2018.

RIBEIRO, M. A Casa da Nave Europa – miragens ou projeções pós-coloniais? In: Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais, Porto: Afrontamento, 2016.

ROSEVICS, Larissa. Do pós-colonial à decolonialidade. In: CARVALHO, Glauber.

ROSEVICS, Larissa (Orgs.). Diálogos internacionais: reflexões críticas do mundo contemporâneo. Rio de Janeiro: Perse, 2017.

SANTOS, S. Boaventura. Pela Mão de Alice. São Paulo: Cortez Editora, 1995.

SEVERO, Cristine. Línguas e Estados nacionais: problematização histórica e implicações. In: Estão as Línguas Nacionais em Perigo?. Lisboa: Escolar Editora, 2014.

SEVERO, Cristine. Políticas Linguísticas e Racismo. In: VII Encuentro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas, 2015, Córdoba. Actas del VII Encuentro Internacional de Investigadores de Políticas Linguísticas, Córdoba, 2015b.

SEVERO, Cristine. Das línguas indígenas: por um olhar decolonial em políticas linguísticas. Revista Digital de Políticas Linguísticas. Ano 11, v.11, nov. 2019.

SEVERO, Cristine; SASSUCO, Daniel; BERNARDO, Ezequiel Pedro José. Português e Línguas Bantu na Educação Angolana: da diversidade como “problema”. Línguas e Instrumentos Linguísticos, n.43, jan.-jun. 2019.

VICTORINO, Samuel Carlos. O papel da educação na reconstrução nacional da República de Angola. Revista Diálogos: pesquisa em extensão universitária. IV Congresso Internacional de Pedagogia Social: domínio sociopolítico. Brasília, v.17, n.1, jun. 2012.

Published

10-06-2022

How to Cite

Archer, C. (2022). Lutas hegemônicas em torno do posicionamento discursivo e social das línguas africanas de Angola: Uma reflexão crítica e decolonial: Ovoyaki vandisiwa lovisoko vyavelako kongusu kwenda kokuvyala ndomo catamba kokwavela omangu yesesamelo kwalimi vutundasonde wocifuka co Afrika von Ngola: Esembi lyusipulwi okupisila pokupwa kusoma wacikolonya. NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 2(1), 507–524. Retrieved from https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/910