Lutas hegemônicas em torno do posicionamento discursivo e social das línguas africanas de Angola: Uma reflexão crítica e decolonial
Ovoyaki vandisiwa lovisoko vyavelako kongusu kwenda kokuvyala ndomo catamba kokwavela omangu yesesamelo kwalimi vutundasonde wocifuka co Afrika von Ngola: Esembi lyusipulwi okupisila pokupwa kusoma wacikolonya
Keywords:
Línguas Africanas de Angola, Pensamento Decolonial, Políticas Linguísticas, Análise Crítica do DiscursoAbstract
The present paper, placed within Fairclough’s critical discourse and within decolonial perspectives, aims to give a new light upon the discussions about Angola’s linguistic context and to reflect critically and discursively on the country’s language polices effects to the discursive positioning of the Angolan African Languages (AAL). Also, it reflects on the discursive positioning of the Portuguese spoken in Angola – once European and nowadays unquestionably Angolan. To achieve these aims, a brief historical overview has been made – from the 15th century colonial period to contemporary times, glimpsing the recent colonial period, the liberation movement, and the post-independence period – in the light of Social Discourse Theory’s (Fairclough, 2001) hegemonic struggle and discursive change concepts. The theory that embraces this paper finds itself amid the critical linguistic-discursive studies. Furthermore, the present paper engages with the decolonial thought which contributes to the reflection here developed. The paper concludes that a critical and decolonial perspective enables one to escape from easy and comfortable binary understandings of the matter often established by the colonialism and it also offers a complex comprehension regarding the discursive and social positioning of the Angolan African Languages, from past to contemporary times. By doing so, this paper provides possible paths to new and more deepen reflections that could favor and underlie critical linguistic polices which may boost multilingualism in African countries, especially Angola.
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