O papel da língua portuguesa face as mudanças culturais

Xiputukezi emahlweni ka ku cinca ka mindhavuko

Authors

  • Esaú Elias Constantino Nhanale Universidade de Púnguè - Moçambique

Keywords:

Papel da língua, Mudanças, Cultura

Abstract

O presente artigo intitulado “Papel da Língua Portuguesa Face às Mudanças Culturais” tem como objetivo geral confrontar o papel da língua portuguesa face às mudanças culturais. Especificamente pretende-se analisar o processo inerente às mudanças culturais, descrever as mudanças culturais vivenciadas pela humanidade e analisar o papel da língua portuguesa. A sua abordagem resulta do problema formulado que é: qual é o papel da língua portuguesa face as mudanças culturais? Para tal, selecionou-se como metodologia a revisão bibliográfica que nos possibilitou a construção do enquadramento teórico. É através desta metodologia que chegamos à conclusão de que as mudanças culturais ocorrem para reduzir ou transformar a estrutura cultural sendo o homem o principal agente de mudança. Sendo que, o que origina as mudanças culturais são fatores internos e externos da cultura, como é o caso da necessidade de comercialização de novos produtos culturais gerados pelas transformações. Esta levou o homem a gerar nova condição tecnológica para a difusão dos produtos o que passou a se designar por culturas de ‘‘massas’’. Assim, diante das mudanças culturais, a língua portuguesa deve desempenhar o seguinte papel: conservar, registrar, legislar o que se vai transformando para que ela e as línguas autóctones bem como a culturas se mantenham intactas.

****

Kaa ku cinca ka ndhavuko, xicongomelo xa yona xo angarhela i ku langutana na xiave xa ririmira ra xiputukezi emahlweni ka ku cinka ka ku mindhavuko. Hi ku kongoma, yi kongomisiwile ku xopaxopa endlelo ra ku ntumbuluko ra  ku  cinca ka mindhavuko, kuhlamusela ku cinca ka mindhavuko loku vanhu va hlanganaka na kona, ku xopaxopaxiave xa ririmi ra Xiputukezi. Endlelo ra yona ri huma eka xiphiqo lexi vumbiweke lexinga: hi wihi ntirho wa ririmi ra Xiputukezi emahlweni ka ku cinca ka mindhavuko? Kufikelela leswi, nxopaxopo wa bibliyografiki wu hlawuriwile tanihi maendlelo, leswiendleke leswaku hi kota ku aka rimba ra thiyori. Hi ku tirhisa endlelo leri hi kote kufikelela makumu ya leswaku ku cinca ka ndhavuko ku humelela ku hunguta kumbe kuhundzula xivumbeko xa ndhavuko, laha munhu a nga muyimeri lonkulu wa ku cinca.Tanihi leswi, leswi sungulaka ku cinca ka ndhavuko i swilo swa le ndzeni kumbeehandle ka ndhavuko, ku fana na xilaveko xo xavisa switirhisiwa leswintshwa swandhavuko leswi tumbuluxiweke hi ku cinca. Leswi swi endle leswaku munhu atumbuluxa xiyimo lexintshwa xa thekinoloji xa ku hangalasiwa ka swilo leswiendliweke, leswi nga tiviwa tanihi mindhavuko ya “vunyingi.” Xisweswo, emahlwenika ku cinca ka mindhavuko, ririmi ra Xiputukezi ri fanele ku tlanga xiave lexa landzelaka: ku hlayisa, ku tsarisa, ku veka milawu ya leswi hundzuriwaka leswaku ronana tindzimi ta rixaka xikan’we na mindhavuko swi tshama swi ri tano.

Author Biography

Esaú Elias Constantino Nhanale, Universidade de Púnguè - Moçambique

Licenciado em ensino de francês pela Universidade Eduardo Mondlane, mestre em gestão da educação pela Universidade católica de Moçambique e Doutorando em língua Cultura e Sociedade na Universidade Zambeze- Beira. É docente de francês, linguística descritiva de francês na Universidade Púnguè- Chimoio.

References

Beker, E. (Junho de 2011). Políticas e Linguagem em Rousseau e Condilac. SciELO, Miolo Kriteriano, São Paulo, vol.12, n.123, p.49-74.

Benzerra, A. C. (nov.-dez. 2017). Regimes verdes e poder: dos tempos modernos à era digital. Revista Rio de Janeiro, vol.13, n.2, p.371-380.

Dos Santo, B. D. (2001). Para uma concepção multicultural dos direitos humanos. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, vol.23, n.1, p.7-34.

Dos Santos, E. C. (2005). Juventude e religião: cenários no âmbito de lazer. Revista de estudos da religião, vol.3, n.3, p.161-177.

Edgardo, M. (S/D). A cultura de massas no século XX. 9.ed. (M. R. Sardinha, Trad.) Brasil: Forense Universitária.

Gomes, S. F. (2014). Políticas linguísticas e praticas educativas em Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: uma análise de inserção das línguas residentes no sistema de ensino em Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Universidade Estadual de Minas Gerais, Educação. Belo Horizonte: Foz do Inguaçu.

Guy, B. (2008) Tudo muda: proposta teórica e analise de mudanças sociocultural nas sociedades ocidentais. Contemporâneas. Lisboa: UNIJAT.

Kemski, R.(2011). Educação tecnologias o novo ritmo da informação. 8.ed. Campinas: SP: Pampirus.

Laitin, D. (2019). Languages repertoires and state constrution in Africa. Cambridge : Cambridge University Press.

Mariani, B. (2021). Redação do código civil: polemicas linguísticas, jurídica ou polémica. São Paulo: Parábola.

Miller, D. (jul.-dez.2013). Consumo como cultura material. (p. Horizontes Antropológicos, Ed.) Revista ScieELO, Porto Alegre, vol.13, n.23, p.33-63.

Morin, E. (2002). Cultura de massas no Século XX – o espírito do tempo. 9.ed. Trad. M. Ribeiro. Cambridge: Forence Univers.

Salomon, D.V. (2007). Como fazer uma monografia. São Paulo: Gráfico Martins Fontes.

Severino, A. J. (2016). Metodologia do trabalho científico. 23.ed. São Paulo: Cortez.

Severo, C. G. (2016). A açucarada língua portuguesa: Luso-tropicalismo e Lusofonia no século XXI. SciELO, Scientific Eletronic Library online, São Paulo,vol. 15, n.1, p.85-2015.

Sztompka, P. (2005). A Sociologia da Mudança. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Zamparoni, V. D. (2009). Entre narros e mulungos: colonialismo e paisagem social em Lourenço Marques C. 1940. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

Published

21-05-2024

How to Cite

Nhanale, E. E. C. (2024). O papel da língua portuguesa face as mudanças culturais : Xiputukezi emahlweni ka ku cinca ka mindhavuko. NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 4(1), 98–113. Retrieved from https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1346