A Política e Planificação Linguística na Integração de Imigrantes em Cabo Verde
Polítika i Planifikason Linguístiku na integrason di Imigrántis na Káuberdi
Palavras-chave:
Política linguística, Planejamento linguístico, Cabo VerdeResumo
Kel artigu li ta prokura intende rialidádi linguístiku di alguns imigranti na Káuberdi i avâlia ses perseson sobri polítikas linguístiku di pais, asumindu si posível inpurtánsia komu fator di integrason na sosiadádi. Kel prublemátika li ta analizádu di pontu di vista tióriku di Polítika i Planifikason Linguístiku, partikulármenti di Planifikason di Aprendizáji, undi nu ta aprizenta mudélu di análizi sentrádu na siginti prupósta di árias di atuason: Oportunidádi i insentivu; Fórmas di ensinu; Rikursus; i Rizultádus. Pa risponde kel obujetivu li, entrivistádu imigrántis rizidenti na Káuberdi. Rizultádus ta indika ma diglosiâ izistenti na pais ta riflete na kes sidadon li, kauzándu prublemas linguístiku, kultural i sosial, di ki rizultádu más vizível ta rizidi na un integrason ka ifetivu di imigrántis na Káuberdi. Dádus ta sujiri, inda, un posível rivizon di kuádru tióriku di análizi pa studus des naturéza, di fórma ki ta inrikise kánpu di atuason di kel ária sientífiku li.
***
Este artigo procura entender a realidade linguística de alguns imigrantes em Cabo Verde e avaliar a sua perceção sobre as políticas linguísticas do país, assumindo a sua possível importância como fator de integração na sociedade. Esta problemática é analisada sob o escopo teórico de Política e Planificação Linguística, particularmente da Planificação da Aprendizagem, dentro da qual apresentamos modelo de análise centrado na seguinte proposta de áreas de atuação: Oportunidade e Incentivo; Formas de ensino; Recursos; e Resultados. Para responder ao objetivo, foram entrevistados imigrantes residentes em Cabo Verde. Os resultados indicam que a diglossia existente no país se reflete nestes cidadãos, causando problemas linguísticos, culturais e sociais, cujo resultado mais visível reside na não efetiva integração dos imigrantes em Cabo Verde. Os dados sugerem, ainda, uma possível revisão do quadro teórico de análise para estudos desta natureza, por forma a enriquecer o campo de atuação desta área científica.
***
This article seeks to understand the linguistic reality of some immigrants in Cape Verde and assess their perception of the country's language policies, assuming their possible importance as a factor of integration into society. This issue is analyzed under the theoretical scope of Language Policy and Planning, particularly Learning Planning, within which we present an analysis model centered on the following proposed areas of action: Opportunity and Incentive; Ways of Teaching; Resources; and Results. To meet the objective, immigrants residing in Cape Verde were interviewed. The results indicate that the existing diglossia in the country is reflected in these citizens, causing linguistic, cultural and social problems, whose most visible result resides in the ineffective integration of immigrants in Cape Verde. The data also suggests a possible revision of the theoretical framework of analysis for studies of this nature, in order to enrich the field of action of this scientific area.
Downloads
Referências
Baldauf Jr., R. B. (2012, Abril/Junho). Introduction - Language Planning: where have we been? Where might we be going? Revista brasileira de linguística aplicada, vol.12 no.2, pp. 233-248.
Calvet, L.-J. (1974). Linguistique et Colonialisme. Paris: Payot.
Calvet, L.-J. (1996). Les Politiques Linguistiques. Paris: Presses Universitaires de France.
Cooper, R. L. (1989). Language planning and social change. Avon: Cambridge University Press.
Delgado, C. A. (2008). Crioulo de Cabo Verde - Situação Linguística da zona do Barlavento. Praia: Instituto Nacional da Biblioteca e do Livro.
Duarte, D. A. (2003). Bilinguismo ou Diglossia? Mindelo: Spleen Edições.
Feytor Pinto, P. (2010). O Essencial Sobre Política de Língua. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
Gomes, M. A. (2008). Papia, Lé y Skrebe na Skóla Kauberdianu: A Emergência de Práticas Identitárias. Lisboa: Dissertação apresentada à Universidade Aberta para a obtenção do grau de Doutor em Ciências da Educação.
Hornberger, N. H. (2006). Frameworks and Models in Language Policy and Planning. In T. Ricento (Ed.), An Introduction to Language Policy: Theory and Method (pp. 24-41). Oxford: Blackwell.
Kaplan, R. B., & Bauldauf Jr., R. B. (2003). Language and Language-in Education Planning in the Pacific Basin. Dordrecht: Springer.
Lopes, A. M. (2016). As línguas de Cabo Verde: uma radiografia sociolinguística. Praia: Edições Uni-CV.
McCarty, T. L. (2011). Ethnography and Language Policy. New York: Routledge.
Neves, A. C. (2018). Portuguese as an Additional Language: Domains Use among Young Learners. In M. Siiner, F. M. Hult, & T. Kupisch, Language Policy and Language Acquisition PLanning (pp. 95 - 108). Cham: Springer.
Ponso, L. C. (2011). Políticas linguísticas atuais em Angola e Moçambique: o modelo monolinguista do Estado nacional europeu X o modelo plurilíngue das nações africanas. XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais. Salvador: Universidade Federal da Bahia.
Ricento, T. (2010). Language Policy and Globalization. In N. Coupland (Ed.), The Handbook of Language and Globalization (pp. 123-141). Oxford: Blackwell.
Spolsky, B. (2008). Language Policy in Education: Practices, Ideology, and Management. In T. L. McCarty, & S. May, Language Policy and Political Issues in Education (pp. 3 - 16). Cham: Springer.
Veiga, M. (2004). A Construção do Bilinguismo. Mindelo: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro.
Wee, L. (2011). Language policy and planning. In J. Simpson, The Routledge Handbook of Applied Linguistics (pp. 11-23). Abingdon: Routledge.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).