Expressão idiomática e cultura um estudo sobre aspectos culturais na língua guineense e no português brasileiro

Ditus ku kultura: un studu sobri parti di kultura na lingu guinensi ku purtuguis brasileru

Autores

  • Ana Sarta Turé Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Brasil https://orcid.org/0009-0000-1567-1083
  • Gislene Lima Carvalho Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira -Brasil

Palavras-chave:

Expressões Idiomáticas, Cultura, Língua Guineense, Português Brasileiro.

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo analisar aspectos culturais e semânticos que caracterizam as expressões idiomáticas nas línguas Guineense e português Brasileiro. Para tal propósito, elegemos 12 expressões que apresentam significados semelhantes nas duas línguas e procedemos a uma análise dos aspectos citados. Como embasamento teórico, foram considerados autores que abordam as expressões idiomáticas, como Cá ( 2017), Carvalho (2016), Alvarez (2007), Cunha (2012) e autores que abordam a cultura, como Geertz (2008), Laraia (2001) e Hampaté Bâ (2010), para orientar a discussão da temática. Os resultados de análise apontam que, embora as   expressões idiomáticas (EIs) analisadas sejam equivalentes em seu valor semântico, apresentam possíveis variações na escrita, nos elementos das suas composições e na escolha de como estas expressões podem ser minimamente modificadas. Assim, conclui-se que a compreensão do significado das expressões idiomáticas depende do conhecimento que se tem da língua e da cultura na qual elas estão inseridas, pois tais expressões estão relacionadas a fatores  históricos e sociais e, por isso, algumas só fazem sentido dentro do seu contexto ou na comunidade linguística onde é utilizada.

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Nes tarbadju nô sta na busca ntindi alguns aspectus de Kultura ku sintidu de alguns komberças ku ta tchomadu de Expressons, na lingu Guinensi ku Portuguis brasileru. Nes sintidu, nô kudji dozi (12) expressons  ku  parsi sintidu na es dus (2) lingu, de la no kunsa buska ntindi Cê sintidu. Pa djuda na fassi es tarbadju, no tissi guintis ku papia badja dés, suma Cá (2017), Carvalho (2017), Cunha (2012)  tambi ku kilis kuta papia di kultura suma, Geertz (2008), Laraia (2001) ku Hampaté Bâ (2010), pa djudanu tchiga n’tindimentu.Turmanera rusultadu ku tchigadu nés n´pulma n´pulma mostranu kuma es dozi (12) expressons  parsi sintidu, e pudi ka parsi na manera di skirbi, na kada palabra di expresson ku na manera di kudji palabras pudi sedu n’bokadinhu diferenti. Assim, n’tindimentu de expresson ta bai dipindi de kuñhicimentu di lingu ku di kultura di nundé ku ita papiadu, pabia  expressons tene ligaçon ku storia de sociedadi, El kumanda, mangadel ta fassi sintido só pa guintis ku ta papial tambi ku na kau ku ita papiadu.

Biografia do Autor

Ana Sarta Turé, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Brasil

Discente do Curso de Licenciatura em Letras Língua Portuguesa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB).

Gislene Lima Carvalho , Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira -Brasil

Docente do Curso Licenciatura de Letras Língua Portuguesa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB. Doutora em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC) com pesquisa em Linguística Aplicada. Licenciada em Letras - Português-Espanhol pela mesma universidade. Desenvolve trabalhos na área de Fraseologia, Ensino de Português Língua Adicional (PLA), Políticas Linguísticas, Lexicologia e Lexicografia.

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Publicado

14-12-2023

Como Citar

Turé, A. S. ., & Carvalho , G. L. (2023). Expressão idiomática e cultura um estudo sobre aspectos culturais na língua guineense e no português brasileiro: Ditus ku kultura: un studu sobri parti di kultura na lingu guinensi ku purtuguis brasileru. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(Especial II), 508–526. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1526