28.A literatura afro-brasileira em sala de aula: caminhos para o incentivo da leitura e da história e da cultura
Afro-brazilian literature in the classroom: pathways to encourage reading and history and culture
Palavras-chave:
Literatura, Negro, Racismo, Ensino, CulturaResumo
A literatura africana e afro-brasileira é uma ferramenta importante na formação do homem crítico. O ensino médio é o espaço mais adequado para a exploração do potencial do conteúdo textual, a fim de construir identidades livres de preconceito e de discriminação. A pesquisa tem como objetivo debater a relevância da literatura afro-brasileira e africana na construção de identidades críticas e inconformadas com as desigualdades. A pesquisa é de caráter bibliográfico uma vez que a partir de diversas leituras bibliográficas explica os processos de escravização, analisa as práticas racistas em obras e propõe caminhos para um ensino literário que inclui ao invés de segregar brasileiros. A pesquisa se fundamenta na Lei nº 10.639/2003, e Lei nº 7.716/1989, articuladas com revisão bibliográfica de Souza & Lima (2006), Cuti (2011), Albuquerque e Filho (2006), Cadernos Negros (2015), entre outros. Da pesquisa se conclui que há necessidade do professor de literatura aproveitar as diversas obras literárias de temática racista e preconceito com relação ao povo negro para usá-las como instrumento do ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira e africana. Conclui-se que se deve promover debates entre os alunos do ensino médio para que não façam ENEM apenas, mas também sejam cidadãos de respeito e respeitados pela sociedade e sem discriminação de qualquer tipo, lutando para uma sociedade mais humana.
Downloads
Referências
ALBUQUERQUE, Wlamyra R. de; FILHO, Walter Fraga. Uma história do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais; Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.
ALMEIDA, Geraldo Gustavo de. Heróis indígenas do Brasil: memórias sinceras de uma raça. Rio de Janeiro: Livraria Editora Cátedra, 1988.
ALVES, Maria José; TIMBANE; Alexandre António. A importância da literatura africana na transmissão da cultura no ensino médio no Brasil. Revista interfaces. vol.7, nº2, p. 78-85, 2016.
ARAUJO, Emanoel. Negras memórias, O imaginário luso-afro-brasileiro e a herança da escravidão. Estudos Avançados. vol.18, nº 50, p.242- 205. 2004.
BARROS, José D’Assunção. A construção social da Cor: Diferença e desigualdade na formação da Sociedade brasileira. 3.ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: vozes, 2014.
BRASIL. CNE/CP 003/2004. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorracias e para o ensino de história e cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília, 2004.
BRASIL, LEI nº 10.639/2003. Torna obrigatória o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o médio.
BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
CADERNOS NEGROS. (Org.). Contos afro-brasileiros. vol. 38. Quilombhoje. São Paulo, 2015.
CORREIO BRASILIENSE. Obra infantil de Monteiro Lobato causa polêmica por racismo. 05/07/2012.
CUTI, Lima Barreto. Retrato do Brasil Negro. São Paulo: Ed. Selo Negro. 2011
EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas/Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
IARA, 2012. Instituto vê Racismo na obra de Monteiro Lobato. Disponível em: www.oglobo.globo.com> Acesso em: 30 dez. 2020.
BRASIL. Lei nº 7.716 de 5 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
LIMA, Claudia. Reflexão sobre a História do Negro no Brasil, 2008. Disponível em: http://www.claudialima.com.br/artigos.htm. Acesso em: 24 dez. 2019.
LIMA, Tânia; NASCIMENTO, Izabel; OLIVEIRA, Andrey (Org.). Griots – culturas africanas linguagem, memória, imaginário. Natal: Lucgraf, 2009.
MELO, Elisabete; BRAGA, Luciana. História da África e Afro-Brasileira: em busca de nossas origens. São Paulo: Selo Negro, 2010.
MONTEIRO, Lobato. Caçadas de Pedrinho. Vol.3. São Paulo: Editora: globinho, 1933.
MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. 2.ed., Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
OLIVEIRA, Beatriz de Sá; Júnior, Henrique Antunes Cunha. A importância da lei federal n°10.639/003. Revista áfrica e Africanidade. Vol.16, nº17. fev./mai.2012.
PEIXOTO, Fabiana de Lima. Literatura Afro-brasileira. 2.ed. Salvador: Ed.UFBA, 2013.
PODER360. Cada vez mais o índio é 1 ser humano igual a nós, diz Bolsonaro. 23 jan. 2020. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=WX7Xrs2Y3QY>. Acesso 22 dez.2020.
REIS, Maria Firmina dos. Úrsula e outras obras. Série: Prazer de ler, nº11, 1958.
REGINALDO, Lucilene. Obra infantil de Monteiro Lobato é tão racista quanto o autor, afirma historiadora. Folha de São Paulo. 10. fev. 2019.
RIBEIRO, Rodrigo de Oliveira. Literatura e racismo:uma análise sobre Monteiro Lobato e sua obra. Revista Consultor Jurídico. 12. dez. 2015.
SANTOS, Alê. 2018. Impacto do racismo de Monteiro Lobato sob uma visão pessoal. Disponível em: https://www.diariocenrtodomundo.com.br. Acesso: 9 set. 2019.
SELKE, Ricardo de Castilho. Monteiro Lobato e seus críticos. XXVIII Simpósio Nacional de História: Lugares dos historiadores. Florianópolis. 27-31 jul.2015.
SILVA, Antônio Marcos Barreto et al. (2020). Panorama socioeconômico da população negra da Bahia. Textos para discussão. Salvador: SEI, 2020. Disponívelem:<http://www.sei.ba.gov.br/images/publicacoes/download/textos_discussao/texto_discussao_17.pdf>. Acesso em: 16 dez.2020.
SILVA, Fernanda Pereira de. Super-heróis negros e negras: referências para a educação das relações étnico-raciais e ensino da história e cultura afro-brasileira e africana. 2018. 156p. (Dissertação). Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-raciais. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Rio de Janeiro, 2018.
SOUZA, Florentina; LIMA, Maria Nazaré (Org.). Literatura afro-brasileira. Salvador: Fundação Palmares, 2006.
SOUZA, Wagner Silva de. O perverso Reflexo do Racismo na Literatura Brasileira. 2019. Disponível em: https://biblio.cartacapital.com.br. Acesso em: 21 dez.2020.
TIMBANE, Alexandre António; FEREIRA, Liliana Bispo. A família, a escola e o aluno: quem ensina o que e para quê? JORGE, Welington Junior (Org.). Abordagens teóricas e reflexões sobre a educação presencial a distância e corporativa. Maringá: Uniedusul, 2019. p.198-214.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).