Bakani ba Kanda

Reis d’África

Autores

  • Peresch Aubham Edouhou Universidade Federal do Rio Grande

Palavras-chave:

Meroitização das Línguas Kandianas, Línguas Kandianas, Língua Ikota, Mangá Africano

Resumo

This visual essay is an attempt to revive the Meroitic script in modernity through Kandian (African) Manga art. The legitimacy of adopting Meroitic letters, which derived from the Rometian (Ancient Egyptian) demotic script, is due, not only because it is an ancestral Kandian writing system, but also to the relationship established between Meroitic and other Kandian languages (Diop, 1977; Imhotep, 2020, 2023; Mboli, 2010, 2024; Obenga, 1993; Sy et al., 2014). Therefore, the meroitization of modern Kandian languages is based on this fact; and the endoglossization of Kandian Manga or Comics through an endographization (using indigenous writing systems) is what this artwork proposes with Bakani ba Kanda (Kings of Africa) in Ikota language of Central Africa.

*****

Este ensaio visual é uma tentativa de revitalizar a escrita meroítica na modernidade por meio da arte mangá kandiana (africana). A legitimidade da adoção das letras meroíticas, que derivaram da escrita demótica rometiana (egípcia antiga), deve-se não apenas ao fato de ser um sistema de escrita ancestral kandiano, mas também à relação estabelecida entre o meroítico e outras línguas kandianas (Diop, 1977; Imhotep, 2020, 2023; Mboli, 2010, 2024; Obenga, 1993; Sy et al., 2014). Portanto, a meroitização das línguas kandianas modernas baseia-se nesse fato; e a endoglossização do mangá (ou de histórias em quadrinhos) kandiano por meio de uma endografização (uso de sistemas de escrita autóctones) é o que esta obra de arte propõe com Bakani ba Kanda (Reis d’África) na língua ikota da África central.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Peresch Aubham Edouhou, Universidade Federal do Rio Grande

Graduado em Licenciatura em Letras Português-Inglês pela Universidade Federal de Pelotas, mestrado em Letras (Estudos da Linguagem) pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Atualmente é doutorando em Letras (Estudos Literários) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além de escrever poemas em francês e português, escreve também em línguas africanas, e promove a hieroglifização (e hieratização), demotização, meroitização e coptização dessas línguas;

Referências

ASANTE, Molefi K. Afrocentricity. Trenton, N.J.: Africa World Press, 1988.

BILOLO, M. Vers un dictionnaire cikam-copte-lubaː Bantuïté du vocabulaire égyptien-copte dans les essais de Homburger et d’Obenga. Germany: Publications Universitaires Africaines, 2011.

DIOP, C. A. Parenté génétique de l’égyptien pharaonique et des langue négro-africainesː processus de sémitisation. Les Nouvelles Éditions Africaines. Ifan-Dakar, 1977.

IMHOTEP, Asar. Towards a Comparative Dictionary of Cikam and Modern African Languages. Houston, TX: Madu-Ndela Press, 2020.

IMHOTEP, Asar. Race and Identity in Ancient Egypt, Vol. I: Towards an etymology of the place-name Km.t. Houston, TX: Madu-Ndela Press, 2023.

LEPSIUS, Carl Richard. Denkmäler aus Ägypten und Äthiopien: nach den Zeichnungen der von Seiner Majestät dem Könige von Preußen Friedrich Wilhelm IV. nach diesen Ländern gesendeten und in den Jahren 1842–1845. ausgeführten wissenschaftlichen Expedition auf Befehl Seiner Majestät herausgegeben und erläutert. Berlin: Nicolaische Buchhandlung, 1849. 13 Vol.

MBOLI, Jean-Claude. Origines des langues africaines: essai d’application de la méthode comparative aux langues africaines anciennes et modernes. Paris: L’Harmattan, 2010.

MBOLI, Jean-Claude. Épopée bantu: des Grands Lacs à la Méditerranée. [s.l.]: ESIBLA, 2024.

MEDINA, Erik Nardini; FARINA, Mauricius Martins. Inteligência artificial aplicada à criação artística: a emergência do novo artífice. Manuscrítica – Revista de Crítica Genética, n. 44, pp. 68-81, 2021.

OBENGA, T. Origine commune de l’égyptien ancien, du copte et des langues négro-africaines: introduction à la linguistique historique africaine. Paris: L’Harmattan, 1993.

SY, Jacques H. (ed.). L’Afrique, berceau de l'écriture et ses manuscrits en péril: des origines de l’écriture aux manuscrits anciens (Égypte pharaonique, Sahara, Sénégal, Ghana, Niger). v.1. Paris: L’Harmattan, 2014.

TAYLOR, Paul C. Black is beautiful: a philosophy of Black aesthetics. Oxford: Wiley-Blackwell, 2016.

THIONG’O, Ngũgĩ wa. Decolonising the mind: the politics of language in African literature. London: J. Currey; Portsmouth, N.H.: Heinemann, 1986.

VENANCIO JÚNIOR, Sergio José. Arte e inteligências artificiais: implicações para a criatividade. ARS, v. 17, n. 35, pp. 183-201, 2019.

Downloads

Publicado

29-07-2025

Como Citar

Aubham Edouhou, P. (2025). Bakani ba Kanda: Reis d’África. JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 5(2), 365–372. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/njingaesape/article/view/1991

Edição

Seção

Seção IV - Relatos de Experiências, Fotos, Receitas, Tradições e ritos