24.Ideopatuagramas: o (in)verso ético-estético do projeto literário de Fausto Antonio

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Palavras-chave:

África, África; ideopatuagramas , Arte, Cultura

Resumo

A África, entendida e historicizada a partir dos países e lugares, é o ponto de partida e o território brasileiro; quadro de vida de milhões de negros e negras de origem africana, é o ponto de encruzilhamento dos patuás, dos patuás de palavras e dos ideopatuagramas. Fontes milenares e referências indispensáveis, no que toca à conceituação dos ideogramas, são os hieroglifos egípcios, cujas palavras são esculpidas e, por igual importância, o são também as produções dos povos Akan, no mosaico imagético adinkra (NASCIMENTO, 2009). Aqui me atenho apenas às heranças negras e africanas para delimitar uma relação de continuidade e/ou de descontinuidade, que será central na conceituação dos patuás de palavras. É por força dessa herança, carimbo imagético e filosófico, que exaltamos o povo Akam, que vive e transita, nos dias atuais, pelos territórios de Gana e Costa do Marfim. As habilidades no processo da tecelagem é uma marca Akan. Os tecidos Adinkra, pano africano impresso, é portador de signos e veículo de uma língua ou linguagem de sinais, imagens e filosofias carimbadas. O tecido Adinkra, mais do que um recurso decorativo, é uma língua imagética, viva, vivida pela realidade local e revivida pelos espaços transitados pelos povos ancestralmente vinculados à herança negra-africana. É desse emaranhado que surgem os patuás de palavras e, deles; como tessitura e ressonância, os ideopatuagramas.    

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Biografia do Autor

Ricardo Silva Ramos de Souza, Universidade Federal de Juiz de Fora -Brasil

Doutorando em Letras: Estudos Literários na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Mestre em Relações Étnico-Raciais (CEFET-RJ). Graduação em Letras (Universidade Estácio de Sá-RJ). Organizou, com José Henrique de Freitas Santos, o livro de ensaios “Afro-rizomas na Diáspora Negra: as literaturas africanas na encruzilhada brasileira” (Kitabu Editora, 2013). Organizou “Cabo Verde: Antologia de Poesia Contemporânea” e “Moçambique Hoje: Antologia da Novíssima Poesia Moçambicana”, ambas publicadas em 2011 na revista África e Africanidades.

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Publicado

03-10-2022

Como Citar

Souza, R. S. R. de . (2022). 24.Ideopatuagramas: o (in)verso ético-estético do projeto literário de Fausto Antonio . JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 2(Especial I), 439–445. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/993