“A Menina Sem Palavra”, a infância e a contemporaneidade pós-colonial: perspectivas para a formação do leitor literário
Ọmọbinrin naa Laisi Ọrọ kan, igba ewe ati igbesi aye lẹhin ti ileto: awọn iwoye fun dida ti oluka iwe-kikọ
Palavras-chave:
Infância, Literatura Moçambicana, Formação de leitor, Leitura literáriaResumo
A formação do leitor literário perpassa por várias abordagens e compreende um caminho amplo para que docentes, aliados a outras estratégias, proporcionem, em sala de aula, com ampliação para outros espaços, um público capaz de fazer diferentes leituras de mundo a partir do que se é apresentado de literatura e que esteja envolto às discussões propostas presentes nas diferentes obras literárias. Nessa perspectiva, cabe salientar que tornar possível a leitura de autoria africana pode proporcionar aos discentes um conhecimento mais amplo a respeito, por exemplo, das questões sociais e culturais de determinado povo e, assim, propiciar um mundo menos desigual e, consequentemente, sem preconceitos. Em torno dessa perspectiva, o trabalho em pauta visa apresentar uma reflexão em torno da formação de leitor literário a partir da obra A menina sem palavra, do escritor moçambicano Mia Couto, com vistas à temática da infância e da contemporaneidade pós-guerra em determinadas narrativas. Para alcançar o objetivo, pretende-se, aqui, fazer uma pesquisa descritiva-exploratória, de natureza bibliográfica, em torno de alguns pressupostos teóricos, relacionados à literatura africana de língua portuguesa em sala de aula e as construções narrativas em torno dela, respectivamente, e abordados por estudiosas, como Debus (2017), Mata (1998). Tais enfoques objetivam a formação crítica do leitor literário, de modo a propiciar discussões e reflexões ao referido escopo, que são os estudantes da educação básica.
****
Ipilẹṣẹ ti oluka iwe-kikọ lọ nipasẹ awọn ọna pupọ ati pe o ni ọna gbooro fun awọn olukọ, ti o ni ibatan si awọn ọgbọn miiran, lati pese, ninu yara ikawe, pẹlu imugboroosi si awọn aye miiran, olugbo ti o lagbara lati ṣe awọn kika oriṣiriṣi agbaye lati ohun ti n ṣẹlẹ. A ṣe afihan awọn iwe-iwe ati pe o ni ipa ninu awọn ijiroro ti a dabaa ti o wa ninu awọn iṣẹ iwe-kikọ. Ni irisi yii, o yẹ ki o ṣe akiyesi pe ṣiṣe ki o ṣee ṣe lati ka onkọwe ile Afirika le fun awọn ọmọ ile-iwe ni imọ ti o gbooro nipa, fun apẹẹrẹ, awọn ọran awujọ ati aṣa ti eniyan kan ati, nitorinaa, pese agbaye ti ko ni aidogba ati, nitoribẹẹ, laisi ẹ̀tanú.. Da lori irisi yii, iṣẹ ti o wa ni ibeere ṣe ifọkansi lati ṣe afihan ipilẹṣẹ ti oluka iwe-kikọ ti o da lori iṣẹ naa Ọmọbinrin laisi ọrọ, nipasẹ onkqwe Mozambique Mia Couto, pẹlu wiwo si koko-ọrọ ti igba ewe ati lẹhin-ogun ni akoko asiko. ninu awọn itan-akọọlẹ kan.. Lati ṣaṣeyọri ibi-afẹde naa, o ti pinnu, nibi, lati ṣe iwadii ijuwe-apejuwe, ti ẹda iwe-itumọ, ni ayika diẹ ninu awọn igbero imọ-jinlẹ, ti o ni ibatan si awọn iwe-iwe Afirika ni Ilu Pọtugali ni yara ikawe ati awọn itumọ alaye ni ayika rẹ, lẹsẹsẹ, ati koju nipasẹ awọn ọjọgbọn bi Debus (2017), Mata (1998). Iru awọn ọna bẹ ṣe ifọkansi ni idasile pataki ti oluka iwe-kikọ, lati le pese awọn ijiroro ati awọn iṣaroye si aaye ti a tọka, eyiti o jẹ ọmọ ile-iwe ti eto-ẹkọ ipilẹ.
Downloads
Referências
BALBINO, Evelin. Pelos caminhos encantados? Uma leitura dos contos de Mia Couto. Tese (Doutorado em Letras), Programa de Pós Graduação em Literatura e Cultura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC. 2017.
_____. Lei nº 11.645, de mar. 2008. Diário Oficial da União, Brasília, 11 de março de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 22 jan. 2022.
_____. Lei 10.639 de 9 de jan. 2003. Diário Oficial da União, Brasília, 10 de janeiro de 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/
l10.639.htm. Acesso em 22 jan. 2022.
COUTO, Mia. A menina sem palavra. São Paulo: Bonifácio, 2018.
_____. LIV Entrevista Mia Couto: “O medo de errar é talvez o maior dos constrangimentos que nos foram impostos”, 2020. Disponível em: https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/conteudo/liv-entrevista-mia-couto-arte-e-literatura/. Acesso em: 21 jan. 2022.
DEBUS, Eliane. A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens. Florianópolis: Centro de Ciências da Educação, 2017.
GOUVEIA, Erick Camilo da Silva. Chave poética decifratória: o pensar mítico na explicação do desconhecido em as baleias de Quissico, de Mia Couto. Cadernos Imbondeiro, João Pessoa, vol.2, nº1, 2012.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.
JULIANO, Dilma Beatriz Rocha. Infância como instância poética na prosa de Mia Couto. Scripta Uniandrade, Curitiba, vol. 16, n. 2, p. 347-362, 2018.
LAMAS, Isabella Alves; BUENO, Natália. Moçambique e “uma guerra que parece não ter fim” em Terra Sonâmbula. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, vol. 52, n. 1, p. 109-138, 2021.
MATA, Inocência. A alquimia da língua portuguesa nos portos da expansão em Moçambique, com Mia Couto. Scripta. Belo Horizonte, vol. 1, n. 2, p. 262-268, 1998.
MEIRELES, Marlene do Carmo; SILVA, Santuza Amorim da; LIMA, Márcia Emília
Guimarães de Paula. A literatura afro-brasileira no contexto da sala de aula: desafios para a prática pedagógica. Dialogia, São Paulo, vol. e20449, n. 38, p. 1-18, 2021.
SCHMIDT, Simone Pereira. Onde está o sujeito pós-colonial? (Algumas reflexões sobre o espaço e a condição pós-colonial na literatura angolana). Abril – Revista de Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana da UFF, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 2, p. 136-147, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).