A toponímia cearense e as dinâmicas socioculturais do período colonial (1679-1746)

Autores

  • Elis Larisse Santos Gonçalves Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - Brasil https://orcid.org/0000-0003-1705-8228
  • Expedito Eloísio Ximenes Universidade Estadual do Ceará-Brasil

Palavras-chave:

Toponímia, Ceará, Dinâmicas socioculturais, Período colonial

Resumo

Neste trabalho, apresenta-se parte dos resultados da tese de doutorado intitulada “Descrição e análise da Toponímia das cartas de sesmarias do Ceará nos séculos XVII e XVIII (1679-1746)”, defendida em 2023, no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PosLa) da UECE. Aborda-se especialmente o aspecto dos resultados de pesquisa no qual foi possível compreender como as dinâmicas socioculturais do período colonial colaboraram para a existência de novas camadas toponímicas, atravessadas pela ideologia colonizadora, em detrimento da toponímia indígena existente antes da atuação colonial no espaço geográfico pesquisado. Utilizou-se como metodologia, sobretudo, a proposta teórico-metodológica de classificação taxionômica de Dick (1980, 1990) e de pesquisadores que colaboraram posteriormente. Com base nos resultados apontados pelo referido estudo, pode-se afirmar que, a partir de determinado período histórico, percebe-se um movimento de co-ocorrência (Santos, 2020) entre topônimos indígenas e de origem na Língua Portuguesa e, seguidamente, percebeu-se de modo mais latente que começa a haver uma mudança na “ordem social” (William, 2015) que gera também o aparecimento de topônimos relativos à ideologia colonizadora, como topônimos que estabelecem relação com a cultura da pecuária, e de Antropotopônimos, em um sinal de homenagem aos sujeitos agentes da colonização que passaram a dominar o território da então Capitania do Siará Grande.

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Biografia do Autor

Expedito Eloísio Ximenes , Universidade Estadual do Ceará-Brasil

Neste trabalho, apresenta-se parte dos resultados da tese de doutorado intitulada “Descrição e análise da Toponímia das cartas de sesmarias do Ceará nos séculos XVII e XVIII (1679-1746)”, defendida em 2023, no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PosLa) da UECE. Aborda-se especialmente o aspecto dos resultados de pesquisa no qual foi possível compreender como as dinâmicas socioculturais do período colonial colaboraram para a existência de novas camadas toponímicas, atravessadas pela ideologia colonizadora, em detrimento da toponímia indígena existente antes da atuação colonial no espaço geográfico pesquisado. Utilizou-se como metodologia, sobretudo, a proposta teórico-metodológica de classificação taxionômica de Dick (1980, 1990) e de pesquisadores que colaboraram posteriormente. Com base nos resultados apontados pelo referido estudo, pode-se afirmar que, a partir de determinado período histórico, percebe-se um movimento de co-ocorrência (Santos, 2020) entre topônimos indígenas e de origem na Língua Portuguesa e, seguidamente, percebeu-se de modo mais latente que começa a haver uma mudança na “ordem social” (William, 2015) que gera também o aparecimento de topônimos relativos à ideologia colonizadora, como topônimos que estabelecem relação com a cultura da pecuária, e de Antropotopônimos, em um sinal de homenagem aos sujeitos agentes da colonização que passaram a dominar o território da então Capitania do Siará Grande.

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Publicado

15-09-2024

Como Citar

Gonçalves , E. L. S. ., & Ximenes , E. E. . (2024). A toponímia cearense e as dinâmicas socioculturais do período colonial (1679-1746). JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 4(Especial I), 331–363. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1857