A estratégia de desenvolvimento sustentável das pequenas e médias Empresas em Moçambique: desafios e oportunidades no pós-Conflito
Mkakati wa maendeleo endelevu kwa biashara ndogo na za kati nchini Msumbiji: changamoto na fursa katika kipindi cha baada ya vita
Palavras-chave:
Desenvolvimento sustentável, Pequenas e Médias Empresas, Estratégia empresarialResumo
O presente artigo propõe uma reflexão aprofundada sobre o papel estratégico das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no contexto do desenvolvimento econômico sustentável em Moçambique, particularmente no cenário pós-conflito que marca a província de Cabo Delgado e outras regiões afetadas pela instabilidade social e militar. As PMEs, enquanto motor da economia nacional, assumem especial relevância nas dinâmicas de recuperação e reconstrução de comunidades economicamente fragilizadas. A partir de uma abordagem bibliográfica e qualitativa, sustentada em dados de instituições nacionais e internacionais, analisa-se os obstáculos enfrentados por estas empresas — como o fraco acesso ao crédito, a ausência de políticas públicas coordenadas e a vulnerabilidade à violência. Simultaneamente, explora-se as potencialidades de crescimento das PMEs num ambiente econômico mais inclusivo, resiliente e com políticas integradas de segurança e desenvolvimento. O artigo culmina com propostas estratégicas que combinam inovação, financiamento, parcerias público-privadas e capacitação empresarial, como vias para a construção de um ecossistema empresarial sustentável.
****
Makala haya yanapendekeza tafakari ya kina kuhusu nafasi ya kimkakati ya Biashara Ndogo na za Kati (SMEs) katika muktadha wa maendeleo endelevu ya kiuchumi nchini Msumbiji, hasa katika hali ya baada ya vita ambayo inaashiria jimbo la Cabo Delgado na maeneo mengine yaliyoathiriwa na ukosefu wa utulivu wa kijamii na kijeshi. SMEs, kama nguvu ya kuendesha uchumi wa taifa, huchukua umuhimu maalum katika mienendo ya ufufuaji na ujenzi wa jamii dhaifu kiuchumi. Kwa kutumia mkabala wa kibiblia na ubora, unaoungwa mkono na data kutoka kwa taasisi za kitaifa na kimataifa, vikwazo vinavyokabili kampuni hizi vinachambuliwa - kama vile upatikanaji duni wa mikopo, kutokuwepo kwa sera zilizoratibiwa za umma na uwezekano wa kuathiriwa na vurugu. Wakati huo huo, uwezo wa ukuaji wa SMEs unachunguzwa katika mazingira jumuishi zaidi ya kiuchumi yenye uthabiti na sera jumuishi za usalama na maendeleo. Makala yanahitimishwa na mapendekezo ya kimkakati ambayo yanachanganya uvumbuzi, ufadhili, ushirikiano wa sekta ya umma na binafsi na mafunzo ya biashara kama njia za kujenga mfumo endelevu wa biashara.
Downloads
Referências
ACNUR. (2023). Relatório sobre Deslocamentos Internos em Moçambique. Genebra: Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Barakat, S. (2005). After the Conflict: Reconstruction and Development in the Aftermath of War. London: I.B. Tauris.
Barbier, E. (1987). The Concept of Sustainable Economic Development. Environmental Conservation, 14(2), 101-110. Recuperado de https://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/1367/1063
Collier, P. (2003). Breaking the conflict trap: civil war and development policy. Washington, D.C.: The World Bank.
INE. (2022). Relatório Estatístico sobre as Micro, Pequenas e Médias Empresas em Moçambique. Maputo: Instituto Nacional de Estatística.
Justino, P. (2016). The Private Sector and Peacebuilding: The Role of SMEs. IDS Working Paper 479. Brighton: Institute of Development Studies.
African Development Bank (AfDB). (2022). Private sector development strategy for fragile states. Abidjan: AfDB.
EU. (2022). Support to Mozambique’s Private Sector in Post-Conflict Recovery. Brussels: European Union External Action.
FARE. (2021). Relatório Anual do Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia. Maputo: Ministério da Economia e Finanças.
Hanlon, J. (2021). Cabo Delgado and the Hidden Face of the Mozambican Conflict. African Affairs, vol.120, nº479, 595–618.
UNIDO. (2021). Industrial Policy for Resilience in Africa. Vienna: United Nations Industrial Development Organization.
World Bank. (2020). SMEs and sustainable development in conflict-affected contexts. Washington, DC: The World Bank Group.
Naudé, W. (2010). Promoting Entrepreneurship in Developing Countries: Policy Challenges. Policy Brief No. 4. Helsinki: UNU-WIDER.
OCDE. (2018). SME and Entrepreneurship Outlook. Paris: OECD Publishing.
ONU. (2015). Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nova Iorque: Organização das Nações Unidas.
PNUD. (2022). Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano. Maputo: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Sachs, I. (2004). Desenvolvimento: incluindo os excluídos. Rio de Janeiro: Garamond.
Schaper, M. (2002). The Essence of Ecopreneurship. Greener Management International, 38, 26-30.
Stewart, F. (2002). Root causes of violent conflict in developing countries. BMJ, 324(7333), 342-345.
Tambunan, T. (2008). SMEs Development in Indonesia: Do Economic Growth and Government Support Matter? International Journal of Asia-Pacific Studies, 4(2), 111-133.
ADIN. (2023). Relatório de Atividades da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte. Maputo: Governo de Moçambique.
FARE. (2021). Relatório Anual do Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia. Maputo: Ministério da Economia e Finanças.
MIREME. (2022). Estratégia Nacional para a Promoção de Investimentos Sustentáveis nas Zonas Rurais. Maputo: Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
UNDP. (2023). Digital innovations and community-based resilience in Mozambique. United Nations Development Programme.
UN Women. (2022). Empoderamento Econômico de Mulheres em Moçambique: Relatório de Impacto. ONU Mulheres Moçambique.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras (ISSN: 2764-1244)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).
