Cruzamento multicultural na obra "O sétimo juramento de Paulina Chiziane"
Multicultural Crossing mubasa "Mhiko yechinomwe yaPaulina Chiziane"
Mots-clés :
Cruzamento, Multicultural, Sétimo JuramentoRésumé
O presente artigo com o tema Cruzamento Multicultural na obra "O Sétimo Juramento de Paulina Chiziane" tem como principal objetivo, fazer uma reflexão acerca do hibridismo cultural em Moçambique na obra de Chiziane, num paradigma pós-colonial em que as crenças tradicionais, ditas como pagãs e os ocidentais cristãs dialogam constantemente e podem desmistificar a hierarquia de valores instituídas pelo processo de modernização. Pretende-se com a presente investigação mostrar como a romancista moçambicana Paulina Chiziane apresenta em sua obra o cruzamento multicultural e a encenação quotidiana do feminino. Com este edifício sociocultural como pano do fundo, o romance focaliza o ritual de iniciação de uma personagem masculina, David que para ascender ao cargo político, consolidado ao poder económico, recorre à feitiçaria, ao poder de um Nynanga, que lhe exige em troca o que tem de mais precioso: a família. É aqui que a mulher tem um papel fundamental: de um simples objeto de prazer e de troca, elas se unem e se tornam sujeitos do processo, revertendo a situação. De acordo com a ideologia de diversos autores a mulher, desde as sociedades mais antigas, sempre foram marginalizadas e até mesmo tratadas como aberração ou como um ser incompleto. É um estudo resultante de consultas bibliográficas de temas relacionados e tem um carácter qualitativo, descritivo e analítico. Espera-se que o trabalho suscite maior atenção por parte da sociedade em geral por forma a valorizar a cultura moçambicana e dar a conhecer a importância da mulher.
***
Chinangwa chikuru chechinyorwa chino, chine dingindira reMulticultural Crossing mubasa rekuti “O Sétimo Juramento de Paulina Chiziane”, nderekurangarira kusanganiswa kwetsika nemagariro kuMozambique mubasa raChiziane, mugwara repashure pehukoloni umo zvitendero zvechivanhu zvichinzi ndizvo. vakadzi vechihedheni uye vekuMadokero vechiKristu vanogara vachikurukurirana uye vanogona kukanganisa hutongi hwehutsika hwakasimbiswa nemaitiro emazuva ano. Chinangwa cheongororo iyi ndechekuratidza kuti munyori wenganonyorwa wekuMozambique, Paulina Chiziane, anoburitsa sei mubasa rake kuyambuka kwetsika dzakasiyana-siyana uye magadzirirwo emazuva ese evanhukadzi. Iine ichi chivakwa chemagariro senge kumashure, chinyorwa chinotarisa pane yekutanga tsika yemunhu wechirume, David, uyo, kuti akwire pachigaro chezvematongerwo enyika, akabatanidza masimba ehupfumi, anoenda kuhuroyi, kune simba reNynanga, uyo anoda dzorera chinhu chinonyanya kukosha: mhuri. Apa ndipo apo vakadzi vanoita basa rinokosha: kubva pakuva chinhu chiri nyore chekunakidzwa nekutsinhanisa, vanouya pamwe chete uye vanova vateereri vekuita, kudzosera mamiriro acho ezvinhu. Zvinoenderana nemafungiro evanyori vakati wandei, vakadzi, kubva kunzanga dzekare, vagara vachishorwa uye kunyange kubatwa seanorasika kana seasina kukwana. Icho chidzidzo chinobva mukubvunzana kwebhaibheri pamusoro pemisoro ine hukama uye ine hunhu, inotsanangura uye yekuongorora. Zvinotarisirwa kuti basa iri richakwezva kutarisisa kukuru kubva munzanga yose kuitira kukoshesa tsika dzeMozambican uye kusimudzira ruzivo rwekukosha kwevakadzi..
Téléchargements
Références
Bastide, R. (1971). Anthropologie Appliquée. Payot, Paris, pp. 248.
Bauman, Z. (2005). Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar.
Bauman, Z. (2013). A cultura no mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, J., Tradução de Medeiros C. A. Edição Digital, n.p.
Bhabha, H. K. (2007). O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Burker, P. (2003). Hibridismo cultural. São Leopoldo/RS: Editora Unisinos
Clifford, J. (2010). Sobre Ia Autoridad Etnográfica. In: Clifford, J. (1995). Dilemas de IaCultura. Barcelona: Gedisa.
Cuche, D. (1999). A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: EDUSC.
Dias, H. N. (2010). Diversidade cultural e educação em Moçambique. Revista V!RUS, São Carlos, n.4, dez. 2010 Disponível em: ttp://www.nomads.usp.br/virus/virus04/?sec=4&item=4&lang=pt>. Acesso em: 10 de agosto de 2013.
Dussel, E. (2005). Transmodernidad e Interculturalidad (interpretaciones desde la Filosofía de la Liberación). Associacion de filosofia y liberacion - AFYL. [consultado a 15 junho 2016]. Disponível em: http://www.afyl.org/ transmodernidadeinterculturalidad.pdf.
Hall, S. (2009). A identidade cultural na pós-modernidade. 3ª ed, Rio de Janeiro, DP§ Aeditora, 1999.MARTINEZ, Francisco Lerma & IMC. Antropologia Cultural: Guia para o Estudo. 6.ed., Maputo, Paulinas Editorial.
Mayr, E. (2001). What evolution is. New York: Basic Books.
MAZULA, Brazão et al. (1995). (ed.). Eleições, democracia e desenvolvimento. Maputo: Inter-África Group.
Mazula, B. (1995). Educação, Cultura e Ideologia em Moçambique: 1975-1985. Porto: Afrontamento e Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa.
Prodanov, C. C.; Freitas, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2013.
TAKAHASHI, T. (2010). Diversidade cultural e direito à comunição. Disponível em:
<http://www.campus-oei.org>. Acesso em: jul. 2006.
Relatório Mundial da UNESCO. (2009). Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000184755_por
Tylor, E.B. (1975, or. 1871): "La ciencia de la cultura", em Kahn, J.S. (comp.): El concepto de cultura: textos fundamentales. Barcelona: Anagrama, pp. 29-46.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés NJINGA&SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras 2024

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les conditions suivantes:
Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, l'œuvre étant simultanément concédée sous licence Creative Commons Attribution License, qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité de l'œuvre et publication initiale dans ce magazine.
Les auteurs sont autorisés à assumer séparément des contrats supplémentaires, pour la distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publié dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et publication initiale dans cette revue.
Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leurs travaux en ligne (par exemple dans des référentiels institutionnels ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des changements productifs, ainsi que citation des travaux publiés (voir l'effet du libre accès).