Modos de transformar: o “onjango” o “ocoto” e o “ociwo” em espaço socio-cultural, económico e habitável, na conservação dos valores tradicionais, no município do Bailundo (Huambo, Angola)
Palavras-chave:
Onjango, Ocoto, Ociwo, Valores TradicionaiResumo
A cultura angolana é uma mistura da cultura bantu nativa com a cultura portuguesa. Cada grupo étnico-linguístico do país tem os seus próprios traços culturais, tradições e línguas ou dialetos nativo. O presente Artigo trata acerca dos Modos de transformar: O “Onjango” o “Ocoto” “Ociwo” em espaço Sociocultural, económico e habitável, tendo como embasamento teórico uma tentativa de concepção da cultura Umbundu com fortes raízes na província do Huambo, através do Município do bailundo que é desde então, considerado como o centro dos Ovimbundos em Angola. A partir da nossa abordagem pudemos confirmar a riqueza ideológica, cultural, filosófica, económica dos ovimbundus antes mesmo que eles passassem por qualquer assimilação exótica. Sendo práticas dos ancestrais angolanos nos ensina sobre a colaboração e senso da comunidade. As mesmas funcionam como exemplos de uma realidade social e especificidade cultural africana, esquecida, que ajuda a encontrar e compreender alguns pressupostos para a construção do pensamento africano contemporâneo. O objectivo deste artigo é reflectir sobre os aspectos mais relevantes dessa antropologia cultural tradicional que desvela o modo de pensar. O artigo evidencia que o Ondjango o “Ocoto” “Ociwo tradicionalmente constituem o espaço do qual dimanam as regras que orientam as comunidades de alguns povos em Angola, por ser concebido como espaço público tradicional da comunidade, onde acontece o encontro e a escuta da palavra. Metodologicamente foi um estudo através de entrevista, levantamento bibliográfico e análise histórica com carácter qualitativo.
****
OVISONENHA VIO NIMBO (Língua umbundu)
Ocisonewa cilo cimonosola olonjila vyo ku pongolola "Onjango", "Ocoto", kwenda "Ociwo" oco cikale ocitumalo c' utuwo-wiñgi, asiliya kwenda ocitungilo c' omanu, ci kwete ongunji yoku seteka okumonosola Kwenda oku sanga elomboluilo ly' ovituwa vi' ovimbundu vy' oko cikoti c' ocivanja co Huambo (Owambu), p' ocakati co luvumba luo Bailundo (Ombalundu) cina, tunde k' osimbu, ca tendiwa okuti ocakati c' ovimbundu vo Angola (Ngola). Akupisa k' elombolwilo lyetu twa maha uwasi walongiso v' etu, ovituwa, ukambanganji, asiliya v' ovimbundu apa handi ka va tambwile alongiso v' akwavo v' okosamwa. C' akala ale ocituwa ca va kukululu v' Ongola oku longisa octuwa c' okukwatisa kwenda oku kala v' omunga y' omanu. Vyaco evi vi' atendiwa nd' olongangu vy' ekalo li' omanu kwenda oku litepa ku'ovituwa vy' África y' avaliwa, cikwatisa oku sanga elomboloko ly' afetikilo v' atunga ovisimilo vy' olonungacifuka c' África c' oloneke vilo.Ocimaho c' ocisonewa, c' okusokolola catyamela k' atosi v' anonohamo v' elilongiso ly' omanu, ovituwa v' avo vy' okosiahulu vitukulula olonjila vy' oku sima kwavo. Ociñga c' eca ovangi w' okuti, Onjango, Ocoto kwenda Ociwo tunde k' osiãhulu, vikasi ovitumalo muna m' utunda ovihandeleko kwenda alongiso visongwuila onepa vimwe vy' omanu v' Ongola, mokonda vyakapiwako okuti ovitumalo vy' owiñgi vy' utuwo woko siãhulu muna va syata okulisanga kwenda okuyevelala olondaka.Ndomo twa fu fula olonjila vy' kamonosole c' alekasa okuti eli elilongiso lya lingiwa p' ocakati c' ovikongamela kwenda oku sesumbula ocisipulwi v' elipwo.V' onjila eyi, ci te ndiwa ocitumalo c' okulivangula. Muna mu lipita ekuta, ovilukiyo, okulisanga kwo omanu l' ovisimilo.
Downloads
Referências
Catanha, Adelaide (2013), Casamento valor cultural em crise. Ondaka. Amo 13, n.1046.
Durkheim, É. As formas elementares da vida. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Filipe, Arminda Fernando (2018), ONDJANGO – Filosofia Social e Política Africana, Viana ECO7.
Kundonguende, J. d. (2013). Crise e resgate dos valores morais, Cívicos e Culturais na Sociedades Angolana. Luanda: Ministério da Educação.
Makuwa, M. (2020). No Onjongo. Benguela: Shalom.
RADCLIFFE-BROWN, A. R. 1973 [1952]. “Sobre o conceito de função em ciências sociais” e “Sobre a estrutura social”. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Ed. Vozes. (220-231 e 232-251).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras (ISSN: 2764-1244)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).
