Ser nomeado
posicionalidades sociais deslocadas no Senegal e em Angola
Palavras-chave:
Nomeação, Angola, SenegalResumo
Durante o trabalho de campo, os antropólogos são nomeados interseccionalmente em relação à raça, classe, gênero, nacionalidade e religião. No entanto, uma consideração cuidadosa das formas vernaculares de designação revela que tais categorias generalizantes nem sempre refletem as maneiras pelas quais as pessoas são nomeadas e posicionadas em um determinado contexto. Embora reconhecendo a relevância da interseccionalidade, discutimos aqui a relação entre nomeação e posicionalidade social por meio de uma consideração comparativa dos nomes empregados para designar Iracema Dulley em Angola e Frederico Santos no Senegal. Exploramos como esses designadores, atribuídos aos pesquisadores por seus interlocutores, identificam contextualmente sua posicionalidade. Por meio de exemplos concretos, os pesquisadores mostram como essa posicionalidade pode tanto possibilitar quanto restringir sua ação e experiência em campo.