Antropologia, formação e atuação profissional nos países da CPLP
Palavras-chave:
África, Estudantes, UnilabResumo
A trajetória da antropologia no continente africano é, sem dúvida, marcada pelo estranhamento e receio, devido às atitudes assumidas pela disciplina durante o período colonial. Deste modo, entendível que os efeitos da colonização e da atuação de algumas áreas de saber, como é o caso da antropologia no período da colonização europeia no continente africano, estimularam a negações, subalternização e silenciamentos da África, dos africanos e suas historicidades, e isso ainda persiste tanto em determinadas tradições teóricas e epistemológicas quanto em discursos de algumas elites, nomeadamente a política, dos países
ocidentais. Compreendendo esse desafio, o presente trabalho tem por objetivo entender os desafios profissionais dos jovens estudantes africanos formados no curso de antropologia na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) nos seus países de origem. Assim, discute-se duas questões pertinentes – a primeira a cooperação técnica/acadêmica Brasil/África, em especial os países africanos da língua oficial portuguesa (PALOP), a qual emerge a Unilab e a sua política de formação de jovens africanos, que posteriormente irão atuar num cenário em que a produção do conhecimento
nas universidades ainda atende os padrões ocidentais e a segunda o lugar da disciplina nesse contexto comunitário (PALOP), de modo geral, e na Guiné-Bissau, em especifico.