O sistema cultural negro-brasileiro como categoria filosófica

El sistema cultural negro-brasileño como categoría filosófica

Autores

  • Carlindo Fausto Antônio Universidade de Integracao Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira -Brasil

Palavras-chave:

Filosofia da ancestralidade, Restituição, Sistema cultural

Resumo

A filosofia da ancestralidade se define, como Ciência, pelo seu objeto e pelo método. O objeto não é algo natural, ele pressupõe a mobilização de princípios estruturantes do sistema cultural negro-brasileiro e africano.  O método ancestral, ao focalizar o entendimento do sistema, assegura a articulação conjunta dos princípios dinamizadores do sistema cultural negro-brasileiro e africano, que é o objeto e/ou categoria filosófica. Propomos, como motor do processo ancestral, que é um todo, a filosofia e a política, forças exúsicas que alimentam e, sobretudo, movimentam restitutivamente tudo que há no mundo secular e igualmente no mundo transcendente. O modo de produção filosófico ancestral e o modo de produção restitutivo são o centro. Eles historicizam as bases imateriais e materiais que constituem o objeto da filosofia da ancestralidade. Assim concebida, na conclusão que afirma “Somos da Restituição”, a filosofia da ancestralidade possibilita o trânsito das palavras aos conceitos e dos conceitos às categorias de análise. 

****

La filosofía de la ascendencia se define, como Ciencia, por su objeto y método. El objeto no es algo natural, presupone la movilización de principios estructurantes del sistema cultural negro-brasileño y africano.  El método ancestral, al centrarse en la comprensión del sistema, asegura la articulación conjunta de los principios rectores del sistema cultural negro-brasileño y africano, que es el objeto y/o categoría filosófica. Proponemos, como motor del proceso ancestral, que es un todo, la filosofía y la política, fuerzas exúsicas que alimentan y, sobre todo, mueven restitutivamente todo lo que existe en el mundo secular e igualmente en el mundo trascendente. El modo de producción filosófico ancestral y el modo de producción restitutivo son el centro. Historizan las bases inmateriales y materiales que constituyen el objeto de la filosofía de la ascendencia. Así concebida, en la conclusión que afirma “Somos de la Restitución”, la filosofía de la ascendencia permite pasar de las palabras a los conceptos y de los conceptos a las categorías de análisis.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlindo Fausto Antônio, Universidade de Integracao Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira -Brasil

Docente da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - São Francisco do Conde - Bahia. Foi professor da Universidade Federal do Amazonas de 2009 a 2013. Atuou no Departamento de Artes Visuais (lotação no Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia de Parintins).Possui graduação em Português e Literatura de Expressão em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1993) e em Pedagogia pela UNINOVE(2010), mestrado em Ciências Sociais Aplicadas à Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e doutorado em Teoria Literária e História da Literatura pela Universidade Estadual de Campinas (2005). É escritor e autor, entre outros, dos livros (prosa) Exumos, Vaníssima Senhora, Descalvado e Vinte Anos de Prosa; (poesia) Fala de Pedra e Pedra, Linhagem de Pedra , Outra Pessoa, Elegia de Descalvado e Vinte Anos de Poesia; (teatro) De que valem os portões, Arthur Bispo do Rosário, o Rei, Rutília e Estamira e Patuá de Palavras; (Infantil) No Reino da Carapinha, publica anualmente na coetânea Cadernos Negros. 

Referências

ANTONIO, Carlindo Fausto. Negras Cenas, a ressonância ancestral na cena e no encenado. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras São Francisco do Conde (BA), vol. 3, nº1, p. 28-50, jan.-jun. 2023.

______. Arthur Bispo do Rosário, o Rei e outras peças de Teatro negro-brasileiro. São Paulo: Editora Ciclo Contínuo, 2020.

______. A escrita e a recepção de si: abismo olhando abismo. Revista Limiar Pós-Graduação da PUCC, Campinas-SP, vol. 2, p.141-152, 2019a.

______. Patuá de palavras, o (in)verso negro, poesia visual. Londrina: Galileu Edições, 2019b.

______. Ideopatuagramas, poesia visual. Londrina: Galileu Edições, 2022.

______. Arthur Bispo do Rosário, o Rei, teatro. Londrina: Galileu Edições, 2019c.

______. A cultura negro-africana como chave hermenêutica e conceito para a distinção entre cultura negro-africana de projeção e de ressonância no meu teatro. In: SILVA, Geranilde Costa (Org.). Ensino, pesquisa e extensão na UNILAB: caminhos e perspectiva. Fortaleza: Expressão Gráfica, v. 2, p. 107-120, 2017a.

______. Negras práticas pedagógicas e epistêmicas: A centralidade da autoexpressão negra nas artes cênicas. Revista de Humanidades e Letras, vol. 3, Nº.1, p. 1-21, 2017b.

_____. Vinte Anos de Prosa. Campinas: Arte Literária, 2006.

COELHO, Nelly Novaes. Prefácio. In: ANTONIO, Carlindo Fausto (Org.). Vinte Anos de Prosa. Campinas: Arte Literária, p.1-10, 2006.

_____. Escritores Brasileiros do Século XX: Um Testamento Crítico. Taubaté: Letra Selvagem, 2013.

MARTINS, Leda Maria. A Cena em Sombras. São Paulo: Editora Perspectiva, 1995.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nagô e a Morte. 5. Ed., Petrópolis: Vozes, 1998.

______. Exu, um princípio dinâmico. Entrevista concedida a Marcos Dias. Jornal A Tarde, Salvador, 05 de novembro de 2014. Disponível em: https://atarde.uol.com.br/ cultura/ 1636803-exu-um-principio-dinamico.

SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Petrópolis: Vozes, 1988.

Downloads

Publicado

29-07-2025

Como Citar

Antônio, C. F. (2025). O sistema cultural negro-brasileiro como categoria filosófica: El sistema cultural negro-brasileño como categoría filosófica. JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 5(2), 264–270. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/njingaesape/article/view/2059

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)