As implicações do tradicionalismo no processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa no Colégio nº13 do Dundo (Angola)

Maliji akulu aku longesela nawo laka lyia Phutfu ku Colégio nº13 mu limbo lia Dundo (Angola)

Autores

  • José Corindo Muaquixe Escola Pedagógica da Lunda Norte, Universidade Lueji A´Nkonde - Angola

Palavras-chave:

Ensino; Língua Portuguesa; Teorias de aprendizagem.

Resumo

As teorias de aprendizagem apresentam concepções ou abordagens que sustentam as distintivas formas de aquisição do conhecimento, competências e habilidades. O presente trabalho é resultado de uma investigação feita com o objetivo de discutir as implicações do Tradicionalismo no Processo de Ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa no Colégio nº13 do Dundo, a partir do questionamento a respeito de qual teoria de aprendizagem pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem dentro desse contexto. Destaca-se que essa investigação é de natureza descritiva e apresenta resultados quantitativos derivados de aplicação de questionário aos alunos como instrumento de recolha de dados. Para o alcance do objetivo estabelecido, utilizamos métodos como a descrição e observação. Nesta pesquisa, os resultados obtidos revelam que os alunos do Colégio nº13 enfrentam dificuldades nas aulas de estudo da gramática, pelo fato de a metodologia ser fundamentada em abordagens tradicionalistas que os impedem de se expressar ativamente. Esta gramática apresenta impulsivos dogmas que favorecem outra realidade linguística, dessa forma, este estudo revela que os mesmos alunos apresentam dois quadros de expressão linguística, o primeiro está ligado a um português coloquial que, sobretudo, é real, e o segundo ligado a um português que só faz sentido quando o aluno está dentro no ambiente escolar, orientado pelo uso do que é certo e errado, o que impede a construção de uma aprendizagem ativa. Com a observação das aulas, notou-se um certo tradicionalismo/comportamentalismo de professores que inibem e desconsideram o português que os alunos fazem uso no dia a dia.

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Miginbu: Maliji aku longesela katwama nhyi ulumbunuiso waku twala ku nhinguikisa yuma. Isoneko ino ina lumbununa milimo tuna kalinga ha kutala ku Maliji akulu aku longesela nawo laka lyia Phutfu  ku Colégio nº13 mu limbo lia Dundo. Ha ku putuka nhyi milimo yino twali ngo: maliji aka makwasa a kutwala kulonguesa laka lia phutfu ku Colégio nº13 mu limbo lia Dundo. Cino kukimba cetu cili ca cilika ca isoneko makazuka kuca ca mianda yia yiwape hanji yia utotombwa hamwe nyi we unjiha kulimika ku kuzuka ca ihendeleko anji yhula kuli atata nyi kuteta ca yhunda kuli ana. Tunakailinga nyi kuzuka ha kutalatala há kusonewa nyi kumanununa hamwe nyi kuhembula maseliekela ha kwa sekulula. Ha kutwala ha kuca ca kuzuka ca ino inatuxindakenha nguenhi akongueso amu Colégio nº13 kaku palika  ikatachi ha kutwala no nhinguika isoneko ya limi lia phutfu. Milimo ino ina nhinguikisa ngo alongueso a xikola ize kaku handjika laka lia phutu kali, laka li tangu lina lumbunula phutu gize aku handjika kuzuwo, laka lia mu txitango lina lumbununa phutu gize a kuhandjika ku xikola. Amwe longuexi amu xikola ize, kequi ku lumbununa kanawa phutu gize aku handjika txunguimba jo ku zuwo. 

Biografia do Autor

José Corindo Muaquixe, Escola Pedagógica da Lunda Norte, Universidade Lueji A´Nkonde - Angola

natural doLucapa, Município do Lucapa. Nacionalidade: Angolana. Licenciado em Pedagogia na Especialidade de Ensino de Língua Portuguesa,  na Escola Pedagógica da Lunda Norte( EPLN) da Universidade Lueji A´nkonde.Docente do Iº. Ciclo no Ministério da Educação, lecionando a cadeira de Língua Portuguesa.  Pesquisador em ensino de Língua Portuguesa. Integra o grupo Ocie-Observatório da Educação/OCIE  da ECO7 Investimentos

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Publicado

10-06-2022

Como Citar

Muaquixe, J. C. . (2022). As implicações do tradicionalismo no processo de ensino-aprendizagem da língua portuguesa no Colégio nº13 do Dundo (Angola): Maliji akulu aku longesela nawo laka lyia Phutfu ku Colégio nº13 mu limbo lia Dundo (Angola). NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 2(1), 75–91. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/891