A língua de especialidade: um olhar sobre o português jurídico, tendências e desafios em Angola
The language of speciality: an overview about legal portuguese, trends and challenges in Angola
Palavras-chave:
Lingua, Terminologia, Português JurídicoResumo
Refletir sobre a língua de especialidade é desafiante, tendo em conta as novas abordagens e tendências didáctico-pedagógicas, a julgar também pelos desafios no quotidiano, em que cada vez mais os diversos ramos do saber vão pautando por um discurso mais especializado em função dos avanços da técnica, tecnologia e inovação, que a própria dinâmica socio-profissional nos vai impondo. Direito é um ramo do saber com objeto, objetivo e pressupostos metodológicos e teóricos próprios, não prescinde da necessidade de organizar os seus sistemas conceptuais, facilitando, assim, que os especialistas dessa área possam estabelecer mapas concepto-definitórios próprios na sua profissão. Partindo de princípio que a Terminologia estuda os termos específicos numa determinada área do saber, possibilitando uma definição por compreensão e extensão sem ambiguidade, é razoável o desafio da proposta de inserção do português jurídico no currículo do curso de Direito nos curricula de ensino de Direito em Angola. É nosso objetivo com esta abordagem de língua de especialidade: um olhar sobre o português jurídico, tendências e desafios em Angola refletir em torno da necessidade de inserção nos curricula de ensino de Direito uma unidade curricular específica de português jurídico. Quanto à metodologia, optamos por uma descrição qualitativa, passando em revista a análise documental que se configurou consentânea para a nossa reflexão.
***
Reflecting on the language of expertise is challenging, taking into account the new approaches and didactic-pedagogical trends, judging also by the challenges in everyday life, in which more and more the different branches of knowledge are guided by a more specialized discourse according to the advances of technique, technology and innovation, which the socio-professional dynamics itself imposes on us. Law is a branch of knowledge with its own object, objective and methodological and theoretical assumptions, it does not dispense with the need to organize its conceptual systems, thus making it easier for specialists in this area to establish their own concept-definitory maps in their profession. Assuming that Terminology studies the specific terms in a given area of knowledge, allowing a definition by understanding and extension without ambiguity, the challenge of the proposal of insertion of legal Portuguese in the curriculum of the Law course in the curricula of teaching of Law in Angola. It is our objective with this specialty language approach: a look at legal Portuguese, trends and challenges in Angola to reflect on the need to include a specific curricular unit of legal Portuguese in the teaching curricula of Law. As for the methodology, we opted for a qualitative description, reviewing the document analysis that was configured in accordance with our reflection.
Downloads
Referências
Boustin-Quesnel, R. et. al. (1985), Vocabulary sustématique de la Terminologie. In cahiers de L’office de la langue francaise. Quebec: s.e.
Browker, L. & Pearson (2002), Working with specialized language. A practical guide to using corpora. Routladge. London and New York: Taylor and Francis group.
Costa, R. (2001), Pressupostos Teóricos e Metodológicos para a extracção automática de Unidades terminológicas Multiléximicas. Dissertação de doutoramento em Linguística. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
Felber, H. (1987). Manuel de Terminologie. Paris: UNESCO e Inforterm.
Fernandes, J.; Ntondo, Z. (2002). Angola: Povos e Línguas. Luanda: Edições Nzila.
Governo de Angola.(2010). Constituição da República de Angola. Disponível em: http//www.governo.gov.ao/arquivos/constituição da República de Angola.
Kocourek, R. (1991), La langue française de la technique e de la sicience. Paris. La documentation Française.
Krieger, M. (2011), Revel. V.9. nº17, 2011[www.revel.inf.br]- Excerto da entrevista.
Lusakalau, P. (2005). Línguas e Unidades Glossonímicas. Luanda: Nzila.
Nauege, J. (2015). Aquisição da Competência lexical na aprendizagem do PL2. Dissertação de Mestrado em Linguística. Universidade Nova de Lisboa.
Quemada, B. (1978), Technique e language. Histoire de techniques. Enciclopedie de la Pleiade. Paris. Gallimard.
Redinha, J. (1975). Distribuição étnica de Angola. Luanda: Instituto de Investigação Científica de angola.
Rey, A. (1976), La terminolgie: reflexions sur une pratique et sur theorie. In: Terminologies. Paris. AFTERM. p. 14-40.
Silva, A. P.G. da (2015), Lexicografia Bilingue de especialidade- E. Dicionário Português Kimbundu no domínio da saúde. Tese de doutoramento em Linguística. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Ullman, S. (1964), Semântica: uma introdução à ciência do significado. Fundação Calouste Gulbenkian. 4ª edição Lisboa. Calouste Gulbenkian. Trad. de J. Osório Mateus.
Vilela, M. (1995), Léxico e Gramática. Coimbra. Livraria Almedina.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).