Omukuto wOitevo ipe yOshikwanyama
Antologia de Poesia moderna em Oshikwanyama (Cuanhama
Palavras-chave:
Cultura, Literatura, Oshikwanyama, PoesiaResumo
A poesia é a arte de dizer muito sem dizer nada, é a arte de explorar o silêncio do som, das palavras e das letras e carrega-lo de sentidos, que parecem nunca terem sido escutados, ouvidos ou lidos. A poesia é isto: é o mundo que se vê, é o ruido que se ouve, é o cheiro que se cheira, é tudo e mais nada. A poesia é a expressão de quem fala, mas também de quem não fala. É nessa dança de palavras que se veiculam os quatro poemas em Oshikwanyama (Cuanhama), uma língua falada pelo povo Kwanyama (Cuanhama), na região sul de Angola e no norte da República da Namíbia. “Festus hilifavali”: Uma ronda pelo âmago do silencio e do brado de quem brada, um poema, um retrato do clamor da minha voz, a voz que quer, mas obstruída, a voz das alegrias, das tristezas, a minha. Esta voz, que se mistura na gastronomia da poesia moderna em Oshikwanyama, uma língua angolana da região sul, e namibiana, na região norte. O poema “Ondi kwete opena" embriaga-se na atmosfera de uma sátira, uma sociedade, uma camada juvenil, hábitos, a ética e as atitudes quotidianas. “Abrão Mwaulange”: Os três poemas estão interligados, na medida em que há uma simbiose agradável e comum. Assim, o primeiro, “Meumbo” (em/casa do povo Ovawambo) é um local de convívio e aprendizagem permanente, e aliado ao segundo “December=kuugumene” (Dezembro), mês da família e de reencontros dos entes queridos, na ceia Natalina, e, em casa “meumbo”, e num momento de bênção pela graça, a terra recebe as gotas de água de uma chuva miúda, serena e tranquila.
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Referências
KONDJA, José Evaristo Omukuto wOitevo ipe yOshikwanyama. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), vol.1, nº Especial, p.399-406, dez., 2021.
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