A Influência do Cokwe na colocação de pronomes clíticos no português falado pelos alunos da 9ª classe do Complexo Escolar Nº2 do Ritenda

Autores

  • Domingos Njamba Yeta Universidade de Luenji A'khond - Angola

Palavras-chave:

Língua Cokwe , Lingua Portuguesa, Pronomes Clíticos

Resumo

O presente artigo é resultado de uma investigação levada a cabo no âmbito da nossa responsabilidade como docentes de Línguas, tanto da portuguesa como as nacionais, no ensino geral de Angola. Tendo como título: A Influência do Cokwe na colocação de pronomes clíticos no português falado pelos alunos da 9ª classe do Complexo Escolar Nº2 do Ritenda. A pesquisa incidiu-se sobre o processo de ensino-aprendizagem das línguas na 9ª classe. Partimos com o seguinte objetivo: perceber sobre a colocação de pronomes clíticos no português falado pelos alunos da 9ªclasse do Complexo Escolar Nº2 do Ritenda. Partimos dos seguintes questionamentos: 1- como os alunos da 9ª classe do Complexo Escolar Nº2 do Ritenda fazem a colocação dos pronomes clíticos em Língua Portuguesa (LP)? Será que a colocação dos pronomes clíticos em Língua Portuguesa (LP) pelos alunos tem influência da língua Cokwe? Esta pesquisa é de cunho descritivo, pois coletamos dados que mais tarde foram traduzidos quantitativamente em gráficos. Para chegarmos aos resultados, utilizamos alguns métodos como: observação, descrição, indução-dedução, ademais como técnica de recolha de dados nos foi útil o inquérito por questionário. Os resultados da nossa pesquisa dão conta de que existe uma diferença na colocação dos pronomes clíticos entre a LP e a língua Cokwe. Nessa língua africana não ocorre a mesóclise e a ênclise, apenas a próclise, demarcando-se, assim, da LP. Uma vez que os alunos, na sua maioria, apresentam maior proficiência na língua Cokwe, em detrimento de LP, a nossa observação revelou que os mesmos apresentam dificuldades no que toca à compreensão e domínio dos pronomes clíticos tratados pelos professores em LP, por não possuírem uma competência linguística imposta pela gramática normativa.

***

Mujimbo: Kukimba cino cakatukila ku kuca ca malongeso a kutuala hatonza ca Myanda yakuhu humuisa mana a malongeso, yialingiwile ku cipatulo ca kukimba ca malaka nyi myianda yiaco (the young Geniueses Scool). Nyionga lino lili nyi xindakenyio yia andji ngue ino: Kusolola kulithucika catwama há malaka ali nyi kuxindakenia ca kuci laka lia Cokwe liakufumbumuisa kuzuka ca kutata ca isoneko iximbata utopa um laka lia phuthu akuhandjika kuli alongi a um kalasa ka mucilivwua aku xikola yia lusona wamucoli yia Litenda. Twakunilinga nyi macyiendjekela ngue wano: Kutalatala nyi isonekeso hamwe nyi mangana a kuca ca kuzuka, cina kathuwahilila há kukimba caco. Milimo yia mu undji inasolola ngueni hali umwe kapnda kuli alongi, akutwala ku ulumbumwiso wifilixio wa malongeso waze akutambula kuli alongexi, momo ha kucina kuningika handji kucina kumpwa nyi uningikiso wa kutata ca laka, kamucali kexi nyi uningikiso wa mukanda wa sona já uningikiso handji wakutata ca laka um isonekeso yia ximbi. Mba hakutwala ku kuhasa nyi ha kwalumuna ca kupwa cino, hanga tuhase kukwasa ulilongeselo wa alongi, mucilita nyi Nguvulu matala ku ximbi jino, mba hanga ahase kululyieka camaliondjikela akufeta hakutwala ku ingamba ngamba ngue ino: Mukanda wa kuningika kutata ca kuhandjika kanawa laka (Gramática), Mikanda yia laka lyia phuthu já um Angola, Mukanda wa kuhandjika kanawa ca umwenemwene wa akwa Angola momo lyia kukinda umwe kapinda yoze wakupindisa alongi nyi alongexi há tangua nyi tangua.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Domingos Njamba Yeta, Universidade de Luenji A'khond - Angola

Natural do Lumbala-Guimbo, província do Moxico, pré-finalista na Universidade de Luenji A'khond tendo como especialidade,  ensino de Língua Portuguesa, professor de Língua portuguesa  no ensino primário na Escola do Ritenda/Fundo.

Referências

Babosa, J. R. (s.d.). ASPECTOS DA INTERLINGUA: CONTRIBUIÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE L2.

Barbosa, A. C. (2012). Noções Básica de Gramática Cokwe. Diocese de Lwena.

Bechara, E. (2009). Moderna Gramática Moderna. Rio de Janeiro: EDITORA NOVA FRONTEIRA, EDITORA LUCERNA.

Inês Sim-Sim, A. C. (2008). Linguagem e comunicaçõa no Jardim de infância. Direcção- Geral de inovação e de desenvolvimento curricular/Lisboa, 48.

Jr., M. C. (s.d.). A lingua e Cultura. Universidade do Brasil.

Maia, M. (2006). Manual de linguística: subsidio para a formação de professores indegenas na ária de linguagem. MEC/UNESCO.

Mateus, M. H. (2008). Difusão da língua portuguesa no Mundo. FLUL/ILTEC.

Nauege, J. M. (OUTUBRO de 2017). DA NORMA À VARIAÇÃO: ESTUDO DE CASO SOBRE O USO DO CONJUNTIVO NO PORTUGUÊS DE ANGOLA. ÉVORA, PORTUGAL.

Ndombele, E. D. (2017). Reflexão sobre as línguas nacionais no sistema de educação em Angola.

Rabajo Alfredo Mugabo Abdula, A. A. (2017). As politicas linguisticas nos PALOP e o desenvolvimento endógeno.

Robles, N. A. (2017). Interferencia linguistica na interlingua em alunos hispanofalantes de português como língua estrangeira.

Silva, M. C. (s.d.). Aquisição de uma lingua segunda, muitas questões e algumas respostas.

Timbane, E. D. (s.d.). O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA EM ANGOLA: REFLEXÕES METOLÓGICO EM CONTEXTO MULTILINGUE.

Undolo, M. E. (AGOSTO de 2014). CARACTERIZAÇÃO DA NORMA DO PORTUGUÊS EM ANGOLA. INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO AVANÇADA.

Wessheimer, L. L. (2017). O desenvolvimento da interlíngua na aprendizagem da escrita me Inglês em uma escola bilingue. Revista do Gelner, natal/RN, Vol. 15 número especial 417-439. 2013, 422.

Zau, D. G. (2011). A língua portuguesa em Angola um contributo para o estudoda sua nacionalização. Universidade da Beira interior Departamento de letras.

Downloads

Publicado

30-12-2021

Como Citar

Yeta, D. N. (2021). A Influência do Cokwe na colocação de pronomes clíticos no português falado pelos alunos da 9ª classe do Complexo Escolar Nº2 do Ritenda. JINGA SEPÉ: evista nternacional e ulturas, Línguas fricanas rasileiras (ISSN: 2764-1244), 1(Especial), 272–293. ecuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/845

Edição

Seção

Seção I - Artigos inéditos e traduções/interpretações