Revisitando uma comunidade quilombola no Piemonte Norte do Itapicuru: a quantas anda a pérola negra de Senhor do Bonfim (BA)?
Resumo
Comunidades afrodescendentes são conhecidas por lutas e resistências contra amordaçamentos propositais, num Brasil fortemente eurocêntrico. Há 17 anos, lançava-se a obra “Tijuaçu: uma resistência negra no semiárido baiano” (MACHADO, SALGADO, KROPIDLOWSKI e SANTOS, 2005) que se propunha a efetivar a autoestima dos cidadãos dessa comunidade, lançando um olhar de empoderamento sobre a cultura africana e contrapondo-se à cultura elitista predominante nos vários contextos sociais, inclusive nos currículos escolares. Objetiva-se abrir espaço de diálogo, a partir de pesquisa bibliográfica e depoimentos colhidos entre concidadãos (ãs) que exercem liderança na localidade, para parametrizar a construção de políticas públicas que venham ao encontro dos anseios dos tijuaçuenses. A água, a fé, a cultura local e o combate ao racismo mostraram-se capazes de suscitar debate, com vistas à conquista de uma “Pérola Negra” verdadeiramente orgulhosa.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Eliana do Sacramento de. Educação em saúde na comunidade quilombola de Tijuaçu, Senhor do Bonfim -BA. 142f. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual da Bahia (UNEB), Departamento de Ciências Humanas, Salvador-Bahia,2016.
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019.
BRASIL. MEC. Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003. D.O.U., de 10 de janeiro de 2003.
BRASIL. MEC. Proposta de Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10.639/2003. Brasília, Congresso Nacional, 2008.
BRASILEIRO, Danielma da Silva Bezerra; SILVA, Jerônimo Jorge C. Da escola no Quilombo à escola do Quilombo: a prática pedagógica como elemento substancial para fortalecer sentidos de pertencimento identitário. Revista Plurais, v. 2, n.1, pp. 76-81, 2017.
CABRAL, Heuler Costa. O paradigma epistemológico africano em questionamento. In: Revista África e africanidades. Ano XI, n. 28, p. 01-09, out. 2018. Disponível em: www.africaeafricanidades.com.br. Acesso em 22/08/2022.
CASTRO, Yeda Pessoa. Das línguas africanas ao português brasileiro. Afro-Ásia, Salvador: CEAO, n. 14, pp. 81-106, 1983. Disponível no Repositório da UFBA. FAGUNDES, Eliete. História de vida e formação: memórias de uma infância sem perspectiva à formação em pedagogia (TCC). Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Departamento de Cências Humanas, 2011.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis-RJ: Vozes, 2017.
LUCCHESI, Dante. A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII. Resenha do livro com o mesmo título, da autora Yeda Pessoa de Castro. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/ Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais, 240 p.
MACHADO, Paulo Batista; SALGADO, José de Santana; KROPIDLOWSKI, Miroslaw; SANTOS, Valmir. Tijuaçu: uma resistência negra no semiárido baiano. Senhor do Bonfim: S. Victor Gráfica, 2005.
MIRANDA, Carmélia Aparecida Silva de. Vestígios recuperados: experiências da comunidade negra rural de Tijuaçu - BA. 2006. 204 f. Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.
MIRANDA, Carmélia Aparecida Silva de. Comunidade quilombola de Tijuaçu: memória, identidade e visibilidade. ANAIS do ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza, 2009. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1307923356_ARQUIVO_CARMELIAartigoANPUH-reviso-17maio2011(1).pdf. Acesso em: 14/09/2022.
MIRANDA, Carmélia Aparecida Silva de; SOUZA, Leonice Francisca de; ANGELIM, Vanessa Gomes Lopes. Práticas pedagógicas de identidade afro-brasileira na educação integral de uma escola quilombola no Piemonte BA. In: MARAUX, Amélia Tereza Santa Rosa; OLIVEIRA, Íris Verena Santos de; Silva, Marta Enéas da. (Org). Diferenças e práticas formativas. Salvador: EDUNEB, pp. 277-307, 2019.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017. 112 p. (Feminismos plurais).
RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SANTOS, Boaventura Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
TESSER, Gelson João. Principais linhas epistemológicas contemporâneas. In: Revista Educar em Revista-UFPR. Curitiba, vol. 10 n. 10, pp. 91-98, Jan/Dec, 1994. Disponível em: https://www.scielo.php?script=S0104-0601994000100012. Acesso em: ago. 2022.
VITORINO, César Costa; FERREIRA, Edna Maria de Oliveira. Literatura negra, cultura e formação cidadã antirracista. Revista Alembra – RA. Confresa-MT, vol. 3, n. 6, pp. 32-50, Jan a Jun/2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1.Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. A Revista usa a Licença CC BY que permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório digital institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal, nas redes sociais) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Trata-se da política de Acesso Livre).