Onomástica antropológica: o ato de nomear a partir de uma perspectiva intercultural
Palavras-chave:
Onomástica, Antropológica, Culturas, NomesResumo
Uma parte importante do léxico de uma língua é composta por nomes próprios, que, por existirem em todas as línguas e culturas, são um universal linguístico e humano. Enquanto para os nomes comuns que compõem o léxico existe, de maneira geral, uma relação de arbitrariedade entre o nome em si (o significante) e o referente (o significado), para os nomes próprios o que prevalece é a motivação linguística. No entanto, apesar de sua universalidade, o ato de nomear não se dá da mesma forma em todos os tempos e lugares. Diferentes povos e culturas estabeleceram práticas e costumes diversos no que diz respeito à atribuição de nomes próprios e, por esse motivo, os estudos onomásticos – isto é, os estudos que se dedicam aos nomes próprios – devem possuir, também, um componente antropológico. O interesse mais específico da onomástica antropológica está na forma em que a estrutura social e as relações interpessoais se correlacionam com os costumes e as práticas de nomeação em determinada sociedade. Pretende-se, assim, demonstrar que a presença de uma perspectiva antropológica em estudos onomásticos contribui para a compreensão de que, independentemente do significado dos nomes adotados, os sistemas de nomenclatura e as formas como se dão os processos de nomeação exercem uma importante função social – tornando possível, assim, relacionar o ato de nomear à rede de relações estabelecidas entre os indivíduos dos grupos estudados.
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Copyright (c) 2024 NJINGA e SEPÉ: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas e Brasileiras (ISSN: 2764-1244)
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