Modernidade versus Tradição: uma visão africana

Modernité contre tradition: une vision africaine

Autores

  • José Luís Dias Intituto Superior Politécnico de Manica - Moçambique https://orcid.org/0000-0002-6562-5904
  • Elizabeth Mariana Alfredo Capathia Nadia Universidade Zambeze -Moçambique

Palavras-chave:

Tradição, Modernidade, Cultura Africana

Resumo

Este trabalho tem como principal objectivo analisar de que maneira os conceitos de tradição e modernidade foram operacionalizados em África, mostrando também até que ponto a tradição da cultura africana interfere no progresso sócio económico. Acepção histórico-etnológica explica que o homem é dotado de poder criador de cultura e que a cultura não é uma prescrição da natureza embora esta tenha uma influência sobre aquela. Como se pode compreender, a acepção antropológica de tradição constitui, indubitavelmente, o fundamento da acepção histórico-etnológica, embora permaneça a ideia de que o que se capta é apenas uma cultura variada e historicamente específica. A pesquisa é meramente bibliográfica, baseada na interpretação de informações publicadas em forma de livros, revistas, textos legais, publicações avulsas. À luz das investigações feitas, ficou evidente que a modernidade pode ser entendida como aproximadamente equivalente ao mundo “industrializado” desde que se reconheça que o industrialismo não é sua única dimensão institucional. Modernidade implica o controlo regular das relações sociais dentro de distâncias espaciais e temporais indeterminadas.

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Chinangwa chikuru chebasa iri ndechekuongorora kuti pfungwa dzechivanhu nemazuva ano dzakashandiswa sei muAfrica, zvichiratidzawo kuti tsika dzechivanhu dzemuAfrica dzinokanganisa sei kufambira mberi kwemagariro nehupfumi. Historical-ethnological meaning inotsanangura kuti munhu akapiwa simba rekugadzira tsika uye kuti tsika haisi chirevo chechisikigo, kunyange izvi zvine simba pane izvozvo. Sezvinogona kunzwisiswa, chirevo cheanthropological chetsika pasina mubvunzo chinoumba hwaro hwechirevo chenhoroondo-ethnological, kunyangwe pfungwa ichiramba iri yekuti chinotorwa ingori tsika dzakasiyana-siyana uye dzenhoroondo. Tsvagiridzo iyi ndeyezvinyorwa zvebhaibheri, zvichibva mukududzirwa kweruzivo rwakaburitswa mumhando yemabhuku, magazini, zvinyorwa zvemutemo, zvinyorwa zvakasiyana. Muchiedza cheongororo yakaitwa, zvakava pachena kuti zvechizvino-zvino zvinogona kunzwisiswa zvakada kuenzana nenyika ye "industrialized" chero zvichizivikanwa kuti indasitiri haisiriyo yega danho remasangano. Mazuvano zvinoreva kudzora hukama hwemagariro mukati menzvimbo dzisingaverengeki uye dzenguva pfupi.

Biografia do Autor

José Luís Dias, Intituto Superior Politécnico de Manica - Moçambique

Docente do Instituto Superior Politécnico de Manica – Moçambique; Doutor em Inovação Educativa. Docente do Instituto Superior Politécnico de Manica, Divisão de Economia, Gestão e Turismo, Distrito de Vanduzi, Posto Administrativo de Chiremera, Moçambique. 

Elizabeth Mariana Alfredo Capathia Nadia, Universidade Zambeze -Moçambique

Doutoranda em Língua, Cultura e Sociedade pela Universidade Zambeze, Moçambique; Docente na Universidade Púnguè, Faculdade de Letras, Ciências Sociais e Humanidades, Curso de Português.

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Publicado

14-12-2023

Como Citar

Dias, J. L., & Nadia, E. M. A. C. . (2023). Modernidade versus Tradição: uma visão africana: Modernité contre tradition: une vision africaine. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(Especial II), 484–493. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1525