Por uma governação sustentável: o caso de Moçambique

Pur un governasão sustentode – kazu de Mosambike

Autores

Palavras-chave:

Cidadania, Movimentos Sociais, Participação Política, Governação Sustentável

Resumo

Com este artigo, queremos aludir que o espírito de cidadania, a participação política, os movimentos sociais e as Organizações da Sociedade Civil (OSC) são meios indispensáveis para uma democracia participativa e, por via disso, para um desenvolvimento sustentável, pois suprem o défice da democracia representativa que, embora ela seja ainda relevante, não representa cabalmente as necessidades ou aspirações da sociedade. Portanto, o conceito de governação, neste trabalho, não é meramente restrito ao Governo, mas é, sobremaneira, aberto à sociedade civil. A partir deste ponto, sustentamos que, com a governação sustentável, todas as necessidades locais e iniciativas da sociedade são levadas em consideração, pois, ela considera pessoas como sujeitos do seu próprio destino, ou seja, cidadãos. Como metodologia, enveredamos pela abordagem qualitativa, tendo como técnicas de recolha de dados: a revisão da literatura análise documental e a participação em workshops. Moçambique, sendo um país com uma democracia ainda deficiente e incipiente, precisa de consolidar a participação política, pois é a condição sine qua non para uma governação sustentável, tendo como corolário uma sociedade menos desigual e mais justa social e economicamente.

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Kese ertigu nôs kre aludi ke espiritu de sidadania, partisipasão pulítika, movimentus sosiais y Organizasões de Sosiedede Sivil (OSS) é un meiu indispensode pe un demokrasia partisipativa i, pe via dise, pe un dsenvolvimentu sustentável, poij ês te supri un défise de demokrasia reprezentativa ke, embora einda n é relevante, el n de representá Kabalmente kês nesesidedes lokais ou aspirasão de sosiedede. Purtente, konseite de governasão, nes traboi, n é meramente restrite pe Govern, ma é, sobremanera, eberte pe sosieded sivil. A partir dese ponte, nôs te sustentá ke, kon a governasão sustentável, tute kês nesesidedes lokal e inisiativa de sosiedad é levode ne konsiderasão, poij, el te Konsiderá pesoas kome sujeitus de sis própriu destine, ou seja, sidadãos. Kome metodolojia, nôs te enveredá pe un abordajem kualitativa, tende kome téknikas de rekolha de dados: revisão de literatura, análize dokumental y partsipasau n uorkxopes. Mosambike, sendu un peís Ke ten un demokrakia einda defisiente e insipiente, presizá konsolidá partsipasau pulítka, pur is el é kondisão sine kua non pe un governasão sustentode, tendu kome koroláriu un sosieded menus dezigual e mês justa sosial e eknomikamente.

Biografia do Autor

Pedrito Cambrão , Universidade Zambeze -Moçambique

Doutor em Sociologia pela Universidade do Porto-Portugal, Docente e Pesquisador da Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Zambeze (UniZambeze), Beira-Moçambique.

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Publicado

12-07-2023

Como Citar

Cambrão , P. . (2023). Por uma governação sustentável: o caso de Moçambique: Pur un governasão sustentode – kazu de Mosambike. NJINGA E SEPÉ: Revista Internacional De Culturas, Línguas Africanas E Brasileiras, 3(2), 20–33. Recuperado de https://revistas.unilab.edu.br/index.php/njingaesape/article/view/1347

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Seção I - Artigos inéditos e traduções/interpretações